22/11/2025
Falta de Infraestrutura Especializada
A produção de passaportes biométricos exige instalações altamente seguras e tecnologicamente avançadas, capazes de lidar com chips eletrónicos, encriptação de dados, certificação digital e impressão de segurança. Angola ainda não possui fábricas com estas capacidades, o que obriga o país a recorrer a fornecedores estrangeiros.
🧠 Ausência de Know-How Técnico
Além da infraestrutura física, é necessário um corpo técnico qualificado em áreas como segurança digital, criptografia, engenharia de sistemas e impressão de documentos oficiais. A formação e retenção de profissionais com estas competências é um desafio que Angola ainda enfrenta.
💶 Dependência de Financiamento Externo
O contrato atual com a empresa húngara ANY Security Printing Company, no valor de 130 milhões de euros, foi viabilizado através do Banco EXIM da Hungria. Este tipo de financiamento externo facilita a aquisição de soluções “chave na mão”, mas perpetua a dependência de fornecedores internacionais.
⏳ Atrasos Históricos na Implementação
Angola já planeava implementar passaportes eletrónicos há mais de uma década, mas o projeto enfrentou sucessivos adiamentos. Apesar de milhões de euros já terem sido alocados, a produção nacional nunca se concretizou.
📋 Regulação e Normas Internacionais
Para que um passaporte seja aceite internacionalmente, deve cumprir normas rigorosas definidas pela ICAO (Organização da Aviação Civil Internacional). Produzir documentos que respeitem esses padrões exige certificações e auditorias que Angola ainda não consegue garantir autonomamente.
🛂 Solução Atual: Produção Externa
Dada esta realidade, o governo optou por contratar uma empresa estrangeira com experiência comprovada para garantir a emissão de passaportes modernos e seguros. Embora eficaz a curto prazo, esta solução não resolve o problema estrutural da dependência tecnológica.
Se Angola quiser produzir os seus próprios passaportes no futuro, será necessário investir em infraestrutura, formação técnica, certificações internacionais e políticas públicas que promovam a autonomia digital e documental.