20/09/2024
NÃO CEDER À CHANTAGEM PELO STATUS SOCIAL
“PARA TER SAÚDE MENTAL”
O sucesso é justificado pelo nosso passado e o passado é a nossa essência, ou seja, somos bem-sucedidos quando não somos mais o que fomos anteriormente.
Isso acontece desde o desenvolvimento psicossocial até à vida social, que é atribuída pelos outros (instituições como as universidades, as igrejas, o mercado de trabalho), e pelo que fazemos ou deixamos de fazer.
Com todas essas atribuições sociais, a gente ganha uma identidade social que tende a mutilar a nossa essência, pois somos condicionados a agir de forma colectiva, a depender do que a maioria faz ou é. Porque a sociedade sussurra na consciência que não somos mais anônimos e que somos modelos e seres super-especiais, e, uma vez que a nossa noção de privilégio vem da visão social, passamos a depender dela para determinar se agora devemos ou não devemos isso ou aquilo, fechados num labirinto de querer e não poder. É assim que vamos nos sufocando em empregos que nos matam aos poucos, em casamentos que são vales da morte, tudo para manter a figura fictícia do bem-sucedido na carreira e no amor. Porque há padrão para tudo.
O pior acontece quando nos deparamos com a ameaça de perder tudo que conquistamos a nível material, vendo-nos numa situação que toca naquilo que, segundo cremos, nos deu o status actual e tudo mais que adquirimos, como o emprego, o dinheiro, o património, o que for. Há quem mais longe vai, porque não se vê mais num ser que não tem e vai se deixando seduzir pelas exigências a ponto de vender a alma para a manutenção dos bens, porque infelizmente se esqueceu da sua essência.
Esqueceu-se de onde vem!
Esqueceu-se que nada trouxe ao mundo!
Esqueceu-se que nada levará deste mundo!
Para ter saúde mental lembre-se sempre:
Quando você vem do chão, cair não é uma queda, é voltar à essência. E voltar é inevitável, prepare-se para a volta. Voltar é uma exercício para se manter neste mundo da felicidade postada.
Não ceda a chantagens, porque sem a tua essência não és nada.
Catarino Luamba.