02/01/2025
Oposição e sociedade civil cépticas quanto à pertinência da Divisão Politica Administrativa
31-12-2024 | Fonte: RFI
Angola passa a contar, a partir de amanhã, com três novas províncias, no quadro da Nova Divisão Administrativa do país. Oposição e sociedade civil mostram-se cépticas quanto à pertinência desta reforma administrativa.
A partir de amanhã, 01 de Janeiro de 2025, Angola vai contar com três novas províncias, passando de um total de 18 para 21. As três novas províncias são nomeadamente o Cuando, que vem da divisão do Cuando-Cubango, Cassai Zambeze, que surge da divisão da província do Moxico, e Icolo e Bengo, oriunda da divisão da província de Luanda.
Os respectivos governadores têm estado já a ser apresentados, pelo executivo, à população dos novos territórios, como aprovado pela Assembleia Nacional, embora a oposição e a sociedade civil se tenham demonstrado cépticas quanto à pertinência desta reforma administrativa.
A 14 de Agosto, o parlamento angolano aprovou na globalidade a divisão administrativa das províncias do Cuando-Cubango, Moxico e Luanda, com votos favoráveis do MPLA e “chumbo” da UNITA que pedia “autarquias já”. O FNLA, o partido Humanista, o PRS optaram pela abstenção.
Para o MPLA, a lei da Nova Divisão Administrativa visa melhorar a gestão do território e a distribuição dos recursos do país, tendo em conta o crescimento demográfico. Para os partidos da oposição, a iniciativa do Presidente João Lourenço é uma estratégia para adiar a realização das eleições autárquicas e não vai resolver os crônicos problemas econômicos e sociais que Angola vive.
O executivo de João Lourenço sustenta que a Nova Divisão Administrativa visa uma melhor gestão do território, nomeadamente, nos domínios político, económico e social, tendo em conta a distribuição equitativa dos recursos do país.
Foram recentemente nomeados os governadores para as suas três províncias, são eles Auzílio Jacob para Icolo e Bengo, Lúcio do Amaral para a província do Cua