21/01/2022
Certo pensador disse certa vez que o avanço tecnológico de uma sociedade, não pressupõe necessariamente harmonia social, observância da Ética e respeito aos princípios morais. Ou seja, o avanço científico e tecnológico nem sempre se traduz em desenvolvimento humano. E é o que temos presenciado nos dias actuais. Actualmente, escasseiam os absolutos morais.
Vivemos numa sociedade norteada por uma cultura sexólatra e pansexual, que idolatra o corpo. Nossa sociedade perdeu o pudor, o respeito e a vergonha. O nudismo tornou-se apenas uma questão de arte. O famoso século XXI tornou-se o século do prazer barato e o reino do hedonismo, onde o s**o – criado por Deus como algo sagrado, para o companheirismo, deleite e a procriação dentro do casamento – está sendo banalizado, comercializado e vilipendiado, pois a indústria pornográfica, por meio da internet, tornou-se uma das mais rentáveis do mundo, a televisão promove a sensualidade e o erotismo, através dos seus realitys shows e programas nocivos para a formação do carácter, o adultério é estimulado, o homossexualismo é aplaudido, faz-se apologia da traição, da infidelidade conjugal, da defraudação e da masturbação (praticada também por muitas mulheres), que resulta em vício na vida de muitos adolescentes e jovens, que o arrastam até a vida adulta, acompanhado das consequências negativas.
Os marcos que sinalizavam os limites e os absolutos foram arrancados. Os fundamentos da nossa sociedade estão abalados. Vivemos a relativização dos valores. Estamos nos tornando iguais ou piores que Sodoma e Gomorra.
Diante deste cenário, vale a pergunta da Bíblia: “Se forem destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo”? (Salmos 11.3)
Hoje, o apelo à prática do s**o ilícito é tremendamente grande. São poucos os filmes que não tenham cenas de s**o, envolvendo traições, triângulos amorosos, prática sexual entre pessoas do mesmo s**o (homem com homem e mulher com mulher) e muitos até, mostrando pessoas em tenra idade, iniciando-se na vida sexual. As novelas apresentadas pela televisão, de igual forma, estão recheadas destes ingredientes, entrando diariamente nas casas de milhões de telespectadores, ditando moda e levando multidões à prática do s**o pecaminoso. O resultado é que estamos vendo aumentar desastrosamente o número de adolescentes e jovens despreparados, que estão se iniciando na prática de relações se***is, precocemente.
Alguns argumentam que tudo isto “é normal”, tendo em conta que os tempos mudaram e por conta disso, foi implementada uma nova moralidade, que na verdade não é nova: é a velha moralidade de Roma e da Grécia.
A banalização do s**o e a sua prática à margem dos ditames da lei divina, também pode ser considerada como uma religião, tendo em conta que os gregos tinham o deus Eros (o deus do s**o, deus da união, da afinidade) e um templo para Afrodite (deusa do amor e da beleza), em Corinto, que tinha milhares de prostitutas consideradas como sacerdotisas, cuja função era celebrar àquelas divindades através do s**o.
Na Grécia a imoralidade estava tão acentuada que Demóstenes, o maior orador grego, disse: "Temos prostitutas para o prazer, concubinas para as necessidades diárias do corpo, esposa para procriar filhos e para o cuidado fiel de nossas casas". Para eles, enquanto o homem mantivesse a sua mulher e a sua família, não havia motivo de vergonha nas relações extraconjugais.
Já em Roma, a chamada classe alta da sociedade, havia se tornado grandemente promíscua. Juvenal chegou a dizer que até mesmo Messalina, a imperatriz, esposa de Cláudio, saía às escondidas do palácio real à noite, a fim de servir num prostíbulo público. Ela era a última a sair de lá e “voltava ao travesseiro imperial com todos os odores dos seus próprios pecados”. Pior ainda era a imoralidade desnaturada que grassava nas altas cortes. Calígula vivia em incesto habitual com sua irmã Drusila. A concupiscência de Nero não poupou sequer sua própria mãe Agripina, a quem depois assassinou.
Em função disso, Paulo escreve para homens e mulheres que tinham saído (se convertido) de uma sociedade assim: “Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da prostituição (1 Tessalonicenses 4.3); “Fugi da prostituição. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo” (1 Coríntios 6.18).
A palavra traduzida por “prostituição” compreende ainda o significado de imoralidade sexual, pecado sexual, relações se***is ilícitas, actividade sexual ilícita. Isto é, o termo refere-se a todas as relações se***is fora daquelas que devem ocorrer dentro do relacionamento do casamento, e engloba também o homossexualismo, bem como a impureza da mente, os desejos ilícitos, a pornografia, e ainda inclui toda as outras formas aviltantes da prática sexual, como a masturbação. É importante lembrar que
a imoralidade sexual, além de nos causar sérios prejuízos e riscos com respeito à nossa saúde, é o carimbo no passaporte para o inferno, pois os que vivem cometendo tais actos, não terão parte no Reino de Deus (Apocalipse 22. 15).
A imoralidade sexual não é agradável a Deus. Foi Deus quem criou o s**o e ele tem a autoridade para determinar seu uso. Desde o princípio, ele instituiu o casamento como união sagrada entre um homem e uma mulher.
Deus criou o s**o tanto para a continuidade da raça humana quanto para o prazer dos cônjuges. "Digno de honra entre todos seja o matrimónio, bem como o leito sem mácula" (Hb 13:4). As instruções de Deus com referência ao s**o servem para todos. Elas não têm como objectivo privar as pessoas da alegria, mas sim protegê-las de modo a que não percam a alegria.