25/06/2020
Bureau Político do MPLA engole jornal Folha 8 sem água
O jornal Folha 8 luta para derrubar o ardil montado pelo bureau político do MPLA.É uma leitura estranhamente literal do regime. Isto porque, quando políticos são induzidos á erro,ocorre uma grave deformação conhecida em direito como o vício de consentimento. Trata - se de um acto que, em anexo de última análise, pode ser anulado na justiça.Não há ilicitude configurada. Não se pode fazer instruir um processo judicial nessas condições,porque é um instrumento com tal defeito de origem e tão frágil quanto um prédio que se ergue sobre alicerces podres.
Essa atitude não configuraria um acto de interferência do judiciário no legislativo, mas uma forma de preservar o direito dos próprios membros do BP do MPLA enganados.
João Lourenço, porém, não conhece o princípio da realidade, só o da vingança, não encontrou mais seu eixo desde que o jornal Folha 8 começou a revelar seus trambiques.
O BP do MPLA está a fazer J.L engolir o folha 8, a seco sem água,e colocou o jornalista William Tonet como seu grande inimigo.
Isto porque publicou uma matéria sobre o Antigo Presidente Antônio Agostinho Neto,no caso, a matéria é jornalista,essencialmente jornalista. É óbvio que pela sua redação,pelos elementos levantados, ela foi desfavorável no MPLA e na Fundação Antônio Agostinho Neto.
Não se tem duvida em que a relação a isso.
Mas não há nenhuma obrigação,nenhuma exigência, de que a matéria seja tão somente factual. Não há uma redação para que um órgão de imprensa se manifeste de uma forma ou de outra.
O MPLA repudiou na terça - feira, com veemência,o jornal Folha 8,pela publicação de um texto em que associa o antigo Presidente de Angola Antônio Agostinho Neto,em nota de repúdio,o BP do comitê central do partido maioritário considera " leviana e irresponsável.
Em causa estará sempre, o livro " Agostinho Neto - Perfil de um ditador do historiador Luso - Angolano, Carlos Pacheco, lançado em Lisboa a 5 de Julho de 2016.
A política Angolana não tem muito cultura de liberdade de expressão, temos liberdade de imprensa de baixa intensidade sem norte.
A liberdade de imprensa paga - se com a morte até ainda hoje. E não há progresso sem transparência, o milagre não aconteceu talvez por ter um parto difícil.
O jornal Folha 8 é arquivo vivo na actuação de fabricação de dossiês encarregado directo na produção de materias sobre corrupção, nepotismo, principalmente na época de José Eduardo dos Santos, desvendou a corrupção que levou o governo do MPLA a nocaute - que
continua a funcionar a pleno v***r e produz
sucessivos escândalos no seio do regime. Da contradição nasce uma relação governativa de maior qualidade. Há segmentos da sociedade
que continuam sem voz.Em Angola o jornalista
não está suficientemente defendido, nomeadamente por causa da ausência de carteiras profissionais, da comissão da ética e dos conselhos de redação.
A publicação é ampla e levanta diversos dados
já antigos. Falou - se na ocasião,sem ênfase devida, porém sobre a possível criação de um
vácuo legislativo nas questões conflituosas envolvendo a imprensa. A discussão sobre o "vácuo legislativo" ficou abafada sob o júbilo
de todos com proscrição de um texto legal que
serviu de arma para os governos de exceção no passado. Não havendo independência e proteção aos direitos dos jornalistas, me parece que realmente há uma linha muito tênue que separa o legítimo exercício da liberdade de imprensa e o abuso.
" O que transparece de início é que simplesmente se mostrou elos, elos talvez do
passado,do partido no poder. Não estaríamos
aqui no âmbito da mola mestra de um estado
democrático de direito,que é a liberdade de
expressão,o dever de informar. Dizer a verdade
não constitui crime se a intenção não é ofender, mas narrar um facto - mesmo que esse facto venha desfavor do prestígio social
de entidade, como um partido político?
O histórico dos nossos políticos demostram
que eles mudam de opinião como mudam de roupa. Isso é vergonhoso para nós cidadãos éticos e morais...O antigo primeiro ministro Marcolino Moço, depois de ter sido enganado
por J.L pôs a boca no trombone...O grande público não perceberá, bons estudos poderão,
entretanto, registar a autoria dos respectivos
erros e omissões, por trás ou pela frente, dos
seus erros de observação, factuais ou de
avaliação,assumia o exagero, dava como desprezíveis as próprias incongruências,
assim como assumia o grotesco na televisão.
Agora qual é a saída, a saída é muito simples ou J.L se assumi como cúmplice diante do
Bureau político que simulou desrespeito ao
antigo presidente Antônio Agostinho Neto...
Ó joga todo seu manifesto de campanha eleitoral no lixo ou continua com o jornal Folha
8...