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Simples Assim ,Ver Mais..........................
27/08/2023

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22/06/2023

Vamos voltar ao passado mineiros queridos 😊👇

A composição do HINO DA INDEPENDÊNCIA faz uso de duas figuras de linguagem: hipérbato (que inverte a ordem direta dos te...
07/09/2022

A composição do HINO DA INDEPENDÊNCIA faz uso de duas figuras de linguagem: hipérbato (que inverte a ordem direta dos termos na oração) e metáfora (que altera a conotação das palavras, dando a elas novos sentidos).

“Já podeis da pátria filhos/Ver contente a mãe gentil/Já raiou a liberdade/no horizonte do Brasil”

Na ordem direta, teríamos:

Filhos da pátria, já podeis ver a mãe gentil contente (no caso, a mãe é o Brasil e os filhos são os brasileiros), pois a liberdade já raiou (nasceu) no horizonte do Brasil (ou seja, já se vislumbra a possibilidade de o Brasil ser um país livre).

Observe outro trecho:

“Os grilhões que nos forjava/Da perfídia astuto ardil…/Houve mão mais poderosa:/Zombou deles o Brasil”

Houve uma mão mais poderosa (a vontade do povo) que zombou (riu, desfez-se de) dos grilhões (das amarras) de uma perfídia (astuto ardil, ou seja, uma traição bem arquitetada).

Não podemos nos esquecer de que o eu lírico do poema faz uso da 2ª pessoa do plural para se dirigir ao interlocutor, que são os filhos da pátria. E, como sabemos, o “vós” caiu em desuso no português coloquial há muito tempo, o que deixa o texto ainda mais complicado. “Já podeis…”, não temais…”, “vossos peitos, vossos braços” são exemplos de uso de verbos e pronomes na 2ª pessoa do plural.

Fonte: https://www.stoodi.com.br/.../hist.../hino-da-independencia/

16/07/2022

Um mineiro de Montes Claros, no Norte de Minas, está na lista das pessoas mais inteligentes do mundo. O arquiteto Nelson Rocha, de 36 anos, passou por um teste de QI - conhecido como um medidor de inteligência cognitiva, e atingiu 143 pontos, o equivalente a 99,8% de QI. Com isso, ele foi aceito c...

14/07/2022
Santa Casa Montes Claros Santa Casa de antigamente/ Mara NarcisoHoje com 150 anos e 450 leitos, sendo 80% do SUS, a Sant...
05/06/2022

Santa Casa Montes Claros
Santa Casa de antigamente/ Mara Narciso

Hoje com 150 anos e 450 leitos, sendo 80% do SUS, a Santa Casa de Montes Claros foi criada em 21 de setembro de 1871 pelo primeiro médico da cidade, Dr. Carlos Versiani e o Cônego Antônio Gonçalves Chaves. Faz parte das Casas de Misericórdia, com fins humanitários. O endereço foi no Largo de Cima, depois chamado Praça Dr. Carlos Versiani. Mudou-se para a Avenida Coronel Prates, então Rua Jatobá, em pequena sede, depois foi construído um novo prédio que vem ampliando-se e adquirindo anexos, num tal crescimento que se tornou o hospital mais importante do norte de Minas. Foi administrada pela Congregação das Irmãs do Sagrado Coração de Maria de Berlaar, e de 1911 a 1952 teve em seu comando a holandesa Irmã Beata – Irmã Maria Beatrix - Wilheumina Lawen, uma importante figura da entidade.

Minha mãe Milena Narciso estudou medicina de 1969 a 1974, ano em que se formou pela primeira turma da FAMED - Faculdade de Medicina do Norte de Minas, pertencente à FUNM – Fundação Norte Mineira de Ensino Superior, depois Unimontes – Universidade Estadual de Montes Claros. Logo nos primeiros anos, a ligação da FAMED com a Santa Casa foi grande, com os acadêmicos frequentando o local. Comecei o curso de medicina no ano em que minha mãe finalizava o dela. Quando Milena era chamada para fazer um parto ao hospital onde trabalhou como obstetra por 28 anos, eu ia com ela, que queria incutir em mim o gosto pela obstetrícia. Cheguei a fazer muitos partos, inclusive dois deles gemelares; meu interesse cumpria as cargas curriculares e, estive por mais de um ano frequentando a maternidade de indigentes.

O termo é deplorável, mas naquele tempo as pessoas eram categorizadas ao chegar ao hospital. Nas acomodações mais simples, ficavam as pessoas do Fundo Rural e os indigentes; na outra ala os doentes do INAMPS – Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Nacional. Nos apartamentos ficavam os pacientes particulares. Quase não havia empresas de convênios médicos.

A Irmã Maria Thaís – Albertina Dias Correia era a diretora da Santa Casa; Irmã Veerle – Maria Juliana Wandekeybus comandava a Pediatria, Irmã Malvina a Maternidade, Irmã Irene a Enfermaria de Homens e na Enfermaria de Mulheres, houve um rodízio de freiras.

Os médicos com os quais eu me entendia nos estágios do sexto ano de medicina eram Athos Avelino Pereira, Osmar Avelino Pereira, Cláudio de Souza Lima Pereira, Geraldo Mota, Walter Lima, Paulo Denucci, Maria de Jesus Santos Rametta, Christina Peres, José Rametta, Lício Fábio Gonçalves, Ivan Lopes, Aroldo Tourinho, Konstantin Christoff, Tancredo Macedo, e outros.

Os medicamentos e materiais hospitalares ficavam em móveis metálicos brancos com a chave dependurada na porta. Caso funcionários da administração, médicos, acadêmicos, atendentes de enfermagem (quase não havia técnicos e apenas uma enfermeira no setor da maternidade, que naquela época coordenava as internações) precisassem de algum item, inclusive para usar em si mesmo, era só pegar. Os remédios controlados (não havia tarja nem prazo de validade) ficavam fechados.

Não havia AIDS – Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, assim tudo era reutilizado após ser lavado e mergulhado em antissépticos. As agulhas ficavam rombudas e reutilizadas ad eternum. As seringas eram de vidro e fervidas para a reutilização. As luvas de látex eram lavadas, remendadas com partes de outras luvas e coladas, então, ficavam secando na janela, depois entalcadas e colocadas em caixas de alumínio com comprimidos de formol.

As parturientes vinham com a barriga e a roupa do corpo. Eram paupérrimas em seu vestidinho curto e sandálias de borracha remendada. Nada traziam, e quando a criança nascia era preciso que as freiras arrumassem uma roupinha de doações para vestir o recém-nascido.

As crianças com gastroenterite chegavam morrendo no Pronto Socorro. A doença principal era fome. Pareciam crianças da Somália ou Biafra, mas eram brasileiras. As mães miseráveis eram tão famintas quanto suas crianças. Muitas delas nem chegavam a ser internadas. Vinham dar o último suspiro na porta do hospital. Nada havia para fazer, mas Irmã Veerle fazia mágicas dentro da sua enfermaria, com seu jeito enérgico de estrangeira que nunca aprendeu a falar o Português, operava milagres, muitos deles presenciados por mim naquela época de estudante e depois quando por lá trabalhei durante dez anos.

A Doença de Chagas grassava pelos campos. Pessoas jovens chegavam sem fôlego e inchadas por insuficiência cardíaca ou com megacolon chagásico, sem eliminar fezes por meses. Também eram comuns os casos de esquistossomose com as apavorantes hematêmeses, os vômitos que enchiam bacias de sangue. A morte era quase certa, porque não havia endoscopia ou recurso eficaz para parar a hemorragia.

A leishmaniose cutânea era assustadora e deformante. Um jovem perdeu quase todo seu nariz e ocultava seu rosto deformado com um pano sujo de sangue. Outro homem tinha hanseníase e perdeu todo o seu pé. O técnico em enfermagem colocava o doente sentado à beira da cama, com o pé dentro da bacia de água e ia retirando os pedaços dormentes e soltos.

Uma mocinha tomou veneno de rato. Não havia CTI. Ficou num respirador primitivo na enfermaria por alguns dias. Pela sua boca saiam pedaços da sua garganta. Por fim morreu. Uma mulher foi mordida por cachorro contaminado e pegou hidrofobia. Não havia medicação específica. Ficava sedada trancada num quarto. Não a vi. Era impossível lidar com ela sem medo.

Athos Avelino Pereira era muito humano e examinava os doentes com um respeito impressionante. Geraldo Mota era o mago do diagnóstico. Sentava-se ao lado do leito, com sua mão sobre a barriga do doente e ficava pensando. Não havia ultrassom. De repente ele dizia: vamos abrir. É apendicite. E era.

São vivências da medicina de muitos anos atrás, quando entrei nesse mundo médico.

Fotos Arquivo Maria das Dores Guimarães Gomes

02/06/2022
Tomei muito isso, kkkk
28/05/2022

Tomei muito isso, kkkk

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39400-103

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