28/03/2020
"Não existe mais a felicidade depois do Holocausto"
O que você argumentaria se a pessoa que te falasse isso tivesse perdido a família nos campos de concentração?
Provavelmente concordaria, né? como a maioria das pessoas iriam fazer. Lógico, você não quer magoar os sentimentos de uma pessoa que sofreu uma tragédia.
Suponha que você concordou com a frase. Agora, pense nos momentos alegres com os seus pais, filhos, amigos, conquistas e sonhos realizados. Aquilo que você sentiu foi felicidade? Lógico que sim. Um sentimento que vem no fundo da alma e que embeleza a vida deixando momentos inesquecíveis para todo o sempre, ás vezes o momento chega a ser tão inacreditável e belo que arranca lágrimas e suspiros durante as recordações futuras.
Pensando bem, existe sim a felicidade. Mesmo depois do holocausto, holodomor, chacinas, genocídios ou de qualquer coisa ruim que aconteceu no mundo. A felicidade não deixou de existir, é algo que faz parte do ser humano.
Concordar com uma frase de uma pessoa que está doente, triste ou deprimida á apenas uma forma de educação e uma tentativa de ajudá-la a se recuperar.
Uma análise crítica é considerada uma atitude deplorável com a vítima. Discordar da opinião da vítima em um momento triste é considerado algo inimaginável. Começar um debate racional em uma situação atípica como esta é não ter compaixão.
O problema que se gera com a concordância de alguns fundamentos absurdos, rasos ou sem fundamento é a postergação da verdade. Uma hora vai ter de ser dita.
Dito isso, você já analisou como são feitas as notícias da televisão? Como é feita a estrutura da matéria? Como é selecionado os entrevistados? Como é a narrativa do repórter?
Tudo leva ao telespectador a ter as premissas que geram uma conclusão no final da matéria, mesmo por meio indiretos. E a forma mais utilizada é a questão emotiva dos fatos; vítimas aparecem em um piscar de mágica, uma história triste é contada, especialistas concordam com o fato e no final aparece o que acreditam ser a solução dos problemas. Desta forma, a grande maioria dos telespectadores já concordaram com a matéria. Uma mistura de um sentimentalismo sensacionalista e um fundo de uma rasa explicação são necessários para mudar a opinião da população.
Um grande problema que acontece no mundo é a falta de análise de uma situação emotiva. A opinião pública é uma marionete da mídia com um pretexto de pura emoção.
Pense no casos dos presos que são tratados como vítimas. Traf**antes sanguinários que são heróis. Homicidas que são justiceiros. Doentes que são saudáveis.
Contrariar uma história emotiva é considerado ser do mau, uma pessoa sem coração, e ás vezes com falta de Deus.
Decisões são tomadas com base no sentimentalismo exacerbado. A análise crítica virou um objeto venenoso. O mundo está seguindo para um caminho primitivo.
A mídia sensacionalista e emotiva junto com uma população com uma falta de filosofia de vida forte, são uma fórmula perfeita para um retrocesso.
O governo virou um escravo dos repórteres. Ações essenciais e lógicas são descartadas pelo um "argumento" emotivo: São os pobres que irão pagar a conta, você fala isso porque não contigo, quero ver falar isso se a sua família estiver sofrendo...
Fique a favor da revisão do fechamento do comercio e seja o cara quer ver todo mundo morrer. Seja a favor de menos regras trabalhistas e seja o capitão do mato. Seja a favor do homeschooling e seja o cara que vai ter o filho b***o.
Estamos vivendo em um lugar sem uma falta de noção. A reposta de tudo tem que ser simples, se não é difícil e complicada. Algo que precisa chamar um "especialista" que muitas dará uma resposta emotiva e junto um resumo incrivelmente raso. Pronto, já sabemos sobre o assunto e quem falar algo contrário é b***o.
A emoção tomou conta do cotidiano. A maioria das pessoas não conseguem serem firmes com outras pessoas na hora de momentos difíceis. Ás vezes ao invés de usarem a razão nos momentos cruciais, utilizam ainda mais a emoção que se tornar uma raiva, tristeza ou agressividade.
Quantas vezes você já foi manipulado por que a outra pessoa estava chorando? Quantas vezes você cedeu por que a outra pessoa estava triste?
Não digo situações familiares como uma esposa ou filhos, mas sim de indivíduos que você não conhece. Uma matéria no jornal vitimizando uma pessoa que aparece chorando. Um relato de uma pessoa bem triste com um acontecimento.
É normal você escolher um lado. O problema está nos motivos que o fizeram a isso. Antes de f**ar do lado de alguém, procure saber mais detalhes.
Um grande exemplo é o caso da Susy, um tr****ti que estuprou e matou uma criança. A matéria do jornal fez a maioria da população f**ar no lado dele. Ainda bem que houve um senso crítico de uma parcela da população que desmascarou a mídia.
Um outro exemplo que acontece muitas vezes com policiais. Ocorre um chamado de agressão, os policiais vão ao local e encontram um homem agredindo uma mulher. O policial vê aquela cena e parte pra cima do agressor e após várias cacetadas, chutes e socos, consegue o imobilizar. Este policial agiu pela emoção, e se arrependeu, pois ao ver aquela cena, a mulher que foi espancada f**a do lado do agressor e culpa a polícia pelos machucados deixados no grande amor da vida dela.
Quantas vezes precisamos se lascar para aprender a não fazer um julgamento usando a emoção?
Digo isso com essa triste situação do Corona Vírus. Quantas das decisões do governo(de todos os países) foram tomadas por causa de um povo emotivo que foi manipulado pela mídia?
Precisa que o mundo pare a economia por causa de uma gripe?
Quando disse isso a familiares, muitos me vieram com histórias que tinham recebido de situações que no geral são exceções. Vídeos de pessoas quase se afogando no próprio sangue, hospitais lotados, número de mortes na Itália, familiares chorando, histórias de acontecimentos passados, etc...
Dados futuros de milhões de mortes a curto prazo são divulgados como se fossem uma verdade absoluta. O motivo para acreditar neste lindo estudo é o mais simples possível: Foi o de um cientista, alguém estudioso, ele diz a verdade.
Junte um dado alarmista com histórias que são exceções e temos um mundo em pânico. Não mais importa que mais de 90% não tem sintomas graves, ou que existem outras medidas preventivas. Todos irão morrer de gripe, o mundo vai acabar.
Quantos empregos serão perdidos no Brasil por causa de um alarde desta magnitude? O medo tomou conta das pessoas.
Digo que estamos gerando um atraso da verdade em nossas vidas. Ainda estamos criando a coragem de dizer um basta para todo esse sentimentalismo.
Como dizer um NÃO para um mundo doente? Como deixar de lado as vítimas que estão sofrendo?
Infelizmente, temos que encarar a tristeza do outro e dizer NÃO. Mesmo que tenha uma dor no coração, é preciso falar a verdade.
É preciso ter uma análise mais crítica e livre de um sentimento exacerbado da situação.
Repense na situação que vivemos. Iremos no isolar até uma cura do vírus? O comércio irá durar até quando?
O vírus vai existir mesmo depois da quarentena. E então, saímos de casa, o vírus volta a se espalhar e voltamos para a quarentena de novo?
Uma medida deve ser feita com o grupo de risco. A população depende da economia para sobreviver. A economia não é luxo, é sobrevivência.
Remédios, produtos de higiene, limpeza são os itens básicos que produzimos que nos separam da humanidade de milênios atrás. Os produtos precisam de uma cadeia produtiva para existir, sem eles, regredimos a sociedade. Sem o acesso a itens de higiene e limpeza iremos criar problemas ainda maiores.
Voltamos o mundo para um tempo feudal por causa do medo de tomarmos atitudes?
Pense, vale a pena postergar a verdade? Com certeza estamos criando um problema muito maior e sem proporções, e quiça sem uma reposta.
Essa onda de concordar com a mídia, e ter medo irá nos levar a decadência.