29/10/2024
Há três anos, Anthony Hoover acordou em um hospital no estado norte-americano de Kentucky e encontrou pessoas raspando seu peito, banhando seu corpo em solução cirúrgica e falando sobre a colheita de seus órgãos. Hoover, conhecido como TJ, tinha 33 anos e havia sido hospitalizado após uma overdose. Os médicos pareciam estar tentando tudo, disseram seus familiares, mas as notícias foram devastadoras: dano cerebral, falta de reflexos, olhos vazios. A equipe médica disse que ele estava com morte cerebral, disse a irmã de TJ, Donna Rhorer, à CNN — uma conclusão explicitada em preto e branco em seus registros médicos — e eles planejavam retirar o suporte vital. TJ também estava registrado como doador de órgãos. Ele era jovem e relativamente saudável. Sua família ouviu de uma organização então chamada Kentucky Organ Donor Affiliates (do inglês, Associação dos Doadores de Órgão de Kentucky), ou Koda, sobre todas as vidas que ele poderia salvar enquanto a dele estava terminando. Eles concordaram que deveriam fazer o que ele queria e permitir que seus órgãos fossem para pessoas necessitadas. Em 29 de outubro de 2021, TJ foi levado para o centro cirúrgico para o procedimento de cinco horas. Menos de duas horas depois, um membro da equipe veio falar com sua família. “Ele não está pronto”, disseram eles. “Ele acordou.” A família de TJ achou que era um milagre. Mas ex-funcionários da organização de doação de órgãos que trabalhavam no caso de TJ dizem que foi uma quebra de confiança — um chamou de “desastre” — que um homem que estava fazendo contato visual, balançando a cabeça para dizer “não” e se debatendo na mesa nunca deveria ter estado na sala de cirurgia. Um homem que deixou o hospital para viver com a família semanas depois não deveria ter corrido o risco de perder a vida. MEU DEUS! 📸😳