26/07/2024
Por ocasião do dia da mulher negra Latino-Americana e Caribenha, comemorado na data de ontem, segue o texto de
Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha
25 de julho celebramos o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Esta data é mais do que uma celebração; é um momento crucial para refletir sobre as desigualdades e opressões enfrentadas por essas mulheres, e também para reconhecer e honrar suas lutas.
Em 1992, um grupo motivado em reverter os dados alarmantes de violência e desigualdade que atingiam a população negra se reuniu e criou o primeiro Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas em Santo Domingo (República Dominicana), para gerar debates, discussões e iniciativas para combater esses dados crescentes. O 25 de julho não é apenas uma data de celebração; é uma data em que as mulheres negras, indígenas e de comunidades tradicionais refletem e fortalecem as organizações voltadas às mulheres negras e suas diversas lutas.
Assim, nasceu a Rede de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, que junto à ONU lutou para que o dia 25 de julho fosse instituído como Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha. No Brasil, em 2 de junho de 2014, foi instituído por meio da Lei nº 12.987 o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, homenageando uma das principais mulheres, símbolo de resistência e importantíssima liderança na luta contra a escravização.
Esta data visa o fortalecimento da causa, reconhecendo o espaço das mulheres negras, os desafios enfrentados e as diversas lutas travadas. A importância do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha é evidente, especialmente considerando que a população negra no Brasil corresponde à maioria, mais precisamente 54%, segundo o IBGE. De acordo com a Associação de Mulheres Afro, na América Latina e no Caribe, 200 milhões de pessoas se identif**am como afrodescendentes. Porém, tanto no Brasil quanto fora dele, essa parcela populacional é também a que mais sofre com a pobreza: três em cada quatro pessoas negras estão nessa condição, ainda segundo o IBGE.
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