Biografia da Vida

Biografia da Vida Canções e vivências de figuras retratadas em uma biografia.

14/10/2022

JOÃO LOURENÇO

Nascido em 5 de março de 1954 no Lobito, João Lourenço é filho de Sequeira João Lourenço, enfermeiro natural de Malanje, e de Josefa Gonçalves Cipriano Lourenço, costureira natural do Namibe.

Fez seus estudos primários na província do Bié, onde seu pai se encontrava na situação de residência vigiada por 10 anos.
Os estudos secundários fez no Cuíto, no "Liceu Nacional Dr. Silva Cunha". Antes da residência vigiada, seu pai Sequeira esteve preso por três anos, de 1958 a 1961, na prisão de São Paulo em Luanda, pelo exercício de actividade política clandestina, enquanto enfermeiro do Porto do Lobito.

Deu continuidade aos estudos em Luanda no então Instituto Industrial de Luanda, acompanhando os pais que foram deslocados para aquela capital. Por influência do pai começa a politizar-se pela luta anticolonial.

Após a queda do Estado Novo em Portugal, na companhia de outros jovens, juntou-se à luta de libertação nacional no centro de recrutamento e operações do MPLA na Ponta Negra. Em agosto de 1974, foi posto em treinamento no Centro de Instrução Revolucionária (CIR) Calunga, em Dolisie, República do Congo. Integrou o primeiro grupo de combatentes que conquistou dos portugueses as terras cabindinas a partir da vila de Miconje, tomando, nesta campanha militar, as localidades de Belize, Buco-Zau, Dinge e Cabinda.
A campanha foi fundamental para que a província de Cabinda permanecesse sob a guarda angolana, visto que, em 1975, nas vésperas da independência nacional, ocorreram intensos combates na batalha da fronteira Antó (Congo)/Iema (Angola) contra as forças conjuntas da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e do Exército Zairense. Ao que conseguiram repelir a entrada na fronteira, passaram aos combates da batalha do Morro do Chizo, na zona sul da cidade de Cabinda, contra a unidade da FNLA, que estava nas margens do rio Lucola, vencendo os rivais.

Após o desempenho na campanha Miconje-Cabinda e nas batalhas de Antó-Iema e do Morro do Chizo, passou a combater os focos guerrilheiros da Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) no Conflito de Cabinda, sendo promovido às funções de Comissário Político em diversos escalões — de pelotão, a batalhão e brigada — e comissário da 2ª Região Político-Militar Cabinda, em 1977/78.

Foi enviado para então União Soviética, onde permaneceu de 1978 a 1982, estudando na Academia Político-Militar V. I. Lénine. Na instituição, além da formação em artilharia pesada, trouxe o título de mestre em ciências históricas.
Torna-se poliglota neste período, dominando, além da língua materna — português —, o inglês, o russo e o espanhol.

Ao retornar da União Soviética, foi designado, de 1982 a 1983, a participar nas operações militares no centro no Cuanza Sul, no Huambo e no Bié, galgando muito reconhecimento e posto de comando na Região Militar Centro, no Huambo.

De 1983 a 1986, desempenhou as funções de Comissário Provincial do Moxico e Presidente do Conselho Militar Regional da 3ª Região Político-Militar, que também inclui a província do Cuando-Cubango.
Embora tenha desempenhado funções políticas antes de 1983, João Lourenço impulsionou de vez na política ao ser eleito para a Assembleia do Povo em 1986.

Foi transferido em 1986 para desempenhar as funções 1º Secretário do Comitê Provincial Partido e de Comissário Provincial de Benguela, permanecendo em funções até a 1989.

De 1989 a 1990 desempenhou as funções de Chefe da Direção Política Nacional das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), em substituição ao general Francisco Magalhães Paiva N’Vunda, recém-nomeado Ministro do Interior. Para ocupar tal função, foi promovido a general.

A partir de 1991 torna-se Secretário do Bureau Político do MPLA para a Informação, de Secretário do Bureau Político do MPLA para a Esfera Económica, e, por um curto período, de Chefe da Bancada Parlamentar do partido. Manteve-se nessas funções até 1998.

De 1998 a 2003 desempenhou as funções de Secretário Geral do MPLA e de Presidente da Comissão Constitucional da Assembleia Nacional de Angola.
De 2003 a abril de 2014 desempenhou as funções de 1º Vice Presidente do parlamento nacional.

De 2014 a 2017 desempenhou as funções de Ministro da Defesa de Angola já como general reformado.
Logo após a nomeação para o cargo de ministro da Defesa Nacional, João Lourenço rejeitou uma proposta do seu filho mais velho que visava colocar uma empresa no sistema de fornecimento de logística das Forças Armadas Angolanas (FAA).

Desde 2014 vinha sendo especulado como possível candidato a suceder José Eduardo dos Santos no comando do país, sendo pré-indicado em agosto de 2016, quando foi eleito Vice-Presidente do MPLA.
A confirmação definitiva deu-se em 3 de fevereiro de 2017, na 3ª. Reunião Ordinária do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), em que foi oficialmente anunciado como cabeça de lista do MPLA para a eleição subsequentementes.

Em 23 de agosto de 2017 João Lourenço foi eleito Presidente de Angola, nas eleições gerais de Angola de 2017.
Em 26 de setembro de 2017 foi empossado como Presidente de Angola, tornando-se o quarto presidente na história do país, o segundo eleito pelo voto democrático (o primeiro foi o próprio José Eduardo dos Santos).

A 8 de setembro de 2018 foi eleito presidente do MPLA, tornando-se o sétimo nome a ocupar do cargo desde a fundação do partido em 1956, e o primeiro em 39 anos (desde 1979 o partido não elegia novo líder).

A 22 de novembro de 2018, foi agraciado com o Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique, no âmbito da sua visita de Estado de três dias a Portugal.

Foi reeleito presidente do MPLA com 98,04% dos votos, conquistando 2.610 delegados num universo de 2.662 votantes. A reeleição ocorreu durante o VIII Congresso do MPLA, em 10 de dezembro de 2021. Não houve candidatura concorrente.

Foi o cabeça de lista do MPLA, onde disputou a reeleição e venceu as eleições gerais de Angola de 2022. Tomou posse para o segundo mandato em 15 de setembro de 2022.

JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS Político angolano, nasceu a 28 de agosto de 1941, em Luanda e morreu a oito de julho 2022, em Ba...
30/09/2022

JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS

Político angolano, nasceu a 28 de agosto de 1941, em Luanda e morreu a oito de julho 2022, em Barcelona. Foi o segundo presidente da República de Angola, tendo ocupado o cargo entre 1979 e 2017.

Membro do Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA) desde os vinte anos de idade, tornou-se líder do partido e foi nomeado presidente da República e comandante-chefe das Forças Armadas em 1979, sucedendo a Agostinho Neto.

Em 1992, na sequência da assinatura dos Acordos de Bicesse firmados no ano anterior entre o MPLA e a UNITA, realizou-se a primeira volta das eleições presidenciais, com José Eduardo dos Santos a conseguir 49% dos votos, contra 40% de Jonas Savimbi. Um resultado que obrigaria à realização de uma segunda volta que, no entanto, nunca chegou a ter lugar devido ao retomar da guerra civil.

Apenas em 2008 se voltariam a realizar eleições – legislativas – no país, já depois da morte de Savimbi e do fim do conflito (2002). O MPLA foi o partido mais votado, com mais de 81% dos votos e para o ano seguinte estava prevista a realização de eleições presidenciais. Estas foram, no entanto, adiadas e a adoção de uma nova constituição em 2010 alterou o processo de escolha do chefe de Estado: ao invés da eleição direta, a escolha passaria a recair na personalidade indicada pelo partido mais votado em eleições gerais. Foi dessa forma que José Eduardo dos Santos obteve, em 2012, um mandato presidencial de cinco anos, após vitória do MPLA nas legislativas.

Em 2017 foi sucedido no cargo por João Lourenço.

HOLDEM ROBERTODirigente nacionalista angolano, Álvaro Holden Roberto nasceu em 1923 e faleceu a 2 de agosto de 2007, em ...
30/09/2022

HOLDEM ROBERTO

Dirigente nacionalista angolano, Álvaro Holden Roberto nasceu em 1923 e faleceu a 2 de agosto de 2007, em Luanda.
Iniciou a sua atividade política, a 7 de julho de 1954, com a criação da União dos Povos do Norte de Angola (UNPA), em Matadi (República Democrática do Congo) e, mais tarde, a 28 de novembro de 1958, nomeada União das Populações de Angola (UPA).
Em 1960, após seis meses de acordo com o MPLA, Holden Roberto decidiu tomar sozinho a liderança contra o colonialismo português. A 15 de março, no norte de Angola, deu início ao seu maior ato sanguinário através de assaltos às fazendas de café e de mortes indistintas de 1800 colonos brancos e de 8000 trabalhadores bailundos negros. Toda a luta anti-colonial foi, por consequência, penalizada.
A 27 de março de 1962, Holden Roberto criou a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), da qual se tornou presidente, e que teve na sua formação o UPA e o Partido Democrático de Angola (PDA). Faltando ao FNLA uma máquina governamental que administrasse a luta política, militar, social, cultural e diplomática, foi constituído o Governo Revolucionário de Angola no Exílio (GRAE), a 5 de abril de 1962, presidido por Holden Roberto como Primeiro-Ministro. A 26 de agosto de 1962, é formado o Exército de Libertação Nacional de Angola (ELNA), instalado na República do Congo Democrático, sendo o primeiro chefe do Estado Maior José Kalundungu. Apesar de ter recebido armas dos países de Leste, Holden Roberto manteve sempre uma ligação com os EUA, que lhes forneceram conselho técnico e uma avença anual. O FNLA continuou a sua atividade contra o poder colonial português até 11 de julho de 1974, altura em que foi decretado a Cessação das Hostilidades.
Em 1991, Holden Roberto regressou a Angola e, após uma reestruturação e instalação oficial em Angola do FNLA, foi reeleito presidente do movimento.

JONAS MALHEIRO SAVIMBIJonas Malheiro Savimbi nasceu aos 3 de Agosto de 1934 na Província do Bié, na vila do Munhango, Co...
30/09/2022

JONAS MALHEIRO SAVIMBI

Jonas Malheiro Savimbi nasceu aos 3 de Agosto de 1934 na Província do Bié, na vila do Munhango, Comuna do Município do Cuemba, situado ao longo do Caminho de Ferro de Benguela. E filho de Loth Malheiro Savimbi e de Helena Nbundu Sakato Savimbi, neto paterno de Sakaita Savimbi e de Kassandali Kambwa Navimbi e neto materno de Kachekele Sakato e de Chikonda Chinakussoki.

Fez os seus estudos primários na Missão Evangélica do Dondi, Kachiungo, Província do Huambo e os estudos secundários, no Instituto Currie do Dondi, no Colégio dos Irmãos Maristas do Bié, e os liceais, no liceu Diogo Cão, no Lubango, Província da Huíla e no Liceu Passos Manuel de Portugal. Em Lisboa o Dr. Savimbi juntou-se ao grupo de estudantes angolanos que propagavam em segredo a descolonização e discutiam a fundação de uma organização de luta anticolonial.

Perante a ameaça de repressão por parte da PIDE, a polícia política do regime português, Jonas Savimbi migrou para a Suiça e por intermédio da igreja IECA que inclusive, arranjou-lhe uma segunda bolsa. A Suiça reconhecendo os seus estudos secundários como completos, iniciou os estudos em Ciências Sociais e Políticas em Lousana e Genebra, obtendo diplomas com distinção nestas matérias. Dr. Savimbi aproveitou a sua estadia na Suiça para aperfeiçoar o Inglês e o Francês que chegou a falar fluentemente.

Em 1960, Dr. Jonas Malheiro Savimbi saio da Suiça para juntar-se a Guerra de Libertação Nacional inicialmente pela UPA e mais tarde, aos 13 de Março de 1966 na localidade de Muangai, Província do Moxico, fundou a nossa UNITA num contexto de luta contra o colonialismo Português que resultou na assinatura do Acordo de Alvor em Janeiro de 1975. A 25 de Maio de 1963, O Dr. Jonas Malheiro Savimbi participou da criação da Organização da Unidade Africana (OUA), como Presidente da Comissão de todos os Movimentos de Libertação de África.

E a única figura política angolana que participou activamente nos três principais evento registados nos anais da nossa história.
Acordo de Alvor em Janeiro de 1975, Bicesse aos 31 de Maio de 1991, no princípio de 1993 do Protocolo de Lusaka.

Político, militar e diplomata, O Dr. Jonas Malheiro Savimbi sempre jurou fidelidade a Pátria, coerência aos princípios que norteiam a UNITA, fidelidade ao seu povo e as suas convicções, nunca se renderia e nunca iria ao exílio. Preferiu morrer em combate junto do seu povo, aos 22 de Fevereiro de 2002, na localidade de Luvuei, Comuna do Lukusse, Província do Moxico.

O seu funeral aconteceu de 17 anos depois da sua morte na localidade de Lopitanga, no norte da província do Bié.
O evento atrai milhares de pessoas e pôs o país a discutir a figura de um homem tão carismático.

Fonte: Google

António Agostinho Neto foi um médico angolano, formado nas Universidades de Coimbra e de Lisboa, que em 1975 se tornou o...
29/09/2022

António Agostinho Neto foi um médico angolano, formado nas Universidades de Coimbra e de Lisboa, que em 1975 se tornou o primeiro presidente de Angola até 1979 como membro do Movimento Popular de Libertação de Angola.
Nasceu a 17 Setembro 1922 (Kaxikane,Icolo e Bengo, Angola) Morreu em 10 Setembro 1979 (Moscovo, Rússia)

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