Celebrando a Vida - Formação Litúrgico Catequética

Celebrando a Vida - Formação Litúrgico Catequética Dicas, orientações e formações em geral sobre LITURGIA. N’Ele se recebe o que fora sempre desejado e nunca conseguido. Mas Jesus, à luz da profecia (cf.

Na memória da Igreja, ao centro da celebração eucarística encontram-se as palavras da presença de Jesus no meio de nós. “Isto é o meu corpo, […] este é cálice do meu sangue”. Jesus oferece-Se como sacrifício verdadeiro e definitivo, onde se realizam todas as figuras do Antigo Testamento. Is 53, 11s.), sofre pela multidão e mostra que n’Ele se realiza o verdadeiro sacrifício e o verdadeiro culto es

perados. É Ele mesmo que está diante de Deus; que intercede, não por Si mas por todos. Esta intercessão é o verdadeiro sacrifício, a oração, a celebração agradecida a Deus, em que restituímos nós próprios e o mundo. A Eucaristia é, portanto, sacrifício a Deus em Jesus Cristo, para receber em domo o seu amor.

09/12/2024
𝐒ã𝐨 𝐉𝐮𝐚𝐧 𝐃𝐢𝐞𝐠𝐨 OrigensJuan Diego era um índio Asteca, da região da atual cidade do México. Seu nome Asteca era Cuauhtlat...
09/12/2024

𝐒ã𝐨 𝐉𝐮𝐚𝐧 𝐃𝐢𝐞𝐠𝐨

Origens

Juan Diego era um índio Asteca, da região da atual cidade do México. Seu nome Asteca era Cuauhtlatoatzin, cujo significado é “águia que fala”. Juan Diego é seu nome cristão. Ele nasceu no ano 1474 no bairro da colina de de Tlayacac, que ficava ao norte da Cidade do México. Juan Diego pertencia à casta mais inferior no império Asteca. Contudo, não era escravo. Era um camponês que se dedicava, também, à manufatura de esteiras. Era casado, vivia bem com sua mulher, porém não tiveram filhos.

Encontro com a fé cristã

Juan Diego acolheu a fé cristã atraído pela postura e ensinamentos dos franciscanos que chegaram no México no ano 1524. Ele tinha, então, 50 anos quando foi batizado, juntamente como sua esposa. No batismo, receberam os nomes cristãos de João Diego e Maria Lúcia. Juan Diego era dedicado e piedoso, homem de oração e penitências. Caminhava vinte e dois quilômetros para ouvir a Palavra de Deus, indo de sua vila até à Cidade do México.

Morte da esposa

Maria Lúcia, esposa de Juan Diego, faleceu no ano 1529 por causa de uma doença. Então, ele decidiu ir morar com um tio seu. Assim, a distância de sua nova casa até à igreja diminuiu para quatorze quilômetros. Desde então, ele passou a fazer essa caminhada todos sábados e domingos, saindo sempre antes do amanhecer, para ouvir a Palavra de Deus. Juan Diego caminhava sempre descalço e, nas manhãs mais frias, usava uma veste de tecido grosso extraído das fibras de um cacto. Tal veste, parecida com um manto, chamava-se tilma ou, também, ayate. Era uma vestimenta dos pobres, da classe social de Juan Diego.

Primeiro encontro com Nossa Senhora de Guadalupe

No dia 9 de dezembro de 1531, quando Juan Diego caminhava de madrugada para ir à igreja, cerca das três horas e trinta, estando ele entre sua vila e o monte Tepeyac, aconteceu a primeira aparição da Virgem de Guadalupe. No local conhecido hoje como "Capela do Cerrinho", Nossa Senhora apareceu e falou com Juan Diego na sua língua nativa dizendo: "Juan Dieguito", "o mais humilde de meus filhos", "meu filho caçula".

O pedido da Virgem Maria

Nossa Senhora incumbiu Juan Diego de levar um pedido dela ao bispo franciscano Dom João de Zumárraga. O pedido era para que fosse construída uma igreja naquele mesmo lugar em que a Virgem aparecera a Juan Diego. O bispo, porém, não acreditou na palavra do pobre e humilde Juan Diego. Em outra aparição, Nossa Senhora pediu que Juan Diego insistisse. Obediente, no dia seguinte, um domingo, Juan Diego voltou e falou com o bispo. O bispo, por sua vez, exigiu que Juan trouxesse provas concretas da tal aparição.

Humildade e milagre

O pobre Juan Diego voltou desanimado e evitou passar pelo local onde tinha visto a Virgem Maria, temendo ser repreendido por ela. Na terça-feira seguinte, dia 12 de dezembro, ele teve que ir à cidade novamente buscar ajuda para seu tio que estava muito doente. E, mais uma vez, evitou passar pelo mesmo caminho, fugindo da Virgem Maria. Porém, Nossa Senhora lhe apareceu mesmo assim. Juan Diego, então, contou a ela as decepções com o bispo e disse que não queria mais fazer tal serviço. A Mãe, porém, o consolou dizendo: “Filhinho querido, não estou eu contigo? Eu, que sou tua mãe?” Ao ouvir essas palavras, Juan Diego sentiu seu coração se fortalecer novamente.

Um pedido de Maria e os milagres começam a acontecer

Nossa Senhora, pediu, então, que Juan Diego fosse colher flores no monte Tepeyac. Era inverno, não nascia flores nessa época. Apesar disso, Juan Diego obedeceu. Assim, no alto do monte, em pleno inverno, ele encontrou belas flores. Admirado, colheu, colocou-as no seu manto e foi até Nossa Senhora. A Mãe pediu para que Juan Diego levasse aquelas flores ao bispo Dom Zumarraga como prova da aparição.

O manto milagroso

Diante do bispo, o pobre Juan Diego abriu seu manto. Nesse momento, as flores caíram e, no tecido rústico do manto, apareceu a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. Nesse mesmo instante, seu tio disse ter recebido a visita da Virgem Maria e ficou curado. São Juan Diego tinha, na ocasião, cinquenta e sete anos de idade.

De marginalizado a evangelizador

O bispo, maravilhado e arrependido, acreditou nas palavras do pobre Juan Diego e começou a tomar as providências para a construção da capela pedida por Nossa Senhora. Depois do milagre de Guadalupe, São Juan Diego passou a viver numa sala que ficava ao lado da capela onde se depositou por um tempo a sagrada imagem. Passou suas propriedades e negócios para seu tio e dedicou o resto de sua vida à propagação das aparições aos seus irmãos nativos, que passaram a se converter aos milhares. Demonstrou tão profundo amor à Eucaristia que o bispo lhe deu uma permissão especial para comungar o Corpo de Cristo três vezes na semana. Tal permissão era raríssima naquela época.

Imagem milagrosa

A imagem milagrosa de Nossa Senhora de Guadalupe já perdura mais de 450 anos sem explicação plausível. A tilma onde a imagem está não dura mais do que 20 anos. Esta, no entanto, já dura séculos. Enfrentou incêndios e até explosões, sem sofrer um dano sequer. Estudos recentes atestam que não há nenhuma tinta impressa na tilma e não se sabe como a imagem se forma. Um oftalmologista examinou os olhos de Nossa Senhora, na imagem, ampliando centenas de vezes. Na ampliação ele descobriu que os olhos da Virgem mostram o momento exato em que Juan Diego abriu o manto e a imagem apareceu. A cena aparece nos olhos da Virgem como nos olhos de um ser humano. Já existem livros e mais livros e vários estudos científicos sobre os mistérios da imagem da Virgem de Guadalupe. E a mãe de todos os Homens escolheu aquele que se julgava “as fezes do povo”, como ele mesmo repetiu várias vezes, para revelar ao mundo seu amor pela humanidade.

Morte

Juan Diego morreu de morte natural em 30 de maio de 1548. Tinha setenta e quatro anos. O papa João Paulo II celebrou sua canonização no ano 2002. Na ocasião instituiu sua a festa litúrgica para o dia 9 de dezembro. Este foi o dia da primeira aparição de Nossa Senhora de Guadalupe. O Papa elogiou a fé simples de São Juan Diego e exaltou-o como modelo de humildade para todos.

Oração a São Juan Diego

“Ditoso São Juan Diego, índio bondoso e cristão, nós te suplicamos que acompanhes a Igreja peregrina, para que seja cada dia mais evangelizadora e missionária. Encoraja os Bispos, sustenta os presbíteros, suscita novas e santas vocações, ajuda todas as pessoas que entregam a sua própria vida pela causa de Cristo e pela difusão do seu Reino. Amém. São Juan Diego, rogai por nós.”

São Juan Diego CuauhtlatoatzinOs registros oficiais narram que Juan Diego, para nós João Diego, nasceu em 1474 na Calpul...
09/12/2024

São Juan Diego Cuauhtlatoatzin

Os registros oficiais narram que Juan Diego, para nós João Diego, nasceu em 1474 na Calpulli, ou melhor, no bairro de Tlayacac ao norte da atual Cidade do México. Era um índio nativo, que antes de ser batizado tinha o nome de Cuauhtlatoatzin, traduzido como “águia que fala” ou “aquele que fala como águia”. Era um índio pobre, pertencia à mais baixa casta do Império Azteca, sem ser, entretanto, um escravo. Dedicava-se ao difícil trabalho no campo e à fabricação de esteiras. Possuía um pedaço de terra, onde vivia feliz com a esposa, numa pequena casa, mas não tinha filhos. Atraído pela doutrina dos padres franciscanos que chegaram ao México em 1524, se converteu e foi batizado, junto como sua esposa. Receberam o nome cristão de João Diego e Maria Lúcia, respectivamente. Era um homem dedicado, religioso, que sempre se retirava para as orações contemplativas e penitências. Costumava caminhar de sua vila à Cidade do México, a quatorze milhas de distância, para aprender a Palavra de Cristo. Andava descalço e vestia, nas manhãs frias, uma roupa de tecido grosso de fibra de cactos como um manto, chamado tilma ou ayate, como todos de sua classe social. A esposa, Maria Lúcia, ficou doente e faleceu em 1529. Ele, então, foi morar com seu tio, diminuindo a distância da igreja para nove milhas. Fazia esse percurso todo sábado e domingo, saindo bem cedo, antes do amanhecer.

Durante uma de suas idas à Igreja, no dia 9 de dezembro de 1531, por volta de três horas e meia, entre a vila e a montanha, ocorreu a primeira aparição de Nossa Senhora de Guadalupe, num lugar hoje chamado “Capela do Cerrinho”, onde a Virgem Maria o chamou em sua língua nativa, nahuatl, dizendo: “Joãozinho, João Dieguito”, “o mais humilde de meus filhos”, “meu filho caçula”, “meu queridinho”. A Virgem o encarregou de pedir ao bispo, o franciscano João de Zumárraga, para construir uma igreja no lugar da aparição. Como o bispo não se convenceu, ela sugeriu que João Diego insistisse. No dia seguinte, domingo, voltou a falar com o bispo, que pediu provas concretas sobre a aparição. Na terça-feira, 12 de dezembro, João Diego estava indo à cidade quando a Virgem apareceu e o consolou. Em seguida, pediu que ele colhesse flores para ela no alto da colina de Tepeyac. Apesar do frio, ele encontrou lindas flores, que colheu, colocou no seu manto e levou para Nossa Senhora. Ela disse que as entregasse ao bispo como prova da aparição. Diante do bispo, João Diego abriu sua túnica, as flores caíram e no tecido apareceu impressa a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. Tinha, então, cinquenta e sete anos.

Após o milagre de Guadalupe, foi morar numa sala ao lado da capela que acolheu a sagrada imagem, depois de ter passado seus negócios e propriedades ao seu tio. Dedicou o resto de sua vida propagando as aparições aos seus conterrâneos nativos, que se convertiam. Ele amou, profundamente, a santa eucaristia, e obteve uma especial permissão do bispo para receber a comunhão três vezes na semana, um acontecimento bastante raro naqueles dias. João Diego faleceu no dia 30 de maio de 1548, aos setenta e quatro anos, de morte natural. O Papa João Paulo II, durante sua canonização em 2002, designou a festa litúrgica para 9 de dezembro, dia da primeira aparição, e louvou São João Diego, pela sua simples fé nutrida pelo catecismo, como um modelo de humildade para todos nós.

Que o tempo do Advento seja um tempo para  preparar o nosso coração para o encontro com a vida, com a vida concreta, com...
09/12/2024

Que o tempo do Advento seja um tempo para preparar o nosso coração para o encontro com a vida, com a vida concreta, com a vida que começa, com a vida que é nova, com essa vida encarnada que nos mostra na nossa carne, na nossa história, o próprio Deus.

(Cardeal Jose Tolentino de Mendonça/ Imagem: A. Batista Jr.)

Do manto de Juan Diego aos olhos da Virgem, entenda os mistérios do milagre de GuadalupeNo dia 9 de dezembro de 1531, Ju...
09/12/2024

Do manto de Juan Diego aos olhos da Virgem, entenda os mistérios do milagre de Guadalupe

No dia 9 de dezembro de 1531, Juan Diego afirmou ter visto uma aparição de Nossa Senhora, nos arredores da Cidade do México.

O mesmo foi até o bispo para contar o que havia acontecido e que a virgem pedira a construção de uma capela em sua homenagem.

O bispo escutou, mas pediu a Juan Diego alguma prova da aparição para que pudesse construir a capela sob o monte Tepeyac.

Ao retornar à Virgem, Nossa Senhora fez florescer ali mesmo, em terreno semi desértico e em pleno inverno, rosas vistosas e disse ao índio que levasse ao bispo Juan de Zumárraga.

Os povos indígenas da época usavam uma espécie de avental, feito de um sisal rústico, que servia como poncho e também para carregar coisas. Foi ali que o índio colocou as flores que colheu.

Ao chegar até o bispo, Juan Diego abriu o avental deixando as flores caírem ao chão, e naquele tecido simplório, se viu uma perfeita imagem de Nossa Senhora, com estrelas no manto, uma lua sob os pés e raios ao seu redor.

Um dos mistérios do milagre de Guadalupe está no próprio tecido, conhecido no México como tilma. Sua durabilidade costuma ser de pouco mais de 15 anos, quando começa a se decompor.

No século XVIII, houve até mesmo a tentativa de fazer uma réplica da imagem em tecido bem similar, que se desfez em 15 anos.

Em 1979, o professor Phillip Serna Callahan, biofísico da Universidade da Flórida, juntamente a especialistas da NASA fizeram 40 imagens em infravermelho da imagem.

Mais uma constatação curiosa: de acordo com eles, a imagem não está colada ao manto, mas se encontra a 3 décimos de milímetro distante do tecido.

José Aste Tonsmann, especialista da IBM em processamento digital de imagens, chegou a outra grande descoberta sobre o manto, talvez a que mais impressione os fiéis. Tonsmann ampliou cerca de 3 mil vezes os olhos de Nossa Senhora de Guadalupe e afirmou que ali aparecem nada menos que 13 figuras.

Para ele, as figuras não poderiam ter sido pintadas por um ser humano, já que não são visíveis a olho nu.

As treze figuras se repetem nos dois olhos, de acordo com o cientista, e retratam a cena na qual o índio mostra o manto para o bispo.

O Santuário

Hoje, o manto está preservado no Santuário de Guadalupe e intacto, mesmo após sofrer até mesmo um atentado à bomba nestes quase 500 anos.

O Santuário é composto por diversas capelas e pelas duas basílicas, a do século XVI e a outra de 1974. O Santuário é o segundo mais visitado do mundo, com cerca de 20 milhões de visitantes por ano.

Aprendamos com a Virgem Maria que, sendo preservada do pecado para colaborar com a obra da Redenção, nos ajuda a compree...
08/12/2024

Aprendamos com a Virgem Maria que, sendo preservada do pecado para colaborar com a obra da Redenção, nos ajuda a compreender que, mesmo diante de nossa pequenez, temos também que colaborar com o Reino de Deus neste mundo carente de amor e de perdão.

Não nos escondamos, mas digamos sempre: “Eis-me aqui, Senhor”.

Reflexão completa:

Imaculada Conceição de Maria

Breve contextualização histórica e dogmática desta solenidade: Embora seja celebrada liturgicamente há mais tempo, o dogma da Imaculada Conceição de Maria só foi proclamado pelo Papa Pio IX, em 8 de dezembro de 1854, através da Bula Ineffabilis Deus. Este dogma afirma que a Virgem Maria foi preservada do pecado original desde o início de sua existência.

Amados irmãos e irmãs, o livro do Gênesis não quer ser, para nós, um texto jornalístico fiel ao modo como Deus criou o mundo; longe disso. O intuito desta narrativa é poder afirmar com fé: Deus é o autor e princípio de tudo o que existe. Mesmo assim, a humanidade caiu na desobediência e cometeu o primeiro pecado. Neste contexto, o próprio Senhor vai ao encontro deste Adão ferido pela desobediência e pergunta: “onde estás?”. Trata-se, não de uma questão geográfica, mas interior, espiritual e psicológica. O homem está nu diante de Deus. Está nu porque perdeu a sua dignidade, perdeu o seu juízo, perdeu a sua capacidade de reconhecer a ternura e a misericórdia de Deus. Nós, tantas vezes, não somos capazes de responder onde estamos para Deus porque nos vemos perdidos, mergulhados no pecado e na desobediência. Também a mulher, Eva, participa deste ato de nudez, e por isso mesmo, foi estabelecida uma “inimizade ente a mulher e a serpente” (Gn 3,15).

O que esta leitura tem a ver com a festa da Imaculada Conceição? Ora, o Senhor nunca nos desampara; ele sempre vem ao nosso socorro, e por isso, neste tempo de Advento podemos dizer: “Maranathá, vem Senhor Jesus!”. Tanto é verdade que, mesmo tendo entrado o pecado no mundo, Deus, em seu admirável poder, preservou uma menina de Nazaré chamada Maria deste pecado original, ou seja, do pecado de Adão e Eva. Maria foi preservada, tendo em vista os méritos de Cristo, e por isso é a Imaculada Conceição.

A prova mais bela desta preservação foi o relato que ouvimos no Evangelho, da anunciação: a virgem prometida a José recebeu o anjo com uma saudação. “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” (Lc 1, 28). Ora, alegria é atitude de quem tem Deus na vida. Ser cheio da graça de Deus nos permite estarmos alegres diante das situações da vida, pois, nunca podemos perder de vista que Deus está conosco e este é o maior presente que podemos receber, diariamente.

Diante da perturbação de coração, por tomar consciência do grandioso projeto de Deus para ela, isto é, de ser mãe do Filho do Altíssimo, Maria somente foi capaz de perguntar ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?” (Lc 1,34). Irmãos e irmãs, se quisermos aprender com o coração Imaculado de Maria a fazer sempre a vontade de Deus em nossa vida, precisamos parar de tanta nudez espiritual, parar de tanta desobediência. Em vez de perguntar o porquê das coisas acontecerem em nossa vida, num gesto de pessimismo e vitimismo, devemos levantar a cabeça e perguntar a Deus: “mas como posso fazer tua vontade, Senhor?”. Quando tomarmos esta postura diante da vida, aí sim compreenderemos que “para Deus nada é impossível” (Lc 1,37).

Diante da presença do Senhor em nossa vida, não podemos nos fechar e nos esconder como fez Adão e Eva no jardim do Éden. Do contrário, como Maria, devemos nos apresentar ao Senhor confiantes de que ele sempre pode realizar prodígios. Como é difícil dizer igual a Maria “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” (Lc 1,38), porque queremos sempre agir conforme a nossa vontade, e não a de Deus.

Enfim, este é um tempo propício para transformar nossos corações, na certeza de que o Natal se aproxima e, por isso, Deus nasce e renasce em nossa vida nos trazendo paz, alegria e esperança. Aprendamos com a Virgem Maria que, sendo preservada do pecado para colaborar com a obra da Redenção, nos ajuda a compreender que, mesmo diante de nossa pequenez, temos também que colaborar com o Reino de Deus neste mundo carente de amor e de perdão. Não nos escondamos, mas digamos sempre: “Eis-me aqui, Senhor”.

Assim seja. Amém!

Luis Gustavo da Silva Joaquim

Seminarista da Diocese de Jaboticabal/SP

Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria - SolenidadeProclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas ...
08/12/2024

Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria - Solenidade

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas 1,26-38

Naquele tempo,
no sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus
a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré,
a uma virgem, prometida em casamento
a um homem chamado José.
Ele era descendente de Davi
e o nome da Virgem era Maria.
O anjo entrou onde ela estava e disse:
"Alegra-te, cheia de graça,
o Senhor está contigo!"
Maria ficou perturbada com estas palavras
e começou a pensar
qual seria o significado da saudação.
O anjo, então, disse-lhe:
"Não tenhas medo, Maria,
porque encontraste graça diante de Deus.
Eis que conceberás e darás à luz um filho,
a quem porás o nome de Jesus.
Ele será grande,
será chamado Filho do Altíssimo,
e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi.
Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó,
e o seu reino não terá fim".
Maria perguntou ao anjo:
"Como acontecerá isso,
se eu não conheço homem algum?"
O anjo respondeu:
"O Espírito virá sobre ti,
e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra.
Por isso, o menino que vai nascer
será chamado Santo, Filho de Deus.
Também Isabel, tua parenta,
concebeu um filho na velhice.
Este já é o sexto mês
daquela que era considerada estéril,
porque para Deus nada é impossível".
Maria, então, disse:
"Eis aqui a serva do Senhor;
faça-se em mim segundo a tua palavra!"
E o anjo retirou-se.

Palavra da Salvação

𝗜𝗺𝗮𝗰𝘂𝗹𝗮𝗱𝗮 𝗖𝗼𝗻𝗰𝗲𝗶çã𝗼Imaculada Conceição refere-se a um dogma através do qual a Igreja declarou que a concepção da Virgem ...
08/12/2024

𝗜𝗺𝗮𝗰𝘂𝗹𝗮𝗱𝗮 𝗖𝗼𝗻𝗰𝗲𝗶çã𝗼

Imaculada Conceição refere-se a um dogma através do qual a Igreja declarou que a concepção da Virgem Maria foi sem a mancha (mácula em latim) do pecado original. Desde o primeiro instante de sua existência, a Virgem Maria foi preservada do pecado pela graça de Deus. Ela sempre foi cheia da graça divina. O dogma declara também que a vida da Virgem Maria transcorreu completamente livre de pecado.

Desde os tempos da Igreja primitiva, os fiéis sempre acreditaram que Maria, a Mãe de Jesus, nasceu sem o pecado original. Tanto no Oriente como no Ocidente, há grande devoção à Maria enquanto mãe de Jesus e Virgem sem Pecados. No começo do cristianismo o dogma da Imaculada Conceição já era tida como uma verdade de fé para os fiéis.

Bíblia e tradição
O dogma que declara a Imaculada Conceição da Virgem Maria é fundamentado na Bíblia: Maria recebeu uma saudação celestial do Anjo Gabriel quando este veio anunciar que ela seria a Mãe do Salvador. Nessa ocasião, o Anjo Gabriel saudou como cheia de graça.

Foi o papa Pio IX, o papa que proclamou o dogma da Imaculada Conceição, recorreu principalmente à afirmação de Gênesis (3, 15), onde Deus diz: Eu Porei inimizade entre ti e a mulher, entre sua descendência e a dela, assim, segundo esta profecia, seria necessário uma mulher sem pecado, para dar à luz o Cristo, que reconciliaria o homem com Deus.

O verso Tu és toda formosa, meu amor, não há mancha em ti, no Cântico dos Cânticos (4,7) também é uma referência para defender a Imaculada Conceição. Outras passagens bíblicas referentes são: Também farão uma arca de madeira incorruptível (Êxodo 25, 10-11). Pode o puro (Jesus) vir de um ser impuro? Jamais! (Jó 14, 4). Assim, fiz uma arca de madeira incorruptível... (Deuteronômio 10, 3). Maria é considerada a Arca da Nova Aliança (Apocalipse 11, 19) e, portanto, a Nova Arca seria igualmente incorruptível ou imaculada.

Também existem os escritos dos Padres da Igreja, como Irineu de Lyon e Ambrósio de Milão. São Tomás de Aquino, por volta de 1252, declarou abertamente que a Virgem foi, pela graça, imunizada contra o pecado original, defendendo claramente o dogma do privilégio mariano, que seria declarado e definido séculos mais tarde.

Definição do dogma de Imaculada Conceição
O dia da festa da Imaculada Conceição foi definido em 1476 pelo Papa Sisto IV. A existência da festa era um forte indício da crença da Igreja na Imaculada Conceição, mesmo antes da definição do dogma no século XIX.

No dia 8 de dezembro de 1854, dia da festa, o Papa Pio IX, com a Bula intitulada Deus Inefável (Ineffabilis Deus), definiu oficialmente o dogma da Santa e Imaculada Concepção de Maria.

Assim está escrito na bula (documento papal) intitulada Ineffabilis Deus que o Papa Pio X proclamou: Em honra da Trindade (...) declaramos a doutrina que afirma que a Virgem Maria, desde a sua concepção, pela graça de Deus todo poderoso, pelos merecimentos de Jesus Cristo, Salvador do homem, foi preservada imune da mancha do pecado original. Essa verdade foi-nos revelada por Deus e, portanto, deve ser solidamente crida pelos fiéis.

Maria confirma o dogma
Santa Bernadete Soubirous (1844-1879), a jovem que viu Nossa Senhora em Lourdes, disse que Nossa Senhora se auto definiu dizendo assim: Eu sou a Imaculada Conceição. Isso aconteceu em 1858, apenas quatro anos após a definição do dogma.

Todos os estudiosos consideram quase impossível que uma adolescente como era Bernadete, vivendo num lugarejo insignificante como era Lourdes, soubesse da proclamação do dogma e muito menos o seu significado. Por isso, as aparições de Nossa Senhora em Lourdes são consideradas como uma confirmação celstial do dogma da Imaculada conceição. Esta é uma das três aparições de Nossa Senhora consideradas verdadeiras pela Igreja Católica.

Imaculada Conceição, Mãe sem manchas
Por isso, nós podemos recorrer a Maria com toda a confiança justamente porque ela é Imaculada, sem mancha, sem pecado, sem impurezas. Ela é cheia, plena, repleta da graça de Deus e, por isso, pode ouvir nossos pedidos e súplicas e apresentá-los ao Pai, diante de quem ela está no céu. Nossa mãe celestial é pura, santa, sem pecado e nos ama com um amor puro, santo e divino. Assim, com esta confiança, recorramos a ela sempre, pois ela intercede por nós.

Oração a Imaculada Conceição
Virgem Santíssima, que fostes concebida sem o pecado original e por isto merecestes o título de Nossa Senhora da Imaculada Conceição e por terdes evitado todos os outros pecados, o Anjo Gabriel vos saudou com as belas palavras: Ave Maria, cheia de graça; nós vos pedimos que nos alcanceis do vosso divino Filho o auxílio necessário para vencermos as tentações e evitarmos os pecados e, já que vós chamamos de Mãe, atendei-nos com carinho maternal e ajudai-nos a viver como dignos filhos vossos. Nossa Senhora da Imaculada Conceição, rogai por nós.

Santa Maria, Rainha dos céus, Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais nem d...
08/12/2024

Santa Maria, Rainha dos céus, Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais nem desprezais; ponde, Senhora, em mim os olhos de Vossa piedade e alcançai de Vosso amado Filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu que agora venero com devoção Vossa Santa e Imaculada Conceição, mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança, pelo merecimento de Vosso Bendito Filho Jesus Cristo, Nosso Senhor, que com o Pai e o Espírito Santo, vive e reina para sempre. Amém.

A Imaculada Conceição, doutrina de origem apostólica foi proclamado dogma pelo Papa Pio IX em 8 de dezembro de 1854, com...
08/12/2024

A Imaculada Conceição, doutrina de origem apostólica foi proclamado dogma pelo Papa Pio IX em 8 de dezembro de 1854, com a bula “Ineffabilis Deus”.

Para entender melhor este dogma, apresentamos a seguir oito coisas que deve saber:

1. A quem se refere a Imaculada Conceição?

Há uma ideia popular de que se refere à concepção de Jesus pela Virgem Maria. Entretanto, não é a este fato que se refere esta solenidade, mas sim à maneira especial em que Maria foi concebida. Esta concepção não foi virginal (ou seja, ela teve um pai humano e uma mãe humana), mas foi especial e única de outra maneira …

2. O que é a Imaculada Conceição?

A explicação está no Catecismo da Igreja Católica:

490. Para vir a ser Mãe do Salvador, Maria “foi adornada por Deus com dons dignos de uma tão grande missão”. O anjo Gabriel, no momento da Anunciação, saúda-a como “cheia de graça”. Efetivamente, para poder dar o assentimento livre da sua fé ao anúncio da sua vocação, era necessário que Ela fosse totalmente movida pela graça de Deus.
491. Ao longo dos séculos, a Igreja tomou consciência de que Maria, “cumulada de graça” por Deus, tinha sido redimida desde a sua conceição. É o que confessa o dogma da Imaculada Conceição, procla­mado em 1854 pelo Papa Pio IX:

“Por uma graça e favor singular de Deus onipotente e em previsão dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, a bem-aventurada Virgem Maria foi preservada intacta de toda a mancha do pecado original no primeiro instante da sua conceição”.

3. Isso significa que Maria nunca pecou?

Sim. Devido à forma de redenção que foi aplicada a Maria no momento de sua concepção, ela não só foi protegida do pecado original, mas também do pecado pessoal. O Catecismo explica:

493. Os Padres da tradição oriental chamam ã Mãe de Deus “a toda santa” (“Panaghia”), celebram-na como “imune de toda a mancha de pecado, visto que o próprio Espírito Santo a modelou e dela fez uma nova criatura”. Pela graça de Deus, Maria manteve-se pura de todo o pecado pessoal ao longo de toda a vida.

4. Quer dizer que Maria não precisava que Jesus morresse por ela na cruz?

Não. O que dissemos é que Maria foi concebida imaculadamente como parte de seu ser “cheia de graça” e assim “redimida desde a sua conceição” por “uma graça e favor singular de Deus onipotente e em previsão dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano”. O Catecismo afirma:

492. Este esplendor de uma “santidade de todo singular”, com que foi “enriquecida desde o primeiro instante da sua conceição”, vem-lhe totalmente de Cristo: foi “remida de um modo mais sublime, em atenção aos méritos de seu Filho”. Mais que toda e qualquer outra pessoa criada, o Pai a “encheu de toda a espécie de bênçãos espirituais, nos céus, em Cristo” (Ef 1, 3). “N’Ele a escolheu antes da criação do mundo, para ser, na caridade, santa e irrepreensível na sua presença” (Ef 1, 4).
508. Na descendência de Eva, Deus escolheu a Virgem Maria para ser a Mãe do seu Filho. “Cheia de graça”, ela é “o mais excelso fruto da Redenção”. Desde o primeiro instante da sua concepção, ela foi totalmente preservada imune da mancha do pecado original, e permaneceu pura de todo o pecado pessoal ao longo da vida.

5. Como isso faz um paralelo entre Maria e Eva?

Adão e Eva foram criados imaculados – sem pecado original ou sua mancha. Ambos caíram em desgraça e, através deles, a humanidade estava destinada a pecar.
Cristo e Maria também foram concebidos imaculados. Ambos permaneceram fiéis e, através deles, a humanidade foi redimida do pecado.

Jesus é o novo Adão e Maria, a nova Eva.
O Catecismo diz:
494 …“ Como diz Santo Irineu, ‘obedecendo, Ela tornou-se causa de salvação, para si e para todo o gênero humano’. Eis porque não poucos Padres afirmam, tal como ele, nas suas pregações, que ‘o nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria; e aquilo que a virgem Eva atou, com a sua incredulidade, desatou-o a Virgem Maria com a sua fé’; e, por comparação com Eva, chamam Maria a ‘Mãe dos vivos’ e afirmam muitas vezes: ‘a morte veio por Eva, a vida veio por Maria’”.

6. Como isso torna Maria um ícone do nosso destino?

Aqueles que morrem na amizade com Deus e assim vão para o céu serão libertados de todo pecado e mancha de pecado. Assim, todos voltaremos a ser “imaculados” (latim, immaculatus = “sem mancha”), se permanecermos fiéis a Deus.

Mesmo nesta vida, Deus nos purifica e prepara em santidade e, se morrermos na sua amizade, mas ainda imperfeitamente purificados, Ele nos purificará no purgatório e nos tornará imaculados de novo. Ao dar a Maria esta graça desde o primeiro momento de sua concepção, Deus nos mostra uma imagem de nosso próprio destino. Ele nos mostra que isso é possível para os seres humanos através da sua graça. São João Paulo II disse:

“Contemplando este mistério numa perspectiva mariana, podemos afirmar que ‘Maria é, ao lado do seu Filho, a imagem mais perfeita da liberdade e da libertação da humanidade e do cosmos. É para ela, pois, que a Igreja, da qual ela é mãe e modelo, deve olhar para compreender, na sua integralidade, o sentido de sua missão’”.

“Fixemos, então, o nosso olhar sobre Maria, imagem da Igreja peregrina no deserto da história, mas dirigida para a meta gloriosa da Jerusalém celeste, onde resplandecerá como Esposa do Cordeiro, Cristo Senhor”.

7. Era necessário para Deus que Maria fosse imaculada na sua concepção para que pudesse ser Mãe de Jesus?

Não. A Igreja fala apenas da Imaculada Conceição como algo que era “apropriado”, algo que fez de Maria uma “morada apropriada” (ou seja, uma moradia adequada) para o Filho de Deus, não algo que era necessário. Assim, em preparação para definir do dogma, o Papa Pio IX declarou:

“…e, por isso, afirmaram (os Padres da Igreja) que a mesma santíssima Virgem foi por graça limpa de toda mancha de pecado e livre de toda mácula de corpo, alma e entendimento, que sempre esteve com Deus, unida com ele com eterna aliança, que nunca esteve nas trevas, mas na luz e, de conseguinte, que foi aptidíssima morada para Cristo, não por disposição corporal, mas pela graça original”.
“Pois não caía bem que Aquele objeto de eleição fosse atacado, da universal miséria pois, diferenciando-se imensamente dos demais, participou da natureza, não da culpa; mais ainda, muito mais convinha que como o unigênito teve Pai no céu, a quem os serafins exaltam por Santíssimo, tivesse também na terra Mãe que não houvesse jamais sofrido diminuição no brilho de sua santidade “.

8. Como celebramos a Imaculada Conceição hoje?

No rito latino da Igreja Católica, a Solenidade da Imaculada Conceição é no dia 8 de dezembro e em muitos países é uma festa de guarda; portanto, os fiéis católicos devem assistir à Missa.

Endereço

Fortaleza, CE

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