Aliena Mundi

Aliena Mundi Tratamos de casos sobrenaturais e mistérios sem solução do mundo todo. Descubra seu verdadeiro medo.

NUNCA OLHE PARA A MORTEItabuna, Bahia — 12 de novembro de 2022.João e Caio estavam sentados na beirada do velho sofá da ...
21/12/2024

NUNCA OLHE PARA A MORTE

Itabuna, Bahia — 12 de novembro de 2022.
João e Caio estavam sentados na beirada do velho sofá da minha sala. A luz trêmula do abajur iluminava de maneira inquietante as sombras que pareciam dançar no canto. Eles me olhavam com preocupação, aguardando que eu dissesse algo. Mas eu hesitava. O peso do que tinha feito era insuportável.
— Você está com uma cara... de quem carrega um peso que não dá pra dividir —disse Caio, franzindo a testa.
João ficou em silêncio, mexendo nos dedos. O olhar dele parecia distante, como se estivesse se preparando para ouvir algo que mudaria tudo.
Respirei fundo.
— Não sei se vocês vão acreditar, mas isso não é algo de que eu possa fugir ou esquecer —murmurei, olhando fixamente para o chão.
— O que aconteceu, cara? —Caio insistiu.
— É sobre Isabela... minha filha —finalmente confessei, com a voz trêmula. — Ela estava morrendo. Leucemia avançada. Os médicos disseram que não havia mais nada a fazer. E eu... eu estava desesperado.
João se mexeu desconfortavelmente.
— Aí alguém te contou alguma coisa... né? —ele perguntou, como se soubesse o final.
Eu assenti, sentindo meu coração pesar ainda mais.
— Sim. Foi o Elias, aquele vizinho esquisito. Ele falou sobre... sobre a Senhora Morte. Disse que, se você pedisse com fé e oferecesse algo valioso em troca, ela ajudava. No começo, achei que ele estava louco. Mas quando você está perdendo quem ama... qualquer saída parece boa demais.
Caio arregalou os olhos.
— E você fez isso?
— Fiz —respondi com a voz falhando. — Pedi que salvasse Isabela. Prometi minha vida, minha alma. Tudo o que eu tinha ou teria. E na manhã seguinte...
Engoli em seco, sentindo o peso do que estava para dizer.
— Ela melhorou. Os médicos estavam perplexos. Não conseguiam explicar. Mas eu sabia. Sabia que não era milagre. Era ela... a Senhora Morte.
João olhou para mim com seriedade.
— Mas... se ela melhorou, o que está te deixando assim?
Passei as mãos no rosto, tentando manter a calma.
— Porque eu devia ter imaginado que algo tão grande teria um preço terrível.
Eles ficaram em silêncio enquanto continuei:
— No começo, tudo parecia bem. Isabela sorria, brincava como antes. Mas então as coisas começaram a mudar. Eu ouvia sussurros, mesmo quando estava sozinho. As sombras na casa pareciam se mover. E, à noite, a estátua da Senhora Morte, que Elias me deu como "proteção", começou a se mexer. Primeiro, era só o olhar que parecia me seguir. Mas, uma noite...
Meu corpo tremeu.
— Eu acordei. Tinha um vento gelado no quarto. E quando abri os olhos... lá estava ela.
Caio deu um passo para trás instintivamente.
— Ela quem?
— A Senhora Morte. Em pé, ao lado da minha cama. Alta, esquelética, com sua foice. Os olhos dela eram dois vazios que sugavam tudo ao redor. E ela disse... —engoli em seco— ...disse: “VOCÊ ME DEVE.”
O silêncio tomou conta da sala.
— O que aconteceu depois? —João perguntou, quase num sussurro.
— Ela tocou meu ombro. Era como gelo queimando minha pele. Disse que minha dívida tinha começado. Desde então, Isabela não é mais a mesma.
Caio parecia incapaz de falar.
— Como assim?
— Isabela... mudou. No início, era só o olhar. Vazio. Como se ela não estivesse realmente ali. Depois, começou a falar coisas que uma criança não deveria saber. Palavras em línguas que nunca ensinamos. E, na última semana...
Minha voz falhou.
— Na última semana, ela começou a andar pela casa de madrugada, como se não fosse mais ela. A risada dela ecoava pelos cômodos, mas não era alegre. Era... algo de outro mundo.
João finalmente rompeu o silêncio.
— Você está dizendo que...
— Sim —confirmei, com lágrimas escorrendo. — A Senhora Morte tomou Isabela. Ela não está mais lá. E eu... eu sou o próximo.
O vento soprou pela janela, fazendo a luz do abajur piscar. Caio e João olharam ao redor, tensos.
— Não pode ser verdade, cara... —Caio murmurou.
Um estrondo fez todos pularem de susto. A porta da sala bateu sozinha, e as luzes se apagaram. A escuridão tomou conta, mas foi quebrada por uma risada infantil, vinda de algum canto da casa.
— Papai, vem brincar... —a voz doce de Isabela ecoou, mas havia algo de errado nela. Algo maligno.
O abajur piscou uma última vez, revelando brevemente a figura de Isabela no canto da sala. O sorriso dela era largo demais, e os olhos estavam completamente negros.
João e Caio correram para a porta, mas ela não abriu. A última coisa que vi antes de tudo apagar foi a Senhora Morte atrás de Isabela, segurando sua foice.
Nunca faça um pacto com a morte. Ela sempre cobra. E o preço... é muito maior do que você imagina.
∞FIM∞

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A CORRIDA NA ESCURIDÃOHá muitos anos, numa cidadezinha cercada por campos vastos e silenciosos, algo aconteceu que mudou...
20/12/2024

A CORRIDA NA ESCURIDÃO

Há muitos anos, numa cidadezinha cercada por campos vastos e silenciosos, algo aconteceu que mudou para sempre a forma como enxergávamos a escuridão. Era uma noite comum, fria e tranquila, enquanto minha família e eu visitávamos minha tia. A casa dela, simples e acolhedora, ficava ao lado de outra, mais antiga e misteriosa, onde passaríamos a noite.
A noite caíra rapidamente, e o silêncio da cidadezinha parecia amplificado pela distância das luzes da civilização. O céu era um manto negro, sem lua, com estrelas tímidas que não iluminavam o suficiente para afastar o medo do desconhecido.
Minha irmã estava na casa antiga, ajudando com os preparativos para a noite. Ela me contou mais tarde que, enquanto olhava pela janela do quarto, viu algo no quintal. Era eu. Ou, pelo menos, parecia ser eu.
Eu corria pelo gramado úmido, descalço e desprotegido. No início, ela não achou estranho — talvez eu tivesse me perdido em algum jogo infantil, ou saído sem permissão. Mas então, algo começou a incomodá-la. Eu tinha pavor do escuro. Todos na família sabiam disso. Correr sozinho, àquela hora, na escuridão? Isso era impossível.
Confusa, ela se aproximou da janela, mas hesitou. De repente, sentiu a mão firme de meu cunhado em seu ombro. Ele estava pálido, com os olhos fixos no quintal.
— Não vá lá fora — ele sussurrou, com uma urgência que fez o coração dela disparar.
Minha irmã tentou argumentar, dizendo que precisava me chamar de volta, mas ele a interrompeu.
— Isso não é ele.
O silêncio que se seguiu foi insuportável. Eles ficaram paralisados, olhando enquanto a figura que parecia ser eu continuava a correr, mas de uma forma perturbadora. Não era uma corrida normal. Cada movimento parecia desconexo, como se os pés mal tocassem o chão. Era como se flutuasse, deslizando entre as árvores, rápido demais, com uma leveza antinatural.
— É um chaneque — murmurou meu cunhado, os olhos arregalados. Ele explicou que esses seres eram conhecidos na região por imitarem crianças para atrair pessoas para a floresta ou lugares perigosos.
Minha irmã estava petrificada, e sua mente travava uma batalha entre a razão e o medo. Ela sabia que eu estava na outra casa, mas algo na figura lá fora fazia o sangue dela gelar. Era como olhar para um reflexo distorcido de mim, algo que era familiar, mas profundamente errado.
De repente, a figura parou. Ficou imóvel, encarando diretamente a janela onde estavam. Minha irmã prendeu a respiração. Mesmo na escuridão, ela sentiu que aquele olhar vazio atravessava a alma. Então, sem aviso, o “eu” falso se virou lentamente e começou a andar em direção à casa.
Ela deu um passo para trás, aterrorizada. Antes que pudesse reagir, meu cunhado puxou-a para longe da janela e fechou as cortinas, sussurrando preces desesperadas. Eles ficaram abraçados, tremendo, até que o silêncio do lado de fora fosse absoluto novamente.
Na manhã seguinte, contei para minha irmã que havia dormido profundamente a noite toda na outra casa e não havia saído de lá. Ela e meu cunhado confirmaram: o que quer que estivesse lá fora, não era eu.
Aquela noite nunca foi esquecida. O quintal da casa antiga tornou-se um lugar que ninguém mais ousava atravessar após o pôr do sol.
Até hoje, minha irmã jura que viu algo além da compreensão humana naquela noite. E, às vezes, quando o vento sopra através das árvores ao redor da casa, o som parece ecoar como passos apressados, correndo para a escuridão.
∞FIM∞

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A SENHORA DA PADARIAAna trabalhava em uma padaria charmosa e acolhedora, conhecida pelo cheiro de pães quentes que invad...
20/12/2024

A SENHORA DA PADARIA

Ana trabalhava em uma padaria charmosa e acolhedora, conhecida pelo cheiro de pães quentes que invadia a rua todas as tardes. Ela adorava o que fazia, mas não podia negar que algo estranho acontecia. Desde que começou a trabalhar sozinha durante a tarde, sentia uma presença. Era sutil no começo — um movimento de ar, um som quase inaudível, como se alguém estivesse andando pela loja. Mas o que mais a inquietava eram os reflexos que via nas portas das geladeiras.
Enquanto organizava os produtos, de vez em quando notava algo se movendo pelos reflexos. Não era sua sombra, pois vinha de um ângulo impossível. Quando fechava as portas para verificar, não havia nada ali. Era só ela, o som da geladeira e o farfalhar das embalagens.
As coisas ficaram mais estranhas quando os clientes começaram a comentar.
— Vejo que você tem companhia hoje, menina. Você e a senhora trabalham juntas todos os dias? — perguntou um homem idoso, enquanto pagava pelo seu pão.
Ana, sem saber como responder, apenas sorriu.
— Sim, meu companheiro está por aí — disse, tentando soar descontraída.
Mas a realidade era que Ana trabalhava sozinha. Sempre trabalhou.
Os dias passaram, e os relatos dos clientes se tornaram mais frequentes. Alguns descreviam a mulher como uma senhora de cabelos grisalhos, vestida com algo simples, mas sempre com um olhar bondoso. Outros mencionavam que ela parecia estar ajudando Ana a organizar as coisas. Certa vez, uma mãe com sua filha pequena apontou para o fundo da loja e comentou:
— Que bonita a idosa que está com você! Ela nos deu um sorriso tão gentil.
Ana não sabia como reagir. Sua garganta secava cada vez que ouvia algo assim. Então, começou a pesquisar sobre a história da padaria. Descobriu que, há muitos anos, uma senhora chamada Dona Emília administrava o lugar com amor e dedicação. Ela era conhecida por tratar seus clientes como uma família e por cuidar da loja como se fosse parte de si. Mas, tragicamente, Dona Emília faleceu subitamente, deixando a padaria para novos donos.
Ana começou a conectar os pontos. Talvez Dona Emília nunca tivesse realmente partido.
Naquela noite, antes de fechar, decidiu enfrentar o inexplicável. Arrumou o último cesto de pães, apagou as luzes e falou em voz alta:
— Dona Emília, se é você quem está aqui, obrigada por me ajudar. Espero que saiba que cuido deste lugar com todo carinho.
O silêncio foi a única resposta. Mas, no dia seguinte, algo diferente aconteceu. Uma senhora idosa entrou na padaria e olhou fixamente para Ana. Com um sorriso gentil, disse:
— Você lembra muito a Emília. Ela adoraria saber que o lugar está em boas mãos.
Ana tentou responder, mas as palavras não saíram. Quando olhou novamente, a senhora não estava mais lá.
Desde então, Ana nunca mais teve medo. Se alguma presença estivesse com ela, sabia que era de alguém que apenas queria ver a padaria prosperar. E, de vez em quando, quando olhava pelos reflexos das portas, sorria. Afinal, até mesmo fantasmas merecem um lugar onde se sintam em casa.
∞FIM∞

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O SEGREDO DA MÃE MÁNa pequena vila de Vale Sombrio, as histórias se espalhavam como o vento, carregando segredos e misté...
20/12/2024

O SEGREDO DA MÃE MÁ

Na pequena vila de Vale Sombrio, as histórias se espalhavam como o vento, carregando segredos e mistérios. Mas nenhuma era tão assustadora quanto a lenda da "Mãe Má", uma mulher que vivia isolada em uma casa desgastada pelo tempo, no topo de uma colina. Seu verdadeiro nome era Susana, mas poucos se lembravam disso. Tudo começou com a tragédia que marcou sua vida.
Há doze anos, um incêndio voraz consumiu a casa de Carolina e seu marido, tirando-lhes a vida. Susana, guiada por uma intuição que nunca soube explicar, correu pela noite até a casa da filha. O fogo já lambia as paredes, mas ela ignorou o calor e a fumaça para salvar sua neta, Laura, um bebê com cabelos ralos e um sorriso angelical.
Carolina e o marido, entretanto, já estavam mortos. Quando Susana voltou para sua casa, o pequeno vilarejo viu nela uma he***na. Mas a gratidão logo deu lugar à curiosidade e, mais tarde, ao medo.
Com o passar do tempo, Susana afastou-se de todos. Laura, que deveria estar crescendo rodeada por amigos, nunca era vista fora de casa. As janelas estavam sempre fechadas, as cortinas sempre cerradas. Os moradores começaram a cochichar. Diziam que algo estava errado.
Os boatos tomaram conta das conversas:
– Talvez ela tenha enlouquecido com a morte da filha.
– E se ela nem cuida da menina?
Outros foram ainda mais longe:
– Aposto que Laura nunca sobreviveu ao incêndio. Susana deve estar escondendo algo terrível.
Com o tempo, Susana deixou de ser uma mulher solitária para se tornar um monstro nas histórias de terror que os pais contavam às crianças. “Se você desobedecer, a Mãe Má vai te levar para a casa dela e te prender no porão!” diziam.
As crianças passaram a evitar a casa, os adultos desviavam o olhar quando Susana aparecia na vila. Ela caminhava com passos firmes, carregando uma expressão sombria. Ninguém ousava se aproximar.
Uma noite, doze anos após o incêndio, uma tempestade assolou Vale Sombrio. Os ventos uivavam como almas perdidas, e a luz das velas dançava nas casas. Um grupo de adolescentes, encorajados por histórias e pela adrenalina, decidiu explorar o quintal da "Mãe Má".
Escondidos entre as árvores, avistaram uma figura na janela. Era Laura, agora com doze anos. Seu rosto era pálido, mas seus olhos brilhavam como estrelas na escuridão. Ela sorriu e acenou para eles.
A cena os deixou intrigados. Afinal, Laura parecia saudável, até feliz. No entanto, antes que pudessem ir embora, Susana surgiu no quintal, segurando uma lanterna. Sua voz ecoou como um trovão:
– Quem está aí? Saia agora!
Os jovens fugiram em pânico, mas um deles deixou cair uma lanterna. Na manhã seguinte, encontraram-na pendurada no portão de Susana, com um bilhete preso:
"Laura está segura. Não se preocupem conosco."
Com o passar dos anos, a lenda começou a perder força, mas a curiosidade nunca desapareceu. Certa manhã, um novo boato tomou a vila: Susana havia deixado Vale Sombrio com Laura. No lugar onde ficava a velha casa, os moradores encontraram apenas um bilhete preso em uma árvore:
"Vocês me julgaram sem conhecer minha dor. Laura foi protegida, não presa. Ela é minha luz, e agora está livre para brilhar. Que a bondade guie seus corações no futuro."
A história da Mãe Má deixou de ser um conto de terror e se tornou uma lição sobre julgamento e empatia. Ainda assim, as crianças de Vale Sombrio continuaram contando sobre a bruxa que habitava a colina. E em noites escuras, quando o vento soprava forte, juravam ouvir uma voz sussurrando:
"Cuidem bem dos seus pequenos..."
∞FIM∞

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A MULHER DA ESTRADA ⚠️Era uma noite de abril de 2019, em Minas Gerais, quando meus pais pediram um favor incomum. Eles t...
20/12/2024

A MULHER DA ESTRADA ⚠️

Era uma noite de abril de 2019, em Minas Gerais, quando meus pais pediram um favor incomum. Eles tinham uma casa alugada em um bairro afastado de Betim, cerca de quarenta minutos de Belo Horizonte. O inquilino ligou avisando que precisava entregar o aluguel naquela noite, pois viajaria cedo no dia seguinte. Meus pais, com compromissos em um casamento, pediram que eu fosse buscar o dinheiro.
Naquele dia, eu estava visitando minha amiga Mariana em Contagem. Sem planos para o resto da noite, aceitei o pedido. Seria uma oportunidade de conhecer melhor o bairro. Para ser sincero, eu quase nunca ia lá e nem sabia onde exatamente ficava a casa. Meu pai passou as instruções:
— Da entrada principal, siga reto por cinco quarteirões e vire à esquerda. Passe três quarteirões. É a casa de dois andares, a única naquela rua.
Cheguei ao bairro por volta das 20h30. Era uma região que parecia movimentada à primeira vista. Crianças brincavam, carros iam e vinham, pessoas passeavam com cachorros. Mas, ao virar na rua indicada, o cenário mudou. O lugar ficou quieto demais. As casas estavam escuras, as ruas, vazias, e o ar parecia pesado. Era como se eu tivesse atravessado para um lugar onde o tempo parou.
Na porta da casa, bati algumas vezes. O inquilino demorou a abrir e, quando o fez, tinha uma expressão séria, quase assustada.
— Você chegou tarde. Aqui está o dinheiro. Contou rápido? Bem, então vá embora. Aqui não é lugar para estar à noite. E na estrada... é ainda pior.
Fiz que sim com a cabeça, agradeci e saí. Enquanto caminhava de volta ao carro, as palavras dele ecoavam na minha mente: “Aqui não é lugar para estar à noite. E na estrada é pior”.
Ao ligar o carro, voltei pelo mesmo caminho. Chegando na avenida principal, fiquei mais tranquilo ao ver algumas pessoas nas calçadas. A rua ainda tinha vida, mas algo no aviso do inquilino me incomodava. Resolvi ligar o rádio e cantar para me distrair.
Entrei na estrada rumo à BR-381. Logo no início, perto de uma antiga fábrica de alimentos para animais, meus olhos captaram algo incomum. A poucos metros do acostamento, uma figura se movia. Era uma mulher, caminhando devagar. Usava um vestido preto, longo, que quase tocava o chão. Seus cabelos caíam sobre o rosto. Um calafrio percorreu meu corpo. O ar dentro do carro ficou gelado, mesmo com o ar-condicionado desligado.
Eu sabia que não deveria olhar diretamente para ela. Mantive os olhos na estrada, mas senti algo me puxando, como se implorasse para que eu olhasse. Minhas mãos suavam no volante, o coração acelerava. Apertei o volante com força e aumentei o volume da música, tentando ignorar aquela presença.
Quando finalmente cheguei em casa, meu amigo Pedro, que me esperava para assistirmos um jogo de futebol, notou algo errado.
— O que aconteceu? Você está branco como papel!
Contei o que vi. Ele ficou pensativo, mas me tranquilizou, dizendo que era melhor não pensar mais naquilo. Ainda assim, naquela noite, eu não consegui dormir direito. A imagem da mulher continuava viva na minha mente.
Na manhã seguinte, contei aos meus pais o que aconteceu. Ambos se entreolharam, preocupados. Meu pai falou primeiro:
— Filha, essa mulher... nós também já a vimos. Foi em 2015, quando pegamos o aluguel tarde da noite. Ela estava na mesma estrada, e a sensação foi a mesma. Desde então, evitamos ir à noite.
Minha mãe completou:
— Dizem que quem olha diretamente para ela pode perder o controle do carro ou adoecer sem explicação. Outros contam que ela é o espírito de uma mulher atropelada ali anos atrás.
Pedro também compartilhou o que sabia. A mulher da estrada era uma lenda local, algo que os moradores mais antigos evitavam discutir. Alguns diziam que ela estava presa entre esse mundo e o outro, vagando em busca de justiça. Outros acreditavam que ela era uma presença maligna, algo que não deveria ser enfrentado.
Desde aquele dia, evito dirigir sozinho por estradas desertas, especialmente à noite. Mesmo agora, anos depois, ainda sinto um calafrio ao lembrar daquela noite em abril. E, às vezes, ao olhar pelo retrovisor, me pergunto: “E se ela estiver me seguindo?”
∞FIM∞

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SOMBRAS DE UM AMOR INESQUECÍVELA chuva tamborilava incessantemente contra as janelas de uma antiga casa colonial no cent...
20/12/2024

SOMBRAS DE UM AMOR INESQUECÍVEL

A chuva tamborilava incessantemente contra as janelas de uma antiga casa colonial no centro de Ouro Preto, como se o próprio céu chorasse por um sofrimento que parecia imensurável. Dentro da sala, iluminada apenas pela luz pálida de uma lamparina, Clara, uma jovem de vinte e seis anos, observava o horizonte encoberto pela neblina. Os dias pareciam intermináveis desde que havia perdido Joaquim, o amor de sua vida, em um trágico acidente ocorrido na Estrada Real, em 15 de agosto de 1957. O vazio em seu peito era como uma chama que queimava incessantemente, alimentada pela saudade e pelo amor inacabado.
Joaquim era a razão do seu sorriso. Juntos, haviam caminhado pelas ladeiras de pedra da cidade, conversado por horas sob o cruzeiro da Igreja de São Francisco e trocado juras de amor eterno às margens do Rio das Velhas. Cada memória com ele era uma joia que agora parecia perdida no abismo do tempo. Sua partida fora abrupta, uma virada cruel do destino. Uma curva traiçoeira, uma noite chuvosa, e o mundo de Clara desmoronou.
Os dias que seguiram ao acidente foram um borrão de dor e confusão. Ela se recusava a aceitar que ele havia partido para sempre. A casa que antes era cheia de riso e cumplicidade agora estava mergulhada no silêncio. Cada canto trazia a lembrança de Joaquim, cada objeto parecia carregar sua essência.
Certa noite, enquanto uma tempestade castigava a cidade e os trovões ecoavam entre as montanhas, Clara ouviu um sussurro que a fez congelar. Pensou que fosse apenas o vento atravessando as frestas da casa, mas então a voz se repetiu, clara como a luz do dia:
— Clara...
Era a voz de Joaquim, suave e carregada de uma ternura que fazia seu coração disparar. Assustada, mas tomada por uma esperança irresistível, ela correu até o corredor.
— Joaquim? É você? — perguntou, com a voz trêmula.
O silêncio foi sua resposta, mas, no canto da sala, algo chamou sua atenção. Uma figura nebulosa, quase etérea, tomou forma. Era ele. Embora seu rosto estivesse envolto em sombras, Clara reconheceu o brilho inconfundível de seus olhos castanhos.
— Estou aqui, Clara — disse ele, sua voz carregada de emoção.
Lágrimas desceram pelo rosto de Clara enquanto ela dava um passo em sua direção. Desejava tocá-lo, sentir o calor de suas mãos novamente, mas uma parte dela sabia que aquilo não era real.
— Por que você teve que partir? Por que me deixou? — soluçou ela.
Joaquim deu um passo para mais perto, embora sua presença continuasse envolta em uma aura intangível.
— Eu nunca quis deixá-la, meu amor. Mas meu tempo aqui terminou. Vim apenas para dizer adeus e pedir que você encontre forças para seguir em frente.
Clara balançou a cabeça em negação, incapaz de aceitar.
— Não posso! Como posso viver sem você?
— Você consegue, Clara. Porque o amor que compartilhamos nunca vai desaparecer. Ele viverá em você, em suas memórias e em cada passo que você der. Eu quero que seja feliz, que continue a viver e amar.
Clara soluçava, mas, no fundo, sabia que ele estava certo. Não podia se prender à dor para sempre.
— Eu te amo, Joaquim... Para sempre.
— E eu sempre a amarei, Clara. Até que nos reencontremos um dia, além das estrelas.
Com essas palavras, a figura de Joaquim começou a se dissipar. Clara estendeu a mão, tentando segurar algo que sabia ser inalcançável. Quando ele finalmente desapareceu, a sala ficou em silêncio absoluto.
Nos meses seguintes, Clara mergulhou em sua paixão pela pintura, algo que Joaquim sempre incentivara. Ela começou a retratar paisagens de Ouro Preto e cenas de momentos felizes que viveram juntos. Suas obras tornaram-se conhecidas pela beleza e pela emoção que transmitiam, atraindo visitantes de toda parte.
No ano seguinte, no aniversário de sua partida, Clara inaugurou uma exposição no museu da cidade, dedicando-a a Joaquim. Enquanto caminhava pelas galerias, sentiu uma brisa leve e ouviu, em sua mente, a voz dele dizendo:
— Estou orgulhoso de você, meu amor.
Sorriu, com o coração cheio de gratidão. Entendeu que, embora Joaquim tivesse partido, o amor entre eles era eterno. E, ao viver plenamente, estava honrando tudo o que eles haviam compartilhado. Clara encontrou a paz que tanto buscava, sabendo que um dia, em um lugar além do alcance do tempo, eles se reencontrariam.
∞FIM∞

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20/12/2024

VIDEO ASSUSTADOR PARA QUEM CURTE FILME DE TERROR ... ̧ão ゚

20/12/2024

ALGUEM SABE ME INFORMAR O QUE ACONTECEU NESSE VIDEO ? ̧ão ゚

19/12/2024

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Londrina, PR

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