12/03/2024
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
O presidente Lula (PT) anunciou nesta terça-feira a construção de 100 institutos federais em todos os estados do País até o fim do atual mandato, em 2026.
Construção de 100 novas unidades por meio do PAC criará 140 mil novas vagas de ensino médio e técnico em todo o País
Em todo o país, o Governo Federal vai investir R$3,9 bilhões nas obras, por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Desse total, R$ 2,5 bilhões são para criar novos 100 campi e R$ 1,4 bilhão para consolidar unidades já existentes, com a construção de refeitórios, ginásios, bibliotecas, salas de aula e aquisição de equipamentos.
“É com base no investimento na educação que podemos ter a certeza que o Brasil vai ser um país de primeiro mundo, desenvolvido. Quando a gente fala em investimento em educação é porque uma profissão dá ao homem e à mulher o status de cidadania que sem educação a gente não conquista”, destacou o presidente Lula durante o anúncio.
No Brasil, há 682 unidades de Institutos Federais e mais de 1,5 milhão de matrículas. Com os novos 100 campi, a Rede Federal passa a contar com 782 unidades, sendo 702 campi de IFs.
Segundo o ministro Camilo Santana, a expansão vai criar 140 mil novas vagas, a maioria em cursos técnicos integrados ao ensino médio. Todas as 100 novas unidades deverão ofertar, no mínimo, 80% das matrículas em Educação Profissional e Tecnológica (EPT). Atualmente, a exigência é de 50%. “Nós queremos uma escola que seja acolhedora e com oportunidades. E os Institutos Federais são uma das mais exitosas políticas públicas neste país. Tivemos critérios na escolha desses novos Institutos: vazios demográficos, proporção de matrículas de ensino técnico ofertadas em cada estado, proporção de números de Institutos e população em cada estado”, explicou.
Além da criação de vagas, a construção de novos campi nos municípios impacta o setor da construção civil, gerando emprego e renda. As novas escolas, quando estiverem em funcionamento, também levarão desenvolvimento local e regional.
O Nordeste é a região que receberá o maior número de novos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia nesta fase de expansão. Nos nove estados serão 38 campi. O Sudeste, com 27 novos campi, aparece na sequência, seguido da região Sul, com 13; do Norte, com 12; e do Centro-Oeste, com 10. Entre os estados, São Paulo é o que tem mais municípios beneficiados, com 12 cidades atendidas com a construção dos IFs. Minas Gerais e Bahia, cada um com oito municípios. Na sequência, aparecem Pernambuco, Ceará e Rio de Janeiro, com seis para cada estado, e Paraná, Rio Grande do Sul e Pará, com cinco.
Representando os estudantes na cerimônia, Marisa Cajado, de 16 anos, e aluna do Instituto Federal de Brasília (campus São Sebastião), disse que os novos campi signif**am sonhos maiores do que os sonhados por gerações passadas. “Sou filha de uma mãe confeiteira maranhense e de um pai garçom paraense. Sempre estudei em escola pública. Isso tem uma importância muito grande em nossas vidas. O Instituto Federal traz muitas oportunidades para nós, estudantes. Não é sobre criar 100 novas unidades, é sobre apoiar e dar acessibilidade. Temos que ter acesso à alimentação e ao transporte. Eu quero pedir o olhar cuidadoso do presidente Lula e do ministério Lula”, pontuou.
Em Minas Gerais, os municípios beneficiados são os seguintes: Belo Horizonte, Bom Despacho, Caratinga, Itajubá, João Monlevade, Minas Novas, São João Nepomuceno e Sete Lagoas.