À CPI, gestora da UPA Santana confirma 97 mortes na unidade desde janeiro
#SAÚDE
QUASE 100 PACIENTES MORREM NA UPA SANTANA EM APENAS SEIS MESES
Média mensal de óbitos cresceu 28% desde o fechamento do Hospital Municipal Amadeu Puppi
Um trabalhador autônomo de apenas 43 anos morreu nesta terça-feira (5) no Pronto Atendimento Central de Ponta Grossa, conhecida como 'UPA' Santana. Ele estava desde o dia 24 de junho na unidade, à espera de transferência para um hospital devido a problemas no fígado. No início, o paciente precisava de um leito clínico. Mas, passados dez dias em observação, o quadro piorou e os funcionários da UPA Santana já haviam pedido um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A vaga não apareceu e o trabalhador morreu lá mesmo. O falecimento desta terça aproxima a unidade de 100 mortes desde o início do ano.
No mesmo dia em que mais uma pessoa morria na UPA Santana, servidores responsáveis pelo Pronto Atendimento foram ouvidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde e confirmaram a situação caótica. Segundo relatórios apresentados pela supervisora da unidade, Alessandra Ornat, de janeiro a junho, 97 pacientes faleceram no local. A média do semestre é de 16 mortes por mês. No entanto, os número indicam um aumento a partir de abril, quando o Hospital Municipal Amadeu Puppi foi fechado pelo governo Elizabeth Schmidt (PSD).
Nos três primeiros meses do ano, 43 mortes foram registradas dentro da UPA Santana, um média de 14 por mês. Entre abril e junho, o número saltou para 54, com uma média de 18 óbitos mensais. O aumento foi de 28% na média. A relação entre a superlotação do pronto atendimento e o fechamento do HM também foi confirmada pelas servidoras ouvidas na CPI.
Em resposta a questionamentos da vereadora Joce Canto (PSC), Alessandra Ornat disse que os leitos que haviam no HM fazem falta para a transferência de pacientes de ortopedia. "É obvio que com o fechamento do hospital municipal nós tivemos um aumento das solicitações de vaga para ortopedia,
#TERMINAIS_E_PARAGUAIZINHO
LINHARES SE CONTRADIZ E CONFIRMA INCONSISTÊNCIAS EM LICITAÇÃO
Veja o depoimento completo do secretário Ricardo Linhares à Comissão Especial de Investigação (CEI)
Em depoimento à CEI do Paraguaizinho e Terminais, o secretário de Administração e Recursos Humanos, Ricardo Linhares, mostrou incertezas e se contradisse sobre a concorrência 01/2020. A licitação garante um monopólio de 35 anos nos terminais, Shopping Popular e estacionamento contíguo.
O secretário afirmou que o Paraguaizinho foi incluído no edital porque faz parte do Terminal Central. Segundo Linhares, os boxes estão dentro do registro de imóvel do terminal, por isso foi incluído no processo.
#Regras_do_jogo ♟
Questionado sobre a falta de planilha de custos e projeto básico do Terminal Santa Paula, Linhares afirmou que ainda não existe edital e que, as 'regras do jogo', seriam definidas após a definição de um vencedor da licitação.
O vereador Pietro Arnaud (PSB) disse que, pela lei, a Associação dos Microempresários de Produtos Importados e Nacionais (Amepin) deveria ter assinado o edital da licitação. Linhares respondeu que sim, mas voltou atrás ao verificar que não havia assinatura da Amepin no documento. Após um momento de confusão, o secretário chegou a dizer que não existe edital para a concessão dos terminais. A discussão ocorre a partir de 1:23:00 do depoimento.
Ricardo: "(...) Não foi feito edital. Foi feito a convocação para a licitação. O edital e as regras do jogo não foram editadas. A regra do jogo não está mencionada ainda, tanto que esta comissão eles vão montar depois do ato da licitação para montar este edital".
Pietro: "O edital não existe"?
Linhares: "Vereador, veja bem. Nós fizemos a proposta da licitação. O edital e a regulamentação dele nós não fizemos. (Faremos) só após a empresa ganhadora, porque não adianta fazer uma regra se não sabemos para quem impor esta regra".
O vereador George Luiz de Oliveira (PROS) intervém e questiona: "Mas, a regra