NoutroPorto

NoutroPorto Desabafo e narrativas de mulheres imigrantes 💃
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Hoje nos despedimos de nosso primeiro parceiro. ...
28/05/2024

Hoje nos despedimos de nosso primeiro parceiro. . Renato Roque,

Ontem vi a postagem de tua partida na página do Velhote.
Foi inevitável as lembranças! Caramba, quantos bons momentos divididos entre conversas sérias, boas risadas e muito trabalho. Tavas sempre bem disposto a me acompanhar nas aventuras da Noutro porto, eu, tu, Velhote e muitas vezes a Margareth.
Hoje, eu, aqui, a preprar aulas para o Mestrado e me lembrando de nossas conversas sobre fotografia, dá em mim uma nostalgia danada. Tu definindo o que é um retrato, a diferença de um bom retratista para um fotógrafo banal. Dizias sobre a perspectiva, a dimensão dela, falavas sobre a importância do tempo a dimensão espacial no corpo revelada na cara da pessoa. Lembro-me de tua fala sobre o quanto é difícil captar o conjunto de emoções e revelá-los numa única imagem.
Lendo Barthes, sobre “A escrita do visível”, na procura de descamar alguns códigos, vou atrás da terceira mensagem, a tal mensagem simbólica, na ânsia de entender a composição da cena retratada. E lembrando de nossas conversas sobre os signos extraídos na fotografia, a partir de um código que também é cultural. Depois desta deâmbulação, chego a algumas conclusões: 1ª que não tenho palavras para agradecê-lo por tudo. Eu, Elizângela, e a Noutro porto não seríamos as mesmas sem ti. Foste o primeiro a desvendar algumas de minhas máscaras, segue a fotografia como prova. 2ª que fostes o engenheiro mais artista e lírico que conheci. 3ª se Jorge de Sena pudesse escrever uma nota sobre sua passagem entre nós, com certeza diria que eras um poeta, fotógrafo que se embrenhava pela dramaturgia dos autos. 4ª todas as mulheres retratadas por ti, hoje, muito mais do que todas as outras vezes, agradecem pela imagem e pela emoção de tua companhia. Muitas de nós tivemos nossa primeira fotografia, decente, linda, honesta, a partir de tua perspetiva. 5ª O fotoclub do Porto já não é mais o mesmo com tua partida.
Em lágrimas, digo meu último adeus e vou-me embora.
Um forte abraço.

Segue, abaixo, mais um dos resultados de nossa pesquisa de pós-doutoramento em na FLUP, sob a supervisão de entre 202...
06/04/2024

Segue, abaixo, mais um dos resultados de nossa pesquisa de pós-doutoramento em na FLUP, sob a supervisão de entre 2021-2022. Resultados colhidos na comunidade de mulheres imigrantes, montado no instagram da . Inicialmente, alimentado com narrativas biográficas do percurso de Elizângela Pinheiro de 2015 para cá. São histórias subjetivas de uma imigrante brasileira em Portugal, mulher solo e com filhos. Depois, as narrativas criaram corpo e forma com outras vozes de mulheres, que somaram-se numa esfera diálética, decolonial e diaspórica. Foram diferentes testemunhos e fotografias sobre: a mudança cultural, a mudança linguística, a mudança monetária, a autoafirmação e a autoestima. Uma pesquisa social e viva que dá voz a outras mulheres no mundo, mas sobretudo a brasileiras em 🇵🇹

O antissemitismoA filósofa Hannah Arendt sofreu perseguição por ser judia, como tantos outros, sem contar com os que ain...
30/01/2024

O antissemitismo
A filósofa Hannah Arendt sofreu perseguição por ser judia, como tantos outros, sem contar com os que ainda foram cruelmente assassinados, exemplo de higienização eurocêntica. A privação de direitos e a perseguição de pessoas, que por diferentes motivos fazem diáspora, deixam, sobretudo, as mulheres em situações de fragilidades e de encarceramentos, tornando a situação insuportável. Independente da etnia, credo e identidade todas as mulheres têm direitos de ir e vir. Infelizamente, ainda hoje esse é um direito universal não protegido pela sociedade e pelo Estado. A ausência do livre arbítrio fizeram Arendt emigrar e Carloline de retornar para o país de origem.
Pense nisso! 🗣️🗣️🗣️🗣️🗣️🙆🏻‍♀️💃💃🏾💃🏾🎤♠️♣️📢🔊🏴‍☠️🇧🇷🇧🇾🇨🇷👠🫵🏼. thx a lot!

Minhas performancesSão processos de iniciação do corpo contido do ritual nos movimentos despidos dos conceitos judaicos-...
26/01/2024

Minhas performances
São processos de iniciação do corpo contido do ritual nos movimentos despidos dos conceitos judaicos-cristãos de verdade, da pureza e do pecado. Uso meu corpo como sujeita motriz de movimentos e territórios habitados em mim, isto insere espaços e e outras vozes que me contaminam ao longo de minha caminhada. Sem apego ao pecado original e sem amarras, dentro de uma possível ética não católica e tampouco universal. Uma ética real, dos movimentos libertários de memória histórica e de ocupações que, muitas vezes, provocam e agridem uma sociedade destra de conceitos dos movimentos populares, presa somente em preconceitos racistas, sexista e antifeminista. Meu corpo está a serviço apenas de meus pensamentos e ideais.

JULIETA PRESENTE 🫵🏼🦾🤡 NAO CALAREMOS, EM PROL DE TODAS AS ARTISTAS MULHERES NO BRASIl. NÃO AO FEM...
12/01/2024

JULIETA PRESENTE 🫵🏼🦾🤡 NAO CALAREMOS, EM PROL DE TODAS AS ARTISTAS MULHERES NO BRASIl. NÃO AO FEMINICÍDIO! JULIETA VENEZUELANA PALHAÇA

A tua pele rebelde me incendeia e apoio
07/01/2024

A tua pele rebelde me incendeia e apoio

A mulher do brinco de pérolas. É uma adaptação de duas obras, “A ra...
02/01/2024

A mulher do brinco de pérolas. É uma adaptação de duas obras, “A rapariga do brinco de pérolas” e “A noiva cadáver”. Minha versão traz a morte como rompimento momentâneo do amor, mas este amor é tão forte que há um reencontro, após séculos quando o casal nasce de novo. O trágico é que, na nova vida, o amor não é mais capaz de os unir, há mts diferenças e distâncias, pensamentos, idade etc.Estão fadados a uma vida morna. e apoio . Performance em 2atos do curso de teatro

O portalPara os Yanomamis o ritual de passagem acontece no último dia de cada ano. Sabemos das inúmeras culturas e suas ...
31/12/2023

O portal

Para os Yanomamis o ritual de passagem acontece no último dia de cada ano.
Sabemos das inúmeras culturas e suas crenças
Sabemos o que não desejamos
O que não queremos
O que nos basta e o que nos faz bem.
Sabemos igualmente as pessoas que nos fazem bem,
Embora, essas mesmas pessoas, muitas vezes, insistem em nos fazer mal.

Há uma lei cósmica, com diferentes e variadas explicações, para satisfazer nosso ego em relação aos desejos e a necessidade natural de ficarmos bem, de nos reorganizarmos etc.
Acho que este portal que se abre ao fim de cada Ano, simbolizando um pouco de tudo isso,
É uma espécie de despimento de nós mesmos para vestirmos outras peles e outras personas
Nossa,
Que movimentam a vida de cada um.
Somos Esús, vestimos capas negras, vermelhas para camuflar nossos pensamentos e nossos desejos mais íntimos.
Como também somos a nossa própria peste, nosso maior inimigo que combatemos diariamente.

Paradoxalmente, somos pensamentos bons, de autocura, autoestima e outros autos
Por isto, afastamo-nos de roupas e pessoas que não nos cabem mais,
Despimo-nos para mergulhar no Letes antes que este mesmo portal se feche,
Para, igualmente, mergulharmos no Eunoé com suas boas e saudáveis lembranças.

Que cada um, uma possa banhar em águas cristalinas desses dois rios, no primeiro, deixar a sujeira do espírito (no sentido hegeliano) e que o segundo, avivar a memória boa de todos no sentido platônico. Que as boas energias e lindos acontecimentos de prosperidade, saúde, amores, brilhos e muita vida de vocês. maquiagem

O incômodo pela estabilidade na imigração é uma constante polêmica devido a todas as formas de poder. A imaginação e a r...
21/12/2023

O incômodo pela estabilidade na imigração é uma constante polêmica devido a todas as formas de poder. A imaginação e a reinvenção ancoram poderes necessários para os países terceiro-mundista, no alcance de representação de vozes. Vozes que necessitam não ser mais periféricas. Vozes de mulheres que lutam e combatem as desigualdades sociais.

Os assaltos e saques no Cangaço não são compreendidos por muita gente, ao contrário, as pessoas comumente rotulam os can...
15/12/2023

Os assaltos e saques no Cangaço não são compreendidos por muita gente, ao contrário, as pessoas comumente rotulam os cangaçeiros de bandidos e assassinos. O que vcs acham? Discutiremos tudo isto no curso. Autos e atualizações do gênero no Brasil. Apoio

O teatro com suas narrativas históricas, políticas e sociais redimensiona e atualiza incessantemente a teoria literária....
15/12/2023

O teatro com suas narrativas históricas, políticas e sociais redimensiona e atualiza incessantemente a teoria literária. A mimese e seus efeitos colaboram para a consciência da humanidade desde o período Medieval. O teatro cria e recria a realidade e suas virtualidades. Enquanto, a teoria do teatro faz parte do arcabouço histórico e social. E a guerra do Cangaço revigora outros aportes da tradição dos autos ibéricos. Curso de teatro em 10 módulos.

As travessias são de mulheres adultas e de crianças também. Nelas encontramos histórias de brincadeiras, brinquedos, de ...
04/12/2023

As travessias são de mulheres adultas e de crianças também. Nelas encontramos histórias de brincadeiras, brinquedos, de cabelos, vestidos, vestimentas em geral e com casa história uma angústia diferente devido as diferenças e aos preconceitos enfrentados pelo corpo estrangeiro. A diáspora poderia ser uma aventura maravilhosa, contudo, muitas vezes, transformam-se em lágrimas e sangue. A necessidade de perder a própria identidade e cultura são questões traumáticas que perduram a vida inteira da pessoa. Pensem na necessidade e na urgência de uma nova ordem sistêmica que envolva leis, Estado e sociedade. Para que esta luta não seja em vão.

Todo o processo diaspório feminino requer um sistema saudável, sem tropeços. As mulheres que mudam estão sempre com espe...
25/11/2023

Todo o processo diaspório feminino requer um sistema saudável, sem tropeços. As mulheres que mudam estão sempre com esperança, cansaram de ser usadas como sistema reprodutivo que levantam a nação após as guerras e catástrofes. O Brasil ainda precisa melhorar muito como país anfitrião de povos imigrantes e refugiados. Essas questões são urgentes e humanitárias, nega-las, é regredir na história do comportamento universal da população.

Escrever o roteiro, dirigir a si mesmo e aos outros e por pra fora toda dor que nos corroí não é fácil. Tie me up faz pa...
22/11/2023

Escrever o roteiro, dirigir a si mesmo e aos outros e por pra fora toda dor que nos corroí não é fácil. Tie me up faz parte de um projeto de mulheres que habitam outros portos. Criar, independente do gênero, é mt complexo e nos esvai de muitos maneiras, mentalmente, leva muita energia, toma nosso tempo e requer nossa habilidade de artífice. Contudo, escrever e criar é a seiva bruta que me mantém de pé todos os dias. Traz-me a alegria das deusas e dos Orisás que estão em meu caminho. É pela arte e com a arte que trilho a estrada que escolhi. Obrigada pela e pela filmagem e pela resistência e todas as mulheres lindas que me inspiraram diariamente.

Livre de todas as amarras, caminho em direção a outras tantas mulheres libertárias. Pretas, 🏳️‍🌈, sem preocupação com os...
16/11/2023

Livre de todas as amarras, caminho em direção a outras tantas mulheres libertárias. Pretas, 🏳️‍🌈, sem preocupação com os rótulos escravocratas e sem prisões do capital. é diaspórica por natureza, isto inclui atitude, pensamento e alma.

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20/09/2023

A artemídia é uma forma de resistir. Usamos-na em todos os veículos tecnológicos e, neles, apresentamos cores, corpos poéticos e tudo que nos inspira no dia a dia. Nossas manifestações todas são pelo direito à manutenção da identidade, contra o apagamento e o silênciamento de mulheres que se encontram NoutroPorto
A disputa das navalhas nos dois lados do Atlântico: performance em 3 atos

O colonialismo violenta até hoje. Abaixo o racismo religioso. E voz aos oprimidos sempre 💃🇵🇹🇧🇷🇧🇷🇬🇳🇲🇿🇨🇻🇦🇴
17/09/2023

O colonialismo violenta até hoje. Abaixo o racismo religioso. E voz aos oprimidos sempre 💃🇵🇹🇧🇷🇧🇷🇬🇳🇲🇿🇨🇻🇦🇴

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Mulheres noutroporto

Sou imigrante em Portugal. Moro na cidade do Porto há cinco anos e estou a terminar um doutoramento em Literatura Portuguesa e Brasileira. Nesse projecto corre minha alma nómada, a sensação de pertencer a mais de um sítio, como a delicadeza de um perfume que se encontra em vários espaços e com aquela sensação de ser diluído nas culturas e identidades diferentes da que nascemos. Diante de tantas adversidades buscar-se-á a intuição do belo consciente sob um olhar focalizado nas especificidades femininas de ser e de estar de pessoas que transitam muitas vezes de maneira solitária e misteriosa. Encontrei nessa iniciativa uma maneira de poder revelar os sentimentos de amor das mulheres e a nuance da alma de cada uma ao mundo exterior. Hoje, aqui na cidade do Porto direcciono meu olhar para retratar histórias de mulheres comuns, mas que são de uma força gigante capazes de fazerem travessias seja pelo mar pela terra ou pelo ar. O objectivo é fotografar e documentar sob um viés histórico uma trama entre as relações do corpo que se desloca e que não está impune de práticas violentas ou amistosas, de amor ou de rejeição, de acolhimento ou de expulsão, de integração ou de invisibilidade. O interesse é desmistificar essa condição de ser uma mulher imigrante e mostrar o lado bom e o ruim de tudo isso. Gostaria também que este documentário sensibilizasse as pessoas para esta questão social tão complexa e que muitas vezes não damos a menor importância.

Elizângela Pinheiro