25/06/2023
Ensinar e Aprender
De acordo com Paulo Freire, não existe ensino sem aprendizagem. Educar alguém é um processo, um diálogo constante, um intercâmbio permanente.
Nessa relação, educador e educando trocam de papéis o tempo inteiro: o educando aprende ao passo que ensina seu educador, e o educador ensina e aprende com seu estudante. Neste processo, alunos e professores devem assumir seus papeis conscientemente – não são apenas sujeitos do “ensinar” e do “aprender”, e sim, seres humanos com histórias e trajetórias únicas. Para o educador, no processo de ensino-aprendizagem é preciso reconhecer o “outro” (professor e aluno) em toda sua complexidade, em suas esferas biológicas, sociais, culturais, afetivas, linguísticas entre outras.
O ensino-aprendizagem promove também um diálogo entre o conteúdo curricular (formal) e os conteúdos únicos (vivências, história, individualidade) tanto do professor (o facilitador ou o adulto) quanto do estudante (neste caso em questão, a criança), sendo assim, precisamos nos qualificar para desenvolver uma comunicação cada vez mais eficiente para facilitar este processo, pois aprendemos a comunicar aquilo que cremos, e todos os indivíduos possuem seu conjunto de crenças, que são originadas em seus conteúdos únicos.
Além deste sistema de crenças que direcionam a forma e a intensidade de nossas relações e que todos possuímos, tanto o educador como o aluno, precisamos ainda considerar o momento emocional e motivacional no processo de ensino e aprendizagem. Pesquisas na área da inteligência emocional têm comprovado que as pessoas que conseguem desenvolver as suas habilidades sociais e interação conseguem se relacionar muito melhor com os seus parceiros e colegas criando um ambiente mais propício para a construção de novas sinapses e aquisição de novos conhecimentos.
Um aluno que se relaciona bem com os outros e com as suas emoções desenvolvem uma motivação muito maior, e assim se envolvem de forma mais produtiva na execução das tarefas propo