30/06/2024
UMA COMUNIDADE DE EVANGELHO X O “SALVADOR DA PÁTRIA”
1 Coríntios 3:4 Quando alguém diz: “Eu sou de Paulo”, e outro diz: “Eu sou de Apolo”, não é evidente que vocês andam segundo padrões humanos?
Nossa conduta (ou comportamento) é determinada pelo modo como percebemos (entendemos e sentimos) os acontecimentos de nossa vida.
É a nossa percepção de mundo (COMOVISÃO) que define nossa conduta, justif**a nossas atitudes e determina uma política de ação.
Identif**amos pelo menos uma grande linha de ação, um grande modelos vigente que norteia as ações das pessoas praticamente em todas as áreas da vida: o
modelo do
“SALVADOR DA PÁTRIA”
Esse modelo privilegia as carências e baseia-se na tradição religiosa “cristã-gnóstica”.
Todo o mundo ocidental está impregnado dessa visão que privilegia o que não funciona, o negativo, as falhas e os erros.
Um exemplo marcante é a educação dos nossos filhos. Quando a criança age corretamente, nós, raramente, elogiamos. Mas basta que ela faça algo errado para logo nós a repreendermos.
A valorização de tais aspectos negativos desperta no indivíduo um sentimento de incapacidade, de culpa e de grande insegurança.
É preciso romper com esse modelo que valoriza o negativo, a falha, o pecado, pois ele alimenta o “Salvador da Pátria”.
Ele gera dependência, uma vez que o indivíduo está sempre à procura de um iluminado, de um “guru”, de um doutor, enfim, de uma pessoa para resolver seu problema.
O mais dramático dessa visão negativista é que a solução é vista como vinda de fora, de longe, e é centrada no unitário, deixando indivíduos, famílias e comunidades na dependência total de outros indivíduos – políticos, religiosos, cientistas – na tentativa de superar seus problemas e dificuldades.
Se as respostas para nossos problemas dependem de alguém, de uma pessoa, o que o indivíduo, sua família e a comunidade podem fazer?
Ele será sempre objeto, e jamais sujeito de sua história.
Cada pessoa é responsável e tem competência para vencer.
Quem tem problemas tem também soluções.
O fato de estarmos todos vivos e termos vencido as dificuldades, ao longo da vida, nos mostra que temos uma grande bagagem de experiências e de sabedoria.
Temos que romper com o modelo que privilegia a informação concentrada num único indivíduo, portador de soluções, e reconhecer as competências individuais, evidenciando que, se um grupo tem problemas, tem também suas próprias soluções.
A comunidade descobre que ela tem problemas, mas também tem as soluções. E aos poucos vai descobrindo que a superação não é obra particular de um indivíduo, de um iluminado, ou de um guru, mas é da coletividade.
Cada pessoa é chamada a participar, sem querer colocar-se como “Salvador da Pátria”, sem querer ser o “controlador dos outros”.
Isso é uma COMUNIDADE DE EVANGELHO ou igreja(comunidade terapêutica = de tratamento) conforme a Nova Aliança, crescendo na graça e edif**ando uns aos outros no amor de Cristo.