Campos - Revista de Antropologia

Campos - Revista de Antropologia Publicação do Programa de Pós-Graduação em Antropologia e Arqueologia da Universidade Federal d Para mais informações consulte as diretrizes para autores.
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CAMPOS - Revista de Antropologia, publicação do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal do Paraná, tem o propósito de constituir um espaço permanente de interlocução com antropólogos e pesquisadores de áreas afins, no país e no exterior. O nome CAMPOS traduz o reconhecimento do valor singular da etnografia para a Antropologia, remetendo também à pluralidade de perspectiva

s teóricas e temáticas que caracteriza a disciplina e que se revela na produção do próprio PPGA-UFPR. A revista publica artigos inéditos, ensaios bibliográficos, entrevistas, traduções, resenhas e outras contribuições - pequenos textos de natureza acadêmica, informativa etc. -, que podem ser enviados em português, inglês, francês ou espanhol (para publicação na língua original).

Este ensaio propõe uma breve revisão histórica dos debates sobre poder e gênero na literatura antropológica. Demonstro q...
04/12/2024

Este ensaio propõe uma breve revisão histórica dos debates sobre poder e gênero na literatura antropológica. Demonstro que a problemática da desigualdade sexual já aparece em trabalhos clássicos da antropologia evolucionista do século 19 como elemento-chave de compreensão do poder. Em seguida, percorro as contribuições de trabalhos precursores do culturalismo americano que colocam em evidência contextos de autoridade feminina. Abordo também os debates sobre a universalidade da dominação masculina de meados do século 20, assim como sua contestação com os debates dos anos 1980 sobre a relacionalidade das dinâmicas de violência de gênero. Concluo, então, com discussões mais recentes sobre as articulações entre Estado, nação e mulheres no século 21. Inscrevendo-se numa Antropologia Política, mostro que a antropologia feminista foi fundamental para a consolidação da Antropologia Política como um todo.

https://revistas.ufpr.br/campos/article/view/91348

Este artigo discute a forma como as pessoas se relacionam com suas roupas, no cotidiano e na memória, a partir de entrev...
30/11/2024

Este artigo discute a forma como as pessoas se relacionam com suas roupas, no cotidiano e na memória, a partir de entrevistas com 46 jovens. Primeiro, aborda-se o poder das roupas de provocar sentimentos de segurança e insegurança, decorrente da sua eficácia na externalização da percepção sobre nossa identidade. Em seguida, trazendo à tona as redes de sociabilidade ao redor das roupas, enfatiza-se que elas ora marcam o espaço da singularidade, ora expressam e constroem vínculos sociais. A capacidade das roupas de sobreviverem ao tempo, carregando marcas de seus donos, faz com que compartilhá-las seja uma forma de materializar vínculos afetivos, e mostrar-se disposto a borrar a fronteira entre os corpos. Por fim, aborda-se a capacidade das roupas de carregar e evocar lembranças, e se perpetuar na memória, de modo que falar sobre elas é um caminho por meio do qual podemos interpretar retrospectivamente nossa própria vida e identidade.

https://revistas.ufpr.br/campos/article/view/91809

Este artigo apresenta uma reflexão sobre a experiência etnográfica de uma pesquisa com as Pombogiras e os encontros e de...
30/11/2024

Este artigo apresenta uma reflexão sobre a experiência etnográfica de uma pesquisa com as Pombogiras e os encontros e desencontros até a aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa nas Ciências Humanas e Sociais da Universidade Estadual de Campinas (CEP/Unicamp), buscando fazer dessa encruzilhada uma composição. Por se tratar de uma etnografia construída a partir da perspectiva apresentada pelas Pombogiras, sendo assim, do espírito que ocupa o corpo do sacerdote ou da sacerdotisa, foram se construindo alguns obstáculos em relação ao Comitê de Ética da Pesquisa. Esse texto nos propõe a reflexão sobre o que podemos aprender com as Pombogiras, a encruzilhada e os acertos para uma reflexão sobre a possibilidade de um encontro entre o campo, as Pombogiras e o CEP/Unicamp, pois assim como é preciso seguir a formalidade do CEP/Unicamp, também é preciso que o CEP/Unicamp conheça um pouco das especificidades de cada campo.

https://revistas.ufpr.br/campos/article/view/90375

A escrita deste artigo é resultante de uma pesquisa de cunho bibliográfico, auto etnográfico e etnográfico, basilares pa...
23/11/2024

A escrita deste artigo é resultante de uma pesquisa de cunho bibliográfico, auto etnográfico e etnográfico, basilares para explicar o sentido e saberes do povo Kaingang. Conhecimentos que foram estímulos para dar cada vez mais vida às identificações do povo originário. De tal forma, dado todo processo histórico de dominação, há muito tempo os “saberes tradicionais” oriundos do conhecimento milenar dos povos originários, ao mesmo tempo que foram invisibilizados, passaram por uma série de apropriações indevidas. O que se pretende apresentar aqui é o sentido de ser Kaingang, que vai muito além do que muitos imaginam ser. É nesta motivação que acreditamos na possibilidade de reafirmar a importância da cosmologia, dos saberes e ancestralidades que habitam cada cultura, neste caso, do povo Kaingang.

https://revistas.ufpr.br/campos/article/view/89567

Atualmente, muitas das políticas desenvolvidas em torno do chamado patrimônio cultural imaterial incluem o protagonismo ...
23/11/2024

Atualmente, muitas das políticas desenvolvidas em torno do chamado patrimônio cultural imaterial incluem o protagonismo de diversos movimentos, comunidades e grupos locais. Em algumas ocasiões, essas intervenções geram um campo de tensões entre concepções e práticas diversas em relação ao patrimônio, dentro do contexto de certas demandas por reconhecimento, recursos e direitos culturais. Guiado por uma pesquisa etnográfica situada na cidade de Buenos Aires, neste artigo, procuro analisar uma série de conflitos que surgiram entre os organizadores de milongas e o governo local. A partir da análise de um repertório de ações coletivas e protestos realizados entre os anos de 2015 e 2017 -como intervenções no espaço público, em eventos oficiais, em redes virtuais e na mídia- proponho refletir sobre o processo de politização e ativismo empreendido pelo movimento de organizadores de milongas em "defesa do patrimônio".

https://revistas.ufpr.br/campos/article/view/91338

Essa pesquisa qualitativa teve como principal objetivo problematizar discursos sobre gênero e masculinidades a partir do...
22/11/2024

Essa pesquisa qualitativa teve como principal objetivo problematizar discursos sobre gênero e masculinidades a partir dos enunciados de 12 professores de Matemática da rede pública de ensino municipal e estadual de uma cidade do Cariri Cearense, foram realizadas entrevistas semiestruturadas, via plataforma digital em decorrência do contexto pandêmico da COVID-19, e como procedimento analítico adotamos a análise cultural. Desse modo, a partir da problematização de discursos machistas, sexistas, misóginos e homofóbicos alicerçados no sistema patriarcal e padrão cisheteronormativo, evidenciamos a carência de (in)formações dos docentes acerca das temáticas gênero e masculinidades. Assim, concluímos que as masculinidades com suas múltiplas identidades e diferenças precisam ser reconhecidas e para tanto são necessárias mudanças formativas nos cursos de licenciatura, sobretudo em Matemática, visando incorporar nos currículos escolares e acadêmicos, temáticas socioculturais, como gênero e sexualidade, para possibilitar a desconstrução de preconceitos, binarismos e representações estereotipadas sobre o que significa “ser homem/tornar-se homem”.

https://revistas.ufpr.br/campos/article/view/87164

Buscamos no presente artigo, a partir da publicação Arlindo, de Luiza de Souza, problematizar o movimento de nomeação e ...
22/11/2024

Buscamos no presente artigo, a partir da publicação Arlindo, de Luiza de Souza, problematizar o movimento de nomeação e fabricação, ao mesmo tempo, de enunciados pelos discursos (re)produzidos acerca das possibilidades da adolescência gay. Ainda que seja um menino semelhante a tantos outros da cidade potiguar, Arlindo se esforça para ser acolhido na escola e até mesmo em casa. Ao nos debruçarmos sobre a história do adolescente, notamos o quanto as pedagogias culturais, em meio as tecnologias, vão sendo atualizadas, disputando e negociando o cenário cultural e, portanto, o da construção de sujeitos, das masculinidades e táticas possíveis de reconhecimento. Nessa direção, este trabalho alia-se a perspectiva pós-estruturais dos Estudos Culturais e dos estudos foucaultianos exatamente por compreendermos que seus aportes nos ajudam a interrogar os artefatos culturais presentes nas ferramentas midiáticas e esses, por sua vez, são promissores objetos de investigação que instituem discursos e incidem nos sujeitos disputando subjetividades e influenciando suas posições no mundo.

https://revistas.ufpr.br/campos/article/view/88094

Esse artigo trata de analisar as representações sobre as masculinidades negras no tempo presente a partir das rimas e fa...
22/11/2024

Esse artigo trata de analisar as representações sobre as masculinidades negras no tempo presente a partir das rimas e falas de Baco Exu do Blues, nome artístico de Diogo Álvaro Ferreira Moncorvo. A nossa proposta é abordar as disputas e dinâmicas de (des)construção das imagens produzidas historicamente sobre os homens negros sem desconsiderar as ambiguidades e as teias de poder que podem levar sujeitos inscritos em masculinidades subalternas a reproduzirem repertórios da masculinidade hegemônica em sua afirmação de poder. O aporte oferecido pelas Ciências Sociais - especialmente os Estudos Culturais e os escritos de Stuart Hall - articulado à sensibilidade teórico política do feminismo negro e do feminismo decolonial foram de grande valia para a construção dessa análise, na qual interligamos os temas: masculinidades, mídias digitais e colonialidade.

https://revistas.ufpr.br/campos/article/view/87750

Las reflexiones críticas sobre las masculinidades han asumido un carácter casi omnipresente en el contexto de la cuarta ...
15/11/2024

Las reflexiones críticas sobre las masculinidades han asumido un carácter casi omnipresente en el contexto de la cuarta ola feminista y las sexualidades de los varones cis son particularmente interpeladas. En este marco el mercado sexual, en su creciente desplazamiento al mundo online acicateado por la pandemia por COVID-19, aparece como una arena donde se pueden observar las intersecciones entre masculinidad y sexualidad. A partir de un incipiente trabajo etnográfico con varones que comercian producciones audiovisuales en la plataforma OnlyFans, este artículo busca abrir una reflexión sobre cómo operan las estructuras del deseo en dicho campo conformando jerarquías y asimetrías vinculadas a la intersección entre capital erótico y las expresiones de determinadas masculinidades.

https://revistas.ufpr.br/campos/article/view/88036

A pesquisa etnográfica possibilitou perceber o hospital de trauma como parte das territorialidades que compõem o cotidia...
15/11/2024

A pesquisa etnográfica possibilitou perceber o hospital de trauma como parte das territorialidades que compõem o cotidiano de homens em situação de rua. Acompanhar os fluxos de atenção nas práticas de profissionais da saúde e da segurança pública aos homens feridos por conflitos violentos revelou a indissociabilidade entre o dentro e fora da instituição, os itinerários de exclusão e acolhimento. A perspectiva epistemológica adotada é sobretudo pós-estruturalista, feminista e decolonial. Para homens negros, pobres e jovens a dor é percebida pelo hospital como sinal de periculosidade e suas performances e itinerários em saúde tidos como suspeitos. Dispositivos de segurança são acionados mas resistem algumas operações de cuidado humanizado que escapam à sujeição criminal de masculinidades valoradas comumente pelos profissionais como “Tigre”: aquele que parece bandido, mas nem sempre é.

https://revistas.ufpr.br/campos/article/view/87806

O presente artigo resulta de etnografia digital realizada por quatro meses em 2020 em dois coletivos de Whatsapp, formad...
11/11/2024

O presente artigo resulta de etnografia digital realizada por quatro meses em 2020 em dois coletivos de Whatsapp, formados exclusiva e espontaneamente por grupos de homens cuja origem geográfica é o Distrito Federal. Os grupos de homens têm emergido nos últimos anos no país enquanto espaços nos quais sujeitos, que se identificam e são identificados com o gênero masculino, se reúnem para debater a atual condição do ser homem, por vezes com o propósito de questionar e revisar modelos tradicionais de masculinidade. Na arena virtual, foi evidenciado que as questões da paternidade e do seu exercício, a parentalidade, estão entre as preocupações e os afetos centrais daqueles que buscam esses locais para compartilhar dilemas psíquicos e subjetivos de sua existência gendrada, revelando valores e representações ainda muito conservadores. O artigo apresenta momentos-chave onde essa discussão se desdobrou em temas, como: a função do pai na formação da masculinidade do filho; quem pode legitimamente preencher a função paterna; e, a subversão da paternidade desde a afirmação de outras identidades de gênero hoje. A discussão desse objeto de estudo será articulada com reflexões sobre o patriarcado no Brasil e a construção social das masculinidades.

https://revistas.ufpr.br/campos/article/view/87792

O objetivo deste artigo é debater a construção da masculinidade para indivíduos que se identificam como transmasculinos ...
11/11/2024

O objetivo deste artigo é debater a construção da masculinidade para indivíduos que se identificam como transmasculinos através de narrativas e memórias de três homens trans. Para tanto foram discutidas questões como: hormonização; identidade; relações de afeto; situações de violência, dentre outras. A pesquisa realizada fez uso, metodologicamente, da história-oral como maneira de colocar em foco as memórias e vivências desses indivíduos. Constatou-se, pelos relatos, que a diversidade presente na construção das transmasculinidades possui potencialidade de contribuir para se pensar a forma como se entende e se vivencia a masculinidade apontando para a possibilidade de ser homem sem ter a necessidade de carregar os padrões de gênero estabelecidos pela heterocisnorma.

Neste artigo analisamos as experiências de homens que usam aplicativos de encontros afetivo-sexuais, especialmente aquel...
08/11/2024

Neste artigo analisamos as experiências de homens que usam aplicativos de encontros afetivo-sexuais, especialmente aqueles voltados para o público gay, levando em consideração o currículo e a pedagogia cultural que está presente nessa produção generificada de si e de outros usuários desses artefatos culturais tecnológicos. Entendemos que esses artefatos tecnológicos instituem pedagogias culturais e afetivas pautadas em modelos disseminados não só pela indústria cultural em uma era digital, mas também por uma nova versão plataformizada do capitalismo. Foram analisadas duas entrevistas realizadas com usuários do Grindr, um aplicativo de encontros afetivo-sexuais. Os dados obtidos nos ajudaram a pensar a relação entre a produção atual das masculinidades e o contexto do capitalismo afetivo. Concluímos que o tipo de pedagogia-curricular emocional que essas plataformas instituem tem, em alguma medida, transformado a paquera em um cálculo didático-pedagógico hiper-racional e bastante solitário, culminando em diversas formas de apagamento das diferenças.

O trabalho é um dos principais elementos legitimadores da masculinidade. Os taxistas da Cidade Autônoma de Buenos Aires ...
08/11/2024

O trabalho é um dos principais elementos legitimadores da masculinidade. Os taxistas da Cidade Autônoma de Buenos Aires constroem e colocam em prática certos códigos e significados de masculinidade típicos da esfera pública em que atuam. A divisão sexual do trabalho hierarquiza o trabalho produtivo sobre o trabalho reprodutivo, o público sobre o doméstico. O objetivo deste artigo é analisar as formas que as masculinidades taxistas adotam em relação ao lar, ao exercício da paternidade e às tarefas de cuidado, à luz das tensões e negociações em torno do mandato do provedor masculino.

Embora o campo dos estudos sobre masculinidades tenha emergido no contexto do norte global ao longo das décadas de 1970-...
08/11/2024

Embora o campo dos estudos sobre masculinidades tenha emergido no contexto do norte global ao longo das décadas de 1970-1990, de 1990 em diante, observa-se um crescimento significativo nas produções acerca do tema, seja a nível internacional, seja a nível nacional. No Brasil, tal expansão tem sido acompanhada tanto por desdobramentos em torno de temas consagrados, tais como violência masculina, machismo, poder, sexualidade, quanto por novos enquadres temático-analíticos. Tendo como pano de fundo esse cenário de contínua efervescência, é que propusemos a organização do presente dossiê temático “Masculinidades contemporâneas: cruzando temas e perspectivas”. O intuito foi o de ampliar o debate possibilitando, desta forma, a visibilidade de trabalhos e pesquisas de diferentes nacionalidades, pertencentes às mais diversas áreas disciplinares e suas respectivas fontes teórico-metodológicas. Afinal, o que as masculinidades contemporâneas nos provocam a pensar? Quais as continuidades e descontinuidades que revelam em relação aos debates clássicos?

Campos 25(1)
08/11/2024

Campos 25(1)

Plataforma atualizada!
30/10/2024

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