08/09/2021
DNA de polarização é Tucano
Por Christiano Lorenzato (*)
Quem não reconhece a História, produz duvida de sua existência, repete por inúmeras vezes uma mesma mentira – crendo que esse fato se torne uma verdade – mas não vira. Por isso se chama História. O dia 7 de Setembro passou. Seus efeitos pragmáticos começam nesta quarta-feira. E quem viver verá.
Em que se tornou o 7 de Setembro? Para entender o hoje, temos que voltar na História. De onde surgiu esse formato de radicalismo, de queda da democracia, da dúvida sobre tudo e o aparecimento de “ávidos” pelo poder à base do “custe o que custar”?
O nome Aécio, te remete a algo? Sim, claro, o PSDB foi o primeiro partido político a colocar em dúvida o sistema eleitoral. Uma pena. Tem gente que chegou agora e já quer mudar a História.
Na eleição de 2014, Aécio e Dilma se enfrentaram no segundo turno. O candidato pelo PSDB, Aécio Neves, teve 51 milhões de votos (48,36%) contra 54,5 milhões (51,64%) da presidente Dilma Rousseff, reeleita pelo PT.
O PSDB duvidou do TSE naquele dia. Em 30 de outubro de 2014, o partido Tucano entrou com um pedido de auditoria no Tribunal Superior Eleitoral a fim de se verificar a “lisura” da eleição presidencial. O questionamento de hoje, não é novidade na argumentação do PSDB de ontem: Na petição, o PSDB cita denúncias e desconfianças na internet e nas redes sociais, argumenta que a sociedade está questionando a veracidade do resultado das eleições e diz que a auditoria é necessária para garantir a “confiança do povo brasileiro no processo eleitoral”. E aí leitor, alguma semelhança?
E foi justamente no dia 7 de Setembro de 2021 que o PSDB pleiteou o DNA Bolsonarista, alegado pelo governador Doria, do “Bolsodoria”, que o presidente tem que ser cassado. O criador (PSDB) quer matar a criatura (Bolsoísmo).
O Flerte tucano com o golpe, faz o PSDB passar o pano. Após o não reconhecimento da derrota nas urnas do então candidato tucano à presidência Aécio chegamos aqui. Na Live do último dia 28 do 7, o presidente usou a teoria do PSDB no discurso. Então, quem caminha pensando no bônus precisa aprender a carregar o ônus. Sem omitir a verdade.
História é História. O resto é criatura e covardia.
(*) Jornalista
Crédito da Foto: RICARDO MORAES/REUTERS