18/11/2024
Para começar, há dois elementos que, ao meu ver, os Estados Unidos da América não abrem mão facilmente quando o assunto são as eleições presidenciais: alternância política e economia. O segundo factor, a economia, foi o que colocou novamente Donald Trump, do Partido Republicano, na Casa Branca.
Parece até uma "cultura" de governação. Quando as eleições acontecem neste país, o rumo, de forma geral, é previsível: ou Democratas ou Republicanos, e ponto final.
A cada ciclo eleitoral, já se pode antever este cenário. Se os Democratas estiverem no governo em período de eleições, o "normal" é que percam para os Republicanos, como aconteceu recentemente.
Em uma conversa informal com um amigo, brinquei dizendo que "nos Estados Unidos da América, fazem vez de governar". Por mais que seja engraçado, essa frase tem uma lógica se analisarmos o processo de alternância política por lá. A troca constante de poder entre os partidos e seus líderes gera mudanças significativas nas políticas públicas, o que reforça o avanço do processo democrático americano.
Na disputa acirrada entre os partidos Democrata e Republicano, pode-se acreditar, para os menos atentos, que lá só existem essas duas forças políticas, refletindo um sistema bipartidário. Porém, existem, sim, outros partidos, embora com menor expressão.
Para contextualizar, em uma matemática simples, o Partido Republicano governou os Estados Unidos 19 vezes até 2024, com 19 presidentes diferentes, enquanto os Democratas governaram 16 vezes no mesmo período.
Portanto, a partir de 2025, Donald Trump, do Partido Republicano, será o 47º presidente e, após quatro anos de mandato, é muito provável que os Democratas retomem o poder, cada um com sua vez.
Por: Elácio Domingos (Jornalista)