AvesNews AvesNews destina-se à divulgação resumida de notícias sobre aves, publicadas em fontes diversas.

Os interessados em detalhes das notícias poderão consultar as fontes originais. Indicações de notícias a serem incluídas na página são bem vindas. O AvesNews se propõe a divulgar notícias sobre aves publicadas em inúmeros órgãos nacionais e internacionais, de forma resumida e em nosso idioma, procurando assim dar aos leitores uma ideia sintética do que é tratado em cada uma delas.

22/05/2024

Olá, pessoal, estou continuando estas postagem no Instagram: https://www.instagram.com/luizfafigueiredo/ Sejam bem vindos lá. A proposta é resgatar informes da imprensa de todo o mundo (na medida do possível) sobre aves silvestres, especialmente em circunstâncias inusitadas. Nos vemos lá.

𝐀 𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞 𝐖𝐚𝐬𝐡𝐢𝐧𝐠𝐭𝐨𝐧, 𝐧𝐨𝐬 𝐄𝐬𝐭𝐚𝐝𝐨𝐬 𝐔𝐧𝐢𝐝𝐨𝐬, 𝐚𝐩𝐫𝐨𝐯𝐚 𝐥𝐞𝐢 𝐝𝐞 𝐩𝐫𝐨𝐭𝐞çã𝐨 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚 𝐜𝐨𝐥𝐢𝐬õ𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐚𝐯𝐞𝐬 𝐞𝐦 𝐯𝐢𝐝𝐫𝐚ç𝐚𝐬Em votação unânime...
27/04/2023

𝐀 𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞 𝐖𝐚𝐬𝐡𝐢𝐧𝐠𝐭𝐨𝐧, 𝐧𝐨𝐬 𝐄𝐬𝐭𝐚𝐝𝐨𝐬 𝐔𝐧𝐢𝐝𝐨𝐬, 𝐚𝐩𝐫𝐨𝐯𝐚 𝐥𝐞𝐢 𝐝𝐞 𝐩𝐫𝐨𝐭𝐞çã𝐨 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚 𝐜𝐨𝐥𝐢𝐬õ𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐚𝐯𝐞𝐬 𝐞𝐦 𝐯𝐢𝐝𝐫𝐚ç𝐚𝐬

Em votação unânime, Washington D.C. seguiu o exemplo de Nova York e aprovou lei de construção amiga dos pássaros, que ajudará a reduzir a ameaça de colisões em vidros, tornando a cidade mais segura para as aves. A lei vigorará para todas as novas construções ou alterações substanciais nestas, a partir de 1 de outubro de 2024. Outros municípios da região também têm avaliado a implantação de legislação semelhante, envolvendo especialmente órgãos públicos. Segundo Chris Sheppard, diretor do Programa de Colisões de Vidro da American Bird Conservancy (ABC) as colisões com vidro são uma das principais causas do declínio acentuado de diversas espécies de aves em todo o mundo. A nova lei exigirá o uso de vidros com fator de reflexão abaixo de um valor máximo, que corresponde a uma redução de colisões de pelo menos 50%, em comparação com o vidro inalterado. Embora o projeto de lei tenha levado cerca de um ano entre ser apresentado e aprovado, preparar o terreno para sua aprovação levou anos para ser elaborado, por meio do levantamento de colisões de aves em vidros, graças aos esforços liderados por Anne Lewis, arquiteta e presidente do centro de reabilitação de vida selvagem, City Wildlife. Ela iniciou pesquisas voluntárias em 2010, procurando vítimas de colisão nos bairros da cidade. Ela já suspeitava que o número de acidentes era alto, pelo fato da cidade se encontrar na Atlantic Flyway, uma importante rota de migração. Em uma pequena área da cidade constataram mais de 5.200 colisões, dado decisivo para a aprovação da nova legislação.

𝘼𝙢𝙚𝙧𝙞𝙘𝙖𝙣 𝘽𝙞𝙧𝙙 𝘾𝙤𝙣𝙨𝙚𝙧𝙫𝙖𝙩𝙞𝙤𝙣, 27/4/2023.

𝐅𝐨𝐭𝐨: aves acidentadas em colisões com vidros, coletadas por voluntários em uma área restrita da região de Washington, desde 2010. Crédito: cortesia de City Wildlife.

𝐀𝐥𝐥 𝐓𝐡𝐚𝐭 𝐁𝐫𝐞𝐚𝐭𝐡𝐬 é 𝐢𝐧𝐝𝐢𝐜𝐚𝐝𝐨 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐜𝐨𝐫𝐫𝐞𝐫 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐌𝐞𝐥𝐡𝐨𝐫 𝐃𝐨𝐜𝐮𝐦𝐞𝐧𝐭á𝐫𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝟐𝟎𝟐𝟐O filme sobre reabilitadores de aves na capit...
26/01/2023

𝐀𝐥𝐥 𝐓𝐡𝐚𝐭 𝐁𝐫𝐞𝐚𝐭𝐡𝐬 é 𝐢𝐧𝐝𝐢𝐜𝐚𝐝𝐨 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐜𝐨𝐫𝐫𝐞𝐫 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐌𝐞𝐥𝐡𝐨𝐫 𝐃𝐨𝐜𝐮𝐦𝐞𝐧𝐭á𝐫𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝟐𝟎𝟐𝟐

O filme sobre reabilitadores de aves na capital da Índia está entre os cinco indicados ao Oscar de melhor documentário de longa-metragem de 2022. 𝘈𝘭𝘭 𝘛𝘩𝘢𝘵 𝘉𝘳𝘦𝘢𝘵𝘩𝘦𝘴 foi lançado nos cinemas em outubro e deve estar disponível na HBO Max ainda este ano. Se vencer, será o segundo documentário sobre aves premiado pelo Oscar, depois de 𝘔𝘢𝘳𝘤𝘩 𝘰𝘧 𝘵𝘩𝘦 𝘗𝘦𝘯𝘨𝘶𝘪𝘯𝘴, lançado em 2005. Ao longo das décadas, alguns filmes de animação com tema de aves ganharam o Oscar de melhor animação ou melhor curta animado, incluindo 𝘏𝘢𝘱𝘱𝘺 𝘍𝘦𝘦𝘵 em 2006 e 𝘗𝘪𝘱𝘦𝘳 em 2016. 𝘈𝘭𝘭 𝘛𝘩𝘢𝘵 𝘉𝘳𝘦𝘢𝘵𝘩𝘦𝘴 foi o primeiro filme a ganhar o prêmio de documentário nos festivais de cinema de Cannes e Sundance. Os protagonistas são os irmãos Nadeem Shehzad e Mohammad Saud, que administram uma clínica de vida selvagem com um orçamento apertado na lotada Nova Delhi. Os reabilitadores de aves em todo o mundo fazem um trabalho heroico que tende a ser esquecido, e o fato de os reabilitadores de aves estarem no centro de um filme indicado ao Oscar é incrível, segundo Matt Mendenhall, autor do artigo aqui resumido. Muitas aves são acidentadas em Nova Delhi porque a população empina pipas com o uso do cerol (lá chamado de majá), que corta as asas das aves em voo. Matt Mendenhall termina lamentando que o diretor Shaunak Sen tenha omitido essa informação no filme, já que boa parte da população de Nova Delhi acredita que as aves caiam do céu em decorrência da poluição do ar e a menção ao cerol poderia ser educativa para todos.

𝘽𝙞𝙧𝙙𝙒𝙖𝙩𝙘𝙝𝙞𝙣𝙜, 24/1/2023.

𝗙𝗼𝘁𝗼: Cena de 𝘈𝘭𝘭 𝘛𝘩𝘢𝘵 𝘉𝘳𝘦𝘢𝘵𝘩𝘦𝘴. Crédito: Rise Films.

23/12/2022
𝗡𝗼𝘃𝗼 𝗲𝘀𝘁𝘂𝗱𝗼 𝗲𝘀𝗽𝗲𝗰𝘂𝗹𝗮 𝗰𝗼𝗺𝗼 𝗽𝗶𝗰𝗮-𝗽𝗮𝘂𝘀 𝗱𝗲 𝗳𝗮𝘁𝗼 𝗺𝗮𝗿𝘁𝗲𝗹𝗮𝗺, 𝘀𝗲𝗺 𝘁𝗲𝗿𝗲𝗺 “𝗱𝗼𝗿𝗲𝘀 𝗱𝗲 𝗰𝗮𝗯𝗲ç𝗮”A seleção natural favoreceu adaptações ...
22/12/2022

𝗡𝗼𝘃𝗼 𝗲𝘀𝘁𝘂𝗱𝗼 𝗲𝘀𝗽𝗲𝗰𝘂𝗹𝗮 𝗰𝗼𝗺𝗼 𝗽𝗶𝗰𝗮-𝗽𝗮𝘂𝘀 𝗱𝗲 𝗳𝗮𝘁𝗼 𝗺𝗮𝗿𝘁𝗲𝗹𝗮𝗺, 𝘀𝗲𝗺 𝘁𝗲𝗿𝗲𝗺 “𝗱𝗼𝗿𝗲𝘀 𝗱𝗲 𝗰𝗮𝗯𝗲ç𝗮”

A seleção natural favoreceu adaptações fisiológicas e morfológicas para proteger o cérebro dos pica-paus de concussões. Mas ao mesmo tempo para tornar as bicadas mais fortes e mais barulhentas. Tradicionalmente os pesquisadores têm se dedicado mais ao primeiro elemento. Alguns engenheiros basearam-se em na anatomia do pica-pau para fazer designs de capacetes de futebol americano. Um dos artigos mais lidos no BirdWatchingDaily, escrito por Eldon Greij em 2013, se intitula: “Por que os pica-paus podem martelar sem ter dores de cabeça”! Em 2021, Greij analisou um estudo de 2018 da Faculdade de Medicina da Universidade de Boston, onde os pesquisadores examinaram o tecido cerebral do pica-pau e do melro-de-asa-vermelha ( 𝘈𝘨𝘦𝘭𝘢𝘪𝘶𝘴 𝘱𝘩𝘰𝘦𝘯𝘪𝘤𝘦𝘶𝘴) em busca da proteína associada à encefalopatia traumática crônica (CTE) que pode ser encontrada em jogadores de futebol americano que sofreram lesões cerebrais traumáticas repetitivas. Eles descobriram que oito dos dez pica-paus examinados testaram positivo para essa proteína, que também está implicada em algumas outras condições degenerativas não reversíveis em humanos, como demência, doença de Alzheimer e doença de Parkinson. Nenhum dos dez cérebros de melro-de-asa-vermelha mostrou evidências dessa proteína. Os pesquisadores se questionaram se os pica-paus teriam desenvolvido um mecanismo bioquímico para neutralizar seus efeitos. O novo estudo publicado na Current Biology mostra, por meio de um vídeo em câmera lenta, que o bico e o crânio do pica-pau funcionam como uma unidade única, parando exatamente no mesmo momento, ambos experimentando a mesma força de impacto. Assim, a especulação de que algo entre o bico e o crânio serve como um amortecedor não se sustenta e a proteção deve estar dentro do próprio crânio. Pica-paus podem ter vidas longas. Um Pileated Woodpecker (𝘋𝘳𝘺𝘰𝘤𝘰𝘱𝘶𝘴 𝘱𝘪𝘭𝘦𝘢𝘵𝘶𝘴) sobreviveu pelo menos 12 anos e 11 meses, e dois Hairy Woodpeckers ( 𝘋𝘳𝘺𝘰𝘣𝘢𝘵𝘦𝘴 𝘷𝘪𝘭𝘭𝘰𝘴𝘶𝘴) viveram mais de 15 anos, mostrando que sobrevivem mesmo com a presença da mesma proteína em seus cérebros que é responsável pelo encurtamento da vida em humanos. O novo estudo realiza também o que a melhor pesquisa científica deve fazer: deixar novas perguntas e caminhos a serem pesquisados e não ap***s respostas simples.

𝘽𝙞𝙧𝙙𝙒𝙖𝙩𝙘𝙝𝙞𝙣𝙜, 22/12/2022.

𝗙𝗼𝘁𝗼: quadros de vídeo de alta velocidade mostram um pica-pau bicando madeira. Pesquisadores da Bélgica, França, Canadá e Alemanha gravaram vídeos de seis pica-paus individuais de três espécies para estudar como eles martelam nas árvores. Crédito: Erica Ortlieb e Robert Shadwick/University of British Columbia.

𝗩𝗲𝗷𝗮 𝗼 𝘃í𝗱𝗲𝗼:
https://youtu.be/Uiz9BrHbZu4

𝐓𝐞𝐫 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐚𝐭𝐨 𝐜𝐨𝐦 𝐚𝐯𝐞𝐬 𝐩𝐨𝐝𝐞 𝐦𝐞𝐥𝐡𝐨𝐫𝐚𝐫 𝐧𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐛𝐞𝐦-𝐞𝐬𝐭𝐚𝐫 𝐦𝐞𝐧𝐭𝐚𝐥 𝐩𝐨𝐫 𝐚𝐭é 𝐨𝐢𝐭𝐨 𝐡𝐨𝐫𝐚𝐬Recente estudo publicado na revista Scientif...
10/12/2022

𝐓𝐞𝐫 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐚𝐭𝐨 𝐜𝐨𝐦 𝐚𝐯𝐞𝐬 𝐩𝐨𝐝𝐞 𝐦𝐞𝐥𝐡𝐨𝐫𝐚𝐫 𝐧𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐛𝐞𝐦-𝐞𝐬𝐭𝐚𝐫 𝐦𝐞𝐧𝐭𝐚𝐥 𝐩𝐨𝐫 𝐚𝐭é 𝐨𝐢𝐭𝐨 𝐡𝐨𝐫𝐚𝐬

Recente estudo publicado na revista Scientific Reports por pesquisadores do King's College London afirma que a exposição a aves – mesmo que em casa – pode melhorar o humor das pessoas. Os pesquisadores usaram um aplicativo de smartphone criado pelo projeto Urban Mind da escola para coletar os sentimentos em tempo real de 1292 participantes do estudo que vivem na Europa e Estados Unidos, entre abril de 2018 e outubro de 2021. 71% dos participantes foram mulheres ou que se identificaram como tal, enquanto ap***s 28% disseram que eram homens e 1% se identificaram como outros, com idade média de 35 anos. O aplicativo perguntou aos participantes do estudo três vezes ao dia se eles podiam ver ou ouvir um pássaro, seguido de uma série de perguntas sobre seu bem-estar mental. Os participantes também responderam a perguntas sobre se podiam ver árvores, plantas ou ouvir água para ver se as pessoas estavam experimentando um melhor bem-estar mental devido a estar ou ver a natureza, e não ap***s por causa da exposição aos pássaros. Os resultados demonstraram que o bem-estar mental dos participantes foi “significativamente melhorado” depois de ver ou ouvir uma ave. Algo que surpreendeu os pesquisadores foi o fato da melhora do humor das pessoas após o contato com uma ave não ter sido ap***s imediata, mas ter uma duração de até aproximadamente oito horas! Um número crescente de estudos relaciona o passar algum tempo ao ar livre com a saúde mental, mas poucos analisam como aspectos específicos da natureza podem influenciar nosso bem-estar.

𝘾𝙝𝙖𝙣𝙜𝙞𝙣𝙜 𝘼𝙢𝙚𝙧𝙞𝙘𝙖, 27/10/2022.

𝗙𝗼𝘁𝗼. Crédito: Independent.

𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐫𝐮𝐣𝐚𝐬 “𝐬𝐚𝐠𝐫𝐚𝐝𝐚𝐬” 𝐝𝐚 𝐈𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐨 𝐂𝐨𝐛𝐫𝐞 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐦 𝐧𝐚 𝐯𝐞𝐫𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐬𝐞𝐫𝐞𝐦 𝐛𝐫𝐢𝐧𝐪𝐮𝐞𝐝𝐨𝐬 𝐢𝐧𝐟𝐚𝐧𝐭𝐢𝐬Há milhares de anos, crianças...
01/12/2022

𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐫𝐮𝐣𝐚𝐬 “𝐬𝐚𝐠𝐫𝐚𝐝𝐚𝐬” 𝐝𝐚 𝐈𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐨 𝐂𝐨𝐛𝐫𝐞 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐦 𝐧𝐚 𝐯𝐞𝐫𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐬𝐞𝐫𝐞𝐦 𝐛𝐫𝐢𝐧𝐪𝐮𝐞𝐝𝐨𝐬 𝐢𝐧𝐟𝐚𝐧𝐭𝐢𝐬

Há milhares de anos, crianças da Península Ibérica esculpiram em pedaços de ardósia desenhos de corujas, criando brinquedos do tamanho da palma da mão, sugerem pesquisadores do Conselho Nacional de Pesquisa da Espanha. Originalmente os arqueólogos pensavam que as figuras se tratavam de objetos sagrados representativos de divindades, e que seriam usados ap***s em rituais. Foram examinadas 100 das aproximadamente 4.000 placas de coruja coletadas ao longo dos anos em túmulos e poços espalhados pela península. Todas as esculturas são datadas da Idade do Cobre (3.500 a.C. a 2.750 a.C.) e foram avaliadas pelos traços indicativos de corujas, como os dois círculos representando os olhos frontais da coruja, o desenho de um bico, asas, plumagem e outras características notáveis das aves de rapina. Cada peça continha também duas pequenas perfurações no topo, que os pesquisadores acham que seriam para prender p***s reais. O principal autor do artigo, Juan J. Negro, comenta a simplicidade das figuras, indicando que seus escultores não investiram muito tempo ou habilidades para fazê-las. Outro aspecto é o fato de terem sido feitas em ardósia, que é uma pedra macia, podendo ser facilmente esculpida com ferramentas pontiagudas feitas de sílex, quartzo ou cobre. Os pesquisadores não chegaram a uma conclusão do motivo de outros animais não terem também sido retratados. Talvez pelo fato de que na época duas espécies de corujas eram abundantes na área: a coruja-pequena (𝘈𝘵𝘩𝘦𝘯𝘦 𝘯𝘰𝘤𝘵𝘶𝘢) e a coruja-orelhuda (𝘈𝘴𝘪𝘰 𝘰𝘵𝘶𝘴). Também por elas terem olhos frontais e pelo fato de qualquer pessoa lembrar-se bem do aspecto de uma coruja, em precisar olhar para um modelo para desenhá-la. Para testar essa teoria, Negro e sua equipe pediram a um grupo de crianças que desenhassem corujas e a obras de arte resultantes pareceram estranhamente semelhante às esculturas antigas.

𝙇𝙞𝙫𝙚𝙎𝙘𝙞𝙚𝙣𝙘𝙚, 1/12/2022.

𝗙𝗼𝘁𝗼: Réplica (à esquerda) de um desenho em pedra com p***s inseridas nos orifícios da parte superior. À direita uma coruja-orelhuda (𝘈𝘴𝘪𝘰 𝘰𝘵𝘶𝘴). Crédito: Juan J. Negro.

𝐂𝐨𝐫𝐮𝐣𝐚 𝐜𝐨𝐦 𝐯𝐨𝐳 𝐝𝐞 𝐢𝐧𝐬𝐞𝐭𝐨 é 𝐝𝐞𝐬𝐜𝐨𝐛𝐞𝐫𝐭𝐚 𝐧𝐚 𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐏𝐫𝐢𝐧𝐜𝐢𝐩𝐞Uma nova espécie de coruja foi identificada na pequena ilha Prínci...
08/11/2022

𝐂𝐨𝐫𝐮𝐣𝐚 𝐜𝐨𝐦 𝐯𝐨𝐳 𝐝𝐞 𝐢𝐧𝐬𝐞𝐭𝐨 é 𝐝𝐞𝐬𝐜𝐨𝐛𝐞𝐫𝐭𝐚 𝐧𝐚 𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐏𝐫𝐢𝐧𝐜𝐢𝐩𝐞

Uma nova espécie de coruja foi identificada na pequena ilha Príncipe, na costa da África Ocidental, que já abrigava outras espécies de aves endêmicas, em artigo publicado na revista ZooKeys. Chamada de principe-scops-owl, a 𝘖𝘵𝘶𝘴 𝘣𝘪𝘬𝘦𝘨𝘪𝘭𝘢 foi assim nomeada em homenagem a Ceciliano Bikegila do Bom Jesus, um caçador de papagaios local que se tornou conservacionista e guia da natureza e que alertou os pesquisadores sobre a existência da espécie. Embora os ilhéus tenham relatado ter visto a ave desde pelo menos a década de 1920, só em 2016 os pesquisadores confirmaram sua existência. A espécie tem uma vocalização que lembra o chilrear de um inseto. Vive em florestas antigas de baixa altitude no extremo sul desabitado e protegido do Príncipe, uma das duas principais ilhas que compõem a nação da África Ocidental de São Tomé e Príncipe. Nesta pequena área (cerca de quatro vezes o tamanho do Central Park), a densidade populacional da coruja é relativamente alta, sendo estimada em cerca de 1.000 a 1.500 indivíduos. Embora com uma densidade populacional alta, o fato de estarem restritas a uma pequena área as classificam como criticamente ameaçadas.

𝙏𝙝𝙚 𝙒𝙖𝙨𝙝𝙞𝙣𝙜𝙩𝙤𝙣 𝙋𝙤𝙨𝙩, 5/11/2022.

𝗙𝗼𝘁𝗼: príncipe-scops-owl. Crédito: Philippe Verbelen.

𝗔𝗿𝘁𝗶𝗴𝗼
Melo, M., B. Freitas, P. Verbelen, S.R. Costa, H. Pereira, J. Fuchs, G. Sangster, M.N. Correia, R.F. Lima & A. Crottini (2022) A new species of scops-owl (Aves, Strigiformes, Strigidae, Otus) from Príncipe Island (Gulf of Guinea, Africa) and novel insights into the systematic affinities within Otus. ZooKeys 1126: 1-54. https://doi.org/10.3897/zookeys.1126.87635

𝐐𝐮𝐚𝐭𝐫𝐨 𝐦𝐮𝐥𝐡𝐞𝐫𝐞𝐬 𝐯ã𝐨 𝐜𝐨𝐦𝐚𝐧𝐝𝐚𝐫 𝐨 “𝐏𝐞𝐧𝐠𝐮𝐢𝐧 𝐏𝐨𝐬𝐭 𝐎𝐟𝐟𝐢𝐜𝐞” 𝐝𝐚 𝐀𝐧𝐭á𝐫𝐭𝐢𝐝𝐚Escolhidas entre 6.000 candidatos, elas passarão de nov...
18/10/2022

𝐐𝐮𝐚𝐭𝐫𝐨 𝐦𝐮𝐥𝐡𝐞𝐫𝐞𝐬 𝐯ã𝐨 𝐜𝐨𝐦𝐚𝐧𝐝𝐚𝐫 𝐨 “𝐏𝐞𝐧𝐠𝐮𝐢𝐧 𝐏𝐨𝐬𝐭 𝐎𝐟𝐟𝐢𝐜𝐞” 𝐝𝐚 𝐀𝐧𝐭á𝐫𝐭𝐢𝐝𝐚

Escolhidas entre 6.000 candidatos, elas passarão de novembro a março administrando os correios, museu e loja de presentes de Port Lockroy, e também monitorando uma colônia de 1.500 pinguins. Sem os confortos de casa, tomando banho ap***s em navios visitantes, usando um balde como banheiro e dormindo em beliches, com acesso limitado à Internet, seu principal método de comunicação com o mundo será via correio tradicional. Clare Ballantyne, jovem de 23 anos, atuará como chefe dos correios de Port Lockroy e estará responsável por enviar cerca de 70.000 correspondências para mais de 100 países, a partir do correio mais ao sul do mundo. Sua colega, Lucy Bruzzone, de 40 anos, será a líder da base, uma posição que envolve coordenar visitas a navios, trabalhar com líderes de expedição e gerenciar a equipe de Port Lockroy. Natalie Corbett, de 31 anos, com experiência em varejo e empreendedorismo administrará a loja de presentes do site. E Mairi Hilton, de 30 anos, atuará como monitora da vida selvagem, um trabalho que envolve contar a população de pinguins da ilha e verificar seus ninhos e novos filhotes. Os britânicos estabeleceram Port Lockroy em 1944 como parte de uma missão ultra-secreta da Segunda Guerra Mundial conhecida como Operação Tabarin. Hoje, o local histórico recebe cerca de 18.000 visitantes e turistas por anos, que chegam em navios de cruzeiro.

𝙎𝙢𝙞𝙩𝙝𝙨𝙤𝙣𝙞𝙖𝙣 𝙈𝙖𝙜𝙖𝙯𝙞𝙣𝙚, 7/10/2022.

𝗙𝗼𝘁𝗼: pinguim (𝘗𝘺𝘨𝘰𝘴𝘤𝘦𝘭𝘪𝘴 𝘱𝘢𝘱𝘶𝘢) e base de Port Lockroy.

𝐐𝐮𝐞𝐦 𝐬ã𝐨 𝐨𝐬 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐫á𝐩𝐢𝐝𝐨𝐬 𝐯𝐨𝐚𝐝𝐨𝐫𝐞𝐬?A chita é reconhecida como o animal mais veloz em terra, mas no ar o campeão é o falcã...
04/10/2022

𝐐𝐮𝐞𝐦 𝐬ã𝐨 𝐨𝐬 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐫á𝐩𝐢𝐝𝐨𝐬 𝐯𝐨𝐚𝐝𝐨𝐫𝐞𝐬?

A chita é reconhecida como o animal mais veloz em terra, mas no ar o campeão é o falcão-peregrino (𝘍𝘢𝘭𝘤𝘰 𝘱𝘦𝘳𝘦𝘨𝘳𝘪𝘯𝘶𝘴). Conforme o nome sugere, o peregrino pode migrar até 25.000 Km em uma viagem de ida e volta. Ocorrem em todos os continentes, exceto a Antártida. Ao verem um alvo, mergulham em velocidade estimada de 320 km/h. Mergulhos experimentais mostraram que podem atingir velocidades de até 389 km/h, de acordo com o Guinness World Records. Em uma série de mergulhos em 1999, uma fêmea de peregrino, de propriedade de um aviador e falcoeiro de Friday Harbor, Washington, estabeleceu o recorde mundial após ser solta de um avião a cerca de 5.182 m de altura. A velocidade foi medida por um chip adaptado a ela. Algumas características anatômicas explicam porque conseguem atingir grandes velocidades, como as asas pontiagudas, que se assemelham às dos caças, reduzindo a quantidade de arrasto que experimentam do ar. Suas p***s são incrivelmente compactas e rígidas quando comparadas a outros falcões, provavelmente para reduzir o arrasto e fazê-los voar mais suavemente. As narinas possuem um sistema de pequenos botões internos que supostamente atuam como defletores, regulando o fluxo de ar, ajudando-os a respirar em seus mergulhos. A capacidade de voar rápido os ajudam a caçar, principalmente outras aves, desde pequenas como beija-flores quanto grandes como o grou-canadense (𝘎𝘳𝘶𝘴 𝘤𝘢𝘯𝘢𝘥𝘦𝘯𝘴𝘪𝘴). 450 espécies de aves já foram identificadas como presas de peregrinos na América do Norte e, em todo o mundo, pode chegar a 2.000, além de predarem também morcegos e, ocasionalmente, roubarem peixes e roedores de outras aves de rapina. Embora os peregrinos sejam os recordistas em velocidade em seus mergulhos, não superam em seu voo normal a velocidade de alguns morcegos, como o morceguinho-das-casas (𝘛𝘢𝘥𝘢𝘳𝘪𝘥𝘢 𝘣𝘳𝘢𝘴𝘪𝘭𝘪𝘦𝘯𝘴𝘪𝘴), que são os voadores mais rápidos do mundo, atingindo 160 km/h, enquanto os peregrinos voam com velocidade média de 40 a 55 km/h em voo de viagem e 112 km/h quando perseguem presas.

𝙇𝙞𝙫𝙚𝙎𝙘𝙞𝙚𝙣𝙘𝙚, 30/9/2022.

𝗙𝗼𝘁𝗼: Falcão-peregrino voando sobre a cabeça de Tom French, diretor assistente da Massachusetts Fish and Wildlife. Crédito: John Blanding/The Boston Globe via Getty Images.

𝐂𝐨𝐫𝐮𝐣𝐚 𝐝á 𝐚𝐬 𝐛𝐨𝐚𝐬-𝐯𝐢𝐧𝐝𝐚𝐬 𝐚𝐨 𝐬𝐞𝐮 𝐬𝐚𝐥𝐯𝐚𝐝𝐨𝐫 𝐜𝐨𝐦 𝐮𝐦 𝐝𝐞𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨 𝐚𝐛𝐫𝐚ç𝐨Os animais podem reconhecer os humanos, o que inclui lemb...
28/09/2022

𝐂𝐨𝐫𝐮𝐣𝐚 𝐝á 𝐚𝐬 𝐛𝐨𝐚𝐬-𝐯𝐢𝐧𝐝𝐚𝐬 𝐚𝐨 𝐬𝐞𝐮 𝐬𝐚𝐥𝐯𝐚𝐝𝐨𝐫 𝐜𝐨𝐦 𝐮𝐦 𝐝𝐞𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨 𝐚𝐛𝐫𝐚ç𝐨

Os animais podem reconhecer os humanos, o que inclui lembrar de suas ações e dos que foram gentis com eles, especialmente seus socorristas. As corujas têm particularmente esse dom e GiGi, uma Great Horned Owl (𝘉𝘶𝘣𝘰 𝘷𝘪𝘳𝘨𝘪𝘯𝘪𝘢𝘯𝘶𝘴), pode atestar isso. Ela foi trazida pela Wild at Heart Rescue, do Mississipi, para reabilitação. GiGi foi encontrada sozinha, ferida, possivelmente por causa de um acidente de carro. Ela teve uma concussão grave, seu corpo estava infestado de parasitas e sua vida em risco, especialmente por ter sido também diagnosticada com aspergilose. Tudo isso a deixou bem abaixo do peso. Ser reconhecido pelo que fez é reconfortante para qualquer um, principalmente quando o reconhecimento vem de um animal. Embora não possam nos dizer “obrigado” eles têm uma maneira muito especial de expressar sua gratidão. Testemunhar Doug cuidando de GiGi deixou todos admirados, pois em pouco tempo ele conseguiu conquistar a confiança dela. Curiosamente, Doug já tinha uma experiência com uma coruja grande como GiGi, quando era ainda criança e a coruja morava no celeiro da família. Entretanto, pelo visto ela tinha confiança ap***s no pai de Doug, pois quando ele morreu ela abandonou o celeiro.

𝙏𝙝𝙚 𝘼𝙣𝙞𝙢𝙖𝙡 𝙍𝙚𝙨𝙘𝙪𝙚 𝙎𝙞𝙩𝙚, 27/9/2022.

𝗙𝗼𝘁𝗼𝘀: Doug com GiGi. Crédito: YOUTUBE/THE RED PHOENIX.

𝐐𝐮𝐞𝐫 𝐞𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚𝐫 𝐛𝐚𝐥𝐞𝐢𝐚𝐬? 𝐄𝐧𝐭ã𝐨 𝐨𝐥𝐡𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐚𝐬 𝐚𝐯𝐞𝐬!Colisões com navios e enredamento em redes de pesca são as principais ca...
23/09/2022

𝐐𝐮𝐞𝐫 𝐞𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚𝐫 𝐛𝐚𝐥𝐞𝐢𝐚𝐬? 𝐄𝐧𝐭ã𝐨 𝐨𝐥𝐡𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐚𝐬 𝐚𝐯𝐞𝐬!

Colisões com navios e enredamento em redes de pesca são as principais causas de mortalidade de baleias jubarte e outras. Cientistas e ambientalistas já tentaram medidas para evitar os emaranhados, incluindo testar equipamentos sem corda, aumentar os esforços de limpeza de lixo marinho e implementar fechamentos sazonais de áreas frequentadas por baleias. Mas na costa de Massachusetts, a pesquisa liderada por Tammy Silva, ecologista marinha do Santuário Marinho Nacional de Stellwagen Bank, sugere outra maneira de encontrar baleias e, com sorte, evitar seu enredamento. Silva e seus colegas mostraram que uma congregação de Great Shearwater pode sinalizar que um grupo de baleias jubarte está nadando abaixo, subindo das profundezas para capturar o sand lance, um peixe prateado parecido com a enguia, e as cagarras ficam à espreita para pegar o que sobra. Embora seja possível rastrear baleias diretamente usando tags de satélite, a abordagem pode ser cara e as tags têm uma vida útil curta. Capturar e marcar aves marinhas é muito mais fácil. Como os Great Shearwater passam a maior parte de suas vidas em mar aberto, viajando para terra ap***s para se reproduzir, os pesquisadores precisam capturá-los no mar. No Golfo do Maine, membros da equipe partiram em uma embarcação atrás de um grupo de cagarras, atraindo-as com lulas picadas, capturando-as com redes para a instalação de transmissores. Ao longo de cinco anos foram marcadas 58 aves. Se um número significativo de cagarros aparecerem na área entre Cape Cod e Nova Escócia, há uma boa chance de que as jubartes também estejam na área. A equipe espera que, no futuro, a detecção de uma agregação de aves marcadas possa desencadear ações das equipes de gerenciamento marinho, obrigando os pescadores a retirarem os equipamentos e evitarem a área.

𝙃𝙖𝙠𝙖𝙞 𝙈𝙖𝙜𝙖𝙯𝙞𝙣𝙚, 14/9/2022.

𝗙𝗼𝘁𝗼: Cagarra com radio-transmissor.

𝐏𝐞𝐬𝐪𝐮𝐢𝐬𝐚𝐝𝐨𝐫𝐞𝐬 𝐝𝐞𝐬𝐜𝐨𝐛𝐫𝐢𝐫𝐚𝐦 𝐪𝐮𝐞 𝐨𝐫𝐪𝐮í𝐝𝐞𝐚𝐬 𝐝𝐨 𝐠ê𝐧𝐞𝐫𝐨 𝐕𝐚𝐧𝐢𝐥𝐥𝐚, 𝐩𝐫𝐨𝐝𝐮𝐭𝐨𝐫𝐚𝐬 𝐝𝐚 𝐛𝐚𝐮𝐧𝐢𝐥𝐡𝐚, 𝐬𝐞𝐠𝐮𝐧𝐝𝐚 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐜𝐢𝐚𝐫𝐢𝐚 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐜𝐚𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐦𝐮𝐧𝐝𝐨...
13/09/2022

𝐏𝐞𝐬𝐪𝐮𝐢𝐬𝐚𝐝𝐨𝐫𝐞𝐬 𝐝𝐞𝐬𝐜𝐨𝐛𝐫𝐢𝐫𝐚𝐦 𝐪𝐮𝐞 𝐨𝐫𝐪𝐮í𝐝𝐞𝐚𝐬 𝐝𝐨 𝐠ê𝐧𝐞𝐫𝐨 𝐕𝐚𝐧𝐢𝐥𝐥𝐚, 𝐩𝐫𝐨𝐝𝐮𝐭𝐨𝐫𝐚𝐬 𝐝𝐚 𝐛𝐚𝐮𝐧𝐢𝐥𝐡𝐚, 𝐬𝐞𝐠𝐮𝐧𝐝𝐚 𝐞𝐬𝐩𝐞𝐜𝐢𝐚𝐫𝐢𝐚 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐜𝐚𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐦𝐮𝐧𝐝𝐨, 𝐬ã𝐨 𝐭𝐚𝐦𝐛é𝐦 𝐩𝐨𝐥𝐢𝐧𝐢𝐳𝐚𝐝𝐚𝐬 𝐩𝐨𝐫 𝐛𝐞𝐢𝐣𝐚-𝐟𝐥𝐨𝐫𝐞𝐬 𝐞 𝐭ê𝐦 𝐬𝐮𝐚𝐬 𝐬𝐞𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐝𝐢𝐬𝐩𝐞𝐫𝐬𝐚𝐝𝐚𝐬 𝐩𝐨𝐫 𝐩á𝐬𝐬𝐚𝐫𝐨𝐬

O gênero 𝘝𝘢𝘯𝘪𝘭𝘭𝘢 envolve cerca de 100 espécies, 37 ocorrem no Brasil e 20 delas endêmicas. Parecem trepadeiras, ao contrário das demais orquídeas, e produzem favas como a do feijão. Abelhas e beija-flores visitam as flores, cuícas e ratos silvestres espalham as sementes. Os pesquisadores Pansarin e Alessandro Ferreira, da Universidade Federal do Maranhão, ampliaram o número conhecido de polinizadores de 𝘝𝘢𝘯𝘪𝘭𝘭𝘢 ao constatarem as visitas do beija-flor-de-garganta-verde (𝘊𝘩𝘪𝘰𝘯𝘰𝘮𝘦𝘴𝘢 𝘧𝘪𝘮𝘣𝘳𝘪𝘢𝘵𝘢) às flores amarelas de 𝘝. 𝘱𝘢𝘭𝘮𝘢𝘳𝘶𝘮 em novembro de 2010 e janeiro de 2022, publicando os resultados na revista Plant Biology. Para investigar a dispersão de sementes, Pansarim fez experimentos com a instalação de câmaras para observar frutos de 𝘝𝘢𝘯𝘪𝘭𝘭𝘢 colocados em uma plataforma dentro da mata e também frutos com sementes de V. bahiana em matas da região metropolitana de Ribeirão Preto. As câmaras flagraram dispersores até então desconhecidos: durante o dia pássaros como o sabiá-do-campo (𝘔𝘪𝘮𝘶𝘴 𝘴𝘢𝘵𝘶𝘳𝘯𝘪𝘯𝘶𝘴) e à noite a cuíca-graciosa e roedores silvestres, dados publicados na revista Ecology. Segundo Pansarin a dispersão por aves explica a colonização de 𝘝𝘢𝘯𝘪𝘭𝘭𝘢 em ilhas do Caribe.

𝙋𝙚𝙨𝙦𝙪𝙞𝙨𝙖 𝙁𝙖𝙥𝙚𝙨𝙥, 10/8/2022

𝗙𝗼𝗻𝘁𝗲𝘀 𝗯𝗶𝗯𝗹𝗶𝗼𝗴𝗿á𝗳𝗶𝗰𝗮𝘀 𝗱𝗮 𝗻𝗼𝘁í𝗰𝗶𝗮:
Pansarin, E.R. & A.W.C. Ferreira (2022) Evolutionary disruption in the pollination system of Vanilla (Orchidaceae). Plant Biology 24(1): 157-167.
Pansarin, E.R. & K. Suetsugu (2022) Mammal-mediated seed dispersal in Vanilla: its rewards and clues to the evolution of fleshy fruits in orchids. Ecology 103(7).

𝗙𝗼𝘁𝗼: beija-flor-de-garganta-verde. Crédito: Nick Athanas.

𝐀𝐯𝐞𝐬 𝐯𝐚𝐠𝐚𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐦 𝐬𝐞𝐫 𝐮𝐦𝐚 𝐢𝐧𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚𝐝𝐚 𝐟𝐨𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐜𝐞𝐢𝐭𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐨 𝐭𝐮𝐫𝐢𝐬𝐦𝐨 𝐥𝐨𝐜𝐚𝐥Em uma manhã fria de janeiro, após viajar de...
30/08/2022

𝐀𝐯𝐞𝐬 𝐯𝐚𝐠𝐚𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐦 𝐬𝐞𝐫 𝐮𝐦𝐚 𝐢𝐧𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚𝐝𝐚 𝐟𝐨𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐜𝐞𝐢𝐭𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐨 𝐭𝐮𝐫𝐢𝐬𝐦𝐨 𝐥𝐨𝐜𝐚𝐥

Em uma manhã fria de janeiro, após viajar deste Stone Mountain, na Geórgia, Liz Pusch, bióloga e ávida observadora de aves, finalmente conseguiu ver Stella, uma Steller’s Sea Eagle (𝘏𝘢𝘭𝘪𝘢𝘦𝘦𝘵𝘶𝘴 𝘱𝘦𝘭𝘢𝘨𝘪𝘤𝘶𝘴), numa estrada perto de Boothbay, no Maine, junto a uma multidão de menos 150 pessoas. Stella é uma celebridade aviária, não ap***s por ser impressionantemente grande, mas por ser rara e vagante. A espécie normalmente vive ao redor do Mar de Okhotsk e do Mar de Bering, na China, Coréia, Japão e leste da Rússia, com população em declínio em torno de 4.000 indivíduos. Stella - cujo s**o ainda é desconhecido - foi vista pela primeira vez no Alasca em agosto de 2020, antes de seguir para o Texas em março de 2021 e para o leste do Canadá no final daquele ano. A mídia ficou sabendo da jornada surpreendente, e grupos no Facebook e uma conta no Twitter surgiram para rastrear os avistamentos. Em dezembro de 2021 ela se estabeleceu no Massachusetts e Maine, a cerca de 11.000 quilômetros de casa, quando Pusch decidiu ir vê-la. Em abril de 2022 Stella mudou-se para o norte, para a Nova Escócia, e foi vista mais recentemente em Terra Nova. Aves vagantes são uma ocorrência bastante comum, muitas vezes tirados de seu curso por furacões e outros eventos climáticos extremos, enquanto outros podem simplesmente ter nascido com um GPS instável. Alguns cientistas acham que aves errantes podem ser os pioneiros de uma espécie que explora novos habitat. Independentemente das explicações, os vagantes podem ser uma fonte surpreendente de receita para as economias locais, já que os observadores de aves para lá vão à procuram de uma nova espécie a suas life lists. Em pesquisa ainda em andamento, Brent Pease, ecologista da Southern Illinois University, estimou que mais de 2.000 pessoas viajaram para Maine e Massachusetts para ver Stella durante sua estadia lá, gastando quase US$ 500.000. A pesquisa já demonstrou que alguns observadores vieram de lugares distantes como a Califórnia ou Washington e que gastaram em média US$ 181 (Pusch gastou US$ 1.500, incluindo voos), após verem postagens on line. Corey T. Callaghan, biólogo que estuda aves errantes, do Centro Alemão de Pesquisa Integrativa de Biodiversidade na Alemanha, estudou anteriormente um Black-backed Oriole (𝘐𝘤𝘵𝘦𝘳𝘶𝘴 𝘢𝘣𝘦𝘪𝘭𝘭𝘦𝘪) perdido na Pensilvânia que gerou US $ 223.000 em pouco mais de dois meses e Aleutian Terns ( 𝘖𝘯𝘺𝘤𝘩𝘰𝘱𝘳𝘪𝘰𝘯 𝘢𝘭𝘦𝘶𝘵𝘪𝘤𝘢) errantes em Nova Gales do Sul, Austrália, que geraram uma quantia semelhante ao longo de quatro meses. Callaghan diz ser um desafio avaliar esse impacto econômico, já que isto pode ajudar políticos e formuladores de políticas a tomar decisões de conservação. Pusch acrescentou que ficou encantada com o lugar que visitou para ver Stella e que poderia voltar lá ap***s para passar as férias.

𝙃𝙖𝙠𝙖𝙞 𝙈𝙖𝙜𝙖𝙯𝙞𝙣𝙚, 22/8/2022.

𝗙𝗶𝗴𝘂𝗿𝗮 𝟭: Stella. Crédito: John Woolley.

𝗙𝗶𝗴𝘂𝗿𝗮 𝟮: Durante um período de dois anos, Stella foi vista em diversos locais nos Estados Unidos no Canadá. Dados do mapa pelo ArcGIS.

𝐀𝐯𝐞𝐬 𝐞𝐮𝐫𝐨𝐩𝐞𝐢𝐚𝐬 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐦 𝐞𝐬𝐭𝐚𝐫 𝐟𝐢𝐜𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐦𝐞𝐧𝐨𝐬 𝐜𝐨𝐥𝐨𝐫𝐢𝐝𝐚𝐬 𝐝𝐞𝐯𝐢𝐝𝐨 à 𝐜𝐫𝐢𝐬𝐞 𝐜𝐥𝐢𝐦á𝐭𝐢𝐜𝐚Pesquisadores da Universidade do País Basco, ...
23/08/2022

𝐀𝐯𝐞𝐬 𝐞𝐮𝐫𝐨𝐩𝐞𝐢𝐚𝐬 𝐩𝐨𝐝𝐞𝐦 𝐞𝐬𝐭𝐚𝐫 𝐟𝐢𝐜𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐦𝐞𝐧𝐨𝐬 𝐜𝐨𝐥𝐨𝐫𝐢𝐝𝐚𝐬 𝐝𝐞𝐯𝐢𝐝𝐨 à 𝐜𝐫𝐢𝐬𝐞 𝐜𝐥𝐢𝐦á𝐭𝐢𝐜𝐚

Pesquisadores da Universidade do País Basco, na Espanha, avaliaram duas populações de Blue t**s (chapim-azul, 𝘊𝘺𝘢𝘯𝘪𝘴𝘵𝘦𝘴 𝘤𝘢𝘦𝘳𝘶𝘭𝘦𝘶𝘴) do sul da França, uma localizada nos arredores de Montpellier e outra na Ilha da Córsega, durante um período de 15 anos, de 2005 a 2019 e descobriram que as aves ficaram menos coloridas, possivelmente devido à crise climática. Os resultados, publicados recentemente na The American Naturalist, mostraram que as cristas azuis e os peitos amarelos estão, em média, menos coloridos agora. O estudo reuniu mais de 5.800 observações sobre várias características do chapim-azul, incluindo sua coloração marcante na crista e no peito.

𝙄𝙣𝙙𝙚𝙥𝙚𝙣𝙙𝙚𝙣𝙩, 4/8/2022.

𝗙𝗼𝘁𝗼: Blue tit (chapim-azul).

𝐂𝐨𝐦𝐨 𝐚 𝐨𝐛𝐬𝐞𝐫𝐯𝐚çã𝐨 𝐝𝐞 𝐚𝐯𝐞𝐬 𝐚𝐣𝐮𝐝𝐚 𝐧𝐨𝐬𝐬𝐚 𝐦𝐞𝐦ó𝐫𝐢𝐚Quando alguém disser para você parar de falar sobre moedas raras ou sobre a...
12/08/2022

𝐂𝐨𝐦𝐨 𝐚 𝐨𝐛𝐬𝐞𝐫𝐯𝐚çã𝐨 𝐝𝐞 𝐚𝐯𝐞𝐬 𝐚𝐣𝐮𝐝𝐚 𝐧𝐨𝐬𝐬𝐚 𝐦𝐞𝐦ó𝐫𝐢𝐚

Quando alguém disser para você parar de falar sobre moedas raras ou sobre a mitologia nórdica, diga que está cuidando da saúde do teu cérebro. Um novo estudo que examinou a memória em observadores de aves experientes, descobriu que ter conhecimento especializado em um assunto nos ajuda a memorizar novas informações. Isso ocorre porque, embora o esquecimento geralmente aconteça quando lembranças semelhantes interferem umas nas outras, o conhecimento especializado fornece uma estrutura organizacional mental, que nos ajuda a manter os novos itens que queremos aprender distintos uns dos outros. Isso reduz a confusão entre itens semelhantes - neste caso, aves de aparência semelhante. "Ao contrário das funções de memória que tendem a diminuir com a idade, o conhecimento especializado muitas vezes continua a se acumular à medida que envelhecemos", diz o Dr. Erik Wing, principal autor do estudo. Para estudar os efeitos da experiência na memória, o Dr. Wing e sua equipe recrutaram especialistas locais em aves de organizações comunitárias como o Toronto Ornithological Club e o Toronto Field Naturalists e, como grupo controle, recrutaram especialistas em jardinagem, pesca, caminhadas e outras atividades ao ar livre. Ambos os grupos foram apresentados a imagens de aves e solicitados a organizá-las de acordo com a semelhança percebida. A maioria dos especialistas tendia a agrupar as aves com base em características específicas, como a estrutura do bico ou o formato da cauda, mesmo para espécies que nunca haviam visto. Em contraste, os não especialistas, assim como alguns especialistas, basearam seu agrupamento em características mais superficiais, como a cor. Depois, testaram a memória dos participantes, mostrando uma série de fotografias de aves e em seguida, mostraram outra série, com aves novas e outra repetidas da primeira série, pedindo que indicassem se tinham visto ou não cada uma delas na primeira série de fotografias. Então descobriram que aqueles que agruparam aves com base em características específicas tiveram melhor desempenho na tarefa de memória que os que as agruparam com base na cor. Essa diferença foi observada não ap***s entre especialistas e não especialistas, mas também entre os próprios especialistas, pois aqueles que agruparam as aves superficialmente com base na cor tiveram pior memória que os que fizeram de outra forma. A alta similaridade entre os itens muitas vezes dificulta a memória, mas ter uma organização mental bem estabelecida ajuda a evitar esse problema. Esses achados sugerem que um maior grau de especialização e organização do conhecimento apoia a memória. "Ter mais anos de educação, mais áreas de interesse e mais hobbies parece reduzir o risco de demência e apoiar a memória na velhice", diz Asaf Gilboa, autor sênior do estudo. "Nossos resultados sugerem que isso pode ser em parte porque quanto mais conhecimento básico você tem, melhor você aprende e retém novas informações, colocando essas informações no andaime de seu conhecimento existente". Embora nem todos possamos ser especialistas em observação de aves, todos somos especialistas em alguma coisa - sejam esportes, a trilogia O Senhor dos Anéis ou nossa própria família e rede social. Em outras palavras, todos podemos nos beneficiar do aumento de memória que a experiência pode fornecer, independentemente da idade. A longo prazo, esta pesquisa pode ajudar a determinar como aproveitar de maneira ideal a experiência para mitigar o declínio da memória relacionado à idade, melhorando a qualidade de vida dos idosos em todos os lugares.

𝙎𝙘𝙞𝙚𝙣𝙘𝙚𝘿𝙖𝙞𝙡𝙮, 17/7/2022.

𝗙𝗼𝘁𝗼: observadores de aves em ação. Crédito: Centro de Estudos Ornitológicos.

𝗣𝘂𝗯𝗹𝗶𝗰𝗮çã𝗼 𝗳𝗼𝗻𝘁𝗲 𝗱𝗮 𝗻𝗼𝘁í𝗰𝗶𝗮
Wing, E.A., F. Burles, J.D. Ryan & A. Gilboa (2022) The structure of prior knowledge enhances memory in experts by reducing interference. Proceedings of the National Academy of Sciences 119 (26) DOI: 10.1073/pnas.2204172119

𝐂𝐨𝐦𝐨 𝐞𝐧𝐬𝐢𝐧𝐚𝐫 𝐜𝐨𝐫𝐯𝐨𝐬 𝐚 𝐨𝐝𝐢𝐚𝐫 𝐬𝐞𝐮𝐬 𝐢𝐧𝐢𝐦𝐢𝐠𝐨𝐬Pesquisas demonstram que corvos usam sua percepção avançada para distinguir  hu...
10/08/2022

𝐂𝐨𝐦𝐨 𝐞𝐧𝐬𝐢𝐧𝐚𝐫 𝐜𝐨𝐫𝐯𝐨𝐬 𝐚 𝐨𝐝𝐢𝐚𝐫 𝐬𝐞𝐮𝐬 𝐢𝐧𝐢𝐦𝐢𝐠𝐨𝐬

Pesquisas demonstram que corvos usam sua percepção avançada para distinguir humanos bons de maus e nos diferenciar por nossos rostos. Em 2006, o biólogo John Marzluff e estudantes da Universidade de Washington conduziram um experimento em que os alunos usavam máscaras específicas e incomodavam alguns corvos com redes e faixas. Alguns dias depois, estudantes usando uma variedade de máscaras caminharam pelo campus. Os corvos ignoraram todas as pessoas mascaradas, exceto as que usavam as máscaras das pessoas que os incomodaram, respondendo com “altos gritos de repreensão e a formação de pequenas turbas” e continuaram a fazer isto por anos. Além disso, o número de corvos que odiavam as máscaras aumentou com o tempo, ou seja, de alguma forma os corvos passaram para outros que aquelas pessoas não eram boas. Já é possível então ver onde isto terminará. Depois de fazer amizade com um bom número de corvos, você precisa obter uma máscara perfeitamente realista de seu inimigo mortal. Coloque a máscara e atormente seus corvos. Jogue pedras neles. “Chame suas mães de pombos. Diga a eles que você está feliz por Brandon Lee ter morrido”. Em seguida, sente-se e descanse enquanto os corvos trabalham. A notícia se espalhará entre eles, e toda vez que seus inimigos andarem pelas ruas, os corvos se reunirão e gritarão sua desaprovação pela simples presença de seus inimigos e estes não terão ideia do porquê. E haverá mais e mais corvos todos os dias.

𝙇𝙞𝙛𝙚𝙝𝙖𝙠𝙚𝙧, 10/8/2022.

𝗙𝗼𝘁𝗼: corvos (𝘊𝘰𝘳𝘷𝘶𝘴 𝘤𝘰𝘳𝘢𝘹). Crédito: mifaso (Shutterstock).

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