08/12/2024
JENNIFER! Parabéns pelo seu NÃO!
De primeiro momento eu não dei bola, imaginando ser mais um destes acontecimentos banais que presenciamos todos os dias,
Mas, com o pipocar do caso nas redes sociais, fui buscar entender o que havia acontecido naquele voo com a passageira Jennifer Castro,
“Bem! Uma jovem senhora comprou uma passagem de avião e escolheu uma poltrona junto da janela. Ao entrar no avião, uma criança estava sentada em seu lugar na poltrona.
Educadamente Jennifer disse: - Esta poltrona é a minha! Quando então, a mãe da criança retirou a mesma do assento, Jennifer sentou, colocou seu fone de ouvido e calmamente seguiram viagem.
Porém, a criança, imaginando ser seu o assento junto da janela, caiu no choro, aliás, chorou durante a viagem toda, o que já é irritante, pois criança bem educada sabe se calar quando os pais, no caso a mãe assim ordena.
Só que não! O choro seguiu, a Jennifer ali de boa, dentro do seu direito, mantendo a calma que é a grande ferramenta dos fortes, ouvindo música, até que alguém do lado tomou as dores da criança e da mãe e passou a filmá-la, reclamando que Jennifer devia se servir de empatia e ceder a poltrona para a criança.
Ofensa daqui, xingamentos dali, Jennifer calma, a criança chorando e aquela cena que dá vontade de se levantar e num berro só mandar “engolir o choro”, afinal Jennifer tinha comprado a passagem naquela janela, não foi grosseira, falou de boa, não ofendeu, porém ao descer do avião ainda foi chamada de “imbecil”.
Alguns ficaram do lado da mãe e da criança, porém outros, e estes outros somam-se milhões, tomaram as dores, ou melhor, a calma da Jennifer e fizeram valer o ditado de que “o silêncio sempre vence e é a melhor defesa contra a ignorância, pois mesmo sendo uma criança, e já crescidinha, caberia a mãe explicar para a criança que Jennifer estava no seu direito, que a criança parasse com o choro e até mesmo as comissárias ou comissários de bordo deveriam ter tomado partido na situação e explicado para a mãe e a criança a legalidade da situação.
Sinceramente e pessoalmente, nas poucas vezes que eu já viajei de avião, sempre busquei comprar passagem na janelinha, pois ver as nuvens ali de pertinho e assistir a terra lá do alto é algo que me atrai. Porém, quando minha poltrona ficava no corredor, lá ia eu olhando meio de atravessado sobre o passageiro do lado e ainda assim conseguia ver as nuvens passando e a terra lá em baixo.
Mas aí você me pergunta: - Rodolfo! Você cederia seu lugar na janelinha para uma criança?
- Bem! Se esta criança fosse educadinha, sorridente, alegre e ninguém estivesse me filmando, eu não cederia, mas convidaria a criança para sentar-se comigo e juntos curtirmos as paisagens. Mas se fosse criança mimada, chorona, daquelas que fazem birra, esperneiam quando não ganham ou conseguem algo e causam constrangimento nos pais, aí sinceramente eu seria uma Jennifer, colocaria o fone de ouvido e viajaria ouvindo música calmamente.
Moral da história: - Parabéns Jennifer pela calma, educação, postura, não releve as ofensas que ouviu, siga em frente e se ficar muito famosa, mantenha a humildade, pois de momento é isto que está te tornando grande.
Quanto a mãe e a pessoa que filmou cheia de razão, aprendam que criança se educa em casa, se diz NÃO sempre que NÃO é necessário, pois ou os pais aprendem a dizer NÃO para os pequenos, ou perderão o controle total sobre eles quando adolescentes e jovens.
Parem de comprar tudo o que os filhos querem!
Parem de comprar doces, chips, refrigerantes, brinquedos e outras bobagens só porque, se não comprar, eles cairão no choro.
Aliás, se os pais perdem o controle só porque os pequenos choram e esperneiam, terão sérios problemas para dizer não na adolescência e idade jovem, pois eles continuarão a choramingar, espernear e se os pais não os educar lá na idade de criança, quando maiores eles serão agressivos, grosseiros e despreparados para enfrentar os NÃO que a vida vai atirar na cara.
Não sei se era isso, mas como palestrante e professor, prego que direito se conquista e não se toma. Que educação é algo que deve vir de berço e que, ou os pais tomam as rédeas no controle de seus filhos, ou caminhamos para um futuro de muito choro e birra.
- Finalizo e aceito tanto elogios quanto críticas perante o exposto, pois é minha opinião e ela só será a melhor até que alguém apresente outra melhor. E se alguém tiver uma melhor, humildemente saberei reconhecer.
- Jennifer! ouvindo música e mantendo a calma!
Por: Rodolfo Bonetti (48) 9 8432 4168