A vida é bélica

A vida é bélica Uma página para guiar reflexões e abrir pensamentos e perguntas que todos temos dentro de nós.

Contos sobre os sentimentos humanos, escritos de um jeito que todos se identifiquem e fiquem intrigados. Descubram dentro de si reflexões e pensamentos sobre os mistérios do mundo e os anseios da alma.

25/01/2025

Traidor de Si

A brisa dança, o frio em pele arrepia,
O vento sussurra, muda direção,
De longe traz o aroma da maresia,
Ou do pranto da chuva em transformação.

Paisagem chora, rompe o som do vazio,
Silêncio rasgado por gotas pesadas,
Enquanto um rio flui em eterno desvio,
Mudanças rodam em margens caladas.

O chão cede ao peso do corpo que vaga,
Sacos de carne à terra entregues no fim,
Que observa, faminta, a vida que apaga,
E devora o que resta no seu festim.

Pensamentos guiam, pernas seguem sem rumo,
A mente se apaga no instante fugaz,
Brechas expostas, no coração um sumo
De lágrimas que à noite jorram em paz.

O homem trai sua alma em sua fraqueza,
Oculta-se na força que inventa e constrói,
Sem coragem de amar sua própria beleza,
No espelho da verdade, o reflexo corrói.

25/01/2025

O Cadáver e a Caveira

O olhar do cadáver à caveira aponta,
Marcha do tempo, inexorável sina,
Em nossas entranhas, a dor que afronta,
A falha que no universo se destina.

É cismo e caos que em prece se transforma,
Fecunda a fé no peito do mortal,
A morte, eterna, sua sombra informa,
Um ciclo vivo, um destino final.

Por onde passa, a terra já estremece,
Sossego das estrelas se despedaça,
E o negro cosmo em silêncio padece.

Ruge o rio, seu tambor nunca fracassa,
Batendo em fúria, o silêncio enriquece,
Num som eterno, que o mistério abraça.

25/01/2025

Os Olhos do Coveiro

O mundo pesa, um fardo cruel,
Sob meus ombros, um inferno pessoal.
Víboras vociferam, vomitam veneno,
Vermes vingativos no destino terreno.

Minha mente despedaçada, em pedaços perdida,
Mas arrasto meu esqueleto na trilha escondida.
Rumo ao rio que corre para o fim,
Onde os urubus esperam, com bicos sem fim.

Mais um dia que se esvai, menos um suspiro,
Demônios deslizam, moldando meu delírio.
Homens insensíveis, pés presos na podridão,
Um planeta plastificado em lenta corrosão.

O sono me nega, alma penada a vagar,
Na confusão dos pensamentos, tento me achar.
A vida, um véu de plástico que sufoca,
Fios que me arrastam, espinhos na boca.

Não há queixa que escape desse mar de mortos,
Onde a inércia reina, em gestos tortos.
Latidos de sarcasmo cercam meu navio,
A bandeira manchada, um destino sombrio.

A queda do semblante, a ruína final,
Veias abertas, um grito visceral.
Como um Judas exposto ao sarcasmo feroz,
Sou parte e vítima dessa eterna foz.

Hoje, não visto o disfarce covarde,
Minha dor é só minha, distante e tarde.
Pois ferir-se, até nisso há solidão,
E entre semelhantes, nasce a podridão.

27/07/2024

Endereço

Imperatriz, MA

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