10/12/2024
Que "show" de velório foi esse? Deixaram o homem entrar, e as crianças f**aram de fora. (Chamando o Mito)
O que o Bloguinho Mogiano, e o Diario não contaram sobre a passagem do ex presidente investigado por golpe na cidade.
Bolsonaro em Mogi, mas bem longe do Waldemar. 🥲
Xandão liberou Bolsonaro no velório, mas com uma regra de ouro:
Nada de fofoca golpistas com Valdemar.
Para evitar qualquer troca de ideias "indesejadas ou golpistas", proibidas por Xandão, meteram André do Prado presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, e o deputado estadual Lucas Bove entre Bolsonaro e Valdemar. Resultado? Olhares perdidos, silêncio mortal, e o constrangimento sentado no mesmo banco.
Ao final...
Valdemar agradeceu, Bolsonaro subiu no altar, trocaram um abraço e saíram. Tão rápidos que parecia medo do Wi-Fi do Xandão pegar sinal ali na Matriz.
Pós a missa, Bolsonaro saiu da igreja sob aplausos e gritos fervorosos de “mito”, “Lula ladrão, seu lugar é na prisão” e “volta, Bolsonaro”. Em um espetáculo que mais parecia um carnaval fora de época, acenou para os presentes, segurou um bebê no colo – cena clássica e até vexatória de campanha – e entrou no carro.
Ah, a imprensa... Estavam lá, firmes e fortes, com direito a transmissão ao vivo pelo jornal local. Afinal, quem resiste a uma boa dose de populismo em horário nobre, não é? Ah igreja de Deus nunca falta a um evento politico em nossa cidade, seja os católicos ou evangélicos. as vezes ela faz velórios também, mas é na política que os nossos representantes de Deus se destacam. Enquanto isso, quase nada se ouviu sobre a história de vida da homenageada, dona Leila Caran Costa. Por quê?
A missa, que deveria ser um momento de luto e homenagem a dona Leila Caran Costa, virou palco para egos políticos. Em vez de se falar da história dessa mulher, da sua trajetória e do legado que deixa, as manchetes foram dominadas pelos acenos, abraços coreografados e frases de efeito de representantes que enxergam o povo apenas como plateia. Será que, no meio desse desfile de homens “de bem”, que falam de moral, bons costumes e família tradicional, ninguém quis lembrar que ela teve que conviver com um filho do marido fruto de um caso fora do casamento? Deus, pátria e família, mas com um script cheio de edições, não é mesmo?
Vergonhoso é pouco para descrever um cenário em que o ser humano em seu velório f**a em segundo plano, enquanto a politicagem rouba os holofotes.
Mas vamos ser francos: apenas um povo sistematicamente privado de seus direitos fundamentais – sem acesso digno à educação, cultura, lazer, saúde física e mental – poderia se sujeitar a esse tipo de espetáculo vergonhoso. Um povo sem perspectiva, conduzido como massa de manobra, gritando palavras de ordem como apoio para políticos que, o representa, representou, ou, representara nos próximos anos.
Dona Leila Caran Costa, sem dúvida, merecia muito mais do que um palco tomado por interesses alheios ao momento de sua despedida. Seu velório deveria ter sido um espaço de respeito, lembranças e gratidão por sua trajetória. Que Deus, em sua infinita bondade, releve os eventos ocorridos e conceda a ela a paz eterna que tanto merece.
Por trás do nome e do evento político que infelizmente ganhou destaque, estava uma mulher que, com certeza, viveu muito além do que foi exposto. Que seus familiares e amigos (fora da condição de politico) encontrem conforto nas boas memórias e que seu legado seja honrado de maneira digna. Afinal, sua vida foi muito mais do que as circunstâncias que cercaram esse último adeus. Que ela descanse em paz, longe do tumulto e das vaidades terrenas.
Mogi Central Post. escrevendo entre linhas, o que outros não podem, ou não querem $$$$