07/11/2022
(O Último depoimento é de arrepiar)
As narrativas que a população vem escutando sobre os atos democráticos que estão ocorrendo em todo o Brasil, é que são "Baderneiros" que estão nas ruas.
Meus amigos, olhem bem as imagens.
Essas fotos foram tiradas por mim, ontem(06/11/2022), no período da tarde, fiquei das 13:00 horas até às 22:00 horas acompanhando, conversando e andando em meio aos populosos. Vi famílias, vi jovens, vi idosos e conversei com inúmeras pessoas.
Alguns relatos:
Maria(nome fictício), 83 anos, professora aposentada: "Meu filho, já vi muita coisa nesses meus anos de vida, mas a união e a solidariedade que estou vendo aqui por um Brasil melhor é a primeira vez. Não consegui ficar em casa e fiz a minha filha me trazer".
Mariazinha(nome fictício e filha da Sra acima citada), 61 anos, empreendedora: "Somos patriotas, a mãe pediu para desligar a tv em casa e passarmos por aqui para ver a verdade, já que moramos próximo decidi vir. Tudo isso que estou vendo é de arrepiar. Está lindo, ordeiro e bem organizado".
João (nome fictício) 06 anos: "Tio, tem amiguinhos comendo seus "cacholos", não "quelo" comer o paçoca (nome do seu animal de estimação).
Franciele, 17 anos, estudante e empacotadora em uma grande rede de supermercados: "Aprendi com o meu pai e com a minha mãe, que precisamos trabalhar e estudar para sermos alguém na vida. Eu ajudo em casa desde os 13 anos, vendia os salgados que a mãe fazia, que infelizmente na pandemia não conseguimos mais produzir. Estou aqui hoje para podermos trabalhar e falar(referência a censura) amanhã".
Fernando, 35 anos, caminhoneiro: "Rodo praticamente o Brasil inteiro, sou caminhoneiro desde os meus 18 anos, meu pai é caminhoneiro e o meu avô era também e nunca vi tanta estrada boa e tive tanta segurança como nos últimos anos. Esse é o Brasil que eu quero".
Olga (nome fictício), 48 anos, massoterapeuta: "Não consigo ficar em casa e ver o meu país ser consumido. O que eu vi hoje e venho vendo desde domingo é um ato lindo de solidariedade, humanismo e união. Pessoas se ajudando, sem mesmo ter se visto antes e pensando em futuro melhor para o Brasil. Você está vendo aquela criança? É um bebê de colo e os pais já estão aqui(referência a primeira foto desse post). É de arrepiar tudo isso, ver que somos sim um povo unido e que teremos um futuro se lutarmos contra esse regime que quer se instalar e vem se instalando pela América latina".
José, 23 anos, motorista de aplicativo, Venezuelano: A ditadura lá começou da mesma forma que aqui no Brasil, primeiro não podemos falar muita coisa, depois separaram o povo em dois(a favor e contra o atual governo), a imprensa começou a ser a favor do atual governo até conseguir o que queria. Ele entrou e depois que entrou, só foi tormento para nós. Tive um pai assassinado, eu e a minha mãe tivemos que fugir, a crise começou a aumentar e a faltar comida, o povo foi para a rua, mas não adiantava mais depois que ele(referência ao atual presidente Venezuelano) já estava no poder. Tenho tios que ainda estão lá, pois não tem condições de sair, perdemos o contato desde que eu e a minha mãe chegamos no Brasil há 2 anos e meio, fugimos para Roraima, de Roraima fomos direto para São Paulo e aqui estamos tendo um pouco de dignidade. Estou ajudando nessa manifestação, pois não quero que o Brasil se transforme em meu país. É muito triste! Choro todos os dias". José me falava isso com lágrimas nos olhos, enquanto a sua mãe ajudava em uma das cozinhas comunitárias montadas em frente ao 62 batalhão de infantaria de Joinville.
Jornalismo independente e verdadeiro.