A INCONFUNDÍVEL, ALCIONE!!
Comemorando mais de 50 anos de carreira - contados a partir do lançamento de um compacto em 1972 -, Alcione Marrom completa nesta quinta-feira, dia 21 de novembro exatamente 77 anos de vida!
Nascida Alcione Dias Nazareth em São Luís, Maranhão, a cantora, compositora e multi-instrumentista recebeu em casa a influência musical de seu pai, João Carlos Nazareth, mestre da banda da Polícia Militar do Maranhão e professor de música!
Com o pai aprendeu a tocar diversos instrumentos de sopro, como o clarinete, que começou a estudar aos 13 anos - com essa idade, tocava e cantava em festas de amigos e familiares!
Em 1968, Alcione Marrom mudou-se para o Rio de Janeiro, começando a trabalhar em uma loja de discos, o que contribuiu na pluralidade de seu na universo musical, que passeia desde o Bolero, Samba, MPB, Jazz e Blues!
Começou cantando na noite, levada pelo cantor Everardo, que ensaiava no Little Club, boate situada no conhecido Beco das Garrafas, reduto histórico da Bossa Nova, em Copacabana!
Nessa mesma época, assinou o primeiro contrato profissional com a TV Excelsior, apresentando-se no programa “Sendas do Sucesso”; e no ano de 1970 começou a apresentar-se com o saudoso cantor Emílio Santiago, na boate “Preto 22”, de Flávio Cavalcanti, em Ipanema!
Eclética, Alcione Marrom caiu no Samba por sugestão do músico e compositor Roberto Menescal, então diretor da Philips!
A “voz vitoriosa” recebeu importante apoio de Jair Rodrigues, sambista já estabelecido, e lançou seu primeiro disco com o sugestivo título de 'A Voz do Samba' (1975), o qual de cara emplacou dois sucessos: 'Não Deixe o Samba Morrer' (Edson Conceição e Aluísio) e 'O Surdo' (Totonho e Paulinho Rezende)!
Dentre outros êxitos de sua linda trajetória artística, destacamos 'Pra quê Chorar' (Baden Powell e Vinicius de Moraes); 'E Vamos à Luta' (Gonzaguinha); 'Estranha Loucura' (Michael Sullivan); 'Meu ébano' (Neneo e Paulinho Rezende); 'Você Me Vira a Cabeça'
“Negro é a raiz da liberdade/Negro é uma cor de respeito/Negro é inspiração.” (versos de “Sorriso negro”, de autoria de Jorge Portela, Adilson Barbado e Jair de Carvalho)!
O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro, mesmo dia que o líder do Quilombo de Palmares, Zumbi dos Palmares foi assassinado, no ano de 1695 - a data nos convida a refletir sobre a participação fundamental do negro na construção da sociedade e da cultura brasileira!
O momento é de celebração e de conscientização sobre a força, a resistência e o sofrimento que a população negra vive no Brasil desde a colonização!
A luta contra o racismo é diária, e temos que discutir o racismo e promover a ideia de integração igual da população negra na sociedade, lutando a favor do respeito e contra a exclusão e a desigualdade social!
Além disso, devemos reforçar a importância da cultura afro-brasileira, que influencia todos os campos da nossa identidade, entre eles a música - do Samba, Choro, Jazz, Blues ao Rock and Roll, todo e qualquer gênero de música possuem laços com a musicalidade negra!
Neste importante dia, fiquem com o clássico de Wilson Baptista e Marino Pinto, ''Preconceito'', na sublime interpretação do saudoso sambista Roberto Ribeiro!
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Um dos maiores parceiros do genial Luiz Gonzaga (o outro foi Humberto Teixeira), o pernambucano Zé Dantas (1921 - 1962) nasceu na cidade pernambucana de Carnaíba, no Sertão do Pajeú!
Começou a arte de compor xotes, baiões e toadas ainda na adolescência, adquirindo um vasto conhecimento das tradições e raízes sertanejas!
Influenciado pela família, Zé Dantas ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade do Recife, em 1942, nunca deixando a verve artística de lado!
O histórico encontro com Luiz Gonzaga - O Rei do Baião aconteceu no Grande Hotel, em Recife, então localizado no Cais de Santa Rita, onde o homem tímido mostrou suas composições ao grande mestre da Música Popular Brasileira!
Em 1949, formou-se em Medicina, e no ano seguinte foi para o Rio de Janeiro para fazer residência no Hospital dos Servidores - nesse período, atingiu o auge da parceria com Gonzagão, passando a ganhar dinheiro com o sucesso de suas músicas!
Suas parcerias são consideradas clássicos de nosso cancioneiro, a exemplo de 'Vem Morena', 'Riacho do Navio', 'A Volta da Asa Branca', 'Xote das Meninas', 'Forró de Mané Vito', dentre tantos outros!
José de Souza Dantas Filho partiu no Rio de Janeiro no dia 11 de março de 1962, não sem antes nos legar uma vasta e considerável obra que contribuiu e muito para o grandioso sucesso do Luiz Gonzaga!
Nesta singela homenagem ao ‘Dotô da Música Nordestina’, curtam o sucesso "Cintura Fina" (Luiz Gonzaga/Zé Dantas), em versão ao vivo com outro gigante da Música Popular Brasileira, o mestre Jackson do Pandeiro o Rei do Ritmo!
Zé Dantas segue vivo, grandioso e incontestável!
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Nesta terça, o Som do Animal tem a honra de contar a história de uma verdadeira obra-prima de nosso rico cancioneiro - ''Desenredo'', composição dos mestres Dori Caymmi e Paulo Cesar Pinheiro!
A origem deste clássico da Música Popular Brasileira foi prosaica - torcedor do Fluminense Football Club e amante de uma boa ''pelada'', Dori Caymmi se machucou durante uma partida de futebol entre amigos, fato ocorrido nos idos de 1976!
Numa dividida, o filho de Dorival Caymmi acabou estourando o tendão calcâneo e se viu obrigado a ficar de molho durante um tempo - “Cheguei até a operar. Deprimido, tive raiva do mundo. Meu pai, que era um homem muito sábio, tomou uma decisão. Disse assim: ‘Coloquem o violão do lado dele, porque de repente o Dori se acalma’. Não deu outra”, recorda o músico!
Dori, então com 33 anos, que ficava muito tempo na cama, passou a dedilhar o violão, e começou a se lembrar dos tempos de estudante em Cataguases, na Zona da Mata mineira, cidade onde morou dos 12 aos 14 anos!
Bateu a saudade de Minas Gerais, dos amigos do colégio, dos professores e da cidade, sempre muito receptiva!
“Deu aquela nostalgia. Quando veio tudo isso à memória, comecei a fazer os primeiros acordes de ''Desenredo'' - além do mais, estava lendo João Guimarães Rosa e me lembrei de uma música que minha mãe sempre cantava no Natal, que remetia aos hinos de Ouro Preto. Foi assim que surgiu o refrão ‘Ê Minas/ Ê Minas/ É hora de partir/ Vou-me embora pra bem longe’”, explica Dori Caymmi!
Tão logo possível, Dori Caymmi mostrou a composição ao amigo Paulo Cesar Pinheiro, a quem encarregou de escrever o restante da letra. Até hoje, Pinheiro considera a canção “um verdadeiro mistério”. Ele explica que os versos não se referem a nenhum lugar específico do estado. À medida que foi escrevendo, imagens mineiras foram passando por sua cabeça!
“Vinham as lembranças dos sertanejos, daquelas pessoas de beira de estrada sentadas
O Som do Animal, orgulhosamente, resgata desta vez a história de uma grande canção composta pelos brilhantes Herivelto Martins e David Nasser - o tango 'Carlos Gardel', feito especialmente para o cantor Nelson Gonçalves!
O início desta composição remete a um dos maiores cantores da Música Popular Brasileira: Francisco Alves, também conhecido como Chico Viola!
Francisco Alves, 'O Rei da Voz' não viajava de avião - ele ficara impressionado com a forma como morreu o maior dos cantores de Tango, o franco-argentino Carlos Gardel, vítima de um acidente aéreo em 1935!
Tinha verdadeiro medo de avião, pavor de morrer como o grande Carlos Gardel!
Mas o destino é indiferente às preferências e providências dos mortais: Francisco Alves faleceu em um acidente rodoviário, ao anoitecer do dia 27 de setembro de 1952, na Rodovia Presidente Dutra!
Herivelto e Nasser compuseram o Samba, 'Francisco Alves', em homenagem ao amigo e cantor!
Pensando na outra faixa do disco, em 1954, Herivelto e Nasser criaram 'Carlos Gardel', uma música que enaltece as glórias do maior nome do Tango de todos os tempos!
Fiquem com essa joia rara de nosso cancioneiro, na inconfundível voz de Nelson Gonçalves - Eterno, acompanhado pelo grande bandoneonista e maestro Ubirajara Silva (pai de Taiguara Chalar Da Silva)!
Um clássico absoluto da boa Música Popular Brasileira!
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Falastrão, conquistador, polêmico e dono de múltiplos talentos - assim podemos resumir os atributos do homenageado do Som do Animal desta ocasião - Ronaldo Bôscoli!
Ronaldo Fernando Esquerdo e Bôscoli (Rio de Janeiro, 28 de outubro de 1928 — Rio de Janeiro, 18 de novembro de 1994) foi um incrível compositor, escritor, produtor musical, lançador de talentos, assessor de imprensa e jornalista brasileiro, que marcou época, tanto para produzir quanto para envolver-se em polêmicas!
A árvore genealógica de Ronaldo Bôscoli é um assombro - sobrinho-bisneto da lendária compositora Chiquinha Gonzaga, sobrinho dos grandes nomes do teatro Geysa Bôscoli e Jardel Bôscoli, primo do radialista Héber de Bôscoli e do famoso ator Jardel Filho!
Bôscoli teve como primeira profissão o trabalho como jornalista esportivo no jornal, 'Diário da Noite' (1951), época que iniciou amizade com o então poeta e diplomata Vinicius de Moraes, que já flertava com sua irmã, Lila, com quem se casaria tempos depois!
A inteligência de Ronaldo Bôscoli era uma coisa incomum, extraordinária - falava de todo assunto, sacava tudo com um humor deliciosamente cáustico; uma elegância inglesa numa alma profundamente carioca, este que foi um dos pilares da Bossa Nova que atravessou todas as fronteiras do planeta!
Fez parte do grupo que, a partir de 1957, reunia-se no apartamento de Nara Leão para tocar e cantar músicas que mais tarde seriam caracterizadas como Bossa Nova - na ocasião, escreveu diversas crônicas para o jornal “Última Hora” referindo-se à Bossa Nova!
No final do ano de 1957, ao lado de Carlos Lyra, Sylvia Telles, Roberto Menescal e Luiz Eça, participou do show realizado no Clube Hebraica (RJ), espetáculo que já era anunciado como “grupo bossa nova apresentando sambas modernos”!
Amigo e uma espécie de guru de uma enormidade de músicos e artistas, Bôscoli foi um tremendo conquistador que teve em seu currículo cantoras como Maysa Monjardim, El
Uma das músicas compostas pela dupla Evaldo Gouveia e Jair Amorim, o bolero "Brigas", era a canção que o saudoso cantor Altemar Dutra gostaria de ser lembrado no futuro!
"Brigas" era a primeira faixa do álbum de Altemar Dutra, 'Sinto que te amo', de 1966, fato corriqueiro na carreira do intérprete, o qual sempre incluiu duas ou três canções da dupla Evaldo Gouveia e Jair Amorim em seus discos!
Em parceria com o compositor capixaba Jair Amorim (1915 – 1993), a quem foi apresentado em 1958, o cearense Evaldo Gouveia (1928 – 2020) construiu uma obra já eternizada na memória afetiva do povo brasileiro!
Invariavelmente, produziram canções dolentes, chorosas e sentimentais demais, como "Brigas"!
Tais canções sempre soaram sentimentais como a alma do povo que as cantou em casa, nas ruas, nos bares, nos shows, enfim, em qualquer lugar em que um intérprete se derrame ao dar voz a obra dos imortais Evaldo Gouveia e Jair Amorim!
Angela Maria " O f i c i a l ", Cauby Peixoto, Trio Irakitan, Gal Costa, Raimundo Fagner e Chitãozinho & Xororó foram alguns dos inúmeros artistas que gravaram o clássico "Brigas"!
Curtam a belíssima versão ao vivo de "Brigas" (Evaldo Gouveia e Jair Amorim), em emocionante versão com o magistral e inesquecível Emílio Santiago (voz), Edmilson Capelupi (violão 7 cordas), Edson Alves (violão) e Humberto Mirabelli (violão), diretamente do programa Sr. Brasil - TV Cultura, apresentado pelo imortal Rolando Boldrin!
Viva a dupla, Evaldo Gouveia e Jair Amorim!
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Assis Valente, um dos maiores compositores de nosso cancioneiro, nos legou uma obra baseada no olhar de um cronista admirável – das ruas, da alma e do cotidiano da cidade do Rio de Janeiro!
Nascido em Santo Amaro - BA, no dia 19 de março de 1911, José de Assis Valente foi para o Rio exercer a função de protético - suas dentaduras ficaram famosas - Lamartine Babo costumava chamá-lo de "O Pivô do Samba"!
Encantou-se por CARMEN MIRANDA (na foto, com Assis Valente), que acabou por se tornar, posteriormente, a maior intérprete e divulgadora de seus sambas!
O sucesso na voz de Carmen Miranda foi estrondoso, e Assis Valente seguiu compondo para ela: "Camisa Listrada", "Uva de Caminhão", "Minha Embaixada Chegou", "E o Mundo não se Acabou", dentre outras pérolas!
Vivenciou um grande paradoxo: em geral suas músicas eram animadas, alegres; porém o mesmo não se podia dizer de sua personalidade!
E foi a tristeza, o orgulho e dívidas que fizeram com que ele tentasse o suicídio três vezes, morrendo finalmente na derradeira tentativa, no dia 06 de março de 1958!
Contudo, sua obra sempre ressurge, revisitada, tal como atesta a presente versão do clássico "Brasil Pandeiro", em admirável dueto formado pela fantástica cantora holandesa Femke Smit e o violonista brasileiro Breno Virícimo!
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O REVOLUCIONÁRIO, DICK FARNEY!!
Uma das principais missões do Som do Animal é a de iluminar a vida e obra de grandes nomes de nossa música, infelizmente pouco lembrados pela grande mídia!
É o caso do cantor, compositor e pianista carioca Farnésio Dutra e Silva, o imortal Dick Farney, o qual completaria exatamente 103 anos de idade nesta quinta-feira!
Cantor com 'voz de travesseiro', Dick Farney fez curta mas vitoriosa carreira nos Estados Unidos (cantando em inglês!), época em que fez amizade com geniais artistas na terra do Tio Sam, como Nat King Cole, Frank Sinatra e Walt Disney!
Teve o primeiro fan club brasileiro: o Sinatra-Farney, o qual era composto por garotos como Jô Soares, João Donato, Johnny Alf, Paulo Moura, etc., que o idolatravam tanto quanto o The Voice!
O primeiro grande êxito em solo brasileiro de Dick Farney, 'Copacabana' foi recordista de vendas, se mantendo nas paradas de sucesso, entre as primeiras colocações, de setembro de 1946 ao final de 1947!
Foi a partir desta gravação que Dick Farney se convenceu de que poderia cantar em português, levando-o a gravar uma longa série de sambas românticos!
Sob a regência de Radamés Gnattali, a gravação de 'Copacabana' estabeleceu um novo modelo dos modernos sambas-canções que estariam na ordem do dia, até que a Bossa Nova chegasse mais de 10 anos depois!
Um verdadeiro marco na evolução da Música Popular Brasileira!
Em comemoração aos 103 anos de nascimento de DICK FARNEY, compartilhamos uma versão ao vivo de 'Tereza da Praia' (Tom Jobim e Billy Blanco), em que Dick Farney (piano e voz) está muito bem acompanhado de Sabá (contrabaixo) e Toninho Pinheiro (bateria e voz)!
Dick Farney, a revolução musical!
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ZÉ KETI - UM SAMBISTA DE OPINIÃO!!
Nas sábias palavras do saudoso Rolando Boldrin, o Som do Animal vai 'tirar o Brasil da gaveta', resgatando a vida e obra do grande bamba, Zé Ketti!
José Flores de Jesus nasceu no Rio de Janeiro no dia 16 de setembro de 1921, e entrou para a história da Música Popular Brasileira com um apelido que vale a pena ter sua origem contada!
Quando criança, José era muito tímido, amuado, quieto - daí passaram a chamá-lo de Zé Quieto; que virou Zé Quietinho; até que finalmente passou a ser conhecido como Zé Kéti!
Figura singular do Samba, o cantor e compositor Zé Kéti tornou-se nacionalmente conhecido depois de levar a voz do morro ao Cinema Novo (no filme 'Rio, 40 Graus', de Nelson Pereira dos Santos) e ao teatro de protesto do grupo Opinião (além de Zé Kéti, o migrante João do Vale e a menina da Zona Sul, Nara Leão; depois substituída por Maria Bethânia)!
Com assombrosa capacidade harmônica, sem estudar música ou tocar um instrumento (a exceção era a inseparável e rítmica caixinha de fósforos), Zé Kéti foi um verdadeiro cronista que cantou as favelas, a malandragem e seus amores!
Sua obra é muito representativa e recheada de clássicos, como 'Acender as Velas', 'A Voz do Morro', 'Opinião', 'Diz que Fui por Aí' (com Hortêncio Rocha), 'Leviana', 'Máscara Negra' (com Pereira Matos), 'Mascarada' (com Elton Medeiros), 'Nega Dina', 'Drama Universal', dentre outros!
Um genial artista a quem sempre devemos relembrar, mormente em datas como o dia 14 de novembro, em que se completam 24 anos de sua passagem!
Ouçam o clássico 'Opinião' em versão ao vivo com seu autor, o imortal, Zé Kéti!
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A VOZ INCONFUNDÍVEL DE JOÃO NOGUEIRA!!
O Som do Animal tem a honra e a alegria de reverenciar a vida e obra de um artista que nascia no Rio de Janeiro há exatos 83 anos - João Batista Nogueira Junior, ou simplesmente, Joao Nogueira!
Nascido e criado no Méier, João Nogueira foi filho do advogado e músico João Batista Nogueira, sendo que nunca deixou de estar em contato com o samba e o choro devido às presenças de Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Donga - "Pelo Telefone" e João da Baiana, amigos de seu pai e frequentadores de sua casa!
João Nogueira é um dos principais sambistas surgidos com a renovada projeção que o samba tradicional ganhou nos anos 1970!
Dentre suas principais referências destacam-se os bambas Wilson Baptista, Geraldo Pereira e Noel Rosa - O Poeta do Samba, trio a quem dedicou o repertório do excelente disco 'Wilson, Geraldo e Noel', gravado em 1981!
Transitou com facilidade pelos subgêneros do samba, da seresta ao samba-exaltação; firmando parcerias memoráveis ao lado de grandes compositores, como Paulo César Pinheiro, Nei Lopes, Mauro Duarte, dentre tantos bambas!
A voz de timbre grave e encorpado marca gravações de sambas mais lentos, parte igualmente importante de sua obra!
Neste singelo tributo, compartilhamos as músicas 'Súplica', 'Poder da Criação' e 'Minha Missão', em sublime apresentação ao vivo de Joao Nogueira com o co-autor, o grande compositor, Paulo César Pinheiro!
Eterno, Joao Nogueira!
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ABEL FERREIRA - UM SOPRO PRA ETERNIDADE!!
Um dos maiores nomes da Música Instrumental Brasileira, o mineiro de Coromandel, o fabuloso Abel Ferreira é o homenageado do Som do Animal deste começo de semana!
Clarinetista, saxofonista e compositor, Abel Ferreira (1915-1980) começou a tocar clarineta em sua cidade natal, por volta dos 12 anos de idade, sendo que foi morar em Belo Horizonte aos 17 anos e na capital mineira começou a apresentar-se na Rádio Guarani!
Em 1942, gravou pela Columbia seu primeiro choro, o clássico ''Chorando Baixinho'', seu maior sucesso!
Outro feito histórico foi a gravação do LP, 'Brasil, sax e clarineta', pelo lendário selo Marcus Pereira!
Apresentou-se com grandes nomes de nossa música popular, como CARMEN MIRANDA, Francisco Alves, Orlando Silva - O Cantor Das Multidões, Silvio Caldas, Marlene e Emilinha Borba!
Em 1952, formou com o cantor Paulo Tapajós a Escola de Ritmos, viajando durante dois anos por diversas cidades do Brasil!
Compôs mais de 50 peças, entre elas ''Acariciando'' (c/ Lourival Faissal) e ''Luar de Coromandel''!
Abel Ferreira partiu no dia 13 de abril de 1980, mas seu nome está eternizado em nossa música como um de nossos maiores instrumentistas de todos os tempos!
Neste singelo tributo a Abel Ferreira, ouçam a sublime versão ao vivo de ''Chorando Baixinho'', com os virtuoses Paulo Sergio Santos (clarineta) e Toninho Ferragutti (acordeon)!
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