15/09/2024
Eu me peguei ouvindo de novo a banda Proto, uma das bandas mais interessantes terceira safra de bandas de Brasília, (que surgiu no começo dos anos 2000, junto com Zamaster, Rumbora e outras coisas recomendadas pelo Fernando Rosa, o Senhor F, que eu conheci graças ao Marcos Pinheiro no Cult 22. Bons tempos.
Uma banda cheia de músicas pegajosas com arranjos legais, cheios de dinâmicas sonoras interessantes de pausas, e guitarras às vezes harmoniosas e às vezes dissonantes quase bagunçadas. E aí eu lembrei do que me motivou a começar a escrever músicas, e do que me levou a ser um homem de cozinha, um baixista: é cansativo pensar em efeitos de guitarra, distorções e coisas do tipo. Depois que tudo sai é lindo, mas até lá é uma canseira do ca***ho (termo técnico).
Eu não conseguiria pensar nos arranjos de guitarra das músicas do Proto, e esse equilíbrio entre harmonia e caos é uma das melhores coisas que essa banda tinha a oferecer. Não se se eles ainda estão ativos, não acho que eles queiram estar mais ativos porque é difícil e sem sentido fazer um som criativo como o deles sem parecer chato não faz mais sentido pra tocar pra geração que retém menos informação que um camarão frito.
Todo sucesso aos caras da banda. Todos eles tocam em outras bandas, e tenho certeza que têm no mínimo grandes histórias de sucesso dessas bandas. Uma pena que o Proto não tem mais lugar na cena atual do rock, porque não existe público digno dessa banda.
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