28/08/2024
**Mesquitas e Islamização Europeia**
Recentemente, soubemos que a Embaixada do Qatar está em construção em uma das avenidas mais emblemáticas de Bruxelas, a Avenida Franklin Roosevelt. Além das instalações diplomáticas, pretende-se anexar ao edifício uma mesquita com capacidade para 60 pessoas. Esta iniciativa levanta preocupações, uma vez que o Qatar é conhecido por ser um dos países muçulmanos mais conservadores e rígidos em termos de liberdade religiosa.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros belga não apenas se recusou a aprovar o financiamento para essa mesquita, mas também destacou a ironia de aceitar tal construção de um país que não permite a liberdade religiosa em seu próprio território. Situação semelhante ocorreu na Noruega, onde o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jonas Gahr Støre, reforçou essa contradição, sublinhando que permitir a construção de mesquitas por países onde o cristianismo é punível com a morte seria paradoxal.
Além de Bruxelas, outra mesquita está sendo erguida em Court-Saint-Etienne, na Bélgica. No entanto, enquanto a construção de igrejas ou centros seculares em muitos países do Oriente Médio e do mundo islâmico é vista como um crime, esses mesmos países promovem a construção de mesquitas em nações ocidentais. A intolerância religiosa nesses países frequentemente resulta na destruição de templos cristãos, seculares, e até budistas, mas aqui, no Ocidente, há um esforço crescente para a implantação de mesquitas e minaretes.
Este fenômeno não é isolado. No Reino Unido, por exemplo, onde a população muçulmana é de cerca de 4 milhões entre os 66 milhões de habitantes, há mais de 3.000 mesquitas, 130 tribunais da Sharia e 50 conselhos islâmicos da Sharia. A influência muçulmana na política local é evidente, com várias cidades importantes sendo governadas por prefeitos muçulmanos.
Além disso, não podemos ignorar os crescentes atentados, violações e crimes associados que muitas vezes vêm junto com esse fluxo migratório. Organizações criminosas e máfias têm explorado o caos e a vulnerabilidade de migrantes, promovendo a imigração ilegal em massa para a Europa. Estas atividades não só representam uma ameaça direta à segurança, como também contribuem para um aumento alarmante de crimes violentos em várias cidades europeias. Em muitos casos, esses crimes estão associados a redes extremistas que, após se infiltrarem em comunidades locais, promovem a radicalização e o terrorismo.
Trata-se de uma invasão silenciosa. O Ocidente está sendo gradualmente transformado por essa onda migratória, que se apresenta de forma pacífica, mas que esconde elementos que não respeitam os valores de liberdade, igualdade e justiça que nossas sociedades prezam. A expansão de mesquitas e o aumento da influência islâmica são apenas uma parte visível desse processo, que também envolve a imposição de costumes e leis alheias às nossas tradições, frequentemente através da força ou da intimidação.
A França, com 5 milhões de muçulmanos, a Alemanha e o Reino Unido, com 3 milhões cada, e a Espanha, com cerca de 2 milhões, enfrentam desafios semelhantes. O Ocidente deve estar ciente das implicações da islamização crescente, que muitas vezes é silenciosa, mas pode tornar-se agressiva quando atinge a maioria. Em manifestações públicas, líderes muçulmanos podem parecer tímidos e conciliatórios, mas o histórico de financiamento do terrorismo por alguns desses mesmos países é uma realidade que não pode ser ignorada.
Uma lição crucial que o Ocidente deve aprender é a reciprocidade. Se um líder árabe deseja construir uma mesquita no Ocidente, deve-se exigir a possibilidade de construir igrejas no país árabe correspondente. Caso a permissão seja negada, o diálogo sobre a construção da mesquita deve ser encerrado imediatamente.
É essencial que estejamos informados e alertas sobre o impacto que a construção de mesquitas e a expansão da influência islâmica podem ter na Europa. A divulgação dessas informações é uma maneira de sensibilizar nossos cidadãos e líderes para que tomem decisões mais conscientes e coerentes com os princípios de liberdade e reciprocidade que tanto prezamos.
**Dom Nuno Henriques**
Chefe representante da Casa Real de Borgonha Afonsina