07/04/2024
Angola 🇦🇴 likes brutal metal! We can’t wait to meet at the finals! 😂
Programa de ROCK em PODCAST (Angola)
https://www.mixcloud.com/volumedezpodcast/
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Luanda
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Equipa VOLUME 10: LUIS FERNANDES HENDA SLASH LENINE MAURO ROCKER Colaboradora Musical: MELINA (Brasil) RFM 24 HORAS DE MÚSICA De 2ª a 6ª feira das 16 às 17 horas. Sábados duas horas de ROCK. Das 18 às 20 horas E-MAIL: [email protected] SMS: 924 14 81 33 INSTAGRAM: https://www.instagram.com/volumedez/ GRUPO VOLUME 10, FACEBOOK: https://www.facebook.com/groups/kavalerajukebox/ PODCAST: https://www.mixcloud.com/volumedez/ SINTONIAS: RFM 96.5 – LUANDA RFM 92.3 – BENGUELA RFM 98.5 – LOBITO RFM 97.7 – NAMIBE RFM 92.8 – LUBANGO RFM 94.8 – MALANJE EM DIRECTO VIA NET: http://radios.sapo.ao/fm-stereo VOLUME 10 A Marca do Rock em Angola HISTÓRIA/ENTREVISTA by: REDE ANGOLA http://www.redeangola.info/ VOLUME 10, A CASA DO ROCK O programa de rádio é uma das principais referências do universo rock angolano. Os caminhos do rock passam todos pelo Volume 10. O programa de rádio, que já sobreviveu a perdas de estúdio, cancelamentos e mudanças de nome, festejou em 2015 duas décadas enquanto uma das principais referências do universo rock angolano. Luís Fernandes, apresentador e fundador do projecto, afirma sem medo de clichés, que é um “apaixonado por música.” Actualmente divide a paixão com a profissão de designer mas não tem dúvidas: “se eu pudesse viver da rádio fazia-o. A prioridade é a família, mas o Volume Dez está logo ali ao lado.” Nascido no Lubango, filho de pai angolano e de mãe portuguesa, que recorda como uma fã dos Beatles, Luís ‘culpa’ sobretudo o irmão, membro da banda Os Mutantes, pela sua veia rockeira. Foi, aliás, através dos Mutantes que o Volume Dez começou a ganhar vida quando, em 1995, o Luís Fernandes e Rui Wakiva, o “companheiro de sempre nestas andanças”, foram convidados juntamente com a banda a participar no programa Kurtaki, da FM Estéreo. “Éramos miúdos mas os cotas repararam que nós tínhamos influências musicais bem quentes.” De uma participação na rádio até ao convite para um programa próprio foi um curto passo. A direcção da rádio propôs que fizessem parte da nova programação e, “em 15 dias”, nascia o Volume Dez, um programa de rádio dedicado ao rock em Angola. Dos ‘originais’ sobra apenas Luís Fernandes, que agora é acompanhado por mais três membros: dois realizadores e DJ’s, Henda Slash Lenine e Mauro Rocker, e um gestor de redes sociais, Hildegário Gonga. O ANO DA INDEPENDÊNCIA No ar desde o 11 de Novembro de 1995, “o ano da independência do país e do rock”, br**ca Luís Fernandes, o Volume Dez é um caso improvável. Um programa rock que nasceu numa altura em que praticamente ninguém “sabia o que isso era.” Luís lembra-se da coragem que foi necessária durante os primeiros tempos para “passar o que ninguém se atrevia a passar.” Para além do espanto que causaram, a falta de material era um outro problema, pois simplesmente “não existiam lojas de música em Luanda, tirando a RMS, uma loja pequena e com material caro.” A propósito da escassez de material, Luís recorda um insólito que “nunca se esquece de contar”. Dos muitos lugares por onde procurou rock, foi no mercado do Kinaxixi que acabou por o encontrar. “Até hoje não percebo muito bem como é que aparecia tanto rock. Os discos eram usados, outros provavelmente roubados, e estavam em condições lastimáveis. Mas era mais fácil encontrar rock ali do que em qualquer outro lado.” Apesar da ‘descoberta’, o rock do Kinaxixi estava longe de conseguir alimentar as duas horas de emissão e o programa foi sobrevivendo sobretudo de amizades. CD’s que chegavam do estrangeiro trazidos por colaboradores foram uma importante ajuda, mas eram uma raridade: “no começo usávamos sobretudo cassetes, vinis e bobines magnéticas, tudo material emprestado e que nem sempre podíamos usar. Passávamos horas e horas a gravar música para evitar tornarmo-nos repetitivos.” Entre todas estas dificuldades, hoje não restam dúvidas a Luís Fernandes: “mal ou bem, nós provámos que o rock existia.” MADE IN ANGOLA Actualmente, o Volume Dez é um programa consagrado e diferente “porque nós radialistas mudámos e porque o próprio país mudou. Quando comecei, estava numa situação diferente. Agora sou casado e tenho filhos e isso influencia a forma como vejo a música.” De um depósito de canções onde “despejavam música atrás de música” passaram a direccionar uma mensagem de “sinceridade” ao público: “se eu não estiver bem faço questão de dar isso a entender aos ouvintes.” E é através da interacção com o público que as emissões ganham sentido. Antes o contacto era feito através de cartas “de todo o tipo e enviadas às centenas”, enquanto que agora se dá através do facebook e telemóvel, num processo em que as emissões vão sendo “moldadas aos ouvintes.” Se uma boa parte do ADN do Volume Dez é definido pelo público, Luís Fernandes não esconde que tem como objectivo fazer da dinamização do rock nacional a outra grande prioridade. Nesse sentido, foi criado, há cerca de um ano, a rubrica Rock Mwangolé, onde todas as semanas é divulgado apenas e só rock nacional. E para que este seja cada vez mais e melhor, é preciso apostar no rótulo made in Angola: “É preciso angolanizar o som e não ficar preso apenas ao que se faz lá fora. O nosso rock deve ser cantado mais em português e com letras que atinjam a sociedade.” Embora a produção de rock angolano ainda seja pouca, Luís aponta um caminho aos rockeiros: “muitas bandas saltam de concerto em concerto sem nunca pararem num estúdio. E a música? Provavelmente perde-se, porque o público desses espectáculos é sempre o mesmo. O que o rock nacional precisa é de gravar.” Com um CD editado, a rádio é o próximo passo porque “assim que a música lá chega está imediatamente ao alcance de um auditório bem maior.” F**a o apelo. Na parte que lhe toca, Luís Fernandes e a sua equipa continuarão a passar rock, estrangeiro e nacional, tocado por wannabees e consagrados, fazendo do Volume Dez uma casa para o rock em Angola.