31/05/2022
Biografia de Milton Gonçalves
Começou a carreira na cidade de São Paulo.
Milton trabalhava como gráfico quando, um dia, depois de assistir à peça A Mão do Macaco, a convite do ator Egídio Écio, saiu maravilhado.
Tratou de entrar logo para um clube de teatro amador, do qual passou para um grupo profissional. Um novo diretor carioca procurava um ator para fazer um Preto velho na peça Ratos e Homens. O diretor era Augusto Boal e, o grupo, o Teatro de Arena de São Paulo. "Lá encontrei Gianfrancesco Guarnieri, Flavio Migliaccio, Oduvaldo Viana e tantos outros. Estudavam história do teatro, impostação de voz, postura, filosofia, arte e política."
Milton escreveu quatro peças, uma delas montada pelo Teatro Experimental do Negro e dirigida por Dalmo Ferreira. "Ali aprendi tudo o que sei sobre teatro. Foi fundamental para a minha compreensão do mundo.
Militante do movimento negro, Milton Gonçalves chegou a tentar a carreira política, nos 90, ao candidatar-se a governador do estado do Rio de Janeiro, em 1994.
Carreira na televisão
Deu-se início na década de 1960 fazendo participação especial em O Vigilante Rodoviário, da TV Tupi. No decorrer da década, esteve em obras da Rede Globo como Rua da Matriz, Rosinha do Sobrado, A Moreninha, Padre Tião, entre outros.
Na década de 1970, esteve no elenco da telenovela Irmãos Coragem como Braz Canoeiro. Nos primeiros anos deste período, participou de telenovelas como Bandeira 2 como Caldas; O Bem-Amado como Zelão das Asas; O Espigão como Nonô.Em 1975, esteve em obras como Gabriela como Filó; Roque Santeiro como Padre Honório (versão censurada) e Pecado Capital como Percival.
Milton finalizou este decênio estando presente nas telenovelas Sem Lenço, sem Documento como Tibúrcio; O Pulo do Gato como Caxuxo e Sinal de Alerta como Rafa.
Nos primeiros anos da década de 1980, interpretou um padre em Chega Mais e, logo em seguida, foi Otto Rodrigues e Damião nas telenovelas Baila Comigo e Terras do Sem-Fim, respectivamente.
Entre 1983 a 1985, foi Dr Mendes em Pão Pão, Beijo Beijo, deu vida a Reginaldo em Partido Alto, até passar como Promotor Lourival Prata em Roque Santeiro e Mestre Lídio na minissérie Tenda dos Milagres.
Nos dois anos seguintes, esteve em Cambalacho e Sinhá Moça, além de atuar em Mandala.
O decênio foi concluído estando presente em obras como Fera Radical e Que Rei Sou Eu?
No início da década de 1990, esteve em Gente Fina e Araponga como Nei Assunção e Zé das Couves, respectivamente; além de viver Batista em Felicidade.
Entre 1992 a 1993, participou das minisséries As Noivas de Copacabana e Agosto como Fernando e Eusébio, do programa Você Decide e na telenovela De Corpo e Alma como um juiz.
Nos dois anos seguintes, foi Sinval em A Madona de Cedro, esteve na nova versão de Irmãos Coragem, assim como, deu vida como Padre em História de Amor e foi Jovildo em Decadência.
Em 1996, esteve nas telenovelas O Fim do Mundo, O Rei do Gado e Anjo de Mim.
Dois anos depois, foi Clemente na minissérie Dona Flor e Seus Dois Maridos, e encerrou o decênio como Henrique em Chiquinha Gonzaga; Delegado Serafim em Andando nas Nuvens e Leal Calabar na sexta temporada de Malhação.
Nos primeiros anos da década de 2000, participou das séries A Grande Família e Brava Gente; depois foi Matias em Esperança e Lázaro em Começar de Novo.
Além disso, também esteve no humorístico Zorra Total, nas telenovelas América, Sinhá Moça, Cobras & Lagartos e A Favorita.
Finalizou-se o período como Coronel na série Força-Tarefa e fez uma participação especial de fim de ano em Chico e Amigos.
Na década de 2010, foi Gregório em Insensato Coração e Afonso em Lado a Lado, além de participar das séries O Caçador e Lili, a Ex. Em 2015, fez narração das chamadas de Além do Tempo e dois anos mais tarde, interpretou Cristóvão na telenovela Pega Pega e foi Louveira na série Carcereiros.
Em 2018, esteve em O Tempo Não Para como Eliseu; e participou da minissérie Se Eu Fechar os Olhos Agora. No ano seguinte, foi um juiz em Malhação: Toda Forma de Amar e esteve no especial Juntos a Magia Acontece.
Carreira no cinema
Milton trabalhou com Odete Lara em Rainha Diaba (1974).
Estreou no cinema em 1958 em O Grande Momento.
Na década de 1960, esteve em obras como Cidade Ameaçada, Cinco Vezes Favela, Grande Sertão Paraíba, Vida e Morte de um Bandido, Toda Donzela Tem um Pai que É uma Fera, Mineirinho Vivo ou Morto, O Homem Nu, Na Mira do Assassino, O Homem Que Comprou o Mundo, entre outros.
Na década de 1970, esteve em obras como Pedro Diabo Ama Rosa Meia-Noite, As Quatro Chaves Mágicas, Robin Hood. Contudo, no filme Rainha Diaba, lançado em 1975, no qual interpretou o personagem principal, foi eleito Melhor Ator pelo Festival de Brasília.
Posteriormente, ainda faria parte de outros longas como Ipanema, Adeus, Ladrões de Cinema, Na Boca do Mundo, O Sol dos Amantes, entre outros.
Na década de 1980, participou de filmes como Eles Não Usam Black-Tie, Aguenta Coração, O Rei do Rio, Um Trem para as Estrelas, entre outros.
Na década seguinte, esteve em O Quinto Macaco, O Homem Nu, O Dia da Caça, Orfeu, e muito mais.
Na década de 2000, esteve em obras como Villa-Lobos - Uma Vida de Paixão, Carandiru, As Filhas do Vento.
Em 2003, foi homenageado na 31.ª edição do Festival de Gramado por ter participando em mais de 100 filmes nacionais.
Também participou dos filmes da Xuxa em Xuxinha e Guto Contra os Monstros do Espaço, Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida e Xuxa em Sonho de Menina.
Posteriormente, encerraria a década participando de longas como F**a Comigo Esta Noite e A Ilha dos Escravos.
Na década seguinte, participou de obras como Segurança Nacional, Giovanni Improtta, O Duelo, entre outros.