25/06/2024
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Um pouco mais de um mês se passou desde o início da pior tragédia climática do Rio Grande do Sul. O governador Eduardo Leite (PSDB), visando atender as demandas relacionadas ao restabelecimento do estado e propor soluções, criou o Conselho do Plano Rio Grande – Programa de Reconstrução, Adaptação e Resiliência Climática do Rio Grande do Sul.
Essa poderia ser uma ótima notícia se parasse por aí, mas é claro que de boas intenções a bancada negacionista está cheia.
Dos 178 integrantes do Conselho, que incluem representantes do Poder Público, da sociedade civil e das vítimas da enchente, apenas 4 possuem alguma relação com a temática ambiental. E mesmo entre esses, nem todos atuam em defesa do meio ambiente, apesar de tratarem do tema. O objetivo desse programa é lidar com as consequências de um evento climático, mas “esqueceram” de incluir especialistas no assunto.
Onde está o convite para aqueles que militam há décadas pelo meio ambiente, os representantes da ciência, das universidades, os ambientalistas? Parece que esses convites ficaram na caixinha do correio dos ruralistas e das entidades empresariais.
Então, quem vai tomar as decisões que definirão se o estado estará preparado para as consequências das mudanças climáticas?
Os representantes do setor de comércio e serviços (4), das indústrias (3), da construção civil (4), da logística (6), do agronegócio (5), e da Farsul (5), além de convidados como Nelson Sirotsky (Presidente do Grupo RBS), José Galló (ex-CEO da Lojas Renner), Paulo Hermann (ex-CEO da John Deere), Luiz Eduardo Batalha (fundador do Azeite Batalha), Marciano Testa (CEO da Agribank), entre outros.
É inconcebível que os mesmos que contribuíram para a crise agora não percebam que, sozinhos, não evitarão futuros eventos climáticos extremos, iguais ou piores do que os ocorridos no Rio Grande do Sul.
Agora, queremos ouvir o que o Eduardo Leite tem a dizer sobre isso.