Com 20 de experiência profissional no mundo da comunicação, acredito que os tempos modernos nos abrem novas oportunidades e é preciso que o trabalho do jornal impresso seja reinventado.
Diante das novas tecnologias, não podemos nos acomodar, mas nos reinventarmos diante das necessidades atuais de comunicação.
Dentro desta realidade estamos lançando uma nova plataforma digital que vem para complementar o trabalho impresso.
A Folha de Cafelândia, além de lançar esta nova plataforma digital, vai apresentar uma reestruturação do projeto gráfico.
Faremos isso pois especialistas da comunicação acreditam que o jornal impresso não vai acabar e explicam o porquê:
“O que já acabou é a notícia do jornal como novidade porque ela deixou de ser fresca. O cara morreu hoje ao meio-dia e todo mundo já deu – TV, rádio, internet – todos os sites, blogs... Agora, fazer o trabalho do ‘porquê e como ele morreu’, contar uma história de ‘quem era o cara’ no dia seguinte é o trabalho do jornal impresso. A verdade é que o jornal impresso tem que se reinventar”.
instantaneidade para a comunicação online desde que esta nasceu. Esse confronto não signif**a, entretanto, o fim do jornal impresso. Ele permanecerá, mas com características diferentes, pois terá de se adaptar ao nosso mundo cada vez mais digital. Os periódicos em papel continuarão a ser lidos, mas servirão a um propósito relativamente diferente do que serviam no passado. E sobreviverão somente porque promoverão mudanças radicais em seu conteúdo.
A internet veio para dar aos leitores mais variadas fontes para obter informações que costumavam conseguir nos jornais. E embora isso não ameace a existência dos jornais, vai reduzir o tempo que os consumidores dedicam a eles. Nesse ambiente, o jornalismo online e o impresso se complementam. Façamos uma metáfora futebolística: quando você quer saber o resultado do jogo do seu time que acabou há pouco tempo, você abre um jornal, liga o seu celular ou acessa a internet? Provavelmente uma das duas últimas opções, não é? Agora, se você deseja saber como foi o jogo lance a lance, com análise de críticos esportivos, escalações e atuações individuais dos jogadores, o jornal do outro dia certamente será uma boa referência de leitura diante das suas expectativas, certo?
Enquanto a instantaneidade f**a por conta das mídias digitais, resta à mídia tradicional dar ao público algo diferente. Aos impressos cabem a explicação, a interpretação e a análise dos fatos e dos seus efeitos. Para isso, devem prezar pela criatividade e pela originalidade. O jornal moderno em papel, influenciado pelos veículos digitais, dividirá o pacote de cobertura em profundidade em pedaços menores, com maior densidade de informação.
Por isso, essas publicações já se encontram em pura estratégia de sobrevivência, alterando seu projeto gráfico para poder se enquadrar num novo ambiente de mídia.