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Escuta. Revista de cultura e política "Escuta. Revista de política e cultura" é um espaço voltado para a reflexão em tempos de gritaria.

Em uma época onde a escuta é atividade secundária e apenas se quer berrar, aqui se pretende conversar, dialogar e ecoar – sem quaisquer pretensões de verdades absolutas – temas, debates e questões públicas candentes relacionadas à cultura e à política do Brasil e do mundo.

30/12/2022

Hoje na Revista Escuta, João Dulci reflete sobre Pelé.

"Teria havido depois de Pelé um jogador melhor que ele? Essa é a pergunta que persegue esse esporte desde que o rei parou de jogar. Há uma tendência de se tentar diminuir qualquer feito de Pelé, mas não quero aqui de forma alguma chamar esses lunáticos para o debate. Pelé foi o maior de seu tempo, só que seu tempo transcendeu sua carreira e invadiu o tempo de praticamente todas as gerações seguintes."

Leiam: "Pelé"

João Dulci* Aos 17 anos já tinha marcado dois gols numa final de copa e três na semifinal. Aos 23 anos, já tinha mais de 500 gols e dois títulos mundiais de clubes e duas copas do mundo. Aos 29, ro…

08/11/2022

Na atualização de hoje da Revista Escuta, João Dulci comenta a convocação da Seleção Brasileira de Futebol para a Copa do Catar:

"Mas, João, a Copa não terá nada de bom? Claro que sim. Além da possibilidade de 6 pontos facultativos (a final é domingo, então dane-se) caso o Brasil seja o primeiro colocado do grupo, o time de Adenor tem se caracterizado por ser uma fábrica de memes, principalmente por seu camisa 10, melhor jogador, chefe da delegação, Neymar 'sou uma criança não entendo nada' Júnior. Menino Neymar tem por costume ser alvo da imprensa estrangeira, por seu estilo de jogo no chão, como um bom lutador de jiu-jitsu."

Leiam: Voa, Menino Ney, voa – finalmente a copa de 2022

João Dulci* Para mim pouco importa se vai perder ou vencer. Seleção brasileira, em minha humilde visão, tem a missão institucional de gerar pontos facultativos durante a copa. Com isso, e do alto d…

07/11/2022

Na atualização de hoje da Revista Escuta, Cristina Buarque de Hollanda e José Szwako entrevistam Bete Mendes:

"Quando eu denunciei o Brilhante Ustra, amigos meus, companheiros de luta da anistia principalmente, me perguntaram: 'Você não tem medo do efeito Márcio Moreira Alves?', falei: 'tenho, mas eu não posso me calar. Eu acho que pode voltar a acontecer, sim, pode, mas eu acho que há perspectiva mínima de não voltar a acontecer, só que eu tenho dúvida'”.

Leiam: Entrevista com Bete Mendes

Cristina Buarque de Hollanda e José Szwako* 17 de agosto de 1985. Era a primeira vez que dois presidentes latino-americanos se encontravam depois da onda de ditaduras que varreu o continente. No ae…

24/10/2022

Hoje na Revista Escuta, Guilherme Simões Reis escreve sobre a estratégia fascista de Jair Bolsonaro.

"O mais curioso talvez seja o fato de que muitas das falsas acusações de Bolsonaro a seus opositores têm muito a ver com os malfeitos dele próprio e de seus aparentados e asseclas."

Leiam: "Bolsonaro e a estratégia fascista: vitimizar-se e acusar o alvo como se fosse seu espelho"

Guilherme Simões Reis* A estratégia política de Jair Bolsonaro, quase a mesma de Donald Trump, é há tempos a de uma aceleração frenética em cadeia de declarações polêmicas, por vezes grotescas e em…

03/10/2022

Hoje na Revista Escuta, Jorge Chaloub escreve sobre o primeiro turno das eleições.

"A principal marca da eleição é a consolidação da ultradireita no Brasil, ou seja, a demonstração de que não estamos mais diante de uma “onda” eleitoral pontual, com presença ocasional nas ruas e muito barulho nas redes sociais, mas de um campo político com lideranças significativas, organização e uma identidade, discursiva e estética, reconhecível, que se traduz em resultados eleitorais expressivos. A ultradireita aprofundou a derrota da centro-direita tucana e se consolidou na liderança de uma coalizão com a direita tradicional, com fortes vínculos com a herança da ditadura militar."

Leiam: "O primeiro turno e a consolidação da ultradireita no Brasil"

Jorge Chaloub* Após reviver o trauma da eleição de 2018, entender os sinais dados pelas urnas é uma necessidade não apenas para o iminente segundo turno, mas para o futuro do campo democrático bras…

28/09/2022

Na atualização de hoje da Revista Escuta, João Dulci escreve sobre a possível vitória eleitoral de Lula:

" Domingo é dia de dar um basta definitivo nas noites insones, nos pesadelos cotidianos, no aumento da fome, na insensibilidade, no medo, no ódio, na brutalidade, na autocensura, nas conversas à boca miúda, no receio de sorrir. É dia de encerrar esse capítulo canhestro de nossa história, em que remédio, vacina e oxigênio eram bens dispensáveis, mas os passeios de moto e de jet-ski, inadiáveis."

Leia "E eis que a esperança voltou", de João Dulci:

João Dulci* Sim, o título é piegas. Há algumas semanas eu havia escrito aqui que talvez faltasse à campanha de Lula um toque de alegria. A reatividade à pauta imposta durante, pelo menos, 6 anos no…

11/09/2022

Hoje na Revista Escuta, Jorge Chaloub escreve sobre a manifestação bolsonarista do dia 7 de setembro.

"Alguém um pouco mais distraído poderia pensar estar em algo como um fim de bloco de carnaval, ou uma comemoração de vitória da seleção brasileira na Copa do Mundo; cenários, como o do último domingo, marcados por ambulantes vendendo acessórios e bebidas, músicas sobrepostas e grandes estruturas metálicas no horizonte. Em um primeiro olhar, o verde e amarelo predominante nas ruas e janelas, a adornar muitos apartamentos multimilionários da Avenida Atlântica, lembrava os protestos de 2015 e 2016, mas logo as diferenças se sobressaíam."

Leiam "Duas horas em um 7 de setembro na praia de Copacabana"

Jorge Chaloub* O barulho é parte frequente do cenário de Copacabana. Seja por turistas animados em um dia de praia, reações a jogos de futebol ou encontros inevitáveis em suas ruas sempre cheias, u…

10/09/2022

Hoje na Revista Escuta, Alexandre Mendes analisa a vitória do "rechazo" no plebiscito sobre a nova constituição chilena.

"É certo, no entanto, que as falhas do conteúdo do projeto dificilmente podem ser responsabilizadas pelo resultado, como querem alguns analistas e mesmo convencionais. A fraqueza do texto estava naquilo que o constitucionalismo sabe ser comum a quase todos os projetos constitucionais que ousam arriscar mudanças substantivas: deixar ao legislador ordinário boa parte da tarefa de complementação e densificação do texto constitucional."

Leiam "Deslealdade, desinformação e fracasso constituinte: sobre a convenção constitucional chilena de 2020-2021"

Alexandre Mendes* Este é um texto de reação rápida a um acontecimento de significação ainda pouco dimensionável. Passamos o último ano e dois meses, junto a estudantes e colegas, acompanhando de pe…

08/08/2022

Hoje na Revista Escuta, Danilo Bresciani escreve sobre o lugar da tradução na obra de Sergio Paulo Rouanet.

"Seu empreendimento teórico de reconstituição de uma “mapa mental de afinidades seletivas” entre os teóricos da Teoria Crítica Alemã e a psicanálise ajudou a circular textos, fragmentos, excertos de ensaios até então inéditos em português. As traduções das passagens escolhidas por Rouanet formariam um vitral intelectual com insights e provocações que seriam de importância sem igual na intelectualidade brasileira."

Leiam "Sergio Paulo Rouanet: um iluminista nos trópicos, o tradutor"
https://revistaescuta.wordpress.com/2022/08/08/sergio-paulo-rouanet-um-iluminista-nos-tropicos-o-tradutor/

Danilo Bresciani* “A atuação literária significativa só pode instituir-se em rigorosa alternância entre agir e escrever” (BENJAMIN, W. Rua de Mão Única) Caetano Veloso, em sua música Língua (1984),…

06/08/2022

Hoje na Revista Escuta, Guilherme Simões Reis analisa as disputas entre PT e PSB no Rio de Janeiro.

" Parece um tanto anacrônico, justamente quando se prega corretamente unidade da esquerda em torno do Lula para enfrentar o fascismo, que se considere este um momento apropriado para fazer disputas internas com as outras forças progressistas com o intuito de fortalecer o PT no estado."

Leiam "O segundo erro do PT na terra das milícias"
https://revistaescuta.wordpress.com/2022/08/06/o-segundo-erro-do-pt-na-terra-das-milicias/

Guilherme Simões Reis* Há um ditado que diz que “errar é humano, mas errar duas vezes é burrice”. Comecei a escrever este texto sob a perplexidade de recém saber que a direção estadual do PT no Rio…

04/08/2022

Na atualização de hoje da Revista Escuta, João Dulci analista as disputas em torno da eleição presidencial de 2022:

"Talvez falte ainda para a campanha de Lula e Alckmin a criação de um momento catártico, que leve esperança às pessoas, transformando uma eleição plebiscitária em vitória do lado de cá, não somente a derrota do lado de lá."

Leia "Brasil, a alegria já vem?"

https://revistaescuta.wordpress.com/2022/08/04/brasil-a-alegria-ja-vem/

João Dulci* A dois meses do primeiro turno das eleições, o cenário de pesquisas parece bastante estável. Se alguns institutos apresentam volatilidade, quase sempre isso se dá dentro da margem de er…

27/07/2022

Na atualização de hoje da Revista Escuta, Fernando Perlatto analisa a importância das manifestações de rua para a oposição democrática:

"O desafio que se coloca para os próximos meses, à medida que a eleição se aproxima e as disputas políticas se acirram, é o de canalizar essas frentes diversas em torno de ações coletivas públicas mais unificadas que assegurem que o processo eleitoral ocorra e que o vencedor conseguirá efetivamente ser reconhecido pelo TSE e tomar posse. Trata-se, em grande medida, de fazer com que as notas, manifestos e cartas abertas se convertam efetivamente em movimentos de pessoas nas ruas".

Leia "A oposição democrática e as ruas"

https://revistaescuta.wordpress.com/2022/07/27/a-oposicao-democratica-e-as-ruas%ef%bf%bc/

Fernando Perlatto* Mesmo o mais ingênuo dos analistas estaria equivocado se afirmasse hoje que acredita que o presidente Jair Bolsonaro respeitará todos os trâmites do processo eleitoral até outubr…

16/07/2022

Hoje na Revista Escuta, Mayra Goulart e Tayná Lima Paolino analisam o pré-programa de Lula.

"Nos parece que o programa retoma, em acordo com a história do PT, o lugar da classe trabalhadora como agente central dos processos políticos a serem instaurados e dos subalternos como principais beneficiários das políticas sociais que serão desenvolvidas durante o futuro governo."

Leiam "A classe trabalhadora está de volta: uma análise do pré-programa de Lula"
https://revistaescuta.wordpress.com/2022/07/15/a-classe-trabalhadora-esta-de-volta-uma-analise-do-pre-programa-de-lula-2/

Mayra Goulart* Tayná Lima Paolino** A publicação da versão preliminar do programa da pré-candidatura de Luís Inácio Lula da Silva à Presidência da República gerou alvoroço. Alguns membros de partid…

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