18/08/2024
ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2024 EM NÚMEROS --- A corrida eleitoral em Monte Azul Paulista começou com o registro de 02 chapas ao pleito Executivo no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), seguida pelo registro de 103 pleiteantes interessados em concorrer às 11 cadeiras do Legislativo, na Câmara Municipal "Palácio 08 de Março".
Atualmente, dados do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) sob o cadastro da biometria, indicam que a cidade de Monte Azul Paulista possui cerca de13 mil eleitores aptos à votar.
Os números são interessantes, pois dados do IBGE, demonstram que em população, Monte Azul Paulista possui pouco mais de pessoas acima dos 18 mil habitantes e, desse total, cerca de 5.000 não votam.
Se compararmos o número de representantes na Câmara Municipal para atender aos anseios da população de Monte Azul Paulista, cada 01 dos 11 vereadores, em tese, deveria representar os anseios de pouco mais de 1,6 mil pessoas. Mas, se quiserem um impacto menor da população em questão de cobranças sobre a ação oficial dos eleitos e, atender somente o eleitorado, esse número cairia para um pouco mais de 1,1 mil pessoas.
Isso seria em tese, pois a lógica política baseia-se aglutinação numérica em que os 11 candidatos eleitos são aqueles que conquistam um maior número de eleitores. Por isso, a eleição para vereadores é sempre uma disputa mais árdua.
Num cenário hipotético de empate entre todos os 103 candidatos: cada um deles deveria ter cerca 126 votos para essa situação. Contudo, para eleger 11 pessoas, no mínimo, um candidato em Monte Azul Paulista deveria receber pelo menos 138 votos, ou seja, 12 acima dos outros 10 em que, também para se eleger, cada um, hipoteticamente deveria aglomerar 126 votos + 1 (+2,+3,+4+5+6...) e aumentando de um em um gradativamente, até que os 11 mais votados fossem escolhidos para fugir do empate.
A realidade é bem diferente, pois, com base na eleição de 2020, os eleitos para a Câmara Municipal chegaram de 242 votos (ocupando o 11º lugar) à 694 votos (ao 1º lugar). Houve tempos em que o primeiro lugar para vereador em Monte Azul Paulista foi marcado por mais de mil votos para um único candidato que se destacou em primeiro lugar e o número menor chegou a casa dos 300 votos.
O que a eleição de 2020 demonstrou numericamente foi uma evolução das chapas em organizar e conquistar pessoas que queiram participar do processo equilibrando forças partidárias. Assim, f**a claro, porém não explícito e nem declarado, que cada partido procura concentrar grandes números de votos sempre em 2 ou 3 candidatos para que se consigam mobilizar a população a fim de garantir um número “X” de cadeiras por partido, seja para posição ou oposição ao prefeito eleito.
Já no cargo majoritário (Prefeito), a disputa é menor pois, ganha eleição aquele que atingir 50% dos votos + 1.
No caso da eleição municipal mais recente, o atual prefeito, Marcelo Otaviano dos Santos foi eleito com cerca de 63% dos votos contra os 36% de seu oponente, o ex-prefeito em exercício, "Té" (Antônio Sérgio Leal).
Naquele ano, dos 13.000 eleitores aptos a votar, apenas cerca de 11 mil foram às urnas e cerca de 10 mil votos foram válidos. As abstenções ultrapassaram 2,5 mil.
QUEM SÃO OS PREFEITURÁVEIS (nomináveis por ordem alfabética):
FÁBIO JERÔNIMO MARQUES, 52 anos, advogado, e tem como candidato à vice-prefeito, Estéfano José Sacchetim Cervo, 59 anos, também advogado. Juntos formam a chapa: "PARA MONTE AZUL SEGUIR EM FRENTE" com a coligação de: PP / MDB / PODE / PRD / PSB / UNIÃO / SOLIDARIEDADE / Federação BRASIL DA ESPERANÇA - FE BRASIL (PT / PC do B e PV) / Federação PSDB CIDADANIA (PSDB / CIDADANIA).
MARDQUEU SILVIO FRANÇA, 68 anos, médico e tem como candidato à vice-prefeito, Antônio Arnaldo Gurjon, 75 anos, carpienteiro. Juntos formam a chapa: "É GENTE QUE CUIDA DA GENTE" com a coligação de: REPUBLICANOS / PL / AGIR / PSD.
||| DESAFIO CENTRAL AO NOVO PREFEITO:
Quando falamos em trabalho, os dados do IBGE apresentam cerca de 6 mil pessoas com ocupação (trabalhadores formais com registro em carteira ou empreendedores formais) com a renda média de salário cerca de 2,3 salários mínimos. Dados do SEBRAE apontam para mais 3,5 mil empresas ativas (Pessoa Jurídica) no município em 2024, ou seja, isso compõe 50% do cenário da movimentação das pessoas absorvidas pelo mercado de trabalho.
O Sebrae disponibiliza em seu website, a informação de que há pouco menos de 200 pessoas cursando o Ensino Superior e que precisarão ser absorvidos pelo mercado em breve. Isso consiste numa realidade de muitas cidades do interior em que jovens que cursam faculdade/universidade são obrigados a evadir-se do município por falta de oportunidades.
Porém quando conflitamos o atual mercado de trabalho com a realidade, boa parte do mercado solicita de profissionais qualif**ados, mas que não atendem à demanda e muitos desses que estão em universidade estão díspares com as vagas oferecidas.
Na internet, as pessoas reclamam de emprego e de fato há ainda uma parcela de pessoas que precisam ser absorvida pelo mercado porém, há de se avaliar as condições de oferta e demanda.
Há em Monte Azul Paulista, instituições que oferecem cursos profissionalizantes em parcerias com Sebrae, Senar e outras instituições sem custos para os interessados e, ainda, uma Associação Comercial que sempre oferece, com base na demanda de seus associados, cursos específicos e acessíveis à população.
O novo governante terá como desafio organizar os interesses, demandas e criar novas oportunidades no mercado de trabalho. Um dos temas relativos ao mercado que se arrasta é o Distrito Industrial II, iniciado no final da 1ª gestão de Paulo Sérgio David (falecido recentemente em acidente) e que pode ser que se arraste para a próxima administração. A conclusão deste pode oferecer novas possibilidades de vagas, ofertar demandas dentro da realidade social e educacional das pessoas e ainda fomentar um possível crescimento populacional dada a migração em busca de emprego e um acréscimo considerável no PIB local.
O tema trabalho por si só, é natural de inclusão para o desenvolvimento humano e incide sobre outros setores da gestão pública. Pessoas que trabalham e ganham seu dinheiro conseguem uma vida mais digna, conseguem mudar a qualidade de vida. Uma pessoa sem acesso ao trabalho, atualmente é colocada na considerada zona de risco, à margem da sociedade, sendo uma pessoa mais vulnerável e suscetível àquilo que não demanda de um consenso social adequado.
(Montagem com fotos concedidas pelas assessorias de campanha; com informações do Divulgacand, do TSE; e, dados do IBGE, Sebrae/SP e estudos sociais relativos ao trabalho e assistência social das bases da USP, PUC e UNESP).