08/01/2025
Mais de 300 empresários do Paraná tentam reaver mais de R$ 80 milhões não repassados pela administradora de cartões Inovepay, após a empresa ser alvo de uma operação da Polícia Federal por suspeita de lavagem de dinheiro de criminosos ligados ao PCC. São 336 postos de combustíveis e lojas de conveniências, entre outros estabelecimentos.
A tentativa de reaver os valores começou em agosto de 2024. O dinheiro da administradora foi bloqueado pela Justiça, mas liberado em seguida para que pudesse ser repassado para os comerciantes.
Porém, mesmo depois da liberação, os comerciantes alegam que os valores não foram transferidos.
A empresa Adiq Pagamentos também é apontada como responsável pelos pagamentos. Ela é responsável por repassar o valor da venda para a Inove, que paga os empresários.
A Adiq Pagamentos afirma que os valores foram depositados em juízo. No entanto, a Justiça Federal de Campinas afirma que o valor em juízo é de cerca de R$ 19 milhões – muito menos do que os R$ 450 milhões devidos.
A Justiça Federal orienta que os comerciantes procurem a justiça cível para receber os valores
Para Paulo Fernando da Silva, presidente da Paranapetro, entidade representativa dos postos revendedores de combustíveis no Paraná, a situação não apenas prejudica os comerciantes, como também coloca em descrédito todo o sistema financeiro.
“O problema é: se alguém se esquiva dessa obrigação, o problema estoura no estabelecimento comercial, e isso coloca em risco todo o sistema de pagamento”, afirma.
Segundo a investigação que levou ao bloqueio dos bens, as máquinas de cartão de crédito da Inovepay foram utilizadas por empresas de fachada e pessoas físicas ligadas ao tráfico de dr**as.
Um dos suspeitos de envolvimento com o PCC recebeu R$ 700 mil a partir de máquinas da Inovepay sem isso constar no extrato de operações. A operação foi deflagrada no fim de agosto. (Fonte/imagem: G1 Paraná)