29/11/2023
Todos os anos os pais do Vítor levavam o menino à avó, para passar as férias de verão, e voltavam para casa no mesmo comboio no dia seguinte.
Um dia, o Vítor disse aos pais:
′′Já estou crescido. Posso ir sozinho para casa da avó?"
Depois de uma breve discussão, os pais aceitaram.
Despediram-se do filho, dando-lhe algumas dicas pela janela, enquanto o filho dizia:
′′Eu sei... eu sei, já me disseram isso mais de mil vezes!"
O comboio estava prestes a partir e o pai murmurou aos ouvidos:
′′Filho, se te sentires mal ou inseguro, isto é para ti!"... e colocou-lhe algo no bolso.
Agora o Vítor estava sozinho, sentado no comboio como queria, sem os pais pela primeira vez.
Admirou a paisagem pela janela,
Ao seu redor, alguns desconhecidos empurram-se, fazem muito barulho, entram e saem do vagão...
O supervisor faz alguns comentários sobre o facto do menino estar sozinho.
Um passageiro olhou para ele com olhos de tristeza.
O Vítor começou a sentir-se mal a cada minuto que passava e começou a sentir medo.
Baixou a cabeça; sentiu-se encurralado e sozinho, com as lágrimas a escorrerem pelos olhos.
Então lembrou-se que o pai lhe colocou algo no bolso.
Ao encontrar o pedaço de papel leu-o, onde estava escrito:
′′Filho, estou no último vagão!”
Assim é a vida:
Devemos deixar os nossos filhos voar, ir embora, confiar neles, mas sempre estaremos no último vagão, aguardando, caso tenham medo ou encontrem obstáculos que não saibam ultrapassar sem saber o que fazer.
Temos que estar perto, enquanto ainda estivermos vivos.
Um filho precisará sempre dos seus pais!
Autor desconhecido.