23/11/2025
O governo federal brasileiro está programando a realização de leilões de oito ferrovias entre 2026 e 2027, com previsão de investimentos superiores a R$ 139,7 bilhões para obras, além de cerca de R$ 516,5 bilhões para a operação das linhas incluídas no programa. Esse plano visa ampliar a malha ferroviária nacional, melhorar a logística e fortalecer a economia com um transporte mais sustentável.
Os leilões ocorrerão em etapas distribuídas nos próximos dois anos, contemplando tanto projetos de obras novas, quanto revitalização de trechos deteriorados e a integração de corredores que conectam áreas produtivas a grandes portos.
O primeiro projeto da lista é o Anel Ferroviário Sudeste, a EF-118, com edital previsto para ser publicado em março de 2026, e leilão em junho. Com 245,95 quilômetros em sua fase obrigatória, a ferrovia será construída do zero e ligará São João da Barra, no norte fluminense, a Santa Leopoldina, no Espírito Santo.
Esse projeto também inclui uma fase adicional, entre Nova Iguaçu e São João da Barra, no Rio de Janeiro, que poderá ser posteriormente ativada pelo governo. Com investimento estimado em R$ 6,6 bilhões, o projeto tem potencial para movimentar até 24 milhões de toneladas por ano.
Tem também a extensão norte da Ferrovia Norte - Sul, com 530 km entre Açailândia/MA e Barcarena/PA, cuja concessão inclui investimento previsto de R$ 10 bilhões e operação de R$ 28 bilhões. Além disso, estão previstos projetos para transporte de passageiros em várias regiões, bem como a concessão por meio de chamamento público de trechos antigos e subutilizados, como o Corredor Minas-Rio.
E essa sim também é muito importante a Ferrovia Malha Oeste, que tem edital previsto para abril de 2026 e leilão agendado para julho. Este é um dos trechos ferroviários mais extensos incluídos no pacote, com 1.593 quilômetros, interligando Corumbá (MS) a Mairinque (SP).
O sucesso desses projetos depende da atuação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e da aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU), que já estão avançando na análise dos editais. O programa reflete uma retomada importante para o setor ferroviário brasileiro após um período de estagnação, com impacto potencial expressivo na infraestrutura e na competitividade econômica do país.
Resumo feito através da Revista Ferroviária.