Carlos Chinellato

Carlos Chinellato Publicações de interesse abordando vários temas e extraídas da rede social Facebook, com a final

Muito bom!
17/08/2022

Muito bom!

O Jabaquara Atlético Clube é um tradicional clube de Santos, no litoral paulista. O centenário clube tem esse nome por ter sido fundado no bairro do Jabaquara, e o bairro, por sua vez, carrega esse nome por ser o local em que se encontrava o Quilombo do Jabaquara.

O Quilombo que chegou a abrigar cerca de 10 mil pessoas possuía uma especificidade que não se viu em outros quilombos Brasil afora. Ele não foi produto direto das lutas entre escravos e senhores, não foi auto-organizado pelos que nele viviam, como é o caso do Quilombo dos Palmares, de Orobó, do Ambrósio e tantos outros. O Quilombo do Jabaquara foi fruto da ação de políticos abolicionistas, tendo os pretos escravizados um papel passivo na construção específica deste, tanto que seu líder, Quintino de Lacerda, foi delegado pelos organizadores para ocupar tal posto, não tendo surgido espontaneamente. A formação do Quilombo de Jabaquara teve a sua formação, segundo Clóvis Moura, subordinada às peculiaridades da ideologia dos abolicionistas e não às lutas espontâneas dos escravos.
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04/03/2022

Woodstock Mineiro

Chico Buarque e Milton Nascimento na abertura do lendário Show do Paraíso – festival que reuniu uma multidão ao ar livre em uma fazenda em Três Pontas (MG), organizado por Milton e outros artistas em 1977, em plena ditadura militar.

Veja mais em:

Semióticas – Milton no Clube da Esquina

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04/03/2022

03 de março: Os 75 anos de "Asa Branca".
(Texto de Renildo Carlos)

Em 2009, a revista Rolling Stone Brasil publicou uma lista com as 100 maiores músicas da história do Brasil. A música de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira apenas ficou atrás de Carinhoso (Pixinguinha), Águas de Março (Tom Jobim) e Construção (Chico Buarque). Porém, até chegar nos louros da glória, a canção foi até motivo de piada. No dia 03 de março de 1947, Luiz Gonzaga gravava nos estúdios da RCA/Victor (Rio de Janeiro) a composição dele com o advogado Humberto Teixeira, que demorara dois anos para ser finalizada e ficaria imortalizada como um verdadeiro hino para os nordestinos em busca de melhoria de vida no sudeste do país. A gravação foi acompanhada pelo grupo Regional do Canhoto, conhecido e requisitado na época de ouro do Rádio.

Ao terminar os trabalhos no estúdio, Canhoto, o líder da banda, olhou para Gonzaga e comentou, enquanto rodava um chapéu em busca de moedas, ao som da canção:

— Isso é música para cego pedir esmolas na rua.

Com tom de anedota, Canhoto sequer apostaria que "Asa Branca" tornar-se-ia uma verdadeira referência cultural e influenciadora criativa intocável para toda a música popular brasileira. Quiçá, internacional. Duas versões da música foram registradas: A primeira foi gravada pelo próprio rei do Baião em forma de toada e levou o artista pela primeira vez ao cinema, tocando a música no filme "O Mundo é um Pandeiro". Um momento importante de transposição dos gêneros musicais nordestinos para a mescla com o choro carioca. A outra versão, a mais divulgada, é de 1952. "Asa Branca" foi essencial para preparar o terreno para o Baião, uma febre nacional, coroando a Majestade com o seu reinado característico ao final dos anos 1940.

Escute "Asa Branca" de 1947: https://www.youtube.com/watch?v=YWjqdlIL1Ao .

Com certeza, "Asa Branca" traz uma pérola da carreira de Gonzagão. A canção demonstra uma identidade do homem sertanejo, da sua música e do seu povo. Traz o protesto visualizado na música, com o drama gritado pelo seu mais puro representante artístico, enquanto a seca expulsa o morador de sua casa. Como destino, é a narrativa da condição humana que trava diariamente sua luta pela sobrevivência. E, através da poesia e da reinvenção da toada, o povo nordestino dava mais um passo à frente.

A linguagem, a sanfona e o devir ajudaram outras pessoas, até estranhas ao ambiente sertanejo, a vivenciar o sofrimento de uma nação tão distante, mas tão próxima. Coisas que só a música consegue traduzir.

Viva o Imperador sonoro do sertão.
Viva o Nordeste!

05/02/2022

Cerca de 80% dos negros que hoje se auto-denominam brasileiros vêm das terras de Moïse.

A maioria (inclusive exímios militantes) não sabe disso.

As regiões que hoje são denominadas Congo e Angola (principalmente) eram os reinos Kongo, do Ndongo, Luba... Reinos que no século 12 já possuíam prédios de 5 andares (pra vocês terem uma ideia). A derrubada desses reinos a partir do século 16 trará, durante 400 anos, milhares de pessoas escravizadas pro brasil. (Por favor, parem de falar em "tribo".)

O português "brasileiro" é, na realidade, um português-kimbundu-Kikongo (principalmente), línguas de povos oriundos daquela região. Pra sermos historicamente precisos, deveríamos cantar que "nessa cidade - quase - todo mundo é de Ndandalunda" (com todo respeito a Ọ̀ṣun).

O brasil é uma extensão do Kongo, mas não sabe disso. Ou não quer saber. Você reparou na cor dos assassinos de Moïse? Viram o vídeo? O furor?

Ódio do Kongo. Ódio da África. Um ódio leopoldo (leopoldo II foi um belga, responsável pelo massacre de 6 milhões de congoleses no século 19. Procure saber sobre a relação dele com políticos brankkkos brasileiros).

O Congo é uma das regiões africanas mais ricas em minérios do mundo. Matéria prima pra computador, celular, nave espacial... Sai tudo de lá. Por ser um país rico, o Congo se tornou um inferno. Os europeus só irão descansar quando retirarem a última grama de coltan daquele solo. Eles fomentam sangrentas guerras internas, o que tem obrigado, na atualidade, milhares de irmãos a saírem de lá refugiados.

Ao saírem de lá, os congoleses chegam no brasil e encontram antigos irmãos que não os reconhecem. O brasil odeia a África. Não sabe nada de África. Apesar da sua nítida africanidade. (A brasilidade, minha gente, é uma lobotomia.)

Em 2018 eu tive a honra de poder traduzir o primeiro livro do brasil com textos, cartas e poemas de Patrice Lumumba (uma produção, como sempre, autônoma). Lumumba foi um pan-africanista que deu a vida pela luta de descolonização do Congo. Inspiração pra Malcolm X, Maya Angelou, Carlos Moore... Ele foi brutalmente assassinado com a participação, inclusive, da ONU. Há uns 2 ou 3 anos, o assassino de Lumumba contou detalhes de sua morte. Lumumba foi queimado em ácido. O assassino - um homem brankkko - devolveu ao Congo um dente que arrancou de Lumumba. Ele não sofreu nenhuma punição.

Na época do livro, pude contar com parcerias importantíssimas, incluindo Zaus Kush, que legendou o filme sobre a vida de Lumumba (inédito no brasil) , e Abisogum Olatunji, que fez uma emocionante pesquisa de fotos.

Tentei organizar lançamentos desse livro em diversos lugares do brasil, mas fui vencida. Dentre alguns problemas que enfrentei, 2 coletivos feministas negros universitários - de Goiânia e de Brasília - barraram o lançamento do livro em um 2 eventos "negros". Porque falar de Lumumba, de Congo, de África, de refugiados, em como tudo isso tem a ver com o brasil... não tá na moda. (Moda é falar de bbb, e pegar dinheiro de fundação que esteriliza mulher preta. Mas pagando bem, que mal tem, né?)

Esse texto não tem um objetivo. Ele é, sei lá... um lamento. Um lamento de quem hoje olha ao redor e silencia. Um lamento de quem não acredita em quase mais nada.

Desejo força à família de Moïse. Que o quiosque arda em chamas. Saúde mental pra sobreviver nesse inferno. E África para os africanos.

"Faremos do Congo o centro de iluminação de toda a África." Eu ainda sonho o sonho de Lumumba.

~Anin Urasse

24/12/2021

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24/11/2021

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