12/12/2022
O que há de errado com o Papai Noel? Ele é apenas um bom velhinho?
Faz muito tempo que o Natal é descrito pela maioria das pessoas como uma festa cristã tradicional em comemoração ao nascimento de Jesus. Mas, ao pensar nos costumes do Natal, talvez nos perguntemos como eles passaram a estar relacionados com o nascimento de Jesus.
Por exemplo, pense no mito do Papai Noel. O Papai Noel atual — um velhinho sorridente de barba branca, bochechas rosadas e roupa vermelha — surgiu no ano de 1931, numa famosa propaganda criada para uma empresa de bebidas norte-americana.
E acredite, ele não era universal. Durante os anos 50, alguns brasileiros tentaram substituir o Papai Noel por um personagem mítico, o Vovô Índio. Ou seja, o Brasil teria o seu próprio Papai Noel. O que aconteceu? Além de derrotar o Vovô Índio, o Papai Noel comercial “derrotou o próprio Menino Jesus . . . passando a ser assim, o representante oficial da festa de 25 de dezembro”. Quando se fala em Natal, logo se pensa no bom velhinho, presentes, renas e árvores enfeitadas com luzes. Jesus, se tornou um mero coadjuvante.
Mas será que mitos como o Papai Noel são o único problema com o Natal? Para saber a resposta, vamos voltar ao tempo dos primeiros cristãos.
“Nos dois primeiros séculos do cristianismo, havia forte oposição a reconhecer os aniversários de mártires ou até mesmo de Jesus”, explica a Encyclopedia Britannica. Por quê? Os cristãos consideravam a celebração do aniversário como um costume pagão que devia ser completamente evitado. Na verdade, a Bíblia não menciona nenhuma vez a data do nascimento de Jesus. E o próprio Jesus em nenhuma passagem bíblica pediu para que seu aniversário fosse celebrado pelos cristãos. Talvez por isso a Bíblia não mencione a data em que Jesus nasceu.
No quarto século EC, apesar da firme posição dos primeiros cristãos contra o costume de celebrar aniversários, a Igreja Católica criou o Natal. A Igreja queria fortalecer sua posição por remover um de seus principais obstáculos: a popularidade das religiões pagãs romanas e das festividades do solstício de inverno. Todo ano, de 17 de dezembro a 1.° de janeiro, “a maioria dos romanos festejava, jogava, farreava, desfilava e participava em outras festividades pagãs, segundo o livro Christmas in America (O Natal na América), de Penne Restad.
Em 25 de dezembro, os romanos celebravam o nascimento do Sol Invicto, ou Invencível. Ao instituir o Natal nesse dia, a Igreja Católica manteria as festas, não perderia forças e nem o favor dos cristãos, mudando o tipo de comemoração. A criação da data deu certo, e a comemoração do Natal ganhou força mundial, mas sempre deixando o aniversário de Jesus em segundo plano, mesmo não sendo a data oficial de seu nascimento.
O livro Papai Noel: Uma Biografia, de Gerry Bowler, mostra que as pessoas “continuaram a celebrar o Natal com os costumes antigos”.
F**a claro, então, que o maior problema com a celebração do Natal é a sua origem questionável. Em seu livro The Battle for Christmas (A Batalha pelo Natal), Stephen Nissenbaum diz que “o Natal não passava de uma festa pagã sob um manto de cristianismo”. Vindo de origem pagã, não sendo a data do nascimento de Cristo, o Natal comemorado por milhões de pessoas que se consideram cristãs, desonra a Deus e a seu Filho, Jesus Cristo.
Será que dar mais importância a um personagem criado pelo comércio, do que a Jesus, ou comemorar seu aniversário em uma data que era usada para festas que não davam honra a Deus, é um assunto qualquer?
A Bíblia diz: “Que afinidade a justiça tem com o que é contra a lei? Ou o que a luz tem em comum com a escuridão?” (2 Coríntios 6:14) Assim como o tronco de uma árvore que cresceu torto, o Natal é algo tão distorcido que “não pode ser endireitado”. — Eclesiastes 1:15. Não há justif**ativa para celebrarmos algo que não é verdadeiro.
Fonte: jw.org