Jornal O Guaporé

Jornal O Guaporé Jornal oGuaporé desde 1946 registra a história de Rondônia. Jornal O Guaporé

07/01/2025

ELE NÃO PARA! 😅🔴⚫

A esposa de Filipe Luís postou uma foto do treinador já trabalhando dentro do avião na volta das férias...

07/01/2025

Brasil recebeu mais de 6,65 milhões de turistas estrangeiros em 2024 - oGuaporé

Com aumento de 12,6%, resultado é o melhor da história no setor



O Ministério do Turismo informou que o ano de 2024 foi o melhor da história para o turismo internacional no Brasil. O país alcançou a marca recorde de 6.657.377 turistas estrangeiros no ano, aumento de 12,6% em comparação ao ano anterior. Os dados consolidados foram divulgados nesta terça-feira (7) pelo ministério, Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) e Polícia Federal. Somente em dezembro, 690.236 estrangeiros visitaram o Brasil, número 11,1% maior que o registrado no mesmo mês de 2023 e o terceiro melhor dezembro da série histórica.

Os estados de São Paulo (2.207.015), Rio de Janeiro (1.513.235), Paraná (894.536) e Rio Grande do Sul (879.412) foram as principais portas de entrada dos visitantes estrangeiros em 2024. Proporcionalmente, estados como Roraima (97%), Santa Catarina (71,7%), Bahia (52,8%) e o Pará (47,4%), que receberá a COP30 no final do ano, registraram aumentos expressivos no número de estrangeiros em seus territórios.

Os argentinos continuam liderando o volume de visitantes internacionais que chegam ao Brasil. Mais de 1.953.548 argentinos desembarcaram no país. Os Estados Unidos ocupam a segunda posição, tendo enviado ao país 696.512 turistas. Os chilenos vêm logo atrás, com 651.776 visitas a destinos brasileiros. Já os vizinhos Paraguai e Uruguai, juntos, somaram mais de 833.412 visitantes.

“É uma alegria poder divulgar números tão positivos para o nosso país. Esse aumento reflete o nosso trabalho de promover a imagem do Brasil no exterior. Campanhas publicitárias estratégicas, estruturação dos destinos, participação em feiras internacionais, nosso escritório da ONU Turismo no Rio de Janeiro e o fortalecimento de parcerias dentro e fora do país impulsionaram nossa visibilidade, evidenciando a diversidade de experiências que o Brasil tem a oferecer, como paisagens naturais e nossa herança cultural”, disse o ministro do Turismo, Celso Sabino.

Dois em cada três turistas internacionais que chegam ao país vêm de avião, meio de transporte que permanece como principal acesso para esses visitantes. O transporte terrestre corresponde a 28,7% do total.

“O crescimento no número de visitantes internacionais é uma das principais metas do Plano Nacional de Turismo (PNT) 2024-2027, que tem como objetivo consolidar o Brasil como o principal destino turístico da América do Sul. Nossa expectativa é superar a marca de 8,1 milhões de turistas estrangeiros por ano, gerando mais de US$ 8,1 bilhões em receitas e fortalecendo ainda mais a economia nacional”, completou Sabino.

Até novembro de 2024, o valor gasto pelos turistas estrangeiros no país somou US$ 6,62 bilhões, a maior cifra registrada para meses de novembro desde 1995. O número é 5,3% superior ao do mesmo período de 2023 (US$ 6,29 bilhões) e ultrapassa o valor de igual período em 2014 (US$ 6,30 bilhões), quando o país sediou a Copa do Mundo de Futebol.

Para 2025, o governo federal anunciou que os novos editais regionalizados do Programa de Aceleração do Turismo Internacional têm previsão de R$ 63,6 milhões em investimentos para a atração de novos voos em rotas nacionais. A expectativa é que sejam ofertadas pelo menos 500 mil novos assentos no período de um ano. Esse número já impacta o recorde de assentos de voos internacionais para a temporada de verão 2024/2025: serão 7,48 milhões, um crescimento de 19% em comparação ao verão de 2023/2024.

07/01/2025

Família de jovem baleada por PRF pede pensão provisória à Justiça

Atingido por tiro na mão, pai de Juliana Rangel não pode trabalhar

Bruno de Freitas Moura - Repórter da Agência Brasil

A família de Juliana Leite Rangel, baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal (24), pleiteia na Justiça uma pensão provisória, para que possa se manter financeiramente. O pai da jovem de 26 anos, Alexandre Rangel, é mecânico e atua por conta própria, mas não está conseguindo trabalhar. Ele foi baleado na mãe esquerda.

“Tomei um tiro na mão. Não estou em condições de trabalhar. E [tem o motivo] psicológico também”, relata Alexandre em um vídeo publicado no perfil de Instagram da filha dele e irmã de Juliana, Jéssica Rangel.

“Está acabando o dinheiro. Tenho despesas todos os dias aqui com lanche, comida aqui no hospital”, completa o pai, que visita Juliana diariamente no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Segundo Jéssica, a família não recebe qualquer ajuda financeira da PRF.

O advogado da família, Ademir Claudino, afirmou à Agência Brasil, nesta quarta-feira (7), que já pleiteou ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) um benefício de auxílio por incapacidade temporária, uma vez que o mecânico por conta própria possuía qualidade de segurado.

“Contudo, tal solicitação se encontra em análise”, relata. “Estamos requerendo uma pensão provisória na Justiça Federal, enquanto persistir a incapacidade do Alexandre e da Juliana”, revelou o advogado.

Segundo Claudino, Alexandre passará por uma reavaliação pela equipe médica na quarta-feira (8) para saber se há necessidade de realizar um procedimento cirúrgico. “Havendo necessidade, será acrescida tal informação aos requerimentos”, adiantou.

Juliana trabalha como agente de saúde do município de Belford Roxo, também na região metropolitana. O advogado também fez requerimento para que ela receba o benefício de auxílio por incapacidade temporária.

A Agência Brasil buscou posicionamento da PRF sobre possível ajuda financeira à família, mas não recebeu resposta até a conclusão da reportagem.

Estado de saúde
Juliana Rangel segue internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes. Ela está lúcida, consegue movimentar os quatro membros e apresenta melhora progressiva diária, segundo a direção da unidade.

“Está recuperando as funções motoras e cognitivas, sem sinais de sequelas permanentes irreversíveis, já sendo iniciado processo de reabilitação”, informa o boletim médico do dia 6.

O avanço mais recente no quadro de Juliana, que respira com ajuda da traqueostomia (procedimento cirúrgico que consiste em criar uma abertura na traqueia/garganta para que o paciente possa respirar) é a retirada definitiva do suporte da ventilação mecânica.

Atualmente a paciente realiza fisioterapia respiratória sem auxílio de aparelhos. No fim de semana, ela ainda precisava da ventilação mecânica por alguns períodos. No entanto, ainda não há previsão de alta do CTI.

“Minha irmã está a cada dia melhor, graças a Deus”, disse Jéssica à Agência Brasil. “Ontem (6) ela estava com um pouco de falta de ar, só que os médicos falam que é normal, tem que botar o pulmão para trabalhar”, detalhou.

A expectativa da família é que Juliana possa respirar sem a traqueostomia ainda esta semana.

“Para ela conseguir falar mesmo, sair a voz dela. Ela f**a, às vezes, ansiosa, querendo falar, e a gente tem que f**ar lendo os lábios dela para poder entender”, descreveu Jéssica, seis anos mais velha que a irmã. “Às vezes eu não entendo, até pedi desculpa a ela”, relata.

Relembre o caso
Juliana foi atingida por um tiro de fuzil na noite de Natal, dentro do carro da família, na Rodovia Washington Luís (BR-040), em Duque de Caxias. Segundo o pai dela, que dirigia o carro, não havia nenhum motivo para a abordagem a tiros. Ele também foi atingido na mão esquerda e recebeu alta ainda na noite de terça-feira. O carro da família, de cinco pessoas, ficou com várias perfurações por tiro.

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) investigam o caso. O diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Souza Oliveira, afirmou que a corporação apura todos os casos de excessos durante abordagens policiais feitas pelos seus agentes. Os dois homens e a mulher que participaram da abordagem foram afastados preventivamente de todas as atividades operacionais.

O caso aconteceu horas depois de o governo federal ter publicado um decreto para regulamentar o uso da força durante operações policiais. Conforme o texto, “o emprego de arma de fogo será medida de último recurso”.

Menina morta em 2023
Em 2023, um outro caso de carro atingido por tiros disparados por policiais rodoviários federais no Rio de Janeiro terminou com a morte da menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos. A abordagem foi no dia 7 de setembro, na Rodovia Raphael de Almeida Magalhães, conhecida como Arco Metropolitano, na altura do município de Seropédica.

A denúncia do MPF detalha que o pai de Heloísa, Willian de Souza, dirigia o veículo da família e percebeu que era seguido por uma viatura. Ele ligou a seta e se dirigiu para o acostamento, mas os policiais atiraram contra o carro ainda em movimento.



. . .

07/01/2025

Chama no WhatsApp: troca de mensagens com Procon ajuda na proteção de direitos dos consumidores em Rondônia

Com a comunicação pelo aplicativo, o atendimento é mais rápido e gera mais comodidade ao público

Ninguém quer que suas compras e serviços contratados se transformem em uma verdadeira ‘‘dor de cabeça’’ e prejuízo, e é por isso que o governo de Rondônia disponibiliza canais de comunicação como WhatsApp do Programa de Orientação, Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-RO) para transformar as interações em ajuda aos consumidores. O Procon-RO mantém contato direto por meio do WhatsApp (69) 98491-2986. O atendimento no canal está disponível de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h. As solicitações dos consumidores são respondidas conforme ordem de chegada, garantindo um atendimento organizado e eficiente.

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, a troca de mensagens instantâneas pelo aplicativo gera mais comodidade ao público, transparência e acessibilidade. “O governo está se tornando, cada vez mais, digital. Queremos que a população aproveite ao máximo os serviços mais ágeis e sem burocracia”, salientou.

O coordenador interino do Procon-RO, Leonardo Vieira, ressaltou que, WhatsApp do Programa de Orientação, Proteção e Defesa do Consumidor é uma ferramenta fundamental para oferecer um atendimento rápido e eficiente na proteção dos direitos dos consumidores.

SERVIÇOS

Por meio desse canal, os usuários podem obter informações sobre:

Como formalizar reclamações;
Quais documentos são necessários;
Procedimentos a serem seguidos e os prazos envolvidos;
Esclarecimento de dúvidas em tempo real; e
Orientações personalizadas sobre seus casos.
O WhatsApp do Procon-RO é utilizado para dar continuidade aos atendimentos online, como verif**ar a resposta da empresa e o fornecimento de documentos complementares. As interações mais populares são referentes a problemas com compras e produtos; serviços de telefonia e internet; concessionárias de água e energia; e instituições bancárias. Inclusive, esse contato mais próximo com o cidadão, deu origem às operações, a exemplo de fiscalizações em postos de gasolina e clínicas de estética.

Além disso, o Procon-RO recebe reclamações pelo endereço eletrônico procon.ro.gov.br e faz esclarecimentos através do 151. Também é possível interação via WhatsApp com as unidades do Programa de Orientação, Proteção e Defesa do Consumidor presentes nos demais municípios.

LISTA DE CONTATOS:

Ariquemes – (69) 3212-9915
Rolim de Moura – (69) 99356-2807
Vilhena – (69) 3212-9917
Guajará-Mirim – (69) 3212-9918
Ouro Preto do Oeste – (69) 99291-7788
Ji-Paraná – (69) 99283-3226
Ministro Andreazza – (69) 3448-2392
Espigão do Oeste – (69) 99929-2124
Cacoal – (69) 3443-8004
Pimenta Bueno – (69) 98156-2763
Alta Floresta d’ Oeste – (69) 99982-3456

07/01/2025

JUSTIFICATIVA | Termina hoje (7) o prazo para que eleitores que não votaram no segundo turno das eleições municipais justifiquem sua ausência no pleito de outubro de 2024.

A justif**ativa pode ser feita presencialmente, em um cartório eleitoral; pela internet, nos sites do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e dos tribunais regionais eleitorais dos estados; ou pelo aplicativo e-Título, disponibilizado para smartphones.

A justif**ativa de ausência é necessária somente para quem tem a obrigação de votar. No Brasil, o voto é obrigatório para maiores de 18 anos e facultativo para pessoas analfabetas, com idade entre 16 e 18 anos e maiores de 70 anos.

Leia: Jornal O Guaporé

📷Marcelo Camargo/Agência Brasil

07/01/2025

A menor taxa de desemprego no Brasil tem levado os profissionais a repensarem as carreiras. Com o mercado de trabalho resiliente, vagas melhores f**am mais disputadas por quem pretende ganhar mais.

Mas o especialista em carreiras e recolocação Paulo Augustinho, um dos Top Voice do LinkedIn, alerta para os cuidados na hora de mudar de emprego.

O especialista fala que é preciso ter paciência com a decisão de pedir demissão e apostar em novos rumos.

Uma pesquisa da Microsoft, em parceria com o LinkedIn, aponta que metade dos entrevistados considera se demitir para procurar um novo emprego em 2025.

07/01/2025

07/01/2025

PESQUISA
A pesquisa eleitoral foi elaborada pelo instituto Simplex e encomendada pelo blog do Elielson e pela CBN Recife. O estudo indica que na disputa para a presidência da república em 2026, Gusttavo Lima aparece em segundo lugar nas intenções de voto entre os nomes cotados para o pleito. Atrás do sertanejo estão os nomes de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Pablo Marçal (PRTB).

O levantamento foi produzido entre os dias 3 e 4 de janeiro, utilizando ligações telefônicas automatizadas como ferramenta para a coleta de dados. No total, foram cerca de 1.000 entrevistados em todo o território nacional.

A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais com um grau de confiança indicado de 95%. Os resultados revelam um empate técnico entre Gusttavo Lima e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Leia a matéria completa em Jornal O Guaporé

✍️
📷 Webert Belecio / AgNews/Ricardo Stuckert / PR/CHRISTIAN RIZZI/FOTOARENA/AE/Monica Andrade/CAROL NOEL/DIVULGACAO

07/01/2025

Feliz aniversário Lewis! 🥳

Nosso sete vezes campeão mundial completa 40 anos hoje! 🎂
. . .

07/01/2025

OSCAR 2025 | A Academia divulgou nesta sexta-feira (3) a lista dos 15 filmes pré-selecionados para concorrer na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025. Entre os selecionados está o filme brasileiro Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, protagonizado por Fernanda Torres. A lista final com os indicados será anunciada no dia 17 de janeiro, e a premiação ocorrerá em março.

Em dezembro, a Academia já havia anunciado os 15 filmes pré-selecionados. Nesta sexta, as indicações foram publicadas.

Acompanhe as redes do Jornal O Guaporé

07/01/2025

O mais antigo jornal de Rondônia tem dono só no papel, mas quem manda é você.

Adquirido no ano de 1994 dos antigos donos do jornal oGuaporé, e revolucionando a sua própria história, através de mudanças radicais, como o jornal impresso em formato PDF e enviado por e-mail aos leitores, em uma época que a internet era discada; atualmente oGuaporé está em doze redes sociais com abrangência de milhões de visualizações. As matérias do oGuaporé são inerentes as formações educacionais de cada leitor, buscando atender todos os públicos. Quer ser mais inteligente? Leia o jornal oGuaporé.

07/01/2025
07/01/2025

Artigo: Distribuição espacial da agroecologia no Brasil: uma proposta de organização dos sistemas de produção orgânica em biodistritos

Luis Eduardo Rangel (membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS), Engenheiro Agrônomo, ex-Secretário de Defesa Agropecuária e Ex-Diretor de Análise Econômica e Políticas Públicas do MAPA).

Artigo produzido como parte da disciplina Economia do Espaço Geográfico e Meio Ambiente no programa de Pós-graduação em Economia da UnB.

Introdução

A agroecologia como ciência vem oferecendo tecnologia para atribuir sustentabilidade à produção agropecuária. O conjunto de técnicas, insumos e condutas proporciona aos agricultores instrumentos que agregam sustentabilidade à produção e valor ao produto. A agricultura orgânica é o sistema de produção que, devidamente certif**ado, aplica os princípios da agroecologia. Apesar de serem termos muito próximos, há diferenças conceituais importantes que não permitem uma associação incondicional entre agricultura orgânica e agroecologia (Assis, 2002).

Hoje a agricultura orgânica conta com 108,3 milhões de ha no mundo, incluindo-se áreas de extrativismo e manejo florestal. O Brasil possui 1,5 milhões de ha e representa o 4.º maior país em crescimento de área de agricultura orgânica em 2021, com um aumento de 162.952 ha (Willer et. al., 2023).

O contínuo crescimento da agricultura orgânica dependerá da superação dos desafios de aumento progressivo de áreas cultiváveis convertidas em orgânicas, de desconcentração da demanda mundial e da necessidade de padronização dos critérios de certif**ação (Lima, et al., 2020). A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) estima que o mercado dos orgânicos representa cerca de US$90 bilhões (FAO, 2018).

Entre os fatores que carregam forte relação com o modelo de produção orgânica estão o cooperativismo e o associativismo. Essas relações favorecem a concentração de determinadas atividades, possibilitando o aumento de competitividade mesmo fora dos circuitos curtos de comercialização, com um aproveitamento mais efetivo das oportunidades das políticas de compras públicas (Tomazzoni, 2020).

A forte presença da agricultura orgânica nos estados do sul e sudeste, os instrumentos já existentes de associativismo nesse setor, além da frequente cooperação entre autoridades municipais na oferta de serviços públicos, podem proporcionar o desenvolvimento de arranjos territoriais que potencializam sua competitividade (Figura 1).

Este ensaio pretende avaliar os aspectos da economia espacial da agricultura orgânica no Brasil, a similaridade com parâmetros já utilizados para o estabelecimento de arranjos em formato de biodistritos ou ecorregiões em outros países e a possibilidade da classif**ação das regiões em modelos econométricos para o estabelecimento de políticas públicas (Mazzocchi, 2021).

A distribuição espacial da Agricultura Orgânica no Brasil

Como sistema de produção oficialmente certif**ado, a agricultura orgânica possui propriedades rurais devidamente cadastradas nos órgãos reguladores. O cadastro nacional de produtores orgânicos é gerenciado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), sendo frequentemente atualizado pelos organismos certif**adores (BRASIL, 2007; MAPA, 2023).

Uma análise da distribuição espacial da agricultura orgânica no Brasil foi realizada pela Embrapa e revelou que a maior parte das propriedades está concentrada nos estados do Paraná (14%), Rio Grande do Sul (13%) e São Paulo (12%). Mas são os estados do Piauí e Ceará aqueles com maior crescimento relativo, representando quase 60% de novos estabelecimentos de agricultura orgânica no período de 2014 a 2017 (Vilela et. al, 2019).

A região Sul é predominantemente ocupada por pequenas propriedades, e o desenvolvimento da agricultura orgânica teve forte incentivo do poder público municipal e estadual, principalmente no Paraná e no Rio Grande do Sul. Em São Paulo, o incentivo a modelos associativistas com o apoio dos serviços de extensão rural e de empresas do setor de comercialização colaborarou para um forte desenvolvimento da agricultura orgânica no estado (Vilela et. al, 2019).

A tendência de concentração da agricultura orgânica em determinadas regiões deve ser analisada sob diferentes aspectos. O primeiro está relacionado à proximidade com os mercados consumidores em grandes centros urbanos, com maior poder aquisitivo e alto nível de instrução, o que atribui mais valor aos aspectos ecológicos associados aos produtos. O segundo associa-se ao efeito de políticas que incentivam a aquisição desses produtos por meio de mecanismos públicos de remuneração diferenciada em todo o território nacional (Programa de Aquisição de Alimentos – PAA). Há ainda a possibilidade de exportação para mercados hiperexigentes, como Europa e Estados Unidos, sendo 90% do mercado global de alimentos orgânicos, em valores monetários, é certif**ado sob tais padrões de exigência (IPEA, 2017; Vilela et. al, 2019; Moura, et. al. 2022).

A falta de bases de dados estruturadas em sistemas de informação georreferenciados ainda é um limitador para uma avaliação da evolução da agricultura orgânica e ainda compromete a eficiência da oferta de dados oficiais aos organismos internacionais. Essa lacuna vem sendo suprida por instituições não governamentais como visto nos mapas da Rede Ecoforte (Figura 4). A integração dessas bases permitirá a precisão das análises de concentração espacial e auxiliará a aplicação de modelos econométricos como o dos biodistritos ou ecorregiões.

Conceitos de economia espacial e arranjos regionais para biodistritos

A contextualização da atividade da agricultura orgânica nos conceitos de econômica do espaço geográfico pode ser entendida por meio da visão de Santos, 2008: “os lugares se distinguem pela capacidade de oferecer rentabilidade aos investimentos". Esta rentabilidade está relacionada principalmente aos fatores de equipamentos, infraestrutura, acessibilidade, incentivos fiscais e ambiente organizacional (Alentejano, et al, 2019).

Segundo Perroux, os polos de crescimento econômico são consequência da aglomeração territorial com intensif**ação das atividades econômicas e da existência de um forte mercado consumidor e, assim, as necessidades coletivas tendem a se expandir criando uma atmosfera de progresso (Wilten, 1991 apud. Alentejano, 2019).

Os conceitos apresentados por Putnam (1996), citados por Alentejano (2019), atribuem o bom desempenho regional ao capital social acumulado, enfrentando assim o problema teórico da ação coletiva em que a cooperação depende de confiança e informação. Segundo Putnam, a cooperação voluntária é mais fácil numa comunidade que tenha herdado um bom estoque de capital social sob a forma de regras de reciprocidade e sistema de participação. Isso se aplica perfeitamente às diferentes áreas rurais que se associam para produzir e promover sua certif**ação por meio de modelos participativos (BRASIL, 2009; Putnam, 1996, apud Alentejano, 2019).

Um biodistrito pode ser definido como uma localidade com um projeto multifuncional enraizado com envolvimento de agricultores e instituições, sejam elas associações ou o poder local (Fanfani et al., 2018 apud Mazzocchi et al., 2021).

Os objetivos da adoção dos biodistritos são: promover o desenvolvimento da agricultura orgânica local; os circuitos curtos de abastecimento; educação alimentar; e o treinamento contínuo dos envolvidos. Além disso, a geração de renda local pode evitar problemas de êxodo rural (Mazzocchi et al., 2021).

A importância dada a produtos diferenciados não é um fenômeno acidental ou temporário. É uma evolução da sociedade, advinda do aumento do nível de instrução da população, do maior acesso às redes de comunicações e de uma maior consciência ambiental, com vínculos culturais. É nesse contexto que os produtos regionais, sobretudo os que de alguma forma apresentam certif**ações, reconhecimento de origem ou similares, começam a ter maior visibilidade (Oliveira, 2021).

A análise das características das primeiras experiências com biodistritos envolveu a estrutura do processo organizacional e social na construção de redes. Outros estudos observaram as diferenças na área agrícola e a caracterização da paisagem do contexto territorial, por meio de análise multivariada. Belliggiano (2019) avalia o nascimento de biodistritos em função de suas maiores afinidades (Mazzocchi, 2021).

No Brasil, o Programa de Fortalecimento e Ampliação das Redes de Agroecologia, Extrativismo e Produção Orgânica (Ecoforte), financiado pelo Banco do Brasil e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), apoiou a sistematização de 28 Redes de Agroecologia em todo o Brasil (Figura 4). Esse programa, criado em 2013, é parte integrante da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO) e guarda forte similaridade com os conceitos europeus de biodistritos ou ecorregiões (BRASIL, 2012).

O Ecoforte foi construído pelo governo brasileiro em parceria com a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) e outras organizações, tendo sido implementado pela Fundação Banco do Brasil (FBB) e pelo BNDES. O objetivo foi apoiar projetos territoriais de redes de agroecologia, extrativismo e produção orgânica, voltados à intensif**ação das práticas de manejo sustentável de produtos da sociobiodiversidade e de sistemas produtivos orgânicos e de base agroecológica (Schmitt, et al., 2020).

A Rede Ecoforte é um conjunto formado por organizações que atuam em um dado território e que interagem por meio de dinâmicas participativas, de caráter cooperativo, com a finalidade de promover o fortalecimento da produção orgânica, de base agroecológica e extrativista (Schmitt, et al., 2020).

Nos termos do projeto Ecoforte, um território é um espaço geograf**amente definido, circunscrito em uma unidade da Federação ou a áreas limítrofes de duas ou mais unidades de Federação, onde atuam as instituições que compõem as redes de agroecologia, extrativismo e produção orgânica. Ao longo do processo de sistematização, essa definição foi sendo enriquecida pela constatação do papel ativo das redes e das práticas agroecológicas na construção de territórios (Lopes, et al., 2020).
Já a unidade de referência (UR) foi definida como um local de instalação ou demonstração de técnicas, processos, metodologias ou sistemas produtivos, onde são realizadas visitas, exposições e capacitações com o objetivo de promover a troca de conhecimentos e a disseminação de experiências (Figura 5). O processo de sistematização tornou mais visíveis as conexões existentes entre as UR. Os fluxos sociais e ecológicos potencializados a partir das UR contribuem para o fortalecimento das redes, fomentando o adensamento das práticas agroecológicas no território (Schmitt, et al., 2020).
Mesmo com projetos de incentivo para arranjos privados, também são necessárias interações entre os entes governamentais. As experiências em cooperação intergovernamental no Brasil foram avaliadas por uma consultoria internacional contratada pelo Ministério da Economia (Turolla et. al., 2022), que apresenta uma vasta abordagem das relações entre os entes federativos (Figura 3).

O relatório desse projeto resgatou conceitos como o de que “a causa e condição para a organização federalista de um Estado é a existência de heterogeneidades entre partes de uma nação, sejam elas territoriais, linguísticas, étnicas, socioeconômicas, culturais ou políticas. A federação surge como um mecanismo político, de modo a garantir que dentro de um território estabeleça-se um Estado capaz de manter a unidade ao mesmo tempo em que respeita (através da celebração de pactos e da institucionalização de mecanismos de representação) os diferentes grupos componentes: é a fórmula da “unidade na diversidade” (Abrucio, Franzese e Sano, 2010).

Nesse sentido, ao se considerar a atuação setorial dos consórcios públicos, verif**a-se que muitos deles possuem mais de um escopo de atuação (são multifinalitários). Existem ao todo 1.835 finalidades de consórcios, sendo 93 delas relacionadas às questões de agropecuária (Turolla, Frederico & Cattani, 2020).

Especif**amente, para efeitos de garantias sanitárias para produtos de origem animal, atividade vinculada ao MAPA, existem 83 consórcios de municípios aderidos ao sistema nacional (Figura 2). Esses consórcios são reconhecidos pela equivalência com processos sanitários federais e isso permite o livre trânsito de produtos industrializados por todo o território nacional (BRASIL, 2006).

Soma-se a todo esse cabedal de estratégias a possibilidade de atribuir aos produtos ou serviços oriundos de determinado território o registro de Indicação de Procedência ou a Denominação de Origem (Figura 6). Esses registros são fornecidos quando determinado local tem características que atribuem reputação, valor intrínseco e identidade própria a esses produtos ou serviços, além de os distinguir em relação a seus similares disponíveis no mercado (BRASIL, 1996).

Proposta de modelo econométrico de biodistritos para o Brasil

Para avaliar o modelo econométrico proposto por Mazzocchi (2021) e sua aplicação no Brasil, será necessário relacionar as variáveis apresentadas no artigo original com seus correspondentes nacionais, bem como comparar as fontes de onde são extraídos os dados e a competência dos organismos que as reúnem.

Os autores apresentam 14 (quatorze) variáveis classif**adas, tais como agrícolas, socioeconômicas, geográf**as, e ainda as variáveis consideradas “dependentes” e variáveis de “controle”.
São variáveis agrícolas: a área utilizada; o número de pequenos agricultores; as indicações de origem ou geográf**as; a idade dos agricultores; as vendas diretas; e o número de agricultores orgânicos.
As variáveis socioeconômicas são: número de organizações sem fins lucrativos; a presença de grupo de agricultura local; e a taxa de desemprego. Uma das variáveis, originalmente também classif**ada como socioeconômica, é classif**ada neste ensaio como geográf**a: a altitude, ou relevo da região.
Já as variáveis de controle foram elencadas como: densidade populacional; renda per capita; e a inserção do município em uma região, enquanto a variável dependente, é classif**ada como dicotômica (dummy) e está relacionada à presença ou não de um biodistrito instalado.
O levantamento e a disponibilização dos dados que compõem essas variáveis são encontrados em diferentes instituições em países que se alinham com a necessidade e o compromisso de levantamento de informações estratégicas para fins de estatísticas e orientação de políticas públicas.
No Brasil, identif**amos o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como o responsável por disponibilizar dados para 8 (oito) dessas variáveis, enquanto o MAPA, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) e a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), por outras 4 (quatro). Já as variáveis da presença de biodistritos ou equivalente, e a presença de grupo de agricultura local, foram atribuídas às bases da Rede Ecoforte.
Tabela 1. Descrição das variáveis utilizadas no modelo econométrico dos biodistritos para o Brasil (adaptado de Mazzocchi, 2021).
Variável Grupo Indicador (unidade de medida) Fonte
Biodistrito (Redes de agroecologia1) Variável dependente Presença de um biodistrito (rede) no município (binária) Ecoforte
Densidade populacional Variável controle Número de habitantes por km2 IBGE
Renda per capta Variável controle Média de renda do município ($) IBGE
Regiões Variável controle Município como parte de uma região (binária) IBGE
Área Agrícola Utilizável Variável Agrícola Área agrícola utilizada em cada município (ha) IBGE
Pequenos agricultores Variável Agrícola Agricultores do município com área agrícola menor do que a média (número) IBGE
Indicação de origem ou designação geográf**a (IG) Variável Agrícola Número de agricultores que produzindo com IG no município (número) MAPA
Idade dos agricultores Variável Agrícola Média de idade dos agricultores no municio (anos) IBGE
Vendas diretas da fazenda Variável Agrícola (número) Vendas diretas da fazenda em cada município CONAB (PAA)2
Agricultores Orgânicos Variável Agrícola Agricultores orgânicos em cada município (número) IBGE3
Altitude Variável Geográf**a 0 = plano; 1 = montanhas e vales (binária) INPE
Associações sem fins lucrativos Variável Socioambiental Associações sem fins lucrativos em cada município (número) IPEA
Grupo de Agricultura Local Variável Socioambiental Presença de grupo de agricultura local (binária) Ecoforte
Taxa de desemprego Variável Socioambiental Número de desempregados/número de habitantes no município (índice) IBGE

1. O termo Biodistrito descrito por Mazzocchi, 2021 guarda equivalência com o conceito de rede de agroecologia no Brasil.
2. O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do Governo Federal do Brasil tem como um dos objetivos a compra direta de produtores familiares e remuneração diferenciada para produtos orgânicos.
3. O IBGE apresenta um número de produtores orgânicos no Brasil com viés equivocado, pois considera o não uso de tecnologias como defensivos e fertilizantes para caracterizar o sistema de produção.

O modelo econométrico proposto consiste na utilização da regressão logística, um modelo de regressão não linear usado quando a variável dependente é dicotômica. O resultado variável, Y', é a probabilidade de formação ou não formação do biodistrito com base em uma função não linear. Nesse modelo, a estimativa é feita por um procedimento de máxima semelhança, usando-se a seguinte fórmula:


onde α é a constante, Xi é o vetor das variáveis independentes e de controle para o município, i e βi são vetores dos coeficientes.

Essa técnica de análise é frequentemente utilizada para avaliar a intensidade de forças motrizes que alteram os padrões de uso do solo por meio de uma análise geográf**a e estatística e foi utilizada em estudos sobre a mudança do uso do solo na região do Pantanal Mato-grossense (Mendes & Vega, 2011).

Em seu artigo, Mazzocchi (2021) utilizou conceitos de modelo de contingência que avaliam o efeito de complementaridades e semelhanças na formação de alianças, sugerindo que estudos sobre formação de alianças precisam levar em conta as interações entre os níveis dos parceiros, por exemplo, como as suas capacidades interagem e quais as vantagens e desvantagens de medidas mais ou menos refinadas das capacidades organizacionais (Rothaermel & Boeker, 2008).

A utilização desse modelo na Itália possibilitou a classif**ação de diferentes regiões quanto ao potencial de desenvolvimento de biodistritos e uma avaliação mais assertiva das variáveis que cercam essa estratégia.

Considerações e propostas de trabalho

Diversos fatores da teoria econômica espacial foram analisados neste ensaio, entre eles, o que considera que o sucesso no desenvolvimento das atividades está relacionado à disponibilidade de mão-de-obra especializada, a aspectos culturais e à conveniência e às vantagens da aglomeração. No Brasil, considerando-se as características de gigantismo territorial, é mister incluir o fator de distância dos mercados consumidores, ou de hubs logísticos para escoamento da produção orgânica.

Da mesma forma que a organização de produtores orgânicos em biodistritos na Europa ou em redes agroecológicas no Brasil se deve à conveniência da aglomeração, como citado por Cruz et. al (2011), a aglomeração em rede tem sua origem no potencial da troca de informações, que permite que as empresas (nesse caso, agricultores) aprendam com as outras como fazer melhor as coisas.

Já a importância de se considerar a distância dos centros consumidores advém da identif**ação de Fujita e Krugman (1995) sobre as condições suficientes para o surgimento de uma economia monocêntrica como resultado de equilíbrio, especif**amente, quanto ao custo de transporte e o tamanho da população.

No caso dos produtos orgânicos, existe uma distorção importante que deve ser analisada: o preço desses produtos é maior devido ao valor intangível que lhes é agregado por uma população mais escolarizada, normalmente mais concentrada em grandes centros urbanos, e às políticas de compras públicas que atribuem 30% a mais de valor ao preço pago para produtos orgânicos.

Portanto, a teoria neoclássica da localização e do equilíbrio geral para produtos agrícolas ou industrializados em função da distância do epicentro de um mercado consumidor precisa ser reinterpretada quando se trata de produtos orgânicos.

A utilização desse modelo, com suas devidas adaptações à realidade brasileira, pode oferecer às autoridades a base científ**a para a construção de políticas públicas de agroecologia e produção orgânica. No Brasil, o Poder Executivo municipal tem a competência de legislar sobre o uso e ocupação do solo, criando o devido ordenamento territorial, mediante um planejamento adequado (Costa, 2015).

A cultura já instalada e disseminada de cooperação intergovernamental por meio de consórcios públicos poderá recepcionar a construção formal de biodistritos, no nosso entendimento, de maneira facilitada em regiões em que as “redes agroecológicas” já estão presentes.

Entretanto, a adaptação do modelo econométrico de Mazzocchi et al. (2021) deve contar com a inserção de outras variáveis mais conectadas com a realidade brasileira, o que traria ainda mais aderência e confiabilidade ao resultado, além de segurança para o regulador.

O Brasil conta com um modelo de governança bastante sofisticado para os assuntos da agroecologia. A Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO), desestruturada no período de 2019 a 2022, voltará a gerenciar as questões da Política Nacional de Agroecologia e contará com órgãos do governo e representantes da sociedade civil. O colegiado tem por objetivo promover a participação da sociedade na elaboração e acompanhamento do Plano e da Política de Agroecologia, e em especial, propor as diretrizes, objetivos, instrumentos e prioridades.

A validação do conceito apresentado neste ensaio, somada ao esforço para identif**ar as variáveis que precisam ser integradas ao modelo, poderá servir de orientação para estados e municípios na construção de biodistritos.

As diferentes etapas, a partir do reconhecimento da aderência desse modelo à realidade brasileira, deverão contar com contribuições acadêmicas nos níveis de mestrado ou doutorado, com conceitos econométricos que orientem adequadamente a aplicação das políticas públicas para agroecologia.

Foi possível identif**ar a possibilidade de publicação dos conceitos teóricos de Mazzocchi et al. (2021) e contextualizados neste ensaio, uma vez aplicados a realidade brasileira desde que ajustados alguns fatores.

Para isso, será necessário o exercício de validação das variáveis e a aplicação do modelo econométrico no sistema eletrônico R 4.1.12, utilizando-se o mesmo pacote estatístico com a definição das regiões a serem estudadas. Assim, o Conselho Nacional de Municípios poderá ser orientado quanto às possibilidades de adoção de biodistritos para o desenvolvimento da economia nos locais com maior potencial. Os resultados da aplicação do modelo adaptado poderão ser publicados em periódico internacional de maior impacto, dada a importância do Brasil e de sua agricultura orgânica.

Figuras:


Figura 1. Distribuição da concentração de unidades de produção orgânicas por microrregiões (MAPA, 2017).
Figura 2. Distribuição dos consórcios entre municípios voltados à inspeção de produtos de origem animal, conectado ao sistema brasileiro de inspeção (MAPA, 2017).


Figura 3. Total de Consórcios Públicos – Distribuição pelo País (Conselho Nacional de Municípios, 2020)
Figura 4. Redes de agroecologia organizadas com o apoio do Projeto Ecoforte do Banco do Brasil e BNDES (Brasil Ecológico, 2018)


Figura 5. Rede de agroecologia da região do Vale do São Francisco com indicação de unidades de referência (Brasil Ecológico, 2018) Figura 6. Mapa de municípios com signos distintivos registrados e produtos potenciais com identif**ação geográf**a (MAPA, 2023).

Referências:

Alentejano, P. R. R.; Tavares, E. Os grandes projetos de desenvolvimento (GDPs): uma análise crítica a partir da geografia. Terra Livre, v. 1, n. 52, p. 190-233, jan.- jun./2019.

Assis, R. L.; Romeiro, A. R. Agroecologia e agricultura orgânica: controvérsias e tendências desenvolvimento e meio ambiente, n. 6, p. 67-80, jul./dez. 2002. Editora UFP.

Abrucio, F. L.; Franzese, C.; Sano, H. Coordenação e cooperação no federalismo brasileiro: avanços e desafios. In: Cunha, A.; Medeiros, B.A.; Aquino, L.C. (Org). Estado Instituições e Democracia: República. Brasília: IPEA, v.1, p.177-212, 2010.

BRASIL. Lei nº 9.279 de 145 de maio de 1996. Regula os direitos e obrigações sobre propriedade industrial e intelectual no Brasil. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15.5.1996.

BRASIL. Decreto nº 5.741 de 30 de março de 2006. Regulamenta os arts. 27-A, 28-A e 29-A da Lei no 8.171, de 17 de janeiro de 1991, organiza o Sistema Unif**ado de Atenção à Sanidade Agropecuária, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 31.3.2006.

BRASIL. Decreto nº 6.323, de 27 de dezembro de 2007. Regulamenta a Lei no 10.831, de 23 de dezembro de 2003, que dispõe sobre a agricultura orgânica, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28.12.2007.

BRASIL. Instrução Normativa nº 19, de 28 de maio de 2009. Estabelece os mecanismos de controle e informação da qualidade orgânica. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28.05.2009.

BRASIL. Decreto nº 7.794 de 20 de agosto de 2012. Institui a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21.8.2012.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS MUNICÍPIOS. Ficha técnica do consórcio. Disponível em: http://www.consorcios. cnm.org.br/ficha-tecnica/643a47ad-1f86-45c9-b35a-4f0e170b7b6e. Acesso em: 25 maio 2020.

Costa, Nelson Nery, 1959¬. Direito municipal brasileiro 1. 7.a ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2015.

Cruz, B. O. Economia regional e urbana: teorias e métodos com ênfase no Brasil/ organizadores: Brasília: Ipea, 2011.

FAO – ORGANIZACIÓN DE LAS NACIONES UNIDAS PARA LA ALIMENTACIÓN Y LA AGRICULTURA. Panorama de la pobreza rural en América Latina y el Caribe: soluciones del siglo XXI para acabar com la pobreza en el campo. Santiago, 2018.

FiBL, IFOAM - Organics International, 2023. The World of Organic Agriculture 2023. Willer, H., Schlatter B., Trávníček J. (Eds.). Disponível em: https://www.organic-world.net/yearbook/yearbook-2023/contents/download.html. Consultado em: 26 de jul 2023.

Fujita, M.; Krugman, P. When is the economy monocentric? Von Thünen and Chamberlin unified. Regional Science and Urban Economics, v. 25, p. 505-528, 1995.

IPEA, 2017. A política nacional de agroecologia e produção orgânica no Brasil : uma trajetória de luta pelo desenvolvimento rural sustentável / Sambuichi, R. H. R. [et al.] organizadores. Brasília: Ipea, 2017.

Lopes, H. R.; Porto, S. I. Dinâmicas territoriais de redes de agroecologia apoiadas pelo Programa Ecoforte: reflexões sobre histórias, práticas e Unidades de Referência: in Redes de agroecologia para o desenvolvimento dos territórios: aprendizados do Programa Ecoforte. 1. ed. — Rio de Janeiro: Articulação Nacional de Agroecologia — ANA, 2020.

Lima, S. K.; Galiza, M.; Valadares, A.; Alves, F. Produção e consumo de produtos orgânicos no mundo e no Brasil. Texto para discussão / Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. - Brasília: Rio de Janeiro: Ipea, 1990.

MAPA, 2023. Ministério da Agricultura e Pecuária: Disponível: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sustentabilidade/organicos/cadastro-nacional-produtores-organicos. Consultado em: 26 de jul 2023.

Mazzocchi, C.; Orsi, L.; Bergamelli, C.; Sturla, A. Bio-districts and the territory: evidence from a regression approach. AESTIMUM 79, dez. 2021: 5-23.

Mendes, C.A.B.; Vega, F.A.C. Técnicas de regressão logística aplicadas à análise ambiental. Revista Geografia (Londrina) v. 20. n.1 p. 5 a 30 jan abril 2011.
Moura, D. A.; Soares, J.; Araújo Reis, P. G. S.; Farias, L. F. Agricultura Orgânica: impactos ambientais, sociais, econômicos e na saúde humana – Revista do Desenvolvimento Regional - Faccat - Taquara/RS - v. 19, n. 1, jan./mar. 2022.

Oliveira, A. N. As Indicações Geográf**as como forma de valorização dos atributos territoriais de produtos alimentares. Caminhos de Geografia Uberlândia-MG v. 22, n. 83 out./2021 p. 47–65.

Putnam, R. D. Comunidade e democracia: a experiência da Itália moderna. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 1996.

Rothaermel, F.T., & Boeker, W. (2008). Old technology meets new technology: complementarities, similarities, and alliance formation. Strategic Management Journal, 29(1), 47–77.

Schmitt, C. J. Redes de agroecologia para o desenvolvimento dos territórios: aprendizados do Programa Ecoforte. 1. ed. — Rio de Janeiro: Articulação Nacional de Agroecologia — ANA, 2020.

Tomazzoni, G. C.; Schneider, S. Cooperativismo na agricultura orgânica no Brasil: contribuições de Chayanov. Revista de Gestão e Organizações Cooperativas – RGC; Santa Maria, RS, v. 7, Edição Especial, 2020.

Turolla, Frederico & Cattani, Yan & Probst, Marcos & Correia, Leonardo & Takeda, Helcio & Marques, Tulio Henrique. (2020). Projeto INTERGOV - Arranjos Cooperativos Intergovernamentais (Consórcios Públicos).

Vilela, G. F.; Mangabeira, J. A. C.; Magalhães, L. A.; Tôsto, S. G. Agricultura orgânica no Brasil: um estudo sobre o Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos – Campinas: Embrapa Territorial, 2019

Willer, H.; Bernhard S.; Jan T. (Eds.) (2023): The world of organic agriculture. Statistics and emerging trends 2023. Research Institute of Organic Agriculture FiBL, Frick, and IFOAM – Organics International, Bonn. Online Version 2 of February 23, 2023.

Sobre o CCAS
O Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) é uma organização da Sociedade Civil, criada em 15 de abril de 2011, com domicilio, sede e foro no município de São Paulo (SP), com o objetivo precípuo de discutir temas relacionados à sustentabilidade da agricultura e se posicionar, de maneira clara, sobre o assunto.
O CCAS é uma entidade privada, de natureza associativa, sem fins econômicos, pautando suas ações na imparcialidade, ética e transparência, sempre valorizando o conhecimento científico.
Os associados do CCAS são profissionais de diferentes formações e áreas de atuação, tanto na área pública quanto privada, que comungam o objetivo comum de pugnar pela sustentabilidade da agricultura brasileira. São profissionais que se destacam por suas atividades técnico-científ**as e que se dispõem a apresentar fatos, lastreados em verdades científ**as, para comprovar a sustentabilidade das atividades agrícolas.
A agricultura, por sua importância fundamental para o país e para cada cidadão, tem sua reputação e imagem em construção, alternando percepções positivas e negativas. É preciso que professores, pesquisadores e especialistas no tema apresentem e discutam suas teses, estudos e opiniões, para melhor informação da sociedade. Não podemos deixar de lembrar que a evolução da civilização só foi possível devido à agricultura. É importante que todo o conhecimento acumulado nas Universidades e Instituições de Pesquisa, assim como a larga experiência dos agricultores, seja colocado à disposição da população, para que a realidade da agricultura, em especial seu caráter de sustentabilidade, transpareça. Mais informações no website: Link. Acompanhe também o CCAS nas redes sociais:

Mariana Cremasco
MTB: 60.856/SP


Endereço

Pôrto Velho, RO

Notificações

Seja o primeiro recebendo as novidades e nos deixe lhe enviar um e-mail quando Jornal O Guaporé posta notícias e promoções. Seu endereço de e-mail não será usado com qualquer outro objetivo, e pode cancelar a inscrição em qualquer momento.

Entre Em Contato Com O Negócio

Envie uma mensagem para Jornal O Guaporé:

Vídeos

Compartilhar

Categoria