15/11/2019
1. Introdução
Sigmund Schlomo Freud ( 6 de maio de 1856 – Londres, 23 de setembro de 1939]), mais conhecido como Sigmund Freud, foi um médico neurologista e psiquiatra criador da psicanálise. Freud nasceu em uma família judaica, em Freiberg in Mähren, na época pertencente ao Império Austríaco( atualmente, a localidade é denominada Příbor, e pertence à República Tcheca).
Freud iniciou seus estudos pela utilização da técnica da hipnose no tratamento de pacientes com histeria, como forma de acesso aos seus conteúdos mentais. Ao observar a melhora dos pacientes tratados pelo médico francês Charcot, elaborou a hipótese de que a causa da histeria era psicológica, e não orgânica. Essa hipótese serviu de base para outros conceitos desenvolvidos por Freud, como o do inconsciente.
2. Biografia
Sigmund Freud era filho de Jacob Freud (um judeu proveniente da Galícia e comerciante de lã) e de sua terceira mulher, Amalie Nathanson (1835-1930). Nascido com o nome de Sigmund Schlomo Freud em 1856, Freud foi anotado no Registro Civil como Segismundo Schlomo Freud.
Freud ingressou na Universidade de Viena aos 17 anos. Ele planejava estudar direito mas, ao invés disso, entrou para a faculdade de medicina, onde seus estudos incluíram Filosofia, Fisiologia e Zoologia. Em 1876, Freud passou quatro semanas na estação zoológica de Claus em Trieste, dissecando o sistema reprodutor masculino de centenas de enguias, num estudo que se revelou inconclusivo.
Os estudos na universidade tomaram-lhe inesperadamente bastante tempo até a graduação, em 1881. Em lugar dos estudos, ele atinha-se à pesquisa científica, inicialmente pelos estudos dos órgãos se***is de enguias — um estranho, mas interessante presságio das teorias psicanalíticas que estariam por vir vinte anos mais tarde. De acordo com os registros, Freud completou tal estudo satisfatoriamente, foi ao laboratório de Ernst Brücke, que tornou-se seu principal modelo de ciência.
Com Brücke, Freud entra em contato com a linha fisicalista da fisiologia. O interesse de Brücke não era apenas descobrir as estruturas de órgãos ou células particulares, mas sim, suas funções. Dentre as atribuições de Freud, nesta época, estavam o estudo da anatomia e da histologia do cérebro humano. Durante os estudos, identificou várias semelhanças entre a estrutura cerebral humana e a de répteis, o que o remete ao então recente estudo de Charles Darwin sobre a evolução das espécies e à discussão da "superioridade" dos seres humanos sobre outras espécies.
Freud, então, conhece Martha Bernays, e parece ter sido amor à primeira vista. Seu desejo de desposar Martha, o baixo salário e as poucas perspectivas de carreira na pesquisa científica fazem-no abandonar o laboratório e a começar a trabalhar no Hospital Geral, o principal hospital de Viena, passando por vários departamentos do mesmo.
No Hospital Geral, Freud passa a atender, na maior parte, jovens senhoras judias que sofriam de um conjunto de sintomas aparentemente neurológicos que compreendiam paralisia, cegueira parcial, alucinações, perda de controle motor e que não podiam ser diagnosticados com exames. O tratamento mais eficaz para tal doença incluía, na época, massagem, terapia de repouso e hipnose.
Depois que o pai de Freud falece, em outubro de 1896, segundo as cartas recebidas por Fliess, Freud, naquele período, dedica-se a anotar e analisar seus próprios sonhos, remetendo-os à sua própria infância e, no processo, determinando as raízes de suas próprias neuroses. Tais anotações tornam-se a fonte para a obra A Interpretação dos Sonhos. Durante o curso desta autoanálise, Freud chega à conclusão de que seus próprios problemas eram devidos a uma atração por sua mãe e a uma hostilidade em relação a seu pai. É o famoso "complexo de Édipo", que se torna o coração da teoria de Freud sobre a origem da neurose em todos os seus pacientes.
Nos primeiros anos do século XX, são publicadas suas obras A Interpretação dos Sonhos e A psicopatologia da vida cotidiana. No início, as tiragens das obras não animavam Freud, mas logo médicos de vários lugares — Eugen Bleuler, Carl Jung, Karl Abrahams, Ernest Jones, Sandor Ferenczi — mostram respaldo às suas ideias e passam a compor o Movimento Psicanalítico. Freud criou o termo "psicanálise" para designar um método para investigar os processos inconscientes e de outro modo inacessíveis do psiquismo.
Freud morreu de cancro no palato aos 83 anos de idade (passou por trinta e três cirurgias). Supõe-se que tenha morrido de uma dose excessiva de morfina.[10] Freud sentia muita dor, e segundo a história contada, ele teria dito ao médico que lhe aplicasse uma dose excessiva de morfina para terminar com o sofrimento, o que seria eutanásia.
Encontra-se sepultado no crematório de Golders Green, no bairro de Golders Green, em Londres, na Inglaterra. Freud e Martha tiveram seis filhos: Mathilde, nascida em 1887, Jean-Martin, nascido em 1889, Olivier, nascido em 1891, Ernst, nascido em 1892, Sophie, nascida em 1893 e Anna, nascida em 1895. Um deles, Martin Freud, escreveu uma memória intitulada Freud: Homem e Pai, na qual descreve o pai como um homem que trabalhava extremamente, por longas horas, mas que adorava ficar com suas crianças durante as férias de verão. Anna Freud, filha de Freud, foi também uma psicanalista destacada, particularmente no campo do tratamento de crianças e do desenvolvimento psicológico
3. Algumas teorias de Freud
Em suas teorias pensamento e linguagem, Freud afirma que os pensamentos humanos são desenvolvidos por processos diferenciados, relacionando tal ideia à de que o nosso cérebro trabalha essencialmente no campo da semântica, isto é, a mente desenvolve os pensamentos num sistema intrincado de linguagem baseada em imagens, as quais são meras representações de significados latentes. Em diversas obras, como "A Interpretação dos Sonhos", "A Psicopatologia da Vida Cotidiana" e "Os Chistes e suas Relações com o Inconsciente", Freud não só desenvolve sua teoria sobre o inconsciente da mente humana, como articula o conteúdo do inconsciente ao ato da fala, especialmente aos atos falhos.[15] Para Freud, a consciência humana subdivide-se em três níveis: Consciente, Pré-Consciente e Inconsciente – o primeiro contém o material perceptível; o segundo, o material latente, mas passível de emergir à consciência com certa facilidade; e o terceiro contém o material de difícil acesso, isto é, o conteúdo mais profundo da mente, que está ligado aos instintos primitivos do homem.
Os níveis de consciência estão distribuídos entre as três entidades que formam a mente humana, ou seja, o Id, o Ego e o Superego.
Segundo Freud, o conteúdo do inconsciente é, muitas vezes, reprimido pelo Ego. Para driblar a repressão, as ideias inconscientes apelam aos mecanismos definidos por Freud em sua obra "A Interpretação dos Sonhos", como deslocamento e condensação. Deste modo, Freud cria uma inter-relação entre os campos da linguística e da psicanálise, que será retomada por estudiosos posteriores, como Jacques-Marie Émile Lacan.
Fundamentos da terapia freudiana- O objetivo da terapia freudiana ou psicanálise é, relacionando conceitos cartesianos da mente e conceitos da hidráulica, mover (mediante a associação livre e a interpretação dos sonhos) os pensamentos e sentimentos reprimidos (explicados como uma forma de energia) através do consciente para permitir, ao sujeito, a catarse que provocaria a cura automática.
Teoria da Representação- O fenômeno representacional psíquico está relacionado ao sistema nervoso humano. As representações, segundo Freud, são analógicas e imagéticas.
Enquanto elementos, as representações são originadas da percepção sensorial do indivíduo. São unidades mentais tanto de objetos, como de situações, sensações, relações.
A representação de objeto, também chamada de representação da "coisa", é "um complexo de associações, formado por uma grande variedade de apresentações visuais, acústicas, táteis, cinestésicas e outras", de acordo com Freud.
Teoria do processo de pensamento- Segundo Freud, o processo de pensamento é a ativação ou inibição dos complexos de sensações associadas que tornam, possível, o fenômeno representacional psíquico, o que se dá através da energia que flui no sistema nervoso pelos sistemas de neurônios. Divisão do Inconsciente (explicação à forma de operar do inconsciente, propondo uma estrutura particular id, ego e superego).
4. Obras
Freud para além das obras já citadas
• A Interpretação dos Sonhos, segunda parte, 1900
• Um caso de histeria, 1901
• Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade, 1905
• Os chistes e sua relação com o inconsciente, 1905
• Cinco lições de psicanálise, 1910
• Totem e tabu, alguns Pontos de Concordância Entre a Vida mental dos Selvagens e dos Neuróticos, 1913
• Além do princípio do prazer, 1920
O Futuro de uma Ilusão, 1927
• O Mal-estar na Civilização, 1930
• Moisés e o monoteísmo, 1939
• Esboço de psicanálise, 1940
5. Conclusão
Depois de uma análise efectuada sobre o tema em abordagem ``Vida e obras de Freud ´´, permitiu-me constatar que, Freud é conhecido por suas teorias do complexo de édipo e da repressão psicológica e também por criar a utilização clínica da psicanálise como tratamento das psicopatologias, através da escuta do paciente. Freud acreditava que o desejo sexual era a energia motivacional primária da vida humana. Sua obra fez surgir uma nova compreensão do ser humano, como um animal dotado de razão imperfeita e influenciado por seus desejos e sentimentos. Segundo Freud, a contradição entre esses impulsos e a vida em sociedade gera, no ser humano, um tormento psíquico.
Freud tinha uma visão biopsicossocial do ser humano. Fatos como a descrição de pacientes curados através do diálogo por Josef Breuer e a morte do colega Ernst von Fleischl-Marxow por dose excessiva do antidepressivo da época, a co***na, levaram-no ao abandono das técnicas de hipnose e de dr**as para criar um novo método: a cura pela fala, ou seja, a psicanálise, que utilizava a interpretação de sonhos e a livre associação como vias de acesso ao inconsciente.[6][7]
Suas teorias e seus tratamentos foram controversos na Viena do século XIX, e continuam a ser muito debatidos hoje. Sua teoria é de grande influência na psicologia atual e segue se desenvolvendo através de estudos e prática clínica na área, com psicanalistas que vieram depois dele. Estes criaram suas próprias teorias, mas sempre com base nos pressupostos intrínsecos colocados por Freud, como a noção de inconsciente e transferência.
6. Referências Bibliográficas
1. ↑ «Sigmund Freud». UOL Educação
2. ↑ «Historic Figures — Sigmund Freud (1856–1939)» 🔗 (em inglês). BBC. Consultado em 2 de abril de 2010
3. ↑ «Cronologia». Com Ciência. 10 de outubro de 2000. Consultado em 2 de abril de 2010
4. ↑ «Tratamento de pacientes histéricas por hipnose revolucionou o pensamento de Freud» (em inglês). Folha Online. 23 de setembro de 2008. Consultado em 2 de abril de 2010
5. ↑ «Sigmund Freud». São Paulo: Editora Abril. Aventuras na História (121): 34-35. 2013
6. ↑ Ir para:a b c d «Sigmund Freud». UOL - Educação. Consultado em 22 de setembro de 2012
7. ↑ Freud, Sigmund (1960), Freud, Ernst L, ed., Letters, ISBN 0-486-27105-6, Basic Books, p. 7.
8. ↑ Lima, Andréa (2010). «O modelo Estrutural de Freud e o cérebro: uma proposta de integração entre a psicanálise e a neurofisiologia.». REVISTA DE PSIQUIATRIA CLÍNICA
9. ↑ Freud on line, Bibliografia.
Futuro Pedagógo Ngonga Augusto Luciano