O imenso e constante desejo de presentear o olhar com o novo, amadurecer a alma, rever valores, simplificar e evoluir deu origem ao projeto Minideias. A viagem tem como destino pequenas cidades, ilhas, aldeias, ecovilas e fazendas orgânicas europeias. Pessoas que vivem de forma simples, minimalista, sustentável. Paisagens inspiradoras. Aproximar-se do natural e da natureza. O desafio é viajar e vi
ver com o mínimo de coisas materiais e utilizar o mínimo de dinheiro (priorizando trabalho voluntário). A viagem, a busca e o desafio serão compartilhados no blog Minideias e aqui, na fanpage do projeto. Por que tudo isso? O aumento dos níveis de consumo significa que vamos precisar de DOIS PLANETAS para nos sustentar em 2030. Uma forma mais sustentável de vida tem de ser encontrada. May East, brasileira que mora há 20 anos na Ecovila Findhorn Foundation, na Escócia, integra o Conselho Diretor e Diretora de Relações Internacionais entre a ONU e a Fundação Findhorn e a GEN-Global Ecovillage Network. Coordena as ações da GEN eGaia Education. Assim, a intenção do projeto é provocar reflexão e inspirar mudanças dentro dos paradigmas consumistas das sociedades atuais. Instigar, nos seres, a vontade de observar suas vidas, rever valores, questionar a fundo como se está vivendo e se esta forma de vida não pode, mesmo que pouco, estar afetando negativamente o planeta. Sustentabilidade e qualidade de vida tem tudo a ver com uma maneira mais simples de viver. Uma sociedade mais humana e igualitária, na qual as pessoas priorizem a essência e o essencial e, assim, abram mão, serenamente, de tudo que é supérfluo (e que, posteriormente, é desperdiçado). Seres que compreendam que, com menos, é, de fato, muito mais fácil concentrar-se no que realmente tem valor (para cada um). Paralelamente, demonstrar a importância de misturar-se à natureza – aprender com ela – e esvaziar a mente neste processo/caminho genuíno da busca por mais consciência e plenitude. No mundo das artes, MINIMALISMO tem um conceito bem definido: conjunto de movimentos artísticos e culturais que percorreram vários momentos do século XX. Surgiu nos anos 60, nos Estados Unidos. As obras minimalistas possuem um mínimo de recursos e elementos. A pintura minimalista usa um número limitado de cores e privilegia formas geométricas simples, repetidas simetricamente. No decurso da história da arte, durante o século XX, houve três grandes tendências que poderiam ser chamadas de “minimalistas”: construtivismo, vanguarda russa, modernismo. Já o MINIMALISMO que se refere a modo ou formato de vida, tem conceito mais amplo…
vem de um cansaço e desilusão provocada pelo mundo dos excessos. Pode-se dizer que o minimalismo é um processo resultante de uma busca. Busca espiritual, resgate da essência. Como consequência da reflexão, têm início questionamentos sobre o que, de fato, tem valor e o que é prioridade. Começa, então, um processo natural de desfazer-se de algumas crenças e objetos com objetivo de ter mais tempo para o que realmente importa. Não acumular e consumir de forma consciente é um dos mantras do minimalismo. Passa-se a se sentir mais leve, sente-se vontade de conexão consigo, com os outros seres e com a natureza. Sim, o processo minimalista passa por diversas fases. Ser minimalista é se livrar do supérfluo para se concentrar no essencial. Então, o minimalismo é diferente para cada um. O que é essencial para mim, pode ser supérfluo para você e vice-versa. Adotar o minimalismo é um processo. Não acontece de um dia para o outro. Aos poucos, vamos mudando hábitos, eliminando objetos, repensando a vida. http://minimalizo.blogspot.com.br
Quem sou? A vontade de mudar e melhorar o mundo fez com que cursasse, por dois anos, na cidade natal, Curitiba, a faculdade de direito. Percebendo que o caminho não seria tão simples (a justiça, por vezes, se demora) deu uma guinada na vida aos 21; foi estudar inglês em Londres e voltou decidida a colaborar com o mundo de outro jeito. Mudou-se para o Rio de Janeiro e fez faculdade de cinema. Escrever roteiros era a grande paixão. Depois de Londres e do Rio, mais vontade de ver e viver o mundo; morou na Carolina do Norte (EUA), numa cidadezinha exótica, num trailer, com um casal de poloneses. De volta ao Brasil, venceu um concurso nacional de crítica de cinema e se mudou pra São Paulo. Na paulicéia, conheceu pessoas incríveis, viveu a mais linda história de amor e deu aulas de roteiro. Voltou para Curitiba, formou-se em jornalismo e fez uma pós-graduação em cinema. Depois de tantas idas e vindas, a Fernanda Nicz, hoje com 39 anos, vive em Portugal, na ecovila Tribodar e segue com o desejo de transformar e mudar algo, por dentro e ao redor. Não à toa: Fê Nicz = Fênix (pássaro da mitologia grega que, quando morria, entrava em autocombustão e, passado algum tempo, renascia das próprias cinzas). "Perder-se também é caminho. Viver indo e vindo não significa estar perdido, mas estar buscando. Desconstruir-se é ato de coragem, mudar de ideia, rumo ou lugar faz parte da busca"
Mas continuemos de onde paramos; paixão. São duas: escrever e viajar. Sem pressa, percorrer lugares e viver encantamentos. Escrever sobre cada detalhe. E, na sequencia; compartilhar, presentear o mundo. Presentear com pequenas ideias (Minideias).