15/12/2024
𝐀 𝐩𝐫𝐨𝐜𝐮𝐫𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐉𝐞𝐬𝐮𝐬 𝐫𝐞𝐜𝐞𝐛𝐞𝐮 𝐝𝐞 𝐬𝐞𝐮 𝐏𝐚𝐢, 𝐉𝐞𝐨𝐯𝐚́.
𝐀𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐭𝐮𝐝𝐨, 𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐞́ 𝐮𝐦𝐚 𝐩𝐫𝐨𝐜𝐮𝐫𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨?
𝑈𝑚𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑐𝑢𝑟𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜 𝑒́ 𝑢𝑚 𝑑𝑜𝑐𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 (𝑜 𝑜𝑢𝑡𝑜𝑟𝑔𝑎𝑛𝑡𝑒) 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑑𝑎 𝑎 𝑜𝑢𝑡𝑟𝑎 (𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑐𝑢𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟) 𝑜 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑟 𝑑𝑒 𝑎𝑔𝑖𝑟 𝑒𝑚 𝑠𝑒𝑢 𝑛𝑜𝑚𝑒, 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑛𝑎𝑟 𝑑𝑜𝑐𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑜𝑢 𝑟𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑟 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑎𝑐̧𝑜̃𝑒𝑠. 𝐸𝑚 𝑒𝑠𝑠𝑒̂𝑛𝑐𝑖𝑎, 𝑒́ 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑙𝑒𝑔𝑎𝑟 𝑎𝑢𝑡𝑜𝑟𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑟𝑒𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜 𝑙𝑒𝑔𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑐𝑒𝑟𝑡𝑎𝑠 𝑠𝑖𝑡𝑢𝑎𝑐̧𝑜̃𝑒𝑠.
𝐂𝐨𝐦 𝐢𝐬𝐬𝐨 𝐞𝐦 𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞, 𝐩𝐞𝐧𝐬𝐞 𝐧𝐚 𝐬𝐞𝐠𝐮𝐢𝐧𝐭𝐞 𝐚𝐧𝐚𝐥𝐨𝐠𝐢𝐚:
𝑈𝑚 𝑝𝑎𝑖 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑐𝑢𝑟𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜 𝑎𝑜 𝑠𝑒𝑢 𝑓𝑖𝑙ℎ𝑜. 𝐶𝑜𝑚 𝑒𝑠𝑠𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑐𝑢𝑟𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜, 𝑜 𝑓𝑖𝑙ℎ𝑜 𝑝𝑜𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑟 𝑑𝑖𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑠 𝑎𝑐̧𝑜̃𝑒𝑠 𝑒𝑚 𝑛𝑜𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑖, 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑎𝑑𝑚𝑖𝑛𝑖𝑠𝑡𝑟𝑎𝑟 𝑏𝑒𝑛𝑠, 𝑡𝑜𝑚𝑎𝑟 𝑑𝑒𝑐𝑖𝑠𝑜̃𝑒𝑠 𝑖𝑚𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑒 𝑎𝑡𝑒́ 𝑟𝑒𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎𝑟 𝑜 𝑝𝑎𝑖 𝑒𝑚 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑜𝑚𝑖𝑠𝑠𝑜𝑠. 𝑁𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑜, 𝑒𝑠𝑠𝑎 𝑎𝑢𝑡𝑜𝑟𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑜 𝑓𝑖𝑙ℎ𝑜 𝑝𝑜𝑠𝑠𝑢𝑖 𝑛𝑎̃𝑜 𝑜 𝑡𝑜𝑟𝑛𝑎 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙 𝑎𝑜 𝑝𝑎𝑖; 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎́𝑟𝑖𝑜, 𝑒𝑙𝑒 𝑎𝑔𝑒 𝑐𝑜𝑚 𝑎 𝑎𝑢𝑡𝑜𝑟𝑖𝑧𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜 𝑒 𝑜𝑠 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑒𝑐𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑝𝑎𝑖. 𝐴𝑠𝑠𝑖𝑚, 𝑡𝑜𝑑𝑎 𝑎 𝑠𝑢𝑎 𝑐𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑎𝑔𝑖𝑟 𝑣𝑒𝑚 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑖, 𝑞𝑢𝑒 𝑒́ 𝑎 𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑎 𝑎𝑢𝑡𝑜𝑟𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒.
Essa comparação 𝐧𝐨𝐬 𝐚𝐣𝐮𝐝𝐚 𝐚 𝐞𝐧𝐭𝐞𝐧𝐝𝐞𝐫 𝐨 𝐫𝐞𝐥𝐚𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐞𝐧𝐭𝐫𝐞 𝐉𝐞𝐨𝐯𝐚́, 𝐨 𝐏𝐚𝐢, 𝐞 𝐉𝐞𝐬𝐮𝐬 𝐂𝐫𝐢𝐬𝐭𝐨, 𝐨 𝐅𝐢𝐥𝐡𝐨. Da mesma forma que o filho recebeu a procuração e a autoridade para atuar em nome do pai, Jesus recebeu de Deus, O Pai, Jeová, toda a sua autoridade e poder. Vamos analisar alguns versos que exemplif**am essa verdade.
Em 𝐉𝐨𝐚̃𝐨 𝟓:𝟑𝟔, Jesus fala sobre as obras que o Pai lhe deu a fazer. Aqui, f**a claro que essas obras não são inerentes a ele, mas sim conferidas. Ele não realiza essas obras por sua própria iniciativa, mas porque o Pai assim determinou.
Nas Escrituras, é mencionado que Jesus é o cabeça da congregação (𝐄𝐟𝐞́𝐬𝐢𝐨𝐬 𝟏:𝟐𝟐), mas essa posição não se deve a um poder autônomo; é uma autoridade que lhe foi concedida por Jeová. Ele não é a fonte dessa autoridade, mas seu representante, tal como o filho na analogia da procuração.
Ainda em 𝐀𝐭𝐨𝐬 𝟓:𝟑𝟏, Jesus é descrito como Príncipe e Salvador, uma posição honorária que também foi dada pelo Pai. Isso demonstra que, mesmo ocupando um papel de destaque, todo esse reconhecimento e a autoridade de salvador provêm de Jeová.
Da mesma forma, em 𝐀𝐭𝐨𝐬 𝟐:𝟑𝟔, é afirmado que Deus fez Jesus Senhor e Cristo. Essa designação como Senhor é uma atribuição que mostra a primazia do Pai ao conferir um papel especial ao Filho.
𝐌𝐚𝐭𝐞𝐮𝐬 𝟐𝟖:𝟏𝟖 declara que Jesus recebeu toda a autoridade no céu e na terra. Aqui, a ideia de "receber" reforça que essa autoridade não é intrínseca a Jesus; ele age sob a autorização de Jeová.
Quando lemos em 𝐉𝐨𝐚̃𝐨 𝟓:𝟐𝟔 que Jesus tem vida em si mesmo, devemos lembrar que o texto diz que isso foi concedido pelo Pai.
Em 𝐀𝐩𝐨𝐜𝐚𝐥𝐢𝐩𝐬𝐞 𝟏:𝟏, as revelações são apontadas como que originadas pelo Pai, mostrando que até mesmo o conhecimento e a revelação que Jesus transmite vêm de Jeová.
Em 𝐉𝐨𝐚̃𝐨 𝟓:𝟐𝟕, vemos que o poder de exercer juízo também é um dom que foi dado a Jesus. Não é uma capacidade autônoma, mas uma autorização direta do Deus Todo-Poderoso.
Além disso, em 𝟏 𝐂𝐨𝐫𝐢́𝐧𝐭𝐢𝐨𝐬 𝟏𝟓:𝟐𝟑-𝟐𝟖, o governo milenar e a submissão de todas as coisas estão sob a supervisão de Deus, indicando que Jesus está exercendo essa autoridade sob o domínio de Jeová.
E quando olhamos para 𝐋𝐮𝐜𝐚𝐬 𝟐𝟐:𝟐𝟗, em que Jesus menciona um reino que lhe foi designado, novamente, a ideia se centra no fato de que Ele não possui um reino próprio, mas atua como representante, conforme a vontade do Pai.
Da mesma forma, 𝐉𝐨𝐚̃𝐨 𝟑:𝟑𝟓 destaca que o Pai entregou todas as coisas ao Filho, sublinhando que tudo o que Jesus possui é uma concessão de Jeová.
𝐀𝐩𝐨𝐜𝐚𝐥𝐢𝐩𝐬𝐞 𝟐:𝟐𝟕 menciona o poder de reger as nações, mais uma vez enfatizando que este poder que Cristo exerce é concedido, não inerente.
Em 𝐄𝐟𝐞́𝐬𝐢𝐨𝐬 𝟏:𝟐𝟎-𝟐𝟏, vemos que a posição de Jesus sobre todas as autoridades é uma função outorgada, mostrando que ele opera sob a jurisdição do Pai.
A sujeição de todas as coisas (𝐄𝐟𝐞́𝐬𝐢𝐨𝐬 𝟏:𝟐𝟐) e a plenitude (𝐂𝐨𝐥𝐨𝐬𝐬𝐞𝐧𝐬𝐞𝐬 𝟏:𝟏𝟗) seguem essa mesma linha de raciocínio: são atribuições recebidas por Jesus para cumprir Seu papel na criação e no resgate.
Finalmente, quando lemos 𝐈𝐬𝐚𝐢́𝐚𝐬 𝟗:𝟔, que descreve Jesus como Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno e Príncipe da Paz, devemos lembrar que, conforme 𝐈𝐬𝐚𝐢́𝐚𝐬 𝟗:𝟕, é o zelo de Jeová que estabelece esses títulos em Jesus, revelando que seus atributos não são de sua própria essência, mas dados por Jeová.
Não vou listar todos os atributos de Cristo aqui neste texto, mas é irrefutável que todos os seus títulos, conquistas e virtudes foram concedidos por Jeová. Como Cristo afirmou em 𝐉𝐨𝐚̃𝐨 𝟏𝟑:𝟑, "𝑠𝑎𝑏𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑜 𝑃𝑎𝑖 𝑡𝑢𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑓𝑖𝑎𝑟𝑎 𝑎̀𝑠 𝑠𝑢𝑎𝑠 𝑚𝑎̃𝑜𝑠."
𝐏𝐨𝐫 𝐢𝐬𝐬𝐨 𝐜𝐚𝐫𝐨 𝐭𝐫𝐢𝐧𝐢𝐭𝐚𝐫𝐢𝐬𝐭𝐚𝐬, 𝐧𝐚̃𝐨 𝐢𝐦𝐩𝐨𝐫𝐭𝐚 𝐨 𝐭𝐞𝐱𝐭𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐮𝐬𝐞𝐦, 𝐧𝐚̃𝐨 𝐡𝐚́ 𝐮𝐦 𝐚𝐭𝐫𝐢𝐛𝐮𝐭𝐨 𝐬𝐞𝐪𝐮𝐞𝐫 𝐝𝐞 𝐉𝐞𝐬𝐮𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐧𝐚̃𝐨 𝐧𝐚̃𝐨 𝐩𝐫𝐨𝐜𝐞𝐝𝐚 𝐝𝐨 𝐏𝐚𝐢. (𝟏 𝐂𝐨𝐫𝐢́𝐧𝐭𝐢𝐨𝐬 𝟖:𝟔)
Em conclusão, todos os atributos que Jesus possui – quer no céu, quer na terra – são recebidos do Pai, Jeová. Essa realidade destaca a singularidade de Jeová como o único Deus Todo-Poderoso e reafirma que Jesus Cristo é o Filho desse Deus, atuando com autoridade concedida, nunca como um igual ao Pai.
𝐸𝑠𝑠𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑒𝑛𝑠𝑎̃𝑜 𝑟𝑒𝑠𝑝𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑜 𝑝𝑎𝑝𝑒𝑙 𝑑𝑖𝑠𝑡𝑖𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑢𝑚 𝑛𝑎 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑛𝑎 𝑒 𝑟𝑒𝑓𝑢𝑡𝑎 𝑎 𝑖𝑑𝑒𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑇𝑟𝑖𝑛𝑑𝑎𝑑𝑒, 𝑒𝑛𝑓𝑎𝑡𝑖𝑧𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑒𝑚 𝑢́𝑙𝑡𝑖𝑚𝑎 𝑎𝑛𝑎́𝑙𝑖𝑠𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑜 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑟 𝑒 𝑎 𝑎𝑢𝑡𝑜𝑟𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑎̃𝑜 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝐽𝑒𝑜𝑣𝑎́, Deus