18/09/2024
Existe uma correlação direta entre a variação anual do PIB e do resultado primário. Quando a União gasta mais do que arrecada, a consequência imediata é o aumento dos juros básicos (Selic) para poder atrair investidores que comprem os títulos do governo, pois este precisa se financiar para pagar o que falta no orçamento. A consequência é uma desaceleração da economia, puxando a atividade econômica (PIB) para baixo, pois torna-se mais atraente investir em títulos públicos e no mercado financeiro, do que tomar o risco de investir no próprio negócio.
Isso é análogo ao orçamento familiar. Se a família gasta mais do que ganha, precisa tomar empréstimo, e, persistindo o problema, os empréstimos terão maior taxa de juros, devido ao aumento do risco de inadimplência. Chega uma hora que a família não suporta mais as dívidas e entra na desesperadora situação de trabalhar para pagar juros e parcelas da dívida. A família, então, precisa cortar gastos drasticamente, às vezes até do essencial, e buscar fontes complementares de renda para reverter a situação.
A nefasta diferença é que o governo não corta gastos e aumenta sua receita com o aumento dos impostos para todos. Sabemos que aqui em Pindorama temos uma das maiores cargas de impostos do mundo, sem a devolução em serviços de qualidade em Educação, Saúde e Segurança. Assim foi, assim é, e assim será nestas distantes terras, ainda muito longe da civilização.