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A Voz do Povo O semanário A Voz do Povo começou a circular em Alagoas no dia 1º de maio de 1946.
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A redação de A Voz do Povo desde a sua fundação funcionou no Centro de Maceió, até a sua destruição pelo golpe empresarial-militar em 1º de abril de 1964.

O PCB-AL declarou seu apoio à candidatura de Lenilda Luna e Vânia Gomes (UP) para a prefeitura de Maceió, acompanhe a no...
18/08/2024

O PCB-AL declarou seu apoio à candidatura de Lenilda Luna e Vânia Gomes (UP) para a prefeitura de Maceió, acompanhe a nota na íntegra no site do jornal A Voz do Povo.
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“O CRB está vivendo um momento histórico em sua trajetória centenária. Se ganhar do Fortaleza, nestes domingo, ele pode ...
08/06/2024

“O CRB está vivendo um momento histórico em sua trajetória centenária. Se ganhar do Fortaleza, nestes domingo, ele pode se elevar a um outro patamar de disputas dentro e fora das quatro linhas.

Um conjunto de elementos ajudam a apostar nesta vitória alvirrubra diante do tricolor cearense. Vitória que é um passo importante na ascensão lenta, gradual e consistente da equipe nascida no então bairro de pescadores da Pajuçara. Afinal, temos um plantel coeso, um técnico jovem que já demonstrou muita maturidade, a força vibrante de sua torcida jogando em casa. Tudo isto fez o CRB ter um início de temporada inigualável em 2024: Tri-Campeão do Alagoano de forma incontestável, passou também para as oitavas de final da Copa do Brasil, e está prestes a sagrar-se Campeão da Copa do Nordeste!”

Apesar da desigualdade estrutural existente no Futebol Brasileiro e levando em conta a tradição de combatividade e resistência popular da história de Alagoas, esta pode ser uma oportunidade para o CRB romper o estigma contra times considerados pequenos do Nordeste, democratizando mais ainda o esporte símbolo do país.
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Leia o texto completo no site (Link na bio)
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"Neiza Miranda e a sublimação do papel" é a nova crônica da coluna Balaio de Ouricuri de Lúcio Verçoza:Eram anos 1990. D...
05/05/2024

"Neiza Miranda e a sublimação do papel" é a nova crônica da coluna Balaio de Ouricuri de Lúcio Verçoza:

Eram anos 1990. Dentro de um voo da Varig, que fazia o trajeto de São Paulo a Maceió, havia uma senhora com os dedos cheios de anéis, cabelo curto e trajes modernamente elegantes. Enquanto os outros passageiros liam as notícias da revista Ícaro – distribuída pela extinta companhia aérea –, ela ignorava as matérias e concentrava os olhos e os dedos na textura e nas cores dos papéis. Os outros passageiros não sabiam, mas no assento 13, junto à asa esquerda do avião, havia uma artista capaz de transfigurar papéis de revista em pessoas, animais, plantas, frutas e tantos outros seres dotados de cor, profundidade e capacidade de alimentar a alma. Seu nome era Neiza Miranda, e ela, apesar do avanço do tempo (em janeiro, completou 85 anos de idade), continua a mesma pessoa: uma Mestra singular na técnica de colagem.

No início dos anos 1990, Neiza Miranda havia retornado de São Paulo para ficar. No longo período em que passou por lá, formou-se no curso de Belas Artes e foi diretora da galeria de Arte do Senac. Aprendeu diversas técnicas de artes plásticas e teve contato com muitos artistas, mas foi na colagem que produziu o ponto mais alto da sua obra. No seu retorno a Maceió, procurou o artista Agélio Novaes. Mostrou seus trabalhos e pediu uma opinião sincera sobre o valor artístico do que estava apresentando. Agélio, que também trabalha com colagens, ficou impressionado com a expressividade e a originalidade dos quadros, e recomendou vivamente que ela fizesse uma exposição em sua terra natal.

Leia completo no site: https://www.vozdopovo.org/neiza-miranda-e-a-sublimacao-do-papel/

"O Hotel Atlântico como um significado" é o novo texto de Lúcio Verçoza para a Coluna Balaio de Ouricuri: O Hotel Atlânt...
28/04/2024

"O Hotel Atlântico como um significado" é o novo texto de Lúcio Verçoza para a Coluna Balaio de Ouricuri:

O Hotel Atlântico tombou no último domingo. Tombou sem ter sido tombado. Quem passar pela Praia da Avenida não verá mais suas centenárias e gastas paredes. Agora há apenas um terreno cheio de entulho na margem esquerda do Salgadinho, como se ali não tivesse existido um prédio que simbolizou um modo de ser diante de um tempo.

Nise da Silveira gostava de cavoucar signos. Ela amava citar uma passagem do poeta Antonin Artaud: “Há dez mil modos de ocupar-se da vida e de pertencer à sua época”. Penso nessa frase no momento do desabamento das ruínas do antigo Hotel Atlântico, pois seu prédio representou uma forma de pertencer à época da Ditadura Militar. Naquele período, agentes da repressão chamavam o edifício de Kremlin de Alagoas e diziam que ali estava escondido o ouro de Moscou. Foram muitas batidas dos militares no hotel. Procuravam armas, livros vermelhos e ouro; mas, encontravam apenas jornais velhos, hóspedes, homens, mulheres e muitas crianças da numerosa família Miranda – que não se intimidava.

Manoel Simplício de Miranda, proprietário do hotel desde o início dos anos 1950, era um comerciante e orador da maçonaria. Junto a sua esposa, Hermé Amorim de Miranda, tiveram dez filhos. Desses, dois eram comunistas. Quando ocorreu o golpe de 1964, os dois filhos do Velho Miranda já eram destacados dirigentes do Partidão: Nilson, o mais jovem, estava em pleno mandato de vereador de Maceió; Jayme era suplente de deputado estadual, diretor do jornal A Voz do Povo e membro do Comitê Central do PCB. Além dos filhos, o Velho Miranda tinha irmãos comunistas – que participaram da luta contra a ditadura do Estado Novo nos anos 1930. Seu cunhado, José Alípio, também era membro do PCB. Alguns sobrinhos estavam igualmente ligados ao partido. Foi nesse contexto, que o hotel de um senhor de idade, que nunca foi comunista, tornou-se um alvo emblemático da repressão.

Leia completo no site: https://www.vozdopovo.org/o-hotel-atlantico-como-um-significado/

Jayme Miranda, nascido em 1926 e filho de família tradicional alagoana, foi jornalista, atuando em periódicos como o Jor...
07/04/2024

Jayme Miranda, nascido em 1926 e filho de família tradicional alagoana, foi jornalista, atuando em periódicos como o Jornal de Alagoas e A Notícia, além de advogado, formado pela Faculdade de Direito de Maceió, lutando pela causa dos trabalhadores, contra as opressões e em defesa das liberdades democráticas.

Desde quando era estudante se mobilizou contra as injustiças da sociedade alagoana e do capitalismo, tendo sido perseguido e preso arbitrariamente durante o violento governo de Arnon de Mello. Militante do PCB, representou os comunistas alagoanos no V Congresso do PCB em 1960, tornando-se membro da Direção Nacional do partido desde então. Foi um dos principais envolvidos na criação e existência do jornal A Voz do Povo, órgão do PCB em Alagoas, que sobreviveu durante décadas realizando os grandes debates de interesse dos brasileiros e do proletariado.

Candidato a Deputado Estadual em 1961, ficou na primeira suplência, e atuou fervorosamente na defesa dos interesses nacionais e populares, na denúncia do imperialismo e na construção da Revolução Brasileira.

Com o Golpe Militar de 1964, que teve decisivo apoio de empresários e políticos conservadores alagoanos, o jornal A Voz do Povo foi invadido e suas máquinas foram destruídas, os militantes do PCB foram perseguidos e muitos foram presos. Logo que foi solto da prisão, Jayme Miranda saiu de Alagoas com sua família, indo morar no Rio de Janeiro e militando na cladestinidade. Com a Operação Radar, deflagrada pela Ditadura para atingir o principal partido da esquerda brasileira até então, vários dirigentes do PCB foram presos, torturados, desaparecidos e mortos.

Quando foi sequestrado no dia 4 de fevereiro de 1975, Jayme Miranda era membro do Comitê Central do PCB e um dos comunistas mais conhecidos do país até então. Nunca mais foi visto… Há versões de que seu corpo foi jogado ao mar ou incinerado em uma usina canavieira, mas o mais provável é que tenha sido torturado, morto e esquartejado, com o corpo sendo jogado em um rio no interior do estado de São Paulo.

Jayme Miranda presente, hoje e sempre!

O Jornal A Voz do Povo vem a público manifestar seu repúdio à iniciativa do deputado Cabo Bebeto, da base bolsonarista d...
05/04/2024

O Jornal A Voz do Povo vem a público manifestar seu repúdio à iniciativa do deputado Cabo Bebeto, da base bolsonarista da Assembleia Legislativa de Alagoas, em conceder título de cidadania honorária de Alagoas ao fascista Jair Bolsonaro.

O governo desastroso, corrupto e liberal de Bolsonaro macula a história do Brasil como um dos seus episódios mais trágicos. Homenageador de torturadores da ditadura militar, aliado às milícias — as mesmas que assassinaram Marielle Franco e Anderson Gomes — e à ala mais corrupta das "empresas da fé", Bolsonaro merece, na melhor das hipóteses, longos anos de cadeia, não homenagens.

Convidamos os/as trabalhadores(as) alagoanos(as) a se somarem à luta para que sejamos capazes de coibir que novos minifascistas da base bolsonarista se criem em Alagoas, bem como que bolsonaristas como o Cabo Bebeto sejam publicamente constrangidos e definitivamente expulsos da vida pública.

Por que os trabalhadores e trabalhadoras da educação federal vão parar?Em Alagoas, a assembleia de deflagração no IFAL r...
02/04/2024

Por que os trabalhadores e trabalhadoras da educação federal vão parar?

Em Alagoas, a assembleia de deflagração no IFAL reuniu mais de 400 participantes entre técnicos, estudantes e docentes. E aprovada por grande maioria, o ato de deflagração ocorrerá amanhã, dia 03/04 às 6h30 no campus Maceió e depois seguirá para a Reitoria do IFAL.

As reivindicações da categoria são claras. Depois de mais de 8 meses de negociação e com uma proposta de reajuste zero para 2024, depois de anos de perda salarial 4,5% para 2025 e 4,5% para 2026, não tinha mais como não radicalizar a luta pela valorização da educação, dos serviços públicos e dos/das trabalhadores/as da educação federal. Para se ter uma noção, há uma defasagem salarial, levando em consideração a inflação acumulada, da ordem de quase 25%, desde 2016, ano da última parcela paga de reajuste. Como nossa categoria não possui data-base - que também é uma reivindicação constante -, os salários ficam sempre congelados até que haja novas negociações.

Para além da recomposição salarial, lutam por recomposição dos orçamentos para investimento na educação federal, por reestruturação das carreiras, pela revogação da Instrução Normativa nº 49/2023, que impede o direito à greve, pelas 30 horas, por melhores condições de trabalho, contra a Reforma Administrativa encabeçada hoje por Arthur Lira, e pela revogação de uma série de medidas tomadas em governos anteriores que destruíram os direitos da classe trabalhadora, como, por exemplo, o Novo Ensino Médio.

Mais do que nunca, é preciso garantir que as Universidades e Institutos Federais continuem sendo uma referência em educação, e que sejam voltadas cada vez mais para o povo!

Texto completo no site. Link na bio!

"As mulheres são sujeitos que, ao longo da história, sempre contribuíram para as transformações sociais e políticas da s...
31/03/2024

"As mulheres são sujeitos que, ao longo da história, sempre contribuíram para as transformações sociais e políticas da sociedade, mesmo sob a égide do patriarcado e do capitalismo. Por esse motivo, no aniversário do golpe empresarial-militar brasileiro, devemos celebrar a luta de oposição das mulheres desse período, grandes personagens da resistência contra um dos períodos mais sombrios da História do Brasil. Celebremos, então, Gastone Lúcia Carvalho Beltrão, guerrilheira alagoana da Ação Libertadora Nacional. Sua luta não foi em vão e palpita no coração daqueles que vivem o desejo intrépido da Revolução brasileira!"

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Leia o texto completo em nosso site (Link na Bio)

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Na Coluna Balaio de Ouricuri Lúcio Verçoza busca o fogo nas palavras em "1964 e a memória herdada". O texto recupera mem...
31/03/2024

Na Coluna Balaio de Ouricuri Lúcio Verçoza busca o fogo nas palavras em "1964 e a memória herdada". O texto recupera memórias da família Miranda e seu combate à ditadura:

"Quando eu era criança, meus avós gostavam de reunir os parentes em casa. Os tios e primos que moravam longe, quando vinham a Maceió, sempre passavam por lá. Nessas reuniões festivas, havia três pontos estratégicos da casa: a varanda da entrada, a larga janela da sala de jantar (que integrava o ambiente interno ao externo) e a cozinha. Foram nesses lugares específicos que recebi as primeiras memórias acerca da Ditadura Militar – memórias que reelaborei diversas vezes ao longo da vida.

A casa ficava na antiga rua Potiguar, no bairro do Poço. Foi somente depois, não recordo o ano exato, que o nome da rua foi modificado para Teotônio Vilela. Sempre preferi Potiguar, e é assim que ainda a chamo. Deixando o nome da rua de lado, o fato é que foi no avarandado e na cozinha daquela casa que tive o meu primeiro contato com a palavra ditadura. Ainda muito meninote, ouvi histórias de um tempo anterior a mim e que tanto marcou a minha família – a família Miranda.

Queria narrar tais memórias como quem é levado por uma espécie de febre, pois, talvez assim, o leitor consiga sentir algo queimando dentro de si. Procuro o fio febril da narrativa, mas não consigo encontrá-lo. É como se qualquer narrativa fosse incapaz de fazer o leitor sentir queimar. E intuo que para fazer com que outros herdem as memórias que herdei, tenho que encontrar o fogo das palavras – porque a palavra que não toca é esquecida."

Leia completo no site: https://www.vozdopovo.org/1964-e-a-memoria-herdada/

Os filhotes da Ditadura Empresarial-Militar mentem sobre o período que se seguiu ao Golpe de 1964, afirmando que foi um ...
30/03/2024

Os filhotes da Ditadura Empresarial-Militar mentem sobre o período que se seguiu ao Golpe de 1964, afirmando que foi um tempo de prosperidade e “milagre econômico”. O professor de História e militante do PCB, Osvaldo Maciel, num esforço de síntese, expõe num texto conciso, como se desenvolveu o modelo econômico ditatorial em Alagoas, focando nos principais setores da burguesia regional que foram beneficiados pela Ditadura, e mostrando os graves problemas deixados para toda nossa sociedade mesmo passados 60 anos daquele acontecimento sombrio de nossa história!

Para que não continue acontecendo!
Ditadura Nunca Mais!
Sem nenhum tipo de anistia para golpistas!
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Leia as partes I e II em um único texto no nosso site.
Link na Bio.

Os filhotes da Ditadura Empresarial-Militar mentem sobre o período que se seguiu ao Golpe de 1964, afirmando que foi um ...
30/03/2024

Os filhotes da Ditadura Empresarial-Militar mentem sobre o período que se seguiu ao Golpe de 1964, afirmando que foi um tempo de prosperidade e “milagre econômico”. O professor de História e militante do PCB, Osvaldo Maciel, num esforço de síntese, expõe num texto conciso, como se desenvolveu o modelo econômico ditatorial em Alagoas, focando nos principais setores da burguesia regional que foram beneficiados pela Ditadura, e mostrando os graves problemas deixados para toda nossa sociedade mesmo passados 60 anos daquele acontecimento sombrio de nossa história!
Resumidamente, além de manter o modelo de desenvolvimento econômico associado de forma subordinada ao capital internacional, a economia alagoana aceitou ser sócia minoritária interna destes blocos econômicos. O nosso atraso relativo se explica exatamente por isto, fazendo com que tenhamos uma das piores taxas de super exploração da força de trabalho do país e atividades que geram degradação do nosso meio ambiente em todos os setores. Este não é o caso apenas do crime da Braskem ou da forma como as usinas destrói nossa natureza. Mesmo no caso do ramo hoteleiro, por exemplo, nossas belas praias convivem com línguas de esgotos e fedentina generalizada. Isto não é casual, mas determinado pelo tipo de desenvolvimento econômico vivenciado nos duros anos da Ditadura.

Para que não continue acontecendo, Ditadura Nunca Mais!!
Sem nenhum tipo de anistia para golpistas!!

O centenário de Lêdo Ivo inspira a crônica de Lúcio Verçoza na coluna Balaio de Ouricuri:"A poesia de Lêdo IvoNão me rec...
24/03/2024

O centenário de Lêdo Ivo inspira a crônica de Lúcio Verçoza na coluna Balaio de Ouricuri:

"A poesia de Lêdo Ivo

Não me recordo se foi às 5 horas da tarde, mas o fato é que ontem recebi de um amigo dois arquivos sobre Lêdo Ivo. O primeiro era um belo texto de Valter Hugo Mãe, publicado provavelmente em fevereiro. Nele, o escritor português falava do poeta alagoano e imaginava sua poesia caminhando pelas ruas de Maceió, como algo que continua se movendo – independentemente da morte do poeta. O outro arquivo era um cartaz de divulgação do debate em Madrid, em celebração ao centenário de Lêdo Ivo. Recebi os arquivos como quem recebe uma denúncia: Lêdo é lembrado em Portugal e na Espanha, enquanto é quase um desconhecido em Alagoas.

Já faz anos que eu queria escrever sobre a raposa do primeiro capítulo de Ninho de Cobras, sobre a passagem subterrânea presente num dos seus contos, mas sempre julguei precisar de mais tempo. E nisso, de precisar de mais tempo, chegou o centenário de Lêdo Ivo sem eu me dar conta, sem a cidade se dar conta e celebrá-lo.

(...)"

Leia completo no site: https://www.vozdopovo.org/a-poesia-de-ledo-ivo/

  A coluna Balaio de Ouricuri da semana passada foi "Maceió - Catande":"Quando o poeta Ascenso Ferreira morreu, eu ainda...
24/03/2024

A coluna Balaio de Ouricuri da semana passada foi "Maceió - Catande":

"Quando o poeta Ascenso Ferreira morreu, eu ainda não era nascido. Mas, pensar em sua poesia me faz lembrar da viagem de lua de mel dos meus avós para um hotel em Garanhuns:

— Vou danado pra Catende,
vou danado pra Catende,
vou danado pra Catende
com vontade de chegar...

Catende era uma das estações da linha férrea Maceió-Recife. Meus avós foram a Garanhuns pelos trilhos da Great Western, fizeram o trajeto descrito pelo poeta: lagoa, mocambos, matas e cana-de-açúcar. Talvez até estivessem no mesmo vagão de Ascenso, que saiu da estação de Maceió quando escreveu o poema Trem das Alagoas. Porém, o poeta observava apenas a paisagem externa, não mirava o interior do vagão. E sua poesia moderna, para a época, estava presa ao som maquinal do trem, como quem imita o ritmo da máquina com palavras bem escolhidas. Semelhante ao poema de Bandeira, musicado por Tom Jobim:"

Leia completo no site (link na bio)!

A coluna Balaio de Ouricuri da semana é "Maceió - Catande":"Quando o poeta Ascenso Ferreira morreu, eu ainda não era nas...
17/03/2024

A coluna Balaio de Ouricuri da semana é "Maceió - Catande":

"Quando o poeta Ascenso Ferreira morreu, eu ainda não era nascido. Mas, pensar em sua poesia me faz lembrar da viagem de lua de mel dos meus avós para um hotel em Garanhuns:

— Vou danado pra Catende,
vou danado pra Catende,
vou danado pra Catende
com vontade de chegar...

Catende era uma das estações da linha férrea Maceió-Recife. Meus avós foram a Garanhuns pelos trilhos da Great Western, fizeram o trajeto descrito pelo poeta: lagoa, mocambos, matas e cana-de-açúcar. Talvez até estivessem no mesmo vagão de Ascenso, que saiu da estação de Maceió quando escreveu o poema Trem das Alagoas. Porém, o poeta observava apenas a paisagem externa, não mirava o interior do vagão. E sua poesia moderna, para a época, estava presa ao som maquinal do trem, como quem imita o ritmo da máquina com palavras bem escolhidas. Semelhante ao poema de Bandeira, musicado por Tom Jobim:"

Leia completo no site: https://www.vozdopovo.org/maceio-catende/

NOTA DE SOLIDARIEDADE | O jornal A Voz do Povo se solidariza irrestritamente com os jornalistas que estão sendo vítimas ...
15/03/2024

NOTA DE SOLIDARIEDADE | O jornal A Voz do Povo se solidariza irrestritamente com os jornalistas que estão sendo vítimas de tentativa de silenciamento pelo prefeito bolsonarista de Maceió, João Henrique Caldas.

Caldas, numa tentativa de obstruir a liberdade de pensamento, decidiu ingressar com ação judicial contra os jornalistas, que formularam críticas à sua gestão e às medidas adotadas na administração da cidade.

A liberdade de expressão e a liberdade de imprensa são direitos soberanos que costumam ser atacados por políticos que flertam com o fascismo.

Não seremos silenciados e seguiremos denunciando o desastre de sua gestão!

"Da Praça do Pirulito a Faixa de Gaza" é a crônica de Lúcio Verçoza para a Coluna Balaio de Ouricuri nesta semana: "Um d...
10/03/2024

"Da Praça do Pirulito a Faixa de Gaza" é a crônica de Lúcio Verçoza para a Coluna Balaio de Ouricuri nesta semana:

"Um dia, como outro qualquer, encontrei um cronista que procurava matéria-prima para escrever. O encontrei enquanto ele flanava sem rumo certo pelas ruas da cidade – feito pitomba em boca de banguelo, de um lado para o outro. Procurava uma fagulha que ascendesse algum texto, mas não achava. Foi assim, que pensou em escrever sobre os acarajés das esquinas de Maceió, em reivindicar uma etnografia dos acarajés e dos caldos de cana. Uma etnografia que passasse pela história e sociabilidade desses lugares de encontros e de passagem. Planejou acrescentar os métodos cartográficos e tipológicos ao escrito: destacando no mapa os principais endereços, catalogando as diferenças sutis entre os acarajés e caldos encontrados na cidade. Mas logo percebeu que se tratava de um projeto de dissertação, ou de um guia gastronômico detalhado para quem pretende apreciar a verdadeira comida de rua dos bairros. Por isso, abandonou esse caminho.

Depois de caminhar mais um pouco, chegou à Rua do Sol. Animou-se em escrever sobre os degraus da escadaria do banco Safra, sobre os colégios Sacramento e Guido, e da excitação juvenil ao descer o quarteirão protegido da escola e se aventurar pela Rua do Comércio, de entrar na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos ou na Catedral. Após olhar bugigangas nas bancas dos ambulantes, penetrar em lojas de tecidos somente para sentir a textura dos panos em contato com as bochechas, e terminar o dia tomando um picolé numa sombra na Praça dos Martírios – imaginando por onde passavam os trilhos dos bondes. Mas sentiu que lhe faltaria entrar no fundo da estrutura interior dos sujeitos, sentiu que lhe escaparia uma associação certeira entre o estado de espírito dos jovens, e o significado de ch**ar o picolé debaixo do oitizeiro. Em suma: lhe faltava conhecer quem viveu a cena que ele imaginou."

Leia completo no site: www.vozdopovo.org/da-praca-do-pirulito-a-faixa-de-gaza

1) 60 anos do Golpe Empresarial-Militar de 19642) A Empresa Braskem surgiu com a privatização da estatal Salgema3) A Sal...
03/03/2024

1) 60 anos do Golpe Empresarial-Militar de 1964

2) A Empresa Braskem surgiu com a privatização da estatal Salgema

3) A Salgema foi planejada e criada pela Ditadura Empresarial-Militar!

4) Mesmo com a redemocratização, ocorrida entre 1985 e 1988, a Salgema continua operando sem fiscalização adequada, por conta do compromisso de passar a borracha sobre os crimes cometidos na Ditadura!

5) Os movimentos de denúncia e contestação foram sufocados e o silêncio da imprensa alagoana foi bem pago!

6) Ditadura Empresarial-Militar, Salgema e Braskem: vocês são cúmplices do maior crime provocado por uma mineradora em área urbana do mundo!

Leia o texto completo de Osvaldo Maciel, professor de história e militante do PCB, no site. Link na bio!

"A Salgema Indústria Química SA foi criada entre 1971 e 1975, inicialmente com o BNDES participando com um volume de açõ...
03/03/2024

"A Salgema Indústria Química SA foi criada entre 1971 e 1975, inicialmente com o BNDES participando com um volume de ações em uma pequena empresa privada que tinha interesse em explorar o sal-gema descoberto na década anterior. Entre 1974 e 1975, o Governo Ditatorial, por intermédio do BNDES assume o controle total da companhia e está formalizada a estatal de mineração. Ato contínuo, em 1975, sob ordem e interesse da Ditadura foi iniciada a perfuração dos primeiros poços que causariam, décadas depois, a destruição de vários bairros de Maceió. A construção da fábrica de cloro-soda começa em 1974, com seu comércio iniciando em 1977. Estas ações foram realizadas, ainda, com aval dos governos biônicos de Alagoas, que eram governos não eleitos, indicados, pois numa Ditadura não há democracia!"

Leia o texto na íntegra no site. Link na bio.

As memórias de apresentações de Belchior em apresentação no Bar do Alípio em Maceió e o repúdio ao golpismo de Bolsonaro...
25/02/2024

As memórias de apresentações de Belchior em apresentação no Bar do Alípio em Maceió e o repúdio ao golpismo de Bolsonaro e dos Generais brasileiros se cruzam na fantástica crônica da Coluna Balaio de Ouricuri da semana:

Bolsonoro, Belchior e a democracia

Por Lúcio Verçoza

"No dia de hoje, gostaria de falar sobre o Alípio, que nos deixou precocemente. De falar sobre memórias de infância e das memórias herdadas, como dos shows do Belchior no Bar do Alípio, situado nas margens dos belos canais da Lagoa Mundaú. Queria falar do disco Contradança, com arranjos inovadores do Duofel e da assinatura na capa do LP, com as letras manuscritas do próprio Belchior: “Para o Roberto Lúcio, Abraços. Toda amizade do Belchior, 93”. Disco assinado no Bar do Alípio, e que guardo em minha sala como quem guarda um afeto. LP assinado por Belchior para o meu pai, após uma apresentação no Bar do Alípio. O bar não existe mais, o Alípio se foi nessa semana. Gostaria de falar dele, no entanto, isso ficará para o texto de outra semana. Pois, como diria um velho dramaturgo alemão: “Que tempos são estes, em que é quase um delito falar de coisas inocentes. Pois implica silenciar tantos horrores!”.

Deixando a profundidade dos encontros no Bar do Alípio de lado, me sinto impelido a falar da conjuntura política. E a conjuntura política tem batido em nossas janelas noite e dia. No início do governo Bolsonaro havia um verbo: golpear. No meio do governo Bolsonaro havia outro verbo: golpearemos. No fim: golpeemos! Havia rabo de golpe, focinho de golpe, patas de golpe, bandeiras de golpe e ações de golpe – inclusive por dentro das instituições. No entanto, o golpe não se concretizou. Não foi por falta de inciativa, o que impediu o golpe foi decorrência da correlação de forças. E correlação de forças não é uma equação exata, matemática."

Leia completo no site: https://www.vozdopovo.org/bolsonoro-belchior-e-a-democracia/

Novo texto de Lúcio Verçoza para a coluna Balaio de Ouricuri: Tamandaré na Pajuçara"Enquanto tomava uma água de coco, av...
18/02/2024

Novo texto de Lúcio Verçoza para a coluna Balaio de Ouricuri:

Tamandaré na Pajuçara

"Enquanto tomava uma água de coco, avistei um passante qualquer pelo calçadão da praia de Pajuçara. Diferentemente dos outros, ele parou defronte a estátua do Marquês. Não sei o que ele pensou naquele exato instante de paralisia, mas imaginei que ele recordava uma antiga canção que lhe remetia ao tempo presente:

Seu Marquês, Seu Almirante
Do semblante meio contrariado
Que fazes parado
No meio dessa nota de um cruzeiro rasgado

Nos anos 1960 o Marquês de Tamandaré estampava a nota de um cruzeiro. Um cruzeiro era a nota de menor valor em circulação:

Seu Marquês, Seu Almirante
Sei que antigamente era bem diferente
Desculpe a liberdade
E o samba sem maldade
Deste Zé Qualquer
Perdão, Marquês de Tamandaré

A música, composta em 1965, seria lançada em 1966 no musical Meu Refrão. Antes da estreia, foi censurada. Era época de ditadura militar, e demorou muito até que fosse finalmente conhecida pelo público:"

Leia completo no site: https://www.vozdopovo.org/tamandare-na-pajucara/

"Carnaval" é a crônica da Coluna Balaio de Ourici de Lúcio Verçoza:"Transpirei, transpirei e transpirei no carnaval. E d...
11/02/2024

"Carnaval" é a crônica da Coluna Balaio de Ourici de Lúcio Verçoza:

"Transpirei, transpirei e transpirei no carnaval. E daquilo, o que ficou? O instante. E o instante não tem nada de pueril. Dependendo da forma como ele é interiorizado, se converte em algo mais perene do que as imponentes pilastras do prédio da Associação Comercial, na rua Sá e Albuquerque. Se o instante articula publicamente desejo e gesto, ele é ainda mais poderoso do que as pedras das pilastras.

Foi numa rua do Recife, em 1941, que Caymmi começou a compor uma das mais belas canções sobre o carnaval. Não se tratava de uma música de carnaval (como as marchinhas ou frevos), mas de um samba-canção que retratava um desses instantes só vistos no carnaval:

Dora, rainha do frevo e do maracatu
Dora, rainha cafuza de um maracatu

O bar estava quase fechando quando Caymmi escutou o frevo rasgado. Olhou para a rua e viu Dora descalça, dançando na frente da orquestra do bloco “Pão da Tarde”. Subiu para o hotel com a imagem na cabeça e continuou a composição:

Te conheci no Recife dos rios cortados de pontes
Dos bairros das fontes, coloniais
Dora! Chamei:
Ô Dora! Ô Dora!...
Eu vim à cidade pra ver meu bem passar
Ô Dora!
Agora... no meu pensamento eu te vejo requebrando
Pra cá, ora pra lá... meu bem

Como era típico do Caymmi, não acabou a música de um só fôlego. Guardou a imagem e fez a segunda parte em Maceió. Não se sabe se foi no Hotel Atlântico ou na praia da Avenida, isso pouco importa, o fato é que concluiu a letra em Maceió:"

Leia completo no site: https://www.vozdopovo.org/carnaval/

Buscando melhores condições de trabalho e remunerações, mais de uma centena de entregadores do aplicativo Ifood paralisa...
05/02/2024

Buscando melhores condições de trabalho e remunerações, mais de uma centena de entregadores do aplicativo Ifood paralisaram suas atividades durante o último domingo, dia 04 de fevereiro de 2024.

Além de não aceitarem as entregas do aplicativo, os trabalhadores realizaram pontos de concentração em locais de amplo fluxo de entrega como shoppings e pontos comerciais da cidade.

Denunciando as graves condições de trabalho proporcionadas pela “staturp mais valiosa do Brasil”. Em sua maioria entregadores de bike e moto, estabeleceram como reinvindicações principais medidas que já são realidade em diversos outros estados.

Leia completo no site: https://www.vozdopovo.org/entregadores-do-ifood-paralisam-atividades-em-maceio-al/

Luzes da Cidade é a nova crônica de  para a Coluna Balaio de Ouricuri: "Ouviu Paula e Bebeto na vitrola e teve vontade d...
05/02/2024

Luzes da Cidade é a nova crônica de para a Coluna Balaio de Ouricuri:

"Ouviu Paula e Bebeto na vitrola e teve vontade de chorar. Ele queria chorar, mas não sabia que queria. Quem lhe dera houvesse pausas sinceras para chorar, mas não havia. Quando tinha, ele não estava em si próprio, então precisava recorrer à arte para preservar o direito ao choro.

Se chorasse como os escorpiões, picaria a si mesmo. Não falo dos escorpiões que andam dentro dos bolsos; falo daqueles com ferrões apontados para qualquer lugar, como se mirassem a esmo."

Leia completo no site (link na bio)!

JHC privatiza a cultura para seu próprio benefício: A nova vítima são os blocos das prévias carnavalescas de Maceió"Orga...
29/01/2024

JHC privatiza a cultura para seu próprio benefício: A nova vítima são os blocos das prévias carnavalescas de Maceió

"Organizadores de blocos tradicionais como o “Coletivo Afrocaeté” e “No Escurinho É Mais Gostoso” lançaram notas oficiais comunicando suas respectivas ausências no tradicional pré-carnaval do Jaraguá Folia, no ano de 2024.

As notas denunciam o não-lançamento de editais para o financiamento dos blocos pela prefeitura de Maceió/AL. Recursos públicos para financiar blocos existiram, contudo, a prefeitura deixou de adotar critérios públicos e igualitários para a sua distribuição. O critério adotado foi o dos interesses imediatos, políticos e eleitorais do grupo político encabeçado pelo prefeito-propaganda João H. Caldas (JHC).

(...)As “políticas culturais e turísticas”, desde o início do mandato de João H. Caldas, apresentam um único objetivo: a promoção pessoal do prefeito-instagramável.

Para uma prefeitura aficcionada por “pontos instagramáveis” gigantes, é mais um dos gigantes descasos e ataques contra a cultura maceioense."

Leia completo no site: https://www.vozdopovo.org/jhc-privatiza-a-cultura-para-seu-proprio-beneficio

O texto da semana da coluna Balaio de Ouricuri de Lúcio Verçoza, "A Festa" é uma homenagem aos 40 anos do MST: "Eu queri...
28/01/2024

O texto da semana da coluna Balaio de Ouricuri de Lúcio Verçoza, "A Festa" é uma homenagem aos 40 anos do MST:

"Eu queria contar uma história que fizesse o mundo parar para ouvi-la, e que depois de escutá-la o mundo girasse em sentido contrário. Mas Saúba disse que primeiro o mundo precisa de ouvidos, e que para criar ouvidos às vezes é necessário se pintar de fogo.

O sereno da madrugada passava por dentro das barracas de lona preta. Maria do Ó estava deitada no chão de terra batida. Sonhava que estava dormindo debaixo de um pé de umbu. O vento atravessava as frestas da lona preta. Maria do Ó sabia que ainda não era hora de acordar com o frio, precisava continuar sonhando que estava debaixo de um umbuzeiro.

Havíamos chegado ao acampamento no dia anterior. Albino guiou a carroça. A burra sem nome nos levou sem saber o destino. Nós também desconhecíamos o destino. O balanço da estrada fazia sacolejar os órgãos da minha barriga. Estávamos sentados na tábua da carroça. A mulher de Albino passou a viagem calada, parecia que tinha vergonha de falar. Mas se abrisse a boca sei que deixaria nossas bocas caladas, como lábios de bobos que não sabem ao certo o que falar. Por isso acho que ela preferia ficar em silêncio. Sua voz era muito preciosa para ser gasta naquela carroça longe de tudo."

Leia completo no site: https://www.vozdopovo.org/a-festa¹/

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