30/12/2024
🔶🔹NOTÍCIA POLÍCIAL 🚨🚔🚓👮🎤🤵👥👤🗣️📢📣 | Polícia Civil prende casal por matar e carbonizar corpos de vigilante e segurança de bar em Iranduba.
A motivação do crime estava relacionada a uma cobrança de dívida trabalhista de serviços
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da 31ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus) e do Departamento de Polícia do Interior (DPI), apresentou, nesta segunda-feira (30/12), os resultados das prisões de Felipe Oder Carlos Bezerra e Keronlayne Duarte da Silva de Vasconcelos, ambos de 30 anos, suspeitos pelos homicídios de Bruno França Candido, de 30 anos, e Emanoel de Jesus dos Santos Junior, de 23 anos.
Durante uma coletiva de imprensa, o delegado-geral adjunto da PC-AM, Guilherme Torres, informou que o casal foi preso na quinta-feira (26/12), em cumprimento a mandados de prisão temporária, após menos de um mês de investigação. O crime, classificado como hediondo, foi motivado por uma dívida de trabalho e cometido de forma covarde, causando grande comoção entre os moradores de Iranduba.
“Estamos encerrando o ano com mais uma coletiva. Com essas prisões, superamos a marca de oito mil registros ao longo do ano, tanto na capital quanto no interior do estado, um recorde histórico, inclusive em casos de homicídio. Parabenizo a atuação exemplar da equipe de Iranduba e me solidarizo com os familiares das vítimas. Em menos de um mês, a Polícia Civil conseguiu desvendar esse crime horrendo”, destacou Guilherme Torres.
O delegado Paulo Mavignier, diretor do DPI, também elogiou o trabalho da equipe da delegacia de Iranduba, que rapidamente solucionou o caso. Ele relatou que o crime aconteceu nas proximidades da estrada que dá acesso ao Lago do Limão, na rodovia Manoel Urbano.
“Não posso deixar de destacar o excelente trabalho realizado pela Delegacia de Iranduba. No ano passado, tivemos uma média de 37 homicídios, e neste ano, registramos 13. Embora o número ainda não seja o ideal, conseguimos reduzir significativamente os casos de homicídio em relação ao ano anterior. Esse resultado é fruto de investigações detalhadas e minuciosas, que levaram à prisão de homicidas”, afirmou Mavignier.
*Investigação*
O delegado Raul Augusto Neto, titular da 31ª DIP de Iranduba, informou que as investigações começaram assim que a equipe tomou conhecimento do crime. Durante as diligências, foi constatado que o motivo do duplo homicídio estava relacionado a uma dívida trabalhista cobrada por Bruno, referente ao aluguel de um sítio onde Felipe atuava como chefe de segurança.
“O casal se sentiu ameaçado e, supostamente, extorquido. Keronlayne então teve a ideia de armar uma emboscada e atrair também o amigo de Bruno, Emanoel. No local combinado, houve um desentendimento. Felipe, que era mestre em artes marciais, imobilizou Bruno e, segundo sua versão, desferiu duas facadas no pescoço da vítima. Quando Emanoel tentou intervir, também foi morto a facadas por Felipe”, explicou Raul Augusto.
Após os homicídios, Keronlayne ajudou Felipe a limpar o local do crime, tentando alterar a cena. Posteriormente, Felipe levou os corpos para uma área de mata a cerca de 30 metros, onde acendeu uma fogueira e passou o dia carbonizando os restos mortais. Depois, colocou os fragmentos em sacos e os descartou como lixo.
“O casal foi preso na Rodovia AM-010 e, durante o interrogatório, confessou os crimes. Em um mandado de busca e apreensão, encontramos a arma utilizada nos homicídios, que estava com a numeração raspada. No momento da prisão, eles estavam se preparando para fugir”, finalizou o delegado.
*Trabalho de buscas*
O sargento Adriano Pantoja, do Grupamento de Resgate com Cães do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), relatou que as buscas pelas vítimas começaram assim que a equipe da 31ª DIP solicitou apoio, o qual foi prontamente atendido, iniciando as diligências.
“Um cão farejador foi utilizado para identificar e localizar o local exato onde o crime foi praticado e também o ponto em que os corpos foram incinerados. O animal indicou os restos mortais de Manoel, permitindo que a equipe do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) entrasse em ação para realizar a identificação e elucidar o caso”, explicou o sargento.
A Drª Najara Marinho, do DPTC, informou que um perito do Instituto de Criminalística acompanhou as buscas no local onde os corpos foram incinerados. Pequenos fragmentos ósseos foram encontrados e encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML). Os ossos passaram por exames de radiografia para preservação de vestígios, e a identificação foi confirmada por meio de análise de DNA comparada com amostras fornecidas pelos familiares das vítimas.
*Procedimentos*
O casal responderá pelo culpo homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Felipe também foi autuado em flagrante por posse irregular de arma de fogo. Ambos permanecem à disposição da Justiça.