30/11/2025
A dívida bruta do setor público no Brasil alcançou 78,6% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados divulgados pelo Banco Central do Brasil (BC) nesta sexta-feira, 28 de novembro de 2025.
Em valores nominais, o montante da dívida chegou a R$ 9,9 trilhões em outubro, registrando aumento em relação aos R$ 9,7 trilhões contabilizados em setembro.
O indicador subiu de 71,7% para 78,6% do PIB desde o início do atual governo, um avanço de 7 pontos percentuais. O movimento é resultado do crescimento dos gastos com juros da dívida, da queda do PIB nominal e do ritmo mais lento da atividade econômica.
No acumulado de 2025, a dívida bruta avançou 2,1 pontos percentuais. Entre os fatores que contribuíram para a elevação estão os juros elevados, o reconhecimento de passivos, a redução do PIB nominal e a valorização do real frente ao dólar, que afeta a composição da dívida.
A pressão nas contas públicas é crescente. Em outubro, os juros pagos pela dívida somaram R$ 113,9 bilhões. No acumulado de 12 meses, a despesa chegou a R$ 987,2 bilhões, o maior valor nominal já registrado, equivalente a 7,88% do PIB.
O aumento contínuo da dívida e dos custos financeiros limita a capacidade do governo de investir em serviços públicos e programas sociais. Economistas alertam que, sem ajustes fiscais e maior controle de gastos, o país pode enfrentar riscos à estabilidade econômica e dificuldades adicionais para conter a inflação e preservar o poder de compra da população.