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04/02/2025
Era uma manhã dourada de primavera, e a cidade despertava com a brisa suave que dançava entre as ruas de paralelepípedos. Entre os edifícios de arquitetura clássica, um jovem casal irradiava felicidade. Ele, de terno cinza impecável, e ela, em um vestido branco etéreo, caminhavam de mãos dadas após dizerem o tão esperado "sim".
Enquanto seguiam pela calçada, absorvidos na magia do momento, cruzaram com um casal idoso que passeava tranquilamente. O senhor de barba branca e expressão serena caminhava ao lado de sua esposa, que exalava doçura e carinho em cada olhar que lhe dirigia. Quando o jovem marido cruzou os olhos com o senhor mais velho, algo inexplicável aconteceu.
Por um instante, o tempo pareceu se dobrar sobre si mesmo. O sorriso do noivo se alargou ao perceber que via, talvez, uma versão futura de si mesmo. O senhor mais velho sorriu de volta, como se reconhecesse naquele jovem um reflexo de sua própria história. Sua esposa, por sua vez, observava a cena com ternura, recordando os dias em que também segurava com vigor a mão de seu amado enquanto percorriam caminhos desconhecidos.
Num gesto espontâneo, o noivo estendeu a mão para o senhor, como se quisesse tocá-lo, não apenas fisicamente, mas de uma forma mais profunda, transcendendo o tempo e as gerações. O idoso retribuiu o olhar e, sem palavras, respondeu com um sorriso de compreensão. Afinal, o amor verdadeiro não é apenas um instante fugaz; é uma jornada, um caminho a ser percorrido lado a lado, ano após ano.
A noiva riu suavemente, apertando a mão do marido e puxando-o gentilmente para continuar o trajeto. O casal idoso seguiu adiante, e a vida continuou a fluir como um rio sereno. Mas, naquele breve encontro, uma história havia sido contada sem que uma única palavra fosse dita: a promessa de que o amor, quando verdadeiro, resiste ao tempo e floresce a cada primavera.
