07/01/2025
Família de jovem baleada por PRF pede pensão provisória à Justiça
Atingido por tiro na mão, pai de Juliana Rangel não pode trabalhar
Bruno de Freitas Moura - Repórter da Agência Brasil
A família de Juliana Leite Rangel, baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal (24), pleiteia na Justiça uma pensão provisória, para que possa se manter financeiramente. O pai da jovem de 26 anos, Alexandre Rangel, é mecânico e atua por conta própria, mas não está conseguindo trabalhar. Ele foi baleado na mãe esquerda.
“Tomei um tiro na mão. Não estou em condições de trabalhar. E [tem o motivo] psicológico também”, relata Alexandre em um vídeo publicado no perfil de Instagram da filha dele e irmã de Juliana, Jéssica Rangel.
“Está acabando o dinheiro. Tenho despesas todos os dias aqui com lanche, comida aqui no hospital”, completa o pai, que visita Juliana diariamente no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na região metropolitana do Rio de Janeiro.
Segundo Jéssica, a família não recebe qualquer ajuda financeira da PRF.
O advogado da família, Ademir Claudino, afirmou à Agência Brasil, nesta quarta-feira (7), que já pleiteou ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) um benefício de auxílio por incapacidade temporária, uma vez que o mecânico por conta própria possuía qualidade de segurado.
“Contudo, tal solicitação se encontra em análise”, relata. “Estamos requerendo uma pensão provisória na Justiça Federal, enquanto persistir a incapacidade do Alexandre e da Juliana”, revelou o advogado.
Segundo Claudino, Alexandre passará por uma reavaliação pela equipe médica na quarta-feira (8) para saber se há necessidade de realizar um procedimento cirúrgico. “Havendo necessidade, será acrescida tal informação aos requerimentos”, adiantou.
Juliana trabalha como agente de saúde do município de Belford Roxo, também na região metropolitana. O advogado também fez requerimento para que ela receba o benefício de auxílio por incapacidade temporária.