14/10/2024
AULA MAGNA: É ASSIM QUE NÃO SE FAZ POLÍTICA
O fracasso político do ex-deputado Bernardo Mucida, belo-horizontino que faz política em Itabira, é lição de como não atuar na vida pública. Sonhou ser governador do Estado e acordou abraçado em praça pública com Ronaldo Magalhães, capitão do horrendo grupão que brutalizou Itabira por 20 anos, na fracassada campanha de Neidson Freitas a prefeito.
Cientista político (onde se formou?) e professor, a trajetória dele é aula magna de como não ser opositor. Só aparece na arena pública em véspera de eleição, depois some, se omite do debate, nada fiscaliza, em nada contribui, mas basta se aproximar outra eleição e lá vem o homem palpitar sobre esse ou aquele assunto, ainda assim de forma anêmica, superficial.
Acumula erros sobre erros, derrotas sobre derrotas, tudo apontado a quente pelO TREM. Após perder a eleição para prefeito em 2017, sumiu, esquecido da obrigação de fiscalizar o governo. Virou deputado-tampão e fez horrendo meio mandato: omisso, provinciano, destoante do que pregou em campanha, torrador de dinheiro público, mal assessorado, chapa-branca, ecumênico em demasia. Não se reelegeu e... Sumiu de novo. Reapareceu a dois meses da recente eleição e apoiou Neidson Freitas, um barco que — até sô Lico Irmão de Heraldo sabia — estava fadado a estourar nas pedras.
Mucida ascendeu politicamente em 2010, gritando num carro contra o grupão que brutalizava Itabira, liderado por Ronaldo Magalhães, João Izael, Peron Colombo e Gui Alvarenga. Estão afundando Itabira, bradava o novato, com razão. Era lindo, ele deu rodas à ágora grega e verberava a crítica que O TREM fazia ao grupão. O jornal passou imediatamente a apoiá-lo, pois, politicamente em Itabira, nada era mais importante que derrubar o medonho grupão, mas ele se encantou com o poder e errou, errou, errou, errou... O erro mais recente foi seu depressivo apoio a Neidson Freitas.
Dos erros dele sai esta lição: quem quiser fazer oposição tem de entrar já na arena e fiscalizar Marco Lage, o popularesco prefeito que se reelegeu rebolando no Tik Tok. Cobrar, agir juridicamente, mostrar propostas. Se aparecer só na véspera da eleição, como Mucida, o fracasso é certo.
O TREM.